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DEGUSTAÇÃO TESTES CLÍNICOS DE CAMPO, COM EMPREGO DE CAMINHADA_ MARCHA_ TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS E 4-METER GAIT SPEED INTRODUÇÃO

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 ■ INTRODUÇÃO
A avaliação da capacidade de exercício é de suma importância quando se trata de paciente portador 
de doenças cardiorrespiratórias, tanto em pesquisa quanto na prática clínica. As medidas de 
capacidade de exercício são úteis não apenas para se avaliar os pacientes, mas servem também 
como base para a prescrição de treinamento físico, além de apresentarem valor prognóstico.
Os testes de campo que utilizam a caminhada/marcha constituem uma boa opção, pois são 
simples e de baixo custo, tornando essa avaliação acessível à maioria dos profissionais. Dentre 
os testes de campo que utilizam caminhada/marcha, o teste de caminhada de seis minutos 
(TC6min) e a mensuração da velocidade de marcha por meio do 4-meter gait speed (4MGS) são 
exemplos de testes amplamente utilizados em fisioterapia cardiorrespiratória.
Por se tratarem de instrumentos de medidas, há a necessidade de se conhecer algumas 
propriedades desses testes a fim de aplicá-los na prática clínica e em pesquisa. No presente 
artigo, serão abordadas as propriedades, como reprodutibilidade, validade e responsividade do 
TC6min e do 4MGS, bem como os aspectos técnicos e as formas de interpretação de ambos os 
testes.
NIDIA A. HERNANDES
MARLUS KARSTEN 
TESTES CLÍNICOS DE CAMPO, 
COM EMPREGO DE CAMINHADA/
MARCHA: TESTE DE CAMINHADA 
DE SEIS MINUTOS E 4-METER GAIT 
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 ■ OBJETIVOS
Ao final do artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:
 ■ apresentar a definição do TC6min e do 4MGS;
 ■ citar as indicações e as contraindicações dos testes de campo;
 ■ descrever as diferentes propriedades do TC6min e do 4MGS – validade, reprodutibilidade e 
responsividade;
 ■ descrever os aspectos técnicos dos testes TC6min e 4MGS;
 ■ orientar para a interpretação dos resultados obtidos no TC6min e no 4MGS.
 ■ ESqUEMA CONCEITUAL
Validade da distância percorrida 
no teste de caminhada de seis 
minutos
Reprodutibilidade do teste de 
caminhada de seis minutos
Teste de caminhada de seis 
minutos Indicações e contraindicações
Interpretação do teste de 
caminhada de seis minutos
Aspectos técnicos
Valores de referência
Associação do teste de 
caminhada de seis minutos com 
desfechos clínicos
Mínima diferença clinicamente 
importante
Caso clínico
Conclusão
4-Meter Gait Speed 
Validade do 4-Meter Gait Speed 
em doença pulmonar obstrutiva 
crônica
Responsividade do 4-Meter Gait 
Speed 
Reprodutibilidade do 4-Meter 
Gait Speed 
Aspectos técnicos
Interpretação do 4-Meter Gait 
Speed 
Valores de referência
Associação do 4-Meter Gait 
Speed com desfechos clínicos
Mínima diferença clinicamente 
importante
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 ■ TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS
O TC6min foi proposto por Butland e colaboradores,1 em 1982, a partir da adaptação do teste de 
caminhada de 12 minutos. Os autores hipotetizaram que um teste de menor duração seria mais 
bem tolerado, sendo aplicável a pacientes com doenças cardiorrespiratórias. 
A European Respiratory Society (ERS) e a American Thoracic Society (ATS), em 
seu recente statement sobre testes de campo, definem o TC6min como um teste 
em que o paciente deve caminhar a maior distância que lhe for possível, durante 
seis minutos, em um corredor plano, sendo a velocidade da caminhada definida pelo 
próprio paciente.2
Por ser um teste no qual os indivíduos avaliados determinam a sua própria velocidade de 
caminhada, o TC6min é considerado um teste de campo que avalia o nível submáximo 
de capacidade funcional e que melhor reflete a capacidade funcional de exercício para a 
realização de atividades de vida diária.3 Apesar de ser considerado um teste submáximo, alguns 
estudos já demonstraram que variáveis cardiovasculares e ventilatórias se elevam a valores 
próximos de um teste máximo, tanto em pneumopatas quanto em cardiopatas.4,5
VALIDADE DA DISTâNCIA PERCORRIDA NO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS
A validade de um instrumento de avaliação refere-se ao grau que esse instrumento realmente 
mensura a variável que pretende mensurar. Dentre os diferentes tipos de evidência de validade de 
um instrumento, há a validade de critério, que se refere ao grau em que a medida correlaciona-se 
com medidas já existentes e bem estabelecidas.
A literatura científica sobre o TC6min tem demonstrado que a distância percorrida no teste se 
correlaciona com diferentes desfechos, em diferentes populações com doenças cardiorrespiratórias. 
