Buscar

Relatório Parcial PI III Univesp

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
Ana Caroline Guimarães Mariano da Silva 
Caroline da Silva Garcia 
Civa Guimarães Valim Lopes 
Luciana Moreira Lessa 
Monique Silva Fortes 
Rosana Aparecida Foster Ribeiro 
Tuane Monteles Medeiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção de um jogo da memória para a alfabetização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bananal - SP 
2020 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Construção de um jogo da memória para a alfabetização 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório Técnico - Cientifico apresentado na 
disciplina de Projeto Integrador para o curso de 
Pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São 
Paulo (UNIVESP). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bananal - SP 
2020 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................1 
2. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................3 
2. 1. Problema e objetivos..............................................................................................................3 
2. 2. Justificativa............................................................................................................................3 
2. 3. Fundamentação teórica ..........................................................................................................4 
2. 4. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador ..................................................6 
2. 5. Metodologia ..........................................................................................................................8 
REFERENCIAS .......................................................................................................................11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O brincar faz parte da vida de toda criança, ou deveria fazer, é brincando que elas se 
desenvolvem socialmente, fisicamente e cognitivamente. Os jogos e as brincadeiras por tempos 
tem sido parte da vivencia de todos nós. Mas agora como nunca, tem sido um grande aliado no 
processo ensino-aprendizagem da criança, principalmente na parte de alfabetização e letramento. 
A criança já está inserida em um mundo de experiências de aprendizagem adquiridas por si só, 
quando tem oportunidade de se relacionar com outras pessoas. Quando chega na escola carrega 
consigo muito conhecimento alcançado por suas experiências visuais, auditivas, jogos, 
brincadeiras, conversas, passeios, contatos, brinquedos que vão exercer uma influência muito 
grande no seu processo de aprendizagem. (DUTRA R, L) 
 Com isso vale pensar e repensar as práticas pedagógicas de cada um como docente, 
porque durante o ato de alfabetizar a criança se depara com muitas atrações que são as letras, 
palavras, textos, frases que facilmente será assimilado se ela puder participar ativamente do seu 
aprendizado, transformando este ato com mais significado. 
O tema do projeto integrador III é “Construindo Brinquedos e Brincadeiras” para os anos 
inicias do Ensino Fundamental articulado com as disciplinas Alfabetização e Letramento I e Arte 
e Música na educação, onde foi estudado diferentes textos e artigos evidenciando a importância 
do brincar para o desenvolvimento da criança em todos os aspectos: motor, cognitivo e social. 
Os estudos sobre alfabetização demonstram que brinquedos e brincadeiras quando usados com 
intenção didática, sistematizados dentro de um projeto planejado pata tal, proporcionam à criança 
a oportunidade de ser agente ativo da construção de seu conhecimento. 
Neste contexto, o projeto tem relevância para a atualidade, pois promove a reflexão sobre 
a importância do alfabetizar brincando. O trabalho foi realizado na escola municipal EMEIF 
Prof. Zenóbia de Paula Ferreira, com a turma de Ensino Fundamental I, na cidade de Bananal, 
estado de São Paulo. Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, com entrevista 
realizada com a professora da turma. De acordo com as respostas obtidas pode-se analisar quais 
brinquedos e brincadeiras são usados para alfabetizar, como são usados, se fazem parte do 
currículo, se são construídos junto com os alunos ou apresentados prontos. Pretende-se 
desenvolver neste projeto um jogo da memória para construção junto com os alunos - associação 
de figuras com palavras - valorizando a experiência do “fazer junto" onde todos, inclusive o 
professor, estejam envolvidos no processo de aprendizagem além de promover o raciocínio 
lógico e memorização, comunicação e sociabilidade, pois eles vão levar para a casa para poder 
jogar com a família e assim depois falarem para a turma como foi em uma roda. 
 
