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UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA BRUNA DE ASSIS RAMOS FERREIRA RA:D445GE3 MILENA SOUZA ALBINO MACIEL RA:D42AGI7 JOÃO JESUS RODRIGUES DE OLIVEIRA RA:D202HI3 PABLO HENRIQUE DIAS PEREIRA RA:D356OF1 TRÁFICO DE HUMANOS : UM ESTUDO SOBRE A LEGISLAÇÃO E A FORMA COMO É O ENFRENTAMENTO SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA BRUNA DE ASSIS RAMOS FERREIRA RA:D445GE3 MILENA SOUZA ALBINO MACIEL RA:D42AGI7 JOÃO JESUS RODRIGUES DE OLIVEIRA RA:D202HI3 PABLO HENRIQUE DIAS PEREIRA RA:D356OF1 TRÁFICO DE HUMANOS : UM ESTUDO SOBRE A LEGISLAÇÃO E A FORMA COMO É O ENFRENTAMENTO Trabalho de Atividade Aplicada Supervisionada de 2019/2, apresentado á Universidade Paulista (UNIP) - Campus São José dos Campos/ Dutra pelo Curso de Direito. Orientador: Paulo Roberto Daniel de Sousa Júnior SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….4 2. RESUMO……………………………………………………………………………..5 3. ABSTRACT…………………………………………………………………………..6 4. DESENVOLVIMENTO……………………………………….................................7 4.1. LEGISLAÇÃO PÁTRIA ..................................................................................7 4.2. PREVISÃO PENAL ........................................................................................9 4.3. LEI CONTRA TRÁFICO HUMANO (LEI 13.344 de 2016) ............................11 4.4 PESQUISAS E NÚMEROS SOBRE O TRÁFICO DE HUMANOS………..…12 4.5. CASO DE NADIA MURAD ..........................................................................13 4.5.1. APLICATIVO DE ESCRAVIDÃO………………………..……………..15 4.6. ANALOGIA ESTRANGEIRA.........................................................................15 4.6.1. ESTADOS UNIDOS .........................................................................16 4.6.2. ARGENTINA ...................................................................................16 4.6.3. PARAGUAI .......................................................................................17 4.6.4. ALEMANHA .....................................................................................17 4.6.5. ITÁLIA ..............................................................................................18 4.6.6. ESPANHA ........................................................................................18 4.7. REFLEXÃO SOBRE O TEMA .....................................................................19 5. CONCLUSÃO……………………………………………………………………….…21 6. BIBLIOGRAFIAS……………………………………………………………..….……22 SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 4 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA 1. INTRODUÇÃO O estudo em tela analisa com profundidade o tráfico de pessoas. Dentro dessa temática será verificado a história do tráfico de pessoas dentro das legislações até a lei 13.344/16 (lei mais recente acerca do tema). No início as legislações, incluindo as cartas magnas, eram omissas quanto ao tema, sendo até hoje um assunto não aprofundado por qualquer constituição, porém a constituição de 1988 (constituição cidadã) traz artigos e incisos referentes a escravidão, que é uma das principais funções do tráfico de humanos tanto nacional quanto internacional. Aborda-se durante o estudo também casos, como o de Nadia Murad, ganhadora do Prémio Nobel da paz do ano de 2018 e vítima do tráfico de pessoas no oriente médio. A importância de relatos como o de Nádia confirma-se nas legislações, pois quanto mais visibilidade ganha determinado problema, maior o debate em torno para encontrar soluções para o mesmo. O desenvolvimento se desenrola passando também pela forma como outros países lidam com o tráfico de pessoas. É visto durante o estudo como Estados Unidos, Itália, Paraguai, Alemanha e Argentina. Dessa forma é possível ver avanços em sociedades onde o debate acerca do tema já existe para que haja uma maior agilidade vide prática na formação das soluções para a problemática do tráfico de pessoas. Por fim, o estudo responde as perguntas que originaram o estudo dentro de sua reflexão sobre o tema. Para dessa forma concretizar os resultados e verificar quais os avanços encontrados no estudo. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 5 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA 2. RESUMO O presente projeto tem por finalidade a problematização do tráfico de pessoas, valendo-se de um caso hipotético para maior imersão ao estudo do tema proposto. Dentro do estudo, analisar-se-á cada legislação nacional que já tenha tratado do tema, desde a carta magna que mencionasse até legislações infra-constitucionais. Já ressalta-se, também, que atualmente a norma em vigor de maior importância acerca do tema é a lei 13.344/16, lei relativa à proibição do tráfico humano. Sua vigência no mundo jurídico revogou os artigos 231 e 231-A do CP e criou o 149-A, onde o bem jurídico protegido passou a ser a liberdade individual. O desenvolvimento do projeto disserta acerca do tema destrinchando-o para melhor compreensão, sendo seus tópicos: legislação sobre o tema, doutrina majoritária, casos repercutidos, coisa julgada e reflexão sobre o tema. A reflexão sobre o tema traz ao estudo a resposta para as perguntas que fundamentaram o trabalho, sendo elas: “Quais os principais aspectos da legislação brasileira sobre o tráfico de pessoas? Pesquise um julgado de condenações por tráfico de pessoas e relacione os argumentos jurídicos utilizados na condenação.” A metodologia utilizada foi a bibliográfica, respaldando-se em legislações, sites, documentários, livros e decisões judiciais para embasar a fundamentação e o desenvolvimento do projeto. Dessa forma, pretende, o presente artigo, realizar um estudo capaz de aprofundar e reunir em um mesmo projeto os conhecimentos acerca do tráfico de pessoas, visto sua inegável importância. Não apenas para juristas e estudantes do direito, como para toda sociedade. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 6 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA 3. ABSTRACT The present project aims to problematize human trafficking, using a hypothetical case for greater immersion in the study of the proposed theme. The study will analyze each national legislation that has already dealt with the theme, from the magna Carta that mentioned to infra-constitutional legislation. It is also emphasized that currently the most important current rule on the subject is Law 13.344 / 16, the law on the prohibition of human trafficking. Its validity in the legal world repealed articles 231 and 231-A of the CP and created 149-A, where the protected legal property became individual freedom. The development of the project dissertes about the subject breaking it down for better understanding, being its topics: legislation on the theme, majority doctrine, passed cases, res judicata and reflection on the theme. The reflection on the theme brings to the study the answer to the questions that supported the work, which are: “What are the main aspects of the Brazilian legislation on human trafficking?Research a conviction for trafficking in persons and list the legal arguments used in the conviction. ” The methodology used was bibliographic, based on legislation, websites, documentaries, books and court decisions to support the project's rationale and development. Thus, this article intends to carry out a study capable of deepening and gathering in one project the knowledge about human trafficking, given its undeniable importance. Not just for lawyers and law students, but for every society. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 7 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA 4. DESENVOLVIMENTO 4.1. LEGISLAÇÃO PÁTRIA O tráfico humano não é um problema atual, já que esse tipo de tráfico ocorre desde que o Brasil começou a ser explorado pelos portugueses, devido a encontrarem resistência dos índios, os exploradores precisavam de mão-de-obra barata e em quantidade, e como nos outros países eram comuns, começaram esses a importar humanos de diversas nacionalidades com o objetivo desses trabalharem em fazendas de café, engenhos de açúcar, na casa de seus importadores, e devido a grande extensão geográfica e econômica do Brasil, este se tornou um dos maiores importadores e exportadores da mão-de-obra escrava. Conforme evidencia o livro “Para Uma História Do Negro No Brasil - da Biblioteca Nacional, de 1988”, como a nossa legislação propiciava e ignorava o tráfico humano como conhecemos atualmente, a Constituição Federal de 1824, é omissa quando se trata dos cidadãos importados de outras nacionalidades, trata em seu artigo 7º que ao ser naturalizado em outro país ele perde os direitos de cidadão brasileiro. A constituição federal de 1891, vinha de um cenário político, social, histórico totalmente diferente da anterior, pois recentemente em 1888 foi-se abolida a escravidão, ampliando- se o rol de cidadãos com direitos. Art 69 - São cidadãos brasileiros: 1º) os nascidos no Brasil, ainda que de pai estrangeiro, não, residindo este a serviço de sua nação; 2º) os filhos de pai brasileiro e os ilegítimos de mãe brasileira, nascidos em país estrangeiro, se estabelecerem domicílio na República; SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 8 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA 3º) os filhos de pai brasileiro, que estiver em outro país ao serviço da República, embora nela não venham domiciliar-se; 4º) os estrangeiros, que achando-se no Brasil aos 15 de novembro de 1889, não declararem, dentro em seis meses depois de entrar em vigor a Constituição, o ânimo de conservar a nacionalidade de origem; 5º) os estrangeiros que possuírem bens imóveis no Brasil e forem casados com brasileiros ou tiverem filhos brasileiros contanto que residam no Brasil, salvo se manifestarem a intenção de não mudar de nacionalidade; 6º) os estrangeiros por outro modo naturalizados. Mas em nenhum momento se fala sobre como os estrangeiros iriam se libertar e se iriam punir seus “traficantes” , apenas ilusoriamente lhes dava liberdade e garantiam-lhe alguns direitos abstratos para a realidade recente. E a constituição de 1934, vem após a proclamação da república em 1899, delimita que os nascidos no Brasil, os que já adquiriram nacionalidade pela constituição anterior, e os estrangeiros de que outros modos foram naturalizados, assim encurtando o rol. E a de 1937, no Estado Novo, apenas acrescentou no rol de nacionalidade e cidadania, no artigo 115: “os filhos de brasileiro ou brasileira, nascidos em país estrangeiro, estando os pais a serviço do Brasil e, fora deste caso, se, atingida a maioridade, optarem pela nacionalidade brasileira.” E nela se começa a se falar nos direitos sociais principalmente os trabalhistas, e essa promulgação serve até hoje e delimita o que seria considerado o “trabalho digno”. O que serve de comparação para o que é considerado um dos objetivos do tráfico de humanos, o trabalho análogo à escravidão. Em seguida a constituição federal de 1946 acrescenta a alínea que aumenta o rol de direito a nacionalidade aos portugueses que residiam no Brasil por mais de SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 9 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA um ano ininterrupto, idoneidade moral e sanidade física. Na constituição de 1967 fica claro as fortes influências do regime militar, e se há a distinção entre os brasileiros natos e os naturalizados. Na atual Constituição Federal, promulgada em 1988, garante a igualdade a todos, e nada se fala sobre o tráfico de humanos, apenas fala sobre a exploração da escravidão, que é um dos principais objetivos do tráfico de humanos tanto nacional quanto internacional. 4.2. A PREVISÃO PENAL No código penal apresenta-se as penas e a tipificação dos crimes, e se é comum ao entendimento que sem lei não há crime, e apesar do primeiro código penal ter sido tardio aos demais, o costume e a vingança privada que punia independente do direito e poder do Estado de punir. O código de 1830 em nada se fala na punição aos que compram e os que traficam seres humanos, devido a influência da época de não ser uma infração moral nem penal, ser um costume e tradição e forma de demonstrar poder econômico. E a mesma coisa se aplica ao Código Penal de 1890, apesar de já ter se abolido a escravidão, só foram retirados os termos relacionados á escravo e ter inserido no ordenamento inovações nas formas de punir. Em ambos os códigos a influência da Igreja Católica são profundas as intervenções, não havendo uma separação na punição. E em 1932, o código penal é positivado por Getúlio Vargas costurada por diversas leis esparsas e decretos reunidos pelo Sr. desembargador Vicente Pirâmide. Atualmente vigora o Código penal de 1940, que é o primeiro a mencionar o tráfico de pessoas que foi emendado em 2016, oferece vários aspectos, tipificação, as penas, e trata das peculiaridades. Onde no artigo 83, mostra que se o condenado SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 10 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA for reincidente no crime de tráfico de pessoas ele não pode requerer o benefício de livramento condicional. E no artigo 149- A é se apresentado a tipificação e a sanção penal. Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de: I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo; III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; IV - adoção ilegal; ou V - exploração sexual. Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. E descreve as agravantes em seus incisos seguintes, ou seja, o que aumenta as penas a quem pratica o ilícito de traficar seres humanos ou tiver posição favorecida, como o funcionário público ou alguém que tiver parentesco com a vítima, no artigo 149-A: § 1o A pena é aumentada de um terço até a metade se: I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suasfunções ou a pretexto de exercê-las; II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência; III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 11 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional. E a atenuante só se configura se condenado for primário e não estiver participando de uma organização criminosa. 4.3. LEI CONTRA TRÁFICO HUMANO (lei 13.344 de 2016) A lei de 2016 é considerada tardia, mas de importância extrema para combater esse crime de tráfico de pessoas, pois ela regulamentou um crime que viola vários preceitos defendidos constitucionalmente, antes dessa reforma ao Código Penal não se era previsto os meios nem os objetivos que hoje são elencados no artigo 149-A. Na atualidade, com o advento do Protocolo de Palermo (2000), diversas alterações no ordenamento jurídico brasileiro foram necessárias, conforme citam Venson e Pedro (2013, p.62). Ainda no ano de 2016, uma nova alteração, em conformidade com o protocolo, ampliou o rol de situações, sob as quais está configurado o tráfico de pessoas. A Lei nº 13.344/2016 revoga os arts. 231 e 231-A do Código Penal (1941), e cria o art. 149- A, que tem redação similar ao art. 3º do Protocolo de Palermo (2000), colocando como situações (além das já citadas exploração sexual, prostituição e escravidão) a remoção de órgãos e tecidos, adoção ilegal, servidão e trabalhos em condições análogas à de escravo. Sintetizado por Nucci, os meios são: agenciar (tratar de algo como representante de outrem); aliciar (seduzir ou atrair alguém para alguma coisa); recrutar (atrair pessoas, formando um grupo, para determinada finalidade); transportar (levar alguém ou alguma coisa de um lugar para outro, valendo-se de um veículo qualquer); transferir (levar algo ou alguém SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 12 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA de um lugar para outro); comprar (adquirir algo pagando certo preço); alojar (dar abrigo a alguém); acolher (proporcionar hospedagem). Não se enquadra a vítima ou o agente que pratica o ilícito assim abrangendo a todas as pessoas, e tipifica em que situações se entende a maneira a ser feita, taxativamente como descreve Grecco, pela grave ameaça: o agente promete à vítima o cumprimento de um mal injusto, futuro e grave, [...]. Esse mal pode recair sobre a própria vítima do tráfico, ou sobre alguém que lhe seja próximo, com quem tenha alguma relação de afinidade Também pela violência seja ela física ou psicológica, ou a coação que é de acordo com GRECO (2017) “uma forma de intimidação, que pode ser praticada através da violência (vis corporalis) ou da grave ameaça (vis compulsiva)”, e fraude onde a vítima é levada ao erro e ao abuso que caracteriza-se pelo excesso de poder sobre a vítima, ou como Rogério expõe, “o diz respeito ao uso excessivo, ao desmando de alguém que tem algum poder sobre a vítima,[..] que ocorre com os pais, tutores, curadores”. E as finalidades são detalhados nos incisos do artigo 149- A, que são o tráfico de órgãos e tecidos, trabalho análogo à escravidão, ou servidão, ou para a adoção ilegal, ou para exploração sexual. 4.4. PESQUISAS E NÚMEROS SOBRE O TRÁFICO DE HUMANOS Embora esse assunto passe despercebido diante de nós, estamos diante de uma realidade mais que recorrente na atualidade, A MMFDH (Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) divulgou esse anos que só em 2018 houve 159 denúncias de tráfico humano no Brasil. Pesquisas apontam que o tráfico interno de exploração sexual no país nesse SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 13 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA ano foi de 16,9% e já o externo de 8,1%. O tráfico interno para a exploração do trabalho ficou 6,9% e o externo com 5,0%. Já a adoção interna teve o número de 7,5% e a adoção externa 2,5%. 1,8% foi referente ao tráfico internacional de órgãos e quanto a porcentagem de trafico de orgaos no Brasil foi de 0,63%. Dessas vítimas mais da metade são mulheres, enquanto os casos registrados que envolvem homens são de apenas 11,6%. Pesquisas da ONU apontaram que entre os anos de 2012 e 2014 o número de vítimas do tráfico humano na américa do sul foi de 5.800 mil. No Brasil o MPF afirmou a existência de mais de 200 casos de tráfico humano em aberto, onde já houve 15 condenações judiciais, sendo destas 7 em segunda instância e 8 em primeira instância. Ele também cita um relatório da ONU, que informa alguns outros destinos do tráfico de pessoas, sendo eles a produção de porngrafia, casamentos