Existe correlação moderada com o pico de consumo de oxigênio (VO2pico) durante o teste 
cardiopulmonar de esforço com coeficiente de correlação (r) variando de 0,40 a 0,80 em 
pacientes com as seguintes doenças:6-12
 ■ pneumopatia crônica – doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
 ■ doença pulmonar intersticial (DPI);
 ■ hipertensão arterial pulmonar;
 ■ cardiopatias.
A distância percorrida no teste também se correlaciona moderadamente com variáveis que 
mensuram o nível de atividade física na vida diária (r entre 0,56 e 0,75) e qualidade de vida 
avaliada por meio do Saint George’s Respiratory Questionnaire (r entre 0,26 e -0,57)13-17 em 
pacientes com DPOC, DPI e candidatos a transplante de pulmão.
REPRODUTIBILIDADE DO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS
A reprodutibilidade do TC6min, ou seja, o grau de concordância das medidas, quando mais de 
um teste é realizado, foi alvo de diversos estudos nos últimos anos. De modo geral, o TC6min 
é reprodutível em pneumopatas e cardiopatas, isto é, apresenta um bom coeficiente de 
correlação intraclasse (CCI), cuja variação é de 0,82 a 0,94.18-24
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As medidas do TC6min são estatisticamente concordantes, mas, apesar disso, existe um efeito 
aprendizado quando mais de um teste é realizado. Isso significa que, na maioria das vezes, o 
paciente sofre uma familiarização com o teste e melhora o seu desempenho na segunda tentativa. 
Em um estudo realizado com 1.514 pacientes portadores de DPOC, Hernandes e colaboradores19 
demonstraram que 82% aumentaram a distância percorrida em torno de 27m (ou 7%) quando o 
TC6min foi repetido após um intervalo de 24 horas.
Em pacientes com insuficiência cardíaca, as evidências não são tão sólidas. Roul e 
colaboradores24 verificaram que não houve diferença na distância percorrida quando dois TC6min 
foram realizados. Porém, em um estudo semelhante, Morales e colaboradores25 encontraram uma 
diferença de 21m entre dois testes.
Devido ao efeito aprendizado apresentado pela maioria dos pacientes com doenças 
cardiorrespiratórias, recomenda-se realizar dois TC6min e considerar a maior 
distância percorrida como resultado da avaliação.
LEMBRAR
INDICAÇõES E CONTRAINDICAÇõES
O TC6min está indicado em diversas situações. São elas:
 ■ avaliação da capacidade funcional em pacientes com doença pulmonar e cardiovascular;
 ■ avaliação de resposta a intervenções;
 ■ preditor de morbidade e mortalidade.
Por outro lado, existem algumas contraindicações absolutas e relativas ao teste. São 
contraindicações absolutas: 2
 ■ infarto agudo do miocárdio (3–5 dias);
 ■ angina instável;
 ■ arritmias não controladas que causam sintomas ou comprometimento hemodinâmico;
 ■ síncope;
 ■ endocardite ativa;
 ■ miocardite ou pericardite aguda;
 ■ estenose aórtica grave;
 ■ insuficiência cardíaca não controlada;
 ■ tromboembolismo pulmonar;
 ■ trombose de membros inferiores;
 ■ suspeita de aneurisma dissecante;
 ■ asma não controlada;
 ■ edema de pulmão;
 ■ insuficiência respiratória aguda;■ doença aguda não cardíaca que possa influenciar na realização do teste ou que possa ser 
agravada pelo exercício (p.ex.: infecção, tireotoxicose);
 ■ distúrbio mental que possa limitar a colaboração com o teste.
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São contraindicações relativas:2
 ■ estenose de artéria coronária esquerda;
 ■ estenose valvar moderada;
 ■ hipertensão arterial grave não tratada (PAS 200mm Hg; PAD 120mm Hg);
 ■ bradi ou taquiarritmias;
 ■ bloqueio atrioventricular de 3º grau;
 ■ cardiomiopatia hipertrófica;
 ■ hipertensão pulmonar importante;
 ■ gestação avançada ou complicada;
 ■ anormalidade de eletrólitos;
 ■ disfunção ortopédica que limita a caminhada.
ASPECTOS TéCNICOS
O TC6min vem sendo amplamente utilizado não só por sua relevância clínica reconhecida, mas 
também por sua simplicidade e praticidade, o que é dado pelos seguintes aspectos:
 ■ é realizado em curto tempo;
 ■ requer poucos materiais, que são de baixo custo;
 ■ não exige demasiado tempo de treinamento do profissional responsável por aplicar o teste.
O statement da ERS/ATS recomenda que o TC6min seja realizado em um corredor 
plano e rígido, de 30 metros ou mais, delimitado de maneira visível para o paciente 
(p.ex.: por dois cones).2 Com base na experiência clínica, sugere-se que o corredor 
contenha marcações a cada três metros, no mínimo, para facilitar o registro da distância 
percorrida. É importante que o corredor não tenha tráfego excessivo de pessoas. O 
formato do percurso não deve ser necessariamente uma linha reta, podendo outros 
formatos serem utilizados.