 
Diante do exposto o principal objetivo do projeto é alfabetizar através de brincadeiras e 
jogos tornando a alfabetização mais proveitosa para a criança, como um jogo da memória, 
transformando o processo de alfabetização, onde o aluno não irá só brincar, mas também 
participar da formulação da brincadeira, interagindo com seu professor, com seus colegas e 
resolvendo problemas. O aluno deixará se ser agente passivo no processo de ensino-
aprendizagem e passará a ser agente ativo, descobrindo novas possibilidades e novos desafios. 
 
 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 Problema e objetivos 
 
O objetivo geral do projeto é conhecer, compreender e introduzir jogos, brincadeiras e 
arte como auxílio na fase de alfabetização e letramento. 
O projeto foi pensado para levar aos professores e alunos da Escola Municipal EMEIF 
Prof. Zenóbia de Paula Ferreira, ação de alfabetização através do jogos de memória e 
brincadeiras apresentadas. Os jogos ajudam a tornar o ambiente lúdico e mais interativo. 
O problema identificado foi o pouco uso dessas ferramentas como acolhimento nos 
primeiros anos do ensino. 
Nossos objetivos de forma específica foram: conhecer o ambiente, levantar 
questionamentos sobre o contexto social dos alunos, descobrir se eram usados jogos e 
brincadeiras nas aulas e identificar quais, para então determinar qual jogo poderia ser aplicado. 
Os jogos ajudam no processo de ensino e aprendizagem em todos os níveis de educação. 
A relação entre o brincar e a atividade infantil é clara na teoria de Vygotsky (1978). 
O objetivo geral define o que se pretende atingir com o projeto. 
 
2.2. Justificativa 
 
Os processos que envolvem alfabetização e letramento são fundamentais. 
O letramento é o estado que um indivíduo ou grupo alcança depois de se familiarizar com 
a escrita e a leitura, possuindo uma maior experiência para desenvolver as práticas do seu uso 
nos mais diversos contextos sociais. 
Enquanto a alfabetização desenvolve a aquisição da leitura e da escrita, o letramento se 
ocupa da função social de ler escrever. 
Espera-se que ao final do projeto, alunos e professores possam ter um olhar diferenciado 
para a ação alfabetizadora, através do lúdico e a inserção de jogos e brincadeiras em suas ações 
pedagógicas. Contribuir, possibilitando uma troca entre teoria e prática e apontar alternativas 
metodológicas em como os jogos podem contribuir em no processo de ensino aprendizagem da 
criança inserida na Educação Infantil, esclarecendo que a brincadeira e interação é uma fração 
da educação infantil, e não apenas divertimento ou entretenimento das crianças, mas sim 
aprendizagem e conhecimento. 
 
 
 
2. 3. Fundamentação teórica 
 
Os anos iniciais do ensino fundamental configura - se conforme a Base Nacional como a 
etapada educação básica onde o foco principal é a alfabetização das crianças. 
 
Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamenta l, a ação pedagógica deve ter como 
foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se 
apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de 
outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas 
diversificadas de letramentos. (BRASI L, BNCC, pág. 59) 
 
Resumidamente pode-se considerar alfabetização nesse aspecto como o sistema de 
símbolos da língua materna, no caso desse projeto a língua portuguesa utilizada no Brasil. O 
papel da escola é oferecer esse sistema aos estudantes, mas também considerar o que já sabem, 
pois, desde muito antes dessa fase já tem contato com o universo da língua. Assim a escola deve 
considerar esses conhecimentos, incluindo em suas práticas as experiências dos alunos. Segundo 
COLELO a atividade docente vai além do ensino das sílabas, regras ortográficas e normas de 
escrita (COLELO, pág 3). Mas a alfabetização vai além do ensino dos códigos de uma 
determinada língua e deve conduzir o aluno, através da mediação, a ser capaz de interpretar, 
analisar e argumentar sobre qualquer assunto que venha a ter contato. 
 