forçados exploração da mendicância e formação de milícias infantis para ajudar nos conflitos armados. A maior parte dos casos registrados as vítimas são de países ou lugares mais pobres, porém, o destino delas geralmentes são países ou lugares de ordem econômica mais satisfatória. Os países que mais sofrem com esse tráfico são os do oriente médio de acordo com uma pesquisa realizada em 2014, estão no ranking: (1) arábia saudita; (2) argélia; (3) china; (4) congo; (5) cuba; (6) coreia do norte; (7) Eritreia; (8) Guiné-Bissau; (9) Guiné Equatorial; (10) Iémez; (11) Irã; (12) Kuwait; (13) Líbia; (14) Mauritânia; (15) Papua Nova Guiné; (16) República Centro-Africana; (17) Rússia; (18) Síria; (19) Sudão; (20) Uzbequistão. 4.5. O CASO DE NADIA MURAD Nadia Murad que é a ganhadora do Prémio Nobel da paz do ano de 2018 e foi uma vítima do tráfico de pessoas no oriente médio. Ela foi sequestrada no ano de 2014, na época ela tinha 21 anos de idade e levava uma vida simples na aldeia de SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 14 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA Kocho em Sinjar, norte do Iraque. Nadia pertence a uma etnia religiosa minoritária denominada yazidi que é considerada infiel pelo estado islâmico. No dia em que sua aldeia foi invadida pelo estado islâmico foi dado uma opção aos moradores, converterem ao islamismo ou a morte. No dia cerca de 600 pessoas foram massacradas, incluindo seis de seus nove irmãos, 18 membros de sua família morreram neste dia. Após toda matança Nadia foi levada junto com outras 150 mulheres até Mossul, diz ela, "No caminho eles tocavam nossos seios e esfregavam as barbas em nossos rostos. Não sabíamos se iam nos matar nem o que fariam conosco. Percebemos que nada de bom iria ocorrer porque já tinham matado os homens e as mulheres mais velhas, e sequestrado os meninos." Chegando no quartel de Mossul essas mulheres foram estupradas repetidas vezes e vendidas, diz ela "As coisas que fizeram foram horríveis. Nunca imaginamos que coisas tão terríveis aconteceriamconosco." Nadia passou três meses como homem que a comprou, ela conta que várias mulheres que estavam naquela situação de extremo sofrimento e humilhação suicidaram-se, porém isso nunca foi uma hipótese para ela e que nunca questionou a sua fé, ela acredita que todos devem aceitar o que lhe foi dado por Deus, independente do sofrimento que tenha lhe sido imposto. Ela teve sua primeira tentativa de fuga frustrada, o que a transformou em um espólio de guerra , pois de acordo com o estado islâmico essa é a penalidade para aquele que tenta fugir. Foi nesse momento que ela sofreu o denominado jihad sexual, onde foi estuprada em grupo. Após esse episódio nadia não pensou em fugir mais, até que seu dono resolveu a vender e para isso teve que sair para comprar roupas novas para ela, foi nesse momento que ela fugiu e encontrou uma família que não apoiava o estado islâmico, eles a ajudaram, lhe deram um véu negro, documentos, e a levaram até a SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 15 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA fronteira, e foi então que seu pesadelo teve fim. Atualmente Nadia é uma ativista e viaja o mundo todo com o fim de ajudar a causa, além do prêmio nobel ela também recebeu da união europeia em 2016 o prêmio Sájarov à Liberdade de Consciência, neste mesmo ano ela foi nomeada ao cargo da Boa Vontade da ONU para a Dignidade dos Sobreviventes do Tráfico Humano. A revista americana Time a colocou na lista das cem pessoas mais influentes do mundo e em 2017 ela lançou seu livro "Eu Serei a Última" contando sua história. 4.5.1. APLICATIVO DE ESCRAVIDÃO E no processo deste trabalho, houve repercussão e ampla divulgação de que aplicativos estavam anunciando pessoas como empregadas, no aplicativo 4sale é anunciada mulheres em Kuwait, onde são classificadas como mercadorias por nacionalidade, idade, entre outras características. Na qual elas são retiradas de países emergentes com promessas de emprego e uma vida melhor, e ao chegar na casa de seus “compradores” elas se tornam escravas, e lhe são privadas a liberdade de ir e vir, de comer, dormir. E esses compradores acabam vendendo-as a outras pessoas que veem esses anúncios explícitos no aplicativo. 