Os formatos oval e circular aumentam a distância percorrida no teste; isto se deve ao fato de 
o paciente perder menos velocidade para realizar a volta em torno dos cones que delimitam o 
percurso. Bansal e colaboradores,26 em um estudo realizado com pacientes portadores de DPOC, 
observaram que, em média, os pacientes caminharam 13 (± 17) metros a mais quando o TC6min 
foi realizado em um circuito circular em comparação ao reto. Portanto, caso não se tenha o espaço 
necessário para delimitar um percurso de 30 metros em linha reta, é permitido utilizar um outro 
formato, desde que o mesmo circuito seja utilizado em reavaliações futuras dos pacientes.
O mesmo é válido para percursos menores do que 30 metros, ou seja, é permitida a utilização 
de menores tamanhos; entretanto, é necessário lembrar que um percurso menor reduz a distância 
total percorrida no teste, pois mais voltas em torno do percurso serão dadas, sendo maior o número 
de vezes que o paciente reduzirá a velocidade de caminhada para contornar os cones.3 Além 
disso, vale lembrar que o TC6min realizado em circuitos menores dificilmente será comparável a 
dados de literatura, pois a maioria deles decorrem de teste realizado em percurso de 30 metros.
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Dentre os materiais necessários para a realização do TC6min, estão:
 ■ cones – delimitarão o percurso;
 ■ cadeiras – devem ser posicionadas ao longo do percurso, a fim de que o paciente tenha onde 
descansar caso necessite parar durante o teste;
 ■ cronômetro – para registrar o tempo de realização do teste;
 ■ esfigmomanômetro e oxímetro de pulso – para avaliação do paciente antes, durante e após o 
teste;
 ■ fichas para o registro das informações coletadas antes, durante e após a realização do TC6min;
 ■ escala(s) de percepção de esforço (dispneia e fadiga nos membros inferiores);
 ■ fonte suplementar de oxigênio – para manter uma saturação periférica de oxigênio (SpO2) > 
88 a 90%;
 ■ nitroglicerina sublingual e salbutamol;
 ■ carrinho de emergência e telefone para chamar socorro, caso ocorra alguma intercorrência 
durante o teste.
Com relação ao socorro em casos de emergência, é recomendado que o avaliador seja 
certificado em ressuscitação cardiopulmonar com, no mínimo, o certificado de Suporte 
Básico de Vida. Não é recomendado que um médico esteja presente durante todos os testes, 
mas sim quando houver necessidade, de acordo com os riscos apresentados pelo paciente.2
O preparo do paciente antes da realização do TC6min inclui:2
 ■ usar sapatos e roupas apropriados para o exercício;
 ■ manter a rotina do uso de medicações;
 ■ não realizar exercício vigoroso 2 horas antes do teste;
 ■ manter o uso de dispositivos auxiliares da marcha (bengala, andador), se for o caso;
 ■ repousar 15 minutos antes do teste;
 ■ não realizar aquecimento antes do teste.
Antes e após o TC6min, é necessário avaliar a pressão arterial, a frequência cardíaca, 
a SpO2 e a sensação percebida de dispneia e de fadiga de membros inferiores por meio 
da escala de Borg modificada (Quadro 1).
quadro 1
ESCALA DE BORG MODIfICADA
0 Nenhuma
0,5 Muito, muito leve
1 Muito leve
2 Leve
3 Moderada
4 Pouco intensa
5
Intensa
6
7
Muito intensa
8
9 Muito, muito intensa
10 Máxima
Fonte: Adaptado de Mahler & Horowitz (1994)
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Durante o teste, avalia-se continuamente a frequência cardíaca e a SpO2. A mensuração da SpO2 
durante o teste é justificada pelo fato de que esse deve ser interrompido e desconsiderado, caso 
a SpO2 caia para valores abaixo de 80% e se mantenha. Sendo assim, um novo teste deve ser 
iniciado, dessa vez com uso de oxigênio suplementar, com um fluxo suficiente para manter a SpO2 
> 88% a 90%. Em casos de pacientes que utilizam oxigenoterapia domiciliar, o TC6min já deve 
ser iniciado com o uso de oxigênio suplementar e, caso o paciente tenha necessitado de oxigênio 
suplementar durante o TC6min, e, por algum motivo (pós-intervenção ou acompanhamento), tenha 
que ser reavaliado, o teste deverá ser realizado com a mesma quantidade de oxigênio, a fim de 
que as avaliações sejam comparáveis.
Caso o avaliador necessite caminhar junto ao paciente durante o TC6min para 
carregar um cilindro de oxigênio ou portar o oxímetro de pulso, todo cuidado deve ser 
tomado para que a marcha do avaliador não influencie a velocidade de caminhada 
do paciente. Por isso, recomenda-se que o avaliador caminhe atrás do paciente.
LEMBRAR
Um estudo brasileiro28 já demonstrou que pacientes com DPOC, que realizaram TC6min, 
acompanhados pelo avaliador, percorreram uma maior distância e atingiram maior frequência 
cardíaca e sensação de dispneia do que durante o Incremental Shuttle Walk Test (ISWT), o qual 
avalia a capacidade máxima de exercício. Assim, o TC6min perde a sua caraterística de avaliação 
da capacidade funcional de exercício.
