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TCC Tereza Rachel 2020 formatado-convertido
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vínculos familiares fragilizados, dependência de drogas, de álcool, de substâncias, de produtos químicos ou de substâncias psicoativas, entre outras.; • Incluir o usuário nas políticas de saúde e assistência social sob a perspectiva do direito e da promoção de cidadania e do reconhecimento dos direitos individuais; • Disponibilizar ao usuário os recursos institucionais e comunitários existentes; • Orientar os usuários sobre a reposição dos hemocomponentes; • Realizar visitas domiciliares ou institucionais sempre que for necessário; • Praticar escuta responsável, qualificada e reflexiva em todos os atendimentos que realizar, acerca da demanda, necessidade do usuário; • Entregar o folder de orientações após a entrevista social; • Efetuar registro diário no livro de ocorrências de plantão; • Cumprir as exigências NR 32 tais como: uso de equipamentos de proteção individual – EPI, quando necessário (mascara, gorro, luvas), adorno zero, sapato fechado, entre outros; • Orientar encaminhar o usuário quando seus direitos previdenciários e benefícios assistenciais: auxílio-doença, perícia médica, procedimentos para solicitação de aposentadoria, salário maternidade, BPC – benefício de prestação continuada, direitos sociais, Defensoria federal, e também sobre benefícios que podem ser disponibilizados aos usuários; • Praticar escuta responsável, qualificada e reflexiva em todos os atendimentos que realizar, acerca da demanda, necessidade do usuário ou família; • Realizar a entrevista social e entregar folder de orientações; • Seguir orientação do Código de Ética Profissional dos assistentes sociais; • Emitir declaração de comparecimento para os usuários atendidos pelo Serviço Social. Com relação aos recursos materiais, estão disponíveis: folder de orientações; instrumental ficha social; livro de ocorrências; canetas e carimbo do (a) assistente social. 39 A dimensão técnico-operativa do Serviço Social e do projeto ético-político profissional e em especial no campo das determinações macrossocietárias refletem no trabalho profissional do assistente social. Essa dimensão técnico-operativa se efetiva a partir da mediação com a dimensão teórico-metodológica, em articulação com a dimensão ético-política do projeto profissional. No que se refere a dimensão técnico-operativa do Serviço Social, este é contemplado pelos conhecimentos técnicos e teóricos na ação profissional. “A eleição da ação profissional como unidade de análise da categoria temática trabalho do assistente social, vincula-se ao entendimento de que a mesma se constitui em menor unidade de análise e ao mesmo tempo, condensa todas as dimensões constitutivas do exercício profissional”. (MIOTO; LIMA, 2009, p. 36). Sendo assim, após observações do trabalho realizado pelo Assistente Social no Centro de Saúde foi possível destacar os seguintes instrumentais técnico- operativos: • Orientação; • Acolhimento; • Aconselhamentos relacionados aos impactos do diagnóstico de doença; • Visitas Domiciliares e Institucionais; • Palestras; • Encaminhamentos; • Inclusão de usuários nas políticas públicas; 40 5 OBJETIVOS O desenvolvimento da pesquisa pautou-se nos seguintes objetivos: 5.1 OBJETIVO GERAL Investigar a importância do acolhimento ao usuário do Centro de Saúde Genésio Rêgo após diagnóstico de hanseníase. 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS A. Analisar a prática de acolhimento desenvolvida no Centro de Saúde; B. Descrever os impactos do diagnóstico e os benefícios do acolhimento; C. Indicar propostas de acolhimento humanizado aos pacientes. 