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Psicologia e sociologia do Trabalho Questão 1 A literatura e o cinema, seja pela luz do mundo das ideias de Platão, seja pelo brilhantismo de autores vanguardistas no gênero de " ficção científica", nos oferecem, ou ofereceram em algum momento, projeções muito factíveis do mundo em que vivemos ou viveremos. Principalmente no que tange ao impacto tecnológico, encontramos no gênero da ‘ficção científica’ ilustrações incrivelmente sugestivas dos possíveis e infindáveis variantes do progresso da ciência. O engenheiro de produção precisa melhorar desempenho, planejar, ter visão estratégica e criar meios de tornar os processos mais eficientes. Para isso utiliza, dentre outros recursos, a tecnologia. Nesse sentido há uma evidente correlação com tudo que representa o filme Homem de Ferro na ficção e a engenharia de produção na vida real, como no âmbito de estarem ambos voltados para o futuro, planejando, otimizando e buscando de forma estratégica alcançar seus objetivos. O desenvolvimento da tecnologia promove meios de facilitar a vida do homem, como já citado anteriormente, ao otimizar processos e melhorar o mundo a sua volta. Os engenheiros de produção, assim como outros engenheiros e também cientistas podem se beneficiar da ficção científica. Seja com equipamentos de planadores individuas ou reatores nucleares como os utilizados nos filmes do Homem de Ferro, ou seja, com os quadricópteros, também chamados de helicóptero quadrotor, no filme Avatar, de James Cameron. Todas as invenções ou adaptações partem de uma inspiração, mesclada com a existência de uma necessidade e do conhecimento técnico científico. Questão 2 I. O TEMPO COMO ASSIMÉTRICO. Os trabalhadores embarcados levam consigo enormes responsabilidades. Os riscos começam antes mesmo do embarque. Dentre eles, as estradas perigosas para ao porto e o vôo para chegar à unidade, distante da costa. Durante a rotina de trabalho a exigência por conhecimento técnico é constante, fatores como o risco associado a trabalhos com altas pressões, altas tensões, risco de queda de objetos, a possibilidade de causar uma parada não programada na atividade, um acidente com danos às pessoas, ao patrimônio ou ao meio ambiente são fardos difíceis de suportar. As 12 horas de trabalho parecem passar lentamente, dando a sensação de que os turnos são maiores, tendo em vista as enormes responsabilidades, riscos e medos anteriormente mencionados. Por outro lado, as 12 horas diárias de descanso a bordo parecem se consumir rapidamente. Além da necessidade de dormir, o trabalhador também buscará contato com seus familiares, cuidará de questões pessoais e burocráticas que possam ser tratadas a distância, dentre outras demandas. Todos esses movimentos são realizados em estado de alerta para os possíveis problemas desse ambiente de trabalho perigoso. Na folga, em terra, o trabalhador segue sua vida pessoal e a sua inquietude muda de lado. O seu desejo que a folga se prolongue faz com que sua percepção sobre o tempo seja mais acelerada que o normal trazendo grande frustração. II. A VIDA COMO DISSOCIADA. O trabalho e a folga constituem dois mundos distintos para o embarcado. Isolado na unidade, sua atenção precisa estar nesse ambiente e, com isso, a família é preterida. Há uma rotina no embarque. Há uma pontualidade para comer, dormir, etc. Isso também pode se transformar em um problema se ao desembarcar, uma vez que os hábitos de casa podem não ser compatíveis. De todo modo, sendo planos e projetos interrompidos todas as vezes que se chega a hora de embarcar, torna-se extremamente complicado diminuir a distância entre esses dois mundos – onshore e offshore – afetando todos os campos da vida do trabalhador. III. O GANHO COMO AMBÍGUO. Há diversas vantagens e desvantagens no trabalho offshore e o trabalhador nem sempre consegue diferenciá-las. Muitos profissionais odeiam o que fazem, todavia, não conseguem se imaginar exercendo outra atividade. A remuneração é maior, porém, não é possível afirmar se é o suficiente para compensar as perdas em sua vida particular. Com o passar do tempo, o trabalhador pode sentir-se e até tornar- se refém das circunstâncias que o trabalho embarcado produz. O indivíduo apega-se a esta rotina, pois a remuneração pode oferecer mais conforto para sua família. Ele não busca um trabalho em terra, pois crê que em algumas funções não há trabalho que não seja no petróleo, no mar, isso traria um engajamento menor e uma remuneração menor. O grande número de pessoas que desejam trabalhar embarcadas, ele se vê pressionado a continuar e não se permite tentar outra atividade. Tal postura ao longo do tempo pode trazer consequências sérias para sua saúde, sobretudo, mental, dificílimo equiponderar essa relação “ganha-perde”. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASTRO, Alexandre de Carvalho. Material disponibilizado pelo CEDERJ. Psicologia e Sociologia do Trabalho. Desenvolvimento interno, 2020. CASTRO, A. C.; SARAIVA, F. F. ; SANTOS, C. M. ; SANTOS, J. G.. O 'Homem de Ferro' e a divulgação de inovações tecnológicas através de meios de comunicação de massa. Em: XXIV SIMPEP - Simpósio de Engenharia de Produção., 2017. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Carolina_Dos_Santos6/publication/324678998_ O_HOMEM_DE_FERRO_E_A_DIVULGACAO_DE_INOVACOES_TECNOLOGICA S_ATRAVES_DE_MEIOS_DE_COMUNICACAO_DE_MASSA/links/5adb52510f7e9 b2859402bd5/O-HOMEM-DE-FERRO-E-A-DIVULGACAO-DE-INOVACOES- TECNOLOGICAS-ATRAVES-DE-MEIOS-DE-COMUNICACAO-DE- MASSA.pdf.>Acessado em: 05/05/2020 CASTRO, Alexandre de Carvalho. Produção Offshore na Bacia de Campos (RJ): a perspectiva da Psicologia do Trabalho. Gest. Prod. [online]. 2013, vol.20, n.4, pp.833-846. Epub Nov 26, 2013. ISSN 0104-530X. http://dx.doi.org/10.1590/S0104- 530X2013005000012. http://www.researchgate.net/profile/Carolina_Dos_Santos6/publication/324678998_ http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
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