Antes de iniciar o teste, o paciente deve ser orientado da seguinte forma: “O objetivo deste teste 
é percorrer a maior distância possível durante seis minutos. Você deverá ir e voltar nesse corredor 
caminhando. Não é permitido correr. Durante o teste, é permitido parar para descansar, porém, o 
cronômetro não irá parar; portanto, retorne ao teste assim que puder”.2
Durante o teste, o paciente deverá receber, a cada minuto, frases de encorajamento padronizadas, 
de modo a evitar que o incentivo do avaliador interfira no seu desempenho. Guyatt e colaboradores18 
demonstraram que, quando pacientes com DPOC e insuficiência cardíaca realizaram TC6min 
com encorajamento, a distância percorrida foi 30,5 metros maior do que quando realizaram o 
teste sem nenhum incentivo verbal.
Caso o paciente necessite parar durante o teste, a seguinte frase de encorajamento 
deve ser dada a cada 30 segundos (desde que a SpO2 esteja ≥ 85%): “Por favor, 
volte a caminhar assim que se sentircapaz”.
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As frases padronizadas de encorajamento sugeridas pela ERS/ATS estão no Quadro 2.
quadro 2
ENCORAJAMENTO PADRONIzADO PARA O TC6MIN SUGERIDO PELA ERS/ATS
1º min: “Você está indo bem. Ainda restam 5 minutos.”
2º min: “Mantenha um bom trabalho. Ainda restam 4 minutos.”
3º min: “Você está indo muito bem. Já foi metade do teste.”
4º min: “Mantenha um bom trabalho. Faltam apenas 2 minutos.”
5º min: “Você está indo muito bem. Falta apenas 1 minuto para terminar o teste.”
6º min: “Por favor, pare onde você está.”
Fonte: Adaptado de Holland e colaboradores (2014).2
Existem algumas situações que exigem a interrupção do TC6min antes dos seis minutos. 
São elas: dessaturação (SpO2 < 80%) e sinais e sintomas de intolerância ao esforço 
(sudorese e dispneia excessivas, palidez, tontura e dor no peito).2
Um modelo de ficha de avaliação a ser utilizada para a realização do TC6min pode ser verificado 
na Figura 1.
Nome: A.P.S.
Idade: 70 anos Peso: 56 Kg Altura: 1,72
Data: 13/09/12 Hora: 13:50
Oxigênio: -- l/min
Observações: parou 1 vez por 30 seg
Antes Após
FC 89 120
PA 120/80 140/80
SpO2 95% 93%
Borg D 2 4
Bord F 1 3
FC SpO2 FC SpO2
30 x 420
60 x 98 95% 450
90 x 480
120 x 110 92% 510
150 x 540
180 x 120 93% 570
210 x 600
240 x 123 94% 630
270 x 660
300 x 125 93% 690
330 x 720
360 x 750
390 780
Distância percorrida: 360 + 23 = 383 m
% do predito: 56%
Figura 1 – Ficha do TC6min.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
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ATIVIDADE
1. Por que a avaliação da capacidade de exercício é de suma importância em se tratando 
de pacientes portadores de doenças cardiorrespiratórias?
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2. O que a literatura científica tem demonstrado acerca da distância percorrida no TC6min 
e os diferentes desfechos em populações com doenças cardiorrespiratórias?
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3. Da lista a seguir, são contraindicações ao TC6min:
I – uso de dispositivos auxiliares da marcha.
II – asma não controlada.
III – pré-operatório de ressecção pulmonar.
IV – angina instável.
V – uso de oxigenoterapia domiciliar.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I, a III e a IV.
B) Apenas a II, a III e a IV.
C) Apenas a I e a V.
D) Apenas a II e a IV.
Resposta no final do artigo
4. Destaque os materiais necessários para a realização do TC6min.
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5. Sobre os aspectos práticos do TC6min, assinale a alternativa correta.
A) O formato do percurso não influencia na distância percorrida, por isso, formatos 
circulares e retos podem ser utilizados.
B) O tamanho do percurso influencia no resultado do teste, sendo que menores percursos 
reduzem a distância percorrida.
C) Frases de encorajamento devem ser evitadas durante o teste para evitar a influência 
do avaliador no resultado.
D) Durante o teste, é permitido parar, sendo esse tempo descontado a fim de que as 
paradas não influenciem no resultado.
Resposta no final do artigo
6. Ainda sobre os aspectos práticos do TC6min, assinale a sentenças correta.
A) Frequência cardíaca e SpO2 devem ser mensuradas somente antes e após o teste.
B) O uso de dispositivos auxiliares da marcha não é permitido, sendo essa uma 
contraindicação absoluta ao teste.
C) Devido ao efeito aprendizado, recomenda-se que dois testes sejam realizados, sendo 
considerado o maior valor como resultado.
D) Oxigênio suplementar não deve ser utilizado, permitindo-se valores de SpO2 abaixo 
de 80% durante o teste.