41 6 METODOLOGIA DE PESQUISA A elaboração deste trabalho constituiu-se de pesquisa de natureza aplicada, pois a mesma tem como finalidade gerar conhecimento para aplicação prática, dirigidos a solução de problemas específicos. Possui abordagem qualitativa, por considerar que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito. Para Godoy (1995, p. 62) “esse tipo de estudo tem o ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento fundamental”. Para fundamentação teórica e explanação dos tópicos decorrentes serão selecionados textos para pesquisa bibliográfica, com consulta a livros, revistas e sites que fazem referência ao tema. 6.1 TIPO DA PESQUISA Tratou-se de uma pesquisa descritiva. Os procedimentos adotados para tal pesquisa remeteram-se a análise de fontes bibliográficas, observações e estudo de campo. O estudo foi realizado no Centro de Saúde Dr. Genésio Rêgo, tendo colaboração dos profissionais do setor social que responderam aos questionamentos sobre a demanda de acolhimento, bem como formas de execução do procedimento, destacando a importância do mesmo a vida dos usuários. Almeida (2011, p. 35) expõe que o estudo de campo, “busca observar os fatos como eles ocorrem no ambiente natural, sem que se possam isolar e controlar variáveis”. 6.2 COLETA DE DADOS Quanto aos procedimentos de coleta de dados, além de pesquisa bibliográfica, acesso a artigos elaborados sobre o tema, foi realizada observação do ambiente de trabalho e registros diários das atividades desenvolvidas e percepções do impacto do acolhimento após diagnóstico de hanseníase em usuários do Centro de Saúde Dr. Genésio Rêgo. O resultado da coleta foi registrado em diário de campo elaborado no período da pesquisa. 42 7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA A partir da pesquisa realizada no Centro de Saúde Dr. Genésio Rêgo, foi possível constatar a situação epidemiológica da Hanseníase no estado do Maranhão, sendo registrados mais casos do que em toda a América do Sul. Apesar de dados do Ministério da Saúde, em levantamento realizado em 2019, apontarem uma queda nos casos em 3,5%, o Maranhão, sozinho, ainda concentra uma estatística anual que supera o registrado por todos os países da América do Sul juntos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 2019, o Maranhão registrou 2.997 novos casos de hanseníase, em comparação a 2018, onde foram 3.105. Países da América do Sul que registraram casos de hanseníase (2018): Quadro 1: RANKING DA HANSENÍASE NO MUNDO PARAGUAI COLÔMBIA ARGENTINA VENEZUELA BRASIL 345 324 269 245 28.660 Fonte: OMS/2019 Em pesquisa realizada em 2011 por Lima et. al (2011) que traçou o Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase atendidos em Centro de Saúde em São Luís, MA, foram avaliadas as seguintes faixas etárias: 15 anos, 16 a 30, 31 a 45, 46 a 60 e 60 anos. Constatou-se que: 0 5 10 15 20 25 30 35 40 15 anos 16 a 30 anos 31 a 45 anos 46 a 60 anos Mais de 60 anos Gráfico 1: Distribuição por faixas etárias dos pacientes diagnosticados com hanseníase Fonte: Lima et. al. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2010/v8n4/a007.pdf 43 A faixa etária com maior prevalência de casos foi entre 16 e 30 anos, com 35,5% do total. As faixas etárias de 46 a 60 e mais de 60 anos representaram 21,3% e 14,2%, respectivamente dos casos. Na faixa etária de 15 anos, a prevalência foi de 12,5% como demonstrado no gráfico 1. Diante do elevado número de casos de hanseníase no estado do Maranhão, tem-se recorrido a mecanismos que visam a promoção ao combate à doença são realizadas campanhas de orientação a população sobre a hanseníase em alusão ao janeiro Roxo. As campanhas ocorrem no Centro de Referência em Hanseníase, anexo ao prédio do Centro de Saúde Dr. Genésio Rêgo. Os pacientes têm acesso a serviços ambulatoriais, fisioterapia e uma oficina para confecção de sapatos especiais para pacientes mutilados. Através dessas atividades de educação em saúde, o Centro de Referência já registrou mais 300 novos casos no estado. Aliado a esses dados, convém mencionar os diagnósticos de hanseníase,