4.6. ANALOGIA ESTRANGEIRA A preocupação com o tráfico de pessoas é um problema que assola todos os países. Os países que integram o mercosul como a Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai são signatários de tratados internacionais a exemplo da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre o Crime Organizado Transnacional e alguns de seus Protocolos como o Protocolo de Palermo que foi elaborado no ano 2000 e trata sobre o tráfico de pessoas em especial nas questões referentes a crianças e mulheres e também o Combate ao Tráfico de Migrantes por Via Terrestre, Marítima SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 16 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA e Aérea. A Europa por sua vez seguiu o mesmo caminho do mercosul assumindo e adequando-a a sua lei interna no protocolo palermo. 4.6.1. ESTADOS UNIDOS No fim do ano de 2008 o Estados Unidos sancionou uma nova lei que tratava do tráfico de pessoas, esta trata tanto do tráfico internacional quando ao tráfico nacional. A nova lei além de prever a punição para aquele que comete o ato ilícito também prevê assistência aos sobreviventes, isso inclui uma concessão para visto especiais e uma proteção para aqueles que imigração com o objetivo de trabalhar para que não sejam explorados. O país também criou um ranking para a atuação de outros países no combate dessa modalidade, os piores da lista sofrem consequências como a interrupção de remessa dos recursos financeiros, muitos criticam essa parte com o argumento de que isso não passa de questão política. 4.6.2. ARGENTINA Entre os principais meios de combater ao tráfico humano na Argentina, existe uma lei (Lei nº 26.364) que trata de ajudar a prevenir e dar assistência a vítimas de tráfico humano (Prevención y Sanción de La Trata de Personas y Asistencia a sus Víctimas). O enfrentamento do tráfico humano na Argentina tem como objetivo, por meio de leis e tratados internos, reprimir o ato e proteger vítimas que sofrem dessa prática. Um pouco diferente do modo nacional (brasileiro) de agir, as leis argentinas descrevem o tráfico humano através da Lei nº 23.364 de dois jeitos : a primeira para maiores de 18 (dezoito) anos e outra para as menores de 18 anos, tendo então como o base o Protocolo Palermo. A legislação Argentina previne algumas modalidades de tráfico humano como a escravidão, servidão ou práticas análogas a estas, trabalhos ou serviços forçados, comércio sexual e extração de órgãos do SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 17 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA corpo humano, promovendo também medidas de prevenção e efetivação de direitos fundamentais a vítima como, o recebimento de alimentação, proteção tanto ao prestar testemunho quanto a sua família e recebimento de documentação. E conta também com uma instituição de prevenção ao tráfico humano (Oficina de Rescate Y Acompañamiento), que conta com uma equipe de profissionais de algumas áreas que poderiam ajudar nos caso e nas investigações, como os psicólogos, advogados e assistentes sociais. 4.6.3. PARAGUAI Ainda não tem legislação própria e específica para enfrentar a prática do tráfico humano, porém por sua vez estabelece diversos ações sociais como o Plan Nacional de Prevención y Erradicación de La Explotación Sexual de Niños, Niñas y Adolescentes criado em 2004 e o Plan Nacional de Prevención y Erradicación Del Trabajo Infantil y Protección Del Trabajo de los Adolescentes de 2003 a 2008 .4 Uruguai Está desde 2004 tentando introduzir em seu ordenamento uma legislação para criminalizar o tráficos de pessoas, porém ainda não obteve nenhuma ação pública própria. Já foi aprovado a Lei 18.250 que trata das migrações tendo como foco o tráfico de pessoas. Na questão de política social o país busca primeiro a implementar e consolidar a sua lei para elaborar uma medida apta. 4.6.4 ALEMANHA O país teve sua legislação penal mudada no ano de 2005, quando houve uma alteração na sessão dos crimes contra a liberdade para se ajustar ao protocolo palermo, tendo assim a inclusão do tráfico humano a exploração sexual e laboral. O País definiu como pena base para ambos os crimes o mínimo de seis meses e o máximo de dez anos. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 18 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA 4.6.5. ITÁLIA Dentre as potências europeias a Itália é o país indicado com mais vítimas de tráfico humano. Devido ao grande número de imigrantes no país, o tráfico humano se tornou relevante para a política italiana, que viu o aumento de 1.192 (mil e cento e noventa e dois) casos em 1990 para 3.004 (três mil e quatro) em 2001 nos delitos envolvendo a prostituição. Existe algunsartigos que dizem respeito ao tráfico humano que se encontram no capítulo III, do delitos contra a liberdade individual , do código penal Italiano. Com exceção dos artigos 600, 601 e 602 que tratam da escravidão do ser humano ou práticas análogas, como servidão e compra e venda de escravos. Para isso a penalidade é a prisão, com sentença de 8 (oito) a 20 (vinte) anos. O artigo 601 visa descrever maneiras que destacam a pena, que pode ser majorada se os crimes forem cometidos contra pessoas menores de 18 anos ou com o objetivo de expor o indivíduo a prostituição ou remoção de órgãos. 