Resposta no final do artigo
7. Quais orientações devem ser repassadas ao paciente antes da realização do TC6min?
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8. Sobre a suplementação de oxigênio durante o TC6min, considere as seguintes 
afirmações:
I – Valores de SpO2 até 80% são permitidos durante o teste.
II – Pacientes em uso de oxigenoterapia domiciliar devem iniciar o teste com fonte 
suplementar de oxigênio.
III – Testes repetidos devem ser realizados com o mesmo fluxo de oxigênio do primeiro 
teste.
IV – Queda ≥ 4% na SpO2 requer interrupção do teste e reinício com suplementação de 
oxigênio.
Quais estão corretas?
A) Apenas a I, a II e a III.
B) Apenas a I, a II e a IV.
C) Apenas a I, a III e a IV.
D) Apenas a II, a III e a IV.
Resposta no final do artigo
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INTERPRETAÇÃO DO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS
Para que o resultado do TC6min seja interpretado, foram desenvolvidas equações para cálculo 
de valores de referência para a distância percorrida com base em características demográficas 
e antropométricas (sexo, idade, peso e altura). Além de estabelecer uma referência, o cálculo da 
porcentagem do predito atingido no TC6min permite comparações entre indivíduos.
Valores de referência
Existem diversas equações publicadas na literatura específica. Para a escolha da equação 
a ser utilizada, o avaliador deverá considerar as características dos indivíduos incluídos no 
estudo que gerou a equação, bem como o valor do coeficiente de explicação (r2) do modelo de 
regressão construído. Além disso, se estiver disponível, recomenda-se que o avaliadoropte pela 
equação que foi gerada a partir da população do país no qual a avaliação será realizada. A seguir, 
estão listadas as equações disponíveis para a população brasileira:
 ■ Britto e colaboradores:29
Equação 1 (r2=0,46): 
TC6min= 890,46-(6,11*idadeanos)+(0,0345*idade2anos)+(48,87*gênero)-(4,87*IMC)
Equação 2 (r2=0,62):
TC6min=356,658-(2,303*idadeanos)+(36,648*gênero)+(1,704*alturacm)+(1,365*ΔFC)
 ■ Dourado 30 (r2=0,54):
TC6min=299,296-(2,728*idadeanos)-(2,160*pesoKg)+(361,731*alturam)+(56,386*gênero)
 ■ Soares e Pereira31 (r2=0,55):
TC6min=511+(0,0066*altura2cm)-(0,030*idade2anos)-(0,068*IMC2)
 ■ Iwama e colaboradores32 (r2=0,30):
TC6min=622,461-(1,846*idadeanos)+(61,503*gênero)
Para as equações que incluem gênero, considera-se valor igual um para homens e 
zero para mulheres.
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Mínima diferença clinicamente importante
Ao se utilizar o TC6min para avaliar o efeito de intervenções durante a interpretação da mudança 
na distância percorrida, o avaliador deve ser capaz de identificar se o efeito do tratamento foi 
clinicamente importante. Uma forma de se realizar essa interpretação é por meio da Mínima 
Diferença Clinicamente Importante (MDCI).
A MDCI é definida como a mínima diferença na medida de interesse, que é percebida 
pelo paciente como importante e que leva o paciente ou o avaliador a considerar o 
efeito como sendo uma mudança.33
Atualmente, existem alguns valores de MDCI disponíveis para diferentes populações. Considera-
se uma MDCI para o TC6min um aumento de: 
 ■ aproximadamente 25 metros para DPOC;9
 ■ 33 metros para hipertensão arterial pulmonar;34
 ■ 28 metros para fibrose pulmonar idiopática;35
 ■ 25 metros para doença arterial coronariana.36
Associação do teste de caminhada de seis minutos com desfechos clínicos
A distância percorrida no TC6min pode ter importância tanto diagnóstica quanto prognóstica. 
Diversos pontos de corte na distância percorrida, que se associam a diferentes desfechos clínicos, 
já foram estabelecidos na literatura.
Em DPOC, uma distância < 350 metros está associada à maior risco de morte;37 
além disso, esse ponto de corte é utilizado para o cálculo do índice BODE. Martin e 
colaboradores38 verificaram que em adultos com fibrose cística uma distância percorrida 
≤ 475 metros prediz mortalidade ou necessidade de transplante de pulmão em 12 anos.
Por outro lado, em cardiopatas, os estudos sobre a associação entre TC6min e mortalidade 
apresentam resultados conflitantes, sendo que alguns encontraram associação e outros não.39,40 
Rostagno e colaboradores,41 em um amplo estudo incluindo pacientes com insuficiência cardíaca 
congestiva, demonstraram que uma distância percorrida < 300 metros foi associada à maior 
mortalidade.