Nesse sentido, alfabetizar é promover uma condição ao sujeito que, pelas possibilidades 
de compreender, torna-se senhor de sua própria linguagem. (COLELO, Pág. 4) 
 
Quando Paulo Freire fala sobre a leitura do mundo considera-se que, ele trata do ambiente 
sociocultural que o indivíduo está inserido e as experiências que ele possui, influem diretamente 
em seu aprendizado mediada pela linguagem. Em sua teoria ele assinala a importância da 
valorização dos saberes dos alunos no planejamento de práticas pedagógicas. 
Ensinar a ler e escrever é muito mais que ensinar a desenhar as palavras. Na concepção 
sócio cultural de Vygotsky os indivíduos aprendem na relação com o outro, em um contexto 
histórico, usando principalmente a linguagem como instrumento de mediação. O sujeito aprende 
nas práticas interativas e nesse processo alavanca todo seu desenvolvimento. 
De acordo com Vygotsky para ensinar a língua escrita é preciso situar o aprendizado em 
um contexto que faça sentido ao sujeito que aprende. A criança nasce e cresce em um universo 
letrado e apreende os usos da língua escrita nas relações com este mundo. Através de brincadeiras 
 
 
e desenhos a criança desenvolve funções simbólicas e se dá conta que é possível “desenhar a 
fala”, momento de um grande salto qualitativo em seu processo cognitivo. 
 Martins (2013.p168), esclarece: 
 
Segundo Vigotski (1995), o desenvolvimento da linguagem representa, antes de tudo, 
a história da formação de uma das funções mais importantes do desenvolvimento 
cultural, na medida em que sintetiza o acúmulo da experiência social da humanidade e 
os mais decisivos saltos qualitativos dos indivíduos, tanto do ponto de vista filogenético 
quanto do ontogenético. 
 
A linguagem é criação humana historicamente produzida para preencher necessidades de 
comunicação, troca com o outro, assimilar os conhecimentos sócio culturais acumulados pela 
humanidade e para construir instrumentos de pensamento. 
Bakhtin considera que todo processo de comunicação tramita pelo conceito do diálogo 
constituindo uma interação onde quem escreve dialoga com quem lê. Para o autor a língua só 
existe em função de situações comunicativas. Ler e escrever, entendidas como propostas de 
negociação de sentidos, nunca são atividades solitárias, já que pressupõem a interação com um 
outro. 
Ao estudarmos Paulo Freire, Vigotsky e Backtin, percebe-se o enorme papel da interação 
e a necessidade de incentiva-la na sala de aula, pode-se formar conexões nos pensamentos desses 
teóricos quando se trata de linguagem, do ambiente, da socialização dos indivíduos com o meio 
em que vivem e com seus pares. Concluindo assim que o trabalho em equipe (interação) faz com 
que a colaboração seja um instrumento importante para o processo de aprendizagem, onde podem 
ser exploradas as múltiplas inteligências, utilizando o que cada membro tem de melhor. 
O jogos tem grande importância na vida da sociedade sendo um grande influenciador no 
nosso desenvolvimento, para Vygotsky (1991) as brincadeiras e jogos lúdicos tem um papel 
muito considerável e é nas atividades com os jogos que a criança desenvolve seus conhecimentos 
com o mundo adulto é nela que surgem as primeiras capacidades especificamente humanas , a 
capacidade de imaginar ou seja os professores devem usar essa ferramenta ao seu favor 
adaptando jogos e brincadeiras lúdicas para a alfabetização e letramento contribuindo para que 
haja uma forma agradável de aprendizagem pois ela é algo continuo as crianças se desenvolve 
bem antes de chegar a escola porem os professores precisam ficar atentos no desenvolvimentos 
das crianças pois cada criança se desenvolve em um ritmo único. 
O autor fala sobre a importância da língua escrita ou seja o desenhar e o brincar da criança 
devia ser um estágio preparatório ao desenvolvimento da língua escrita, os educadores devem 
 
 
organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um tipo de linguagem 
escrita para o outro. Os jogos ajudam as crianças desenvolverem seus conhecimentos prévios 
(Vygotsky, 2007, p. 134). 
Assim os jogos tem um grande benefício pois contribuem para a relação social das 
pessoas. Vale lembrar que os jogos possuem regras que limita a imaginação, solicitando que o 
jogador exercite outras estruturas cognitivas. Estruturas essas que para Vygotsky (1991) são 
designadas de estruturas psicológicas superiores. 
 