Em pacientes com doença arterial coronariana estável, a cada 104 metros de declínio 
no TC6min ao longo do tempo, há um risco 55% maior de ocorrência de eventos 
cardiovasculares.42 No pré-operatório de cirurgia para ressecção pulmonar, uma distância 
percorrida > 305 metros é preditora de sobrevida em 90 dias no pós-operatório.43
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 ■ 4-METER GAIT SPEED
A avaliação da velocidade da marcha vem sendo amplamente utilizada já há algum tempo em 
idosos saudáveis. Sabe-se que nessa população a velocidade da marcha está associada:44
 ■ à incapacidade; 
 ■ à piora cognitiva;
 ■ a quedas;
 ■ a um maior número de admissões em instituições;
 ■ à mortalidade.
Recentemente, estudos têm proposto o uso do 4MGS para a avaliação física de pacientes 
portadores de DPOC. Entretanto, até o presente momento, não há estudos sobre a utilização do 
4MGS em outras doenças cardiorrespiratórias. Portanto, o foco desta seção será na DPOC.
O 4MGS pode ser definido como um teste que avalia a velocidade da marcha 
realizada em um percurso plano de quatro metros de extensão, expressa em metros 
por segundo (m/s).
Trata-se de um teste aplicável na prática clínica, pois: 45
 ■ demanda pouco tempo de realização;
 ■ é simples e rápido o treinamento dos avaliadores;
 ■ requer materiais de baixo custo;
 ■ é bem tolerado pelos pacientes;
 ■ requer pequeno espaço para sua realização, ampliando a possibilidade de avaliação em 
clínicas e hospitais (talvez esse seja o aspecto mais interessante).
VALIDADE DO 4-METER GAIT SPEED EM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRôNICA
Em 2013, o 4MGS foi validado para pacientes portadores de DPOC.45 O teste apresentou 
correlação com algumas variáveis clinicamente reconhecidas, tais como:45,46
 ■ índice de massa corpórea (IMC) (r=-0,09);
 ■ VEF1 (r=0,10);
 ■ dispneia (r=-0,55);
 ■ qualidade de vida (r=0,44);
 ■ ISWT (r=0,78);
 ■ TC6min (r=0,77);
 ■ nível de atividade física na vida diária (r=0,25).
REPRODUTIBILIDADE DO 4-METER GAIT SPEED
Dois estudos verificaram a reprodutibilidade do 4MGS em DPOC na realização de dois testes 
(feitos no mesmo dia) com intervalo de 10 a 15 segundos entre eles ou sem intervalo. Os CCIs 
foram semelhantes nos dois estudos 0,97 (IC95%: 0,95-0,98) e 0,95 (0,92-0,97).45,46 Entretanto, 
como os estudos são recentes e ainda não se discutiu muito sobre efeito aprendizado durante o 
teste, observa-se que os protocolos de estudos ainda têm incluído dois testes, sendo escolhido o 
de menor tempo como resultado.
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RESPONSIVIDADE DO 4-METER GAIT SPEED
Um recente estudo avaliou a responsividade do 4MGS a um programa de reabilitação pulmonar 
de curta duração em pacientes portadores de DPOC. O teste mostrou-se responsivo com um 
effect size de 0,4 e um delta de mudança de – 0,08 ± 0,13m/s. Adicionalmente, verificou-se que 
a mudança no 4MGS se correlacionou com as mudanças no ISWT, na qualidade de vida e no 
impacto da doença (0,16 < r < 0,27).47
ASPECTOS TéCNICOS
O protocolo para realização do 4MGS em DPOC ainda está sendo discutido. Atualmente, na 
literatura, estão descritas duas formas de se preparar o percurso a ser utilizado no teste. Uma 
delas é delimitar com faixas ou fitas adesivas um circuito de 4m em linha reta45,47 (Figura 2); a outra 
propõe que uma zona de aceleração e outra de desaceleração, com 2m de extensão cada, sejam 
demarcadas antes e depois do percurso de 4m, respectivamente (Figura 3).48
4m
Figura 2 – Circuito de 4m para o 4MGS.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
2m 2m4m
Figura 3 – Circuito para o 4MGS com zonas de aceleração e desaceleração.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores. 
Os materiais necessários para o 4MGS são fita adesiva, para demarcar o percurso, 
e cronômetro, para registrar o tempo de teste. Dispositivos auxiliares da marcha e 
oxigênio suplementar podem ser utilizados quando for necessário.
LEMBRAR
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Existe, também, uma variação no protocolo a respeito da velocidade de marcha que se deve 
solicitar ao paciente. Duas formas estão descritas:48
 ■ velocidade usual, na qual se solicita ao paciente que caminhe em sua velocidade rotineira e 
confortável;
 ■ velocidade máxima, em que se solicita ao paciente que caminhe o mais rápido possível, 
seguramente, sem correr.
Pouco foi estudado sobre esses dois protocolos em DPOC; entretanto, a maioria dos estudos 
publicados até o momento utilizou a velocidade usual. A forma de considerar o início doteste 
também variou um pouco nos protocolos apresentados até o momento. Quando o percurso 
utilizado não possui as zonas de aceleração e desaceleração, o início da contagem do cronômetro 
acontece no momento que o paciente inicia o movimento.45
Por outro lado, quando se opta pelo circuito em zonas de aceleração e desaceleração, o cronômetro 
é acionado no momento que o primeiro pé do paciente cruza completamente a marcação de início 
dos 4m.48 O momento de parar o cronômetro é sempre o mesmo, ou seja, quando o primeiro pé 
do paciente cruza completamente a marcação de 4m. O resultado final do 4MGS é dado em m/s; 
portanto, basta dividir 4 pelo tempo do teste em segundos.
INTERPRETAÇÃO DO 4-METER GAIT SPEED
O 4MGS é amplamente utilizado na avaliação de idosos saudáveis. Nessa população, 
a velocidade da marcha se mostra um preditor de diversos desfechos, dentre eles, quedas, 
incapacidade e mortalidade.
Em DPOC, pouco se estudou sobre a interpretação do 4MGS até o momento. Em 
idosos saudáveis, considera-se uma velocidade da marcha preservada aquela 
≥ 0,80m/s; abaixo desse valor, os indivíduos são considerados “caminhadores 
lentos”.44
LEMBRAR
Valores de referência
Idealmente, o recomendado seria utilizar uma equação para valores de referência que foi 
desenvolvida a partir do 4MGS. Entretanto, a equação de valores de referência para velocidade de 
marcha usual disponível para a população brasileira, atualmente, baseou-se em testes realizados 
em percurso de 10 metros.49 A equação encontra-se descrita a seguir:
Velocidade da marcha (m/s) = 1,662-(0,008*idadeanos) + (0,115*gêneroM=1; F=0) (r2 = 0,25)
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Mínima diferença clinicamente importante
A MDCI para o 4MGS em DPOC é 0,11m/s, isto é, para que a mudança da velocidade da marcha 
após uma intervenção seja considerada clinicamente importante, essa deve ser um aumento de, 
no mínimo, 0,11m/s.47
Associação entre 4-meter gait speed e capacidade de exercício
Em DPOC, existe uma associação entre a velocidade usual da marcha e a distância 
percorrida no TC6min. Um 4MGS < 0,90m/s é preditor de um TC6min ruim (< 350 
m); e um 4MGS < 0,80m/s prediz um TC6min < 200m.46
LEMBRAR
Adicionalmente, Kon e colaboradores50 verificaram, ao acompanhar por 12 meses alguns pacientes 
com DPOC que não realizavam reabilitação pulmonar, que, nesse período, a velocidade da 
marcha reduziu 0,04m/s e esse declínio correlacionou-se com o declínio da capacidade máxima 
de exercício e também da qualidade de vida.
ATIVIDADE
9. Assinale V (verdadeiro) ou f (falso).
( ) A distância percorrida no TC6min pode ter importância tanto diagnóstica quanto 
prognóstica. Diversos pontos de corte na distância percorrida, que se associam a 
diferentes desfechos clínicos, já foram estabelecidos na literatura.
( ) Em DPOC, uma distância < 450 metros está associada a maior risco de morte; 
além disso, esse ponto de corte é utilizado para o cálculo do índice BODE.
( ) Martin e colaboradores verificaram que, em adultos com fibrose cística, uma 
distância percorrida ≤ 375 metros prediz mortalidade ou necessidade de transplante 
de pulmão em 2 anos.
( ) No pré-operatório de cirurgia para ressecção pulmonar, uma distância percorrida 
> 205 metros é preditora de sobrevida em 180 dias no pós-operatório.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V – F – F – F.
B) F – V – F – V.
C) F – F – V – V.
D) V – V – F – V.
Resposta no final do artigo
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10. Como o 4MGS pode ser definido? Esse teste é aplicável na prática clínica? Por quê?
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 ...........................................................................................................................................
11. Quais são as variações existentes quanto ao protocolo da velocidade de marcha que 
se deve solicitar ao paciente que realiza o 4MGS?
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 ...........................................................................................................................................
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12. Sobre a avaliação da velocidade da marcha em DPOC, assinale a alternativa correta.
A) O 4MGS não tem se mostrado uma boa opção, pois não se correlaciona com outros 
desfechos clínicos.
B) Uma velocidade da marcha abaixo de 0,9m/s prediz uma capacidade funcional de 
exercício ruim.
C) A MDCI do 4MGS é um aumento de 0,11m/s.
D) O 4MGS é reprodutível e, por isso, apenas um teste deve ser realizado na prática 
clínica.
Resposta no final do artigo
13. Sobre os testes TC6min e 4MGS, indique a alternativa correta.
A) Ambos são responsivos e, por isso, podem ser utilizados para avaliar resposta a 
intervenções.
B) Por serem reprodutíveis, é necessário realizar apenas um teste de cada na avaliação 
de pacientes com DPOC.
C) São válidos apenas para avaliar pacientes com DPOC.
D) São úteis para a avaliação da capacidade funcional, porém, não possuem valor 
prognóstico.
Resposta no final do artigo
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 ■ CASO CLÍNICO
Um paciente portador de DPOC grave, 68 anos, sexo masculino, IMC de 20Kg.m-
2 é admitido em um programa de reabilitação pulmonar. Em sua avaliação inicial, os 
resultados do TC6min e do 4MGS foram 320 metros e 0,70m/s, respectivamente.