2.4. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador 
 
O atual projeto integrador é pensado e está sendo elaborado com bases nas disciplinas 
estudadas até o momento neste bimestre. Pode-se ressalvar a importância de observar as crianças 
e conhecer a cultura em que ela está inserida para melhor compreender sua maneira de adquirir 
e criar novos conhecimentos, como também conhecer suas dificuldades. 
O momento de alfabetização acontece muito antes da criança ser inserida no contexto 
escolar, seu contato com as letras e palavras acontece desde o seu nascimento ao ouvir as 
primeiras vozes ao seu redor, e ao decorrer da sua infância em contato com a sociedade no seu 
cotidiano, com os textos, imagens e músicas. Ainda que ela não tenha compreensão, tudo ao seu 
redor já está sendo parte da sua formação. 
Na escola ela leva sua pequena e discreta bagagem, para abrir seus conhecimentos, é na 
escola com a orientação do professor que ela vai começar a descobrir os sentidos de todas as 
informações que ela já possui. 
 
 
2.4.1. Alfabetização e Letramento I 
 
No estudo da disciplina Alfabetização e Letramento I aprende-se que o ensino da língua 
escrita vem sendo objeto de pesquisa há várias décadas apresentando uma trajetória de mudanças 
conceituais e metodológica. 
Até os anos 80 o ensino da língua tem se alternado entre os métodos sintéticos 
(alfabetização parte dos enunciados menores -fonemas, silabas-par a os maiores) e analíticos 
(parte de das unidades maiores – palavras, textos, histórias – para os maiores. Entretanto nas 
duas metodologias a alfabetização se caracteriza pela apreensão dos sistemas alfabéticos e 
ortográficos a partir de estruturas já construídas. Essas abordagens implicam na visão da criança 
 
 
como sujeito passivo do aprendizado e conceitos desvinculados do contexto social e cultural do 
aprendiz. 
Nós anos 80 com os estudos da psicogênese da aprendizagem, aconteceu uma mudança 
de paradigma. O olhar se volta para a criança é como ela aprende. Esses estudos permitiram 
entender o papel ativo do sujeito na construção do conhecimento. A criança cresce imersa em 
uma sociedade letrada e chega na escola com saberes que devem ser reconhecidos. O 
reconhecimento do processode aprendizagem como construção pessoal e baseado em saberes 
significativos tem como consequência o entendimento que a vida real é o lugar do saber. A 
criança aprende o sistema ortográfico e alfabético em situações de letramento, isto é, em 
situações significativas, que tenham relação com as práticas sociais e culturais onde se encontra 
inserida. 
Letramento é um conceito recente que surge do entendimento da importância das práticas 
sociais do uso da língua além do domínio do sistema alfabético e ortográfico tradicionalmente 
oferecidos no processo de alfabetização. 
Brinquedos e Brincadeiras são a forma que a criança usa desde que nasce para se 
relacionar e significar o mundo à sua volta. Portanto usar brincadeiras para alfabetizar é envolver 
a criança em um jogo lúdico de prazer e descoberta. Oferecendo a oportunidade de participar da 
construção da brincadeira otimizamos a troca e a significação do brinquedo. Diante da realidade 
da escola que pesquisamos, onde brinquedos e brincadeiras são pouco usados como instrumento 
pedagógico de alfabetização, nos propusemos a construir um jogo de memória com as palavras 
do cotidiano das crianças e com o desenho relativo feito por elas também. Dessa forma queremos 
apresentar a ferramenta do jogo como possibilidade de interação entre professor, aluno e o 
contexto em que vivem, despertando nos alunos mais interesse e verdadeiro aprendizado. 
 