ATIVIDADE
14. Qual foi a porcentagem do predito, atingida no TC6min? ...........................
 ...........................................................................................................................................
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Resposta no final do artigo
15. Quais as conclusões clínicas a que se pode chegar com os resultados da avaliação 
inicial?
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Resposta no final do artigo
 ■ CONCLUSÃO
Tanto o TC6min quanto o 4MGS são testes decampo utilizados em fisioterapia cardiovascular e 
respiratória. Diversos estudos já demonstraram importantes informações a respeito de aspectos 
técnicos e de propriedades específicas desses instrumentos de medida.
O TC6min é mais utilizado por ter sido proposto há mais tempo para a avaliação de pacientes 
com doenças cardiovasculares e respiratórias. Informações sobre a execução, interpretação e 
associação com outros desfechos clínicos já estão bem estabelecidas. No que se refere a valores 
de referência para a população brasileira, diversas equações estão disponíveis.
O 4MGS vem sendo utilizado há pouco tempo e, por isso, os dados disponíveis ainda se limitam 
à DPOC. Entretanto, devido ao fato de ser um teste bastante importante na avaliação de idosos 
saudáveis, acredita-se que, em alguns anos, os dados sobre a aplicabilidade do 4MGS em 
outras populações com doenças cardiorrespiratórias diferentes da DPOC certamente estarão 
disponíveis. Apesar do pouco tempo de uso em DPOC, já se sabe que o teste é válido, reprodutível 
e responsivo nessa população.
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 ■ RESPOSTAS àS ATIVIDADES E COMENTáRIOS
Atividade 3
Resposta: D
Comentário: Infarto agudo do miocárdio recente e angina instável caracterizam situações cardio-
vasculares de instabilidade ou recuperação. Por isso, o exercício físico, nessas situações, está 
contraindicado.
Atividade 5
Resposta: B
Comentário: Quanto menor o tamanho do percurso, mais vezes a velocidade de caminhada será 
reduzida para contornar os cones que delimitam o circuito e, assim, a distância percorrida diminui. 
Recomenda-se o uso de percurso de 30 metros, porém, percursos menores são permitidos quando 
não se tem espaço suficiente. Entretanto, o avaliador deverá sempre utilizar o mesmo percurso 
para fins comparativos.
Atividade 6
Resposta: C
Comentário: Apesar de o TC6min ser reprodutível, sabe-se que existe um efeito aprendizado com 
mais que um teste é realizado. Assim, recomenda-se realizar dois testes para que o paciente 
possa se familiarizar e considere-se a maior distância percorrida como resultado do teste.
Atividade 8
Resposta: A
Comentário: Atualmente, já se sabe que o TC6min pode ser realizado com SpO2 atingindo valores 
de até 80%, pois muito poucos eventos adversos foram registrados nos estudos. Por isso, mesmo 
que a SpO2 caia 4% ou mais, mas o valor ainda permaneça acima de 80%, o teste não precisa 
ser interrompido.
Atividade 9
Respostas: A
Comentário: Em DPOC, uma distância < 350 metros está associada à maior risco de morte; além 
disso, esse ponto de corte é utilizado para o cálculo do índice BODE. Martin e colaboradores 
verificaram que, em adultos com fibrose cística, uma distância percorrida ≤ 475 metros prediz 
mortalidade ou necessidade de transplante de pulmão em 12 anos. No pré-operatório de cirurgia 
para ressecção pulmonar, uma distância percorrida > 305 metros é preditora de sobrevida em 90 
dias no pós-operatório.
Atividade 12
Resposta: B
Comentário: Apesar de os estudos sobre 4MGS em DPOC serem ainda escassos, sabe-se que 
a velocidade da marcha nessa população está associada à capacidade funcional de exercício, 
sendo que um valor de ponto de corte < 0,9 m/s é preditor de um TC6min < 350 m.
Atividade 13
Resposta: A
Comentário: Foram publicados estudos que demonstraram a responsividade do TC6min e 
do 4MGS; além disso, valores de MDCI também já foram estabelecidos (25 metros e 0,11m/s, 
respectivamente).
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Atividade 14
Resposta: A equação de predição de valores de referência para o TC6min, que pode ser utilizada 
neste caso é a Equação 1, de Britto e colaboradores. Com base nessa equação, o valor predito é 
de aproximadamente 586m. Portanto, o paciente atingiu em torno de 55% do predito.
Atividade 15
Resposta: Pode-se concluir que o paciente apresenta uma baixa capacidade funcional de exercício, 
uma velocidade de marcha lenta e maior risco de mortalidade, por apresentar um TC6min < 350m.
 ■ REfERÊNCIAS
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Como citar este documento
Hernandes NA, Karsten M. Testes clínicos de campo, com emprego de caminhada/marcha: 
teste de caminhada de seis minutos e 4-meter gait speed. In: Associação Brasileira de 
Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva; Martins JA, Karsten 
M, Dal Corso S, organizadores. PROFISIO Programa de Atualização em Fisioterapia 
Cardiovascular e Respiratória: Ciclo 1. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2014. p. 115-
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