2.4.2. Arte e Música na Educação: Fundamentos e Práticas. 
 
Por um extenso período de tempo as crianças foram consideradas mini adultos, ninguém 
acreditava que elas eram capazes de aprender e muito menos de criar conhecimentos. Ninguém 
considerava ou via possibilidades que aqueles “rabiscos” fossem uma maneira de aprender, de 
se expressar e construir novas maneiras de aprender, menos ainda que a música poderia fazer 
parte de um Projeto Pedagógico, tendo em vista que ela era utilizada somente em momentos de 
recreação. Os desenhos na educação infantil eram considerados somente traços e riscos sem 
nenhum significado. O modelo tradicional de educação, limitava a arte de desenhar em apenas 
 
 
contornar traçados de linhas, colorir desenhos prontos ou tentar reproduzir uma obra de arte de 
um artista famoso, o que as crianças é claro, não tinham habilidades para fazê-lo. 
Segundo Rosa Iavelberg, no século XIX com a ideia de arte/educação modernista o 
desenho das crianças passaram a fazer parte da rotina escolar e a despertara o interesse dos 
professores e estudiosos da educação infantil. 
Os desenhos das crianças passam a serem abrangidos como uma forma de expressão e 
criatividade, descobrindo materiais e novas maneiras de fazer arte, onde sua maturidade artística 
acontecerá automaticamente. As cópias passam a serem vistas como um método que barra a 
criatividade e limita as crianças apenas a reprodução, dando a elas uma ideia pronta do que é 
belo e artístico, do que é certo ou errado. Mas nem todos os escritores da época ampararam esse 
novo método, o arte/educador norte-americano Elliot Eisner, acredita que se essa maturidade 
acontecesse automaticamente, então ao professor caberia apenas observar e suprir de materiais 
as crianças para que elas se desenvolvessem artisticamente. 
Apesar disso, os dois tem razão, e as crianças necessitam tanto de espaço, como de crédito 
para criarem e se expressarem, para produzirem conhecimento, do mesmo modo, que com o 
passar do tempo precisarão conhecer artes nomeadas e técnicas para que possam aperfeiçoar suas 
habilidades. É de grande valor que a criança tenha liberdade de criar sua arte, seja em um 
desenho, em uma música, em uma dança, um jogo, todo o corpo e mente das crianças estão em 
desenvolvimento e ela é capaz de aprender, descobrir e de desenvolver- se em contato com a 
arte, por tanto nesta faze da infância, o lúdico pode ser um bom aliado na hora de ensinar e 
aprender 
 
2.5. Metodologia 
 
A pesquisa tem um caráter exploratório a fim de conhecer e identificar a natureza do 
problema e promover maior informação sobre o assunto em questão. O objeto de estudo será 
embasado em pesquisas bibliográficas, livros, artigos de sites relacionados ao assunto onde serão 
abordados de forma coerente. 
Através de um questionário, usado como coleta de dados, enviado e preenchido por uma 
professora, pode-se identificar na visão do profissional da educação as principais dificuldades 
encontradas na escola. Iniciamos uma análise das respostas obtidas, a fim de registrar as 
dificuldades encontradas na escola para a utilização de jogos para alfabetização. Identificou-se 
que a escola praticamente não trabalha com esse tipo de situação. 
 
 
Desta forma pode-se reconhecer as deficiências em uso de jogos para alfabetização e 
elaborar um jogo da memória. 
 
 
JOGO DA MEMÓRIA COM NOMES DE FRUTAS 
 
Objetivo (s): criar na criança alegria e interação levando-as a terem desejo de aprender 
e caminhar nessa jornada escolar na busca pela escrita e leitura, além de exercitar o trabalho em 
grupo, respeitando a vez de cada amiguinho, valorizando as diferentes contribuições da turma. 
 
Tempo estimado: 3 horas 
 
Material necessário: 
 Lousa ou quadro negro; 
 Cartolina ou folhas em branco; 
 Lápis de cor ou giz de cera. 
 
Desenvolvimento: 
1. O Professor propõe uma brincadeira para todos fazerem juntos. 
2. Pergunta aos alunos nomes de frutas que eles mais gostam. 
3. Anota os nomes na lousa com o cuidado de anotar 2 nomes com cada letra: 
 Exemplos: maçã e mamão, laranja e limão, etc. 
 OBS: Nessa etapa as crianças já tem algum conhecimento de linguagem e conseguem 
distinguir uma palavra de outra pelo começo e fim. 
4. Depois, o professor agrupa as crianças em 4 grupos de 5 pois são 20 alunos, 
distribui 2 cartões para cada aluno e pede que escolham uma fruta para desenhar 
em um cartão e copiar o nome no outro cartão. 
5. Ao final teremos montados 2 jogos com 10 nomes e 10 desenhos cada um. 
6. O professor separa os alunos em 2 grupos de 10 cada e as crianças começam a 
jogar. 
7. Os cartões ficam todos virados com os nomes e desenhos para baixo, cada criança 
vira 2 cartões e tenta formar o par memorizando os lugares a cada jogada. 
 
 
8. Cada vez que um par é formado, os cartões são retirados do jogo até q os cartões 
acabem. 
OBS: Nesse momento as crianças q tem uma percepção um pouco mais avançada 
da linguagem podem ajudar os colegas e o aprendizado vai se construindo nessa 
interação mediada pelo lúdico. 
A figura 1 mostra o exemplo de como será jogo da memória com frutas: 
 
 
Figura 1 – Jogo de memória com frutas para alfabetização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. BNCC – Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://basenacional 
comum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 28 de abril 
de 2020. 
 
COLELLO, Silvia M. G. Compreender bem para ensinar melhor. Neuroeducação. Disponível 
em: https://drive.google.com/file/d/117JUE6gAiaSo6hLIX-5daAEm_NwCed-Y/preview. 
Acesso em 28 de abril de 2020. 
 
DUTRA Ramos, Lenice – A utilização do lúdico como ferramenta pedagógica para 
alfabetização letramento. Disponível em: https://meuartigo. brasilescola. uol. com. br / 
educacao/utilizacao-ludico-como-ferramenta-pedagogica-para-alfabetizacao-letramento.htm. 
Acesso em: 07 de maio de 2020. 
 
FREIRE, Paulo. 1996. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São 
Paulo: Paz e Terra. 
 
IALVELBERG Rosa e BARRETTI Maria Carolina Cossi Soares - O desenho da criança: 
interpretações e práticas de ensino. Disponível em: https:// cursos. univesp. Br / courses / 
2673/pages/texto-base-o-desenho-da-crianca-35interpretacoes-e-praticas-de-ensino-%7C-rosa-
iavelberg-e-maria-carolina-cossi-soares-barretti. Acesso em: 20 de abril de 2020. 
 
SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento: caminhos e descaminhos. – RevistaPedagógica. Editora Artmed. 29 de fevereiro de 2004. 
 
VYGOTSKY, Lev. Semenovich. Uma Educação Dialética. Revista Viver Mente e Cérebro. 
Educação memória da Pedagogia. 
 
VYGOTSKY, L. S. 1991. A Formação Social da Mente. Livraria Martins Fontes. Ed. LTDA, 
4ª Edição, São Paulo. 
 
 
https://drive.google.com/file/d/117JUE6gAiaSo6hLIX-5daAEm_NwCed-Y/preview

Outros materiais