4.6.6. ESPANHA Foi incluído ao Código Penal espanhol o Título VII, com o artigo que visa abordar algumas questões em relação ao tráfico de pessoas(artigo 177, itens 1 a 11) com base no Protocolo de Palermo, dando foco a exploração sexual, laboral e a extração ou comercialização de órgãos , tendo como pena de 5(cinco) a 8 (oito) anos de prisão. A legislação é criticada internamente por preceptores pois não considerou na efetivação de necessidades e realidade do País. A especificação como outros também é taxativa e abrange algumas ações que podem constituir o crime , como a imposição forçada de matrimônio. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 19 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA 4.7. REFLEXÃO SOBRE O TEMA Para responder corretamente a questão sobre os principais aspectos da legislação brasileira sobre o supracitado tráfico, vê-se necessário partir do básico da dogmática penal, a fim de não deixar espaço para análises rasas a respeito de um tema tão importante. Crime é um fato típico e antijurídico, sendo a culpabilidade apenas responsável por dosar a pena. Deve estar previsto em legislação penal como prevê o princípio, constitucional, da legalidade consagrado no art 1º do código penal: “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”. Ciente disso, a legislação pertinente ao tráfico de pessoas está presente na lei 13.344 de 2016, que revogou os arts. 231 e 231-A do código penal e criou o 149-A. No supracitado artigo o bem jurídico protegido passou a ser a liberdade individual. O crime é visto como comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa contra qualquer pessoa, confundindo-se, por óbvio, o sujeito passivo com o objeto do crime (pessoa física). Ao que refere-se a conduta tem-se como nítido a hipótese de crime de ação múltipla, onde prevê 8 verbos como núcleo do tipo,, sendo elas: agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa. Lembrando que se o agente realizar mais de um dos verbos estará cometendo apenas um crime, sob pena de incorrer em bis in idem ao ver-se cumprindo duas penas ou mais pelo mesmo ato antijurídico praticado. Para que possa configurar o crime de tráfico de pessoas, o agente ao praticar um ou alguns dos verbos acima, explicitamente deverá empregar o uso de violência, coação, fraude ou abuso. Deve-se entender por grave ameaça toda violência moral que consista na promessa de um mal injusto a alguém, perturbando assim a liberdade psíquica do ofendido, enquanto a violência deve ser material, de tal forma SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 20 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA que haja o emprego de força física necessária para realizar a paralisação do ofendido. A coação é, nas palavras de Ney Moura Teles (1999): "o constrangimento para que alguém faça ou deixe de fazer algo contra a própria vontade, podendo ser física ou moral, enquanto a fraude consiste na prática de um artifício capaz de induzir ou manter a vítima em erro, para que esta atue representando falsamente a realidade". Finalizando, abuso é, conforme explica o supracitado autor, o uso excessivo ou incorreto da força para efetivar a prática de qualquer um dos verbos do crime em análise. 5. CONCLUSÃO O desenvolvimento do trabalho proposto tem como problematização base o tráfico de pessoas, tal projeto acadêmico teve como norte o desenvolvimento do estudo sobre o tráfico de pessoas, desde a história nas legislações nacionais, doutrinas e jurisprudências falando sobre. Contamos com, já no início do trabalho apresentado, o histórico da legislação do tráfico de pessoas no Brasil, desde suas constituições, até finalmente chegar na lei 13.344/16 que disciplina atualmente o tráfico de pessoas, tendo como principal objetivo atualizar e aprimorar a legislação, a fim de aumentar a proteção jurídica às pessoas. Por fim, vê-se com importância, também, explicar a toda a parte teórica da supracitada lei, passando pelo seus sujeitos (ativo e passivo), pelo seu núcleo do tipo, pelo tipo subjetivo, tipo objetivo, etc, a fim de criar uma imersão acerca do tema que seja capaz de não deixar dúvidas sobre a tentativa estatal de combater o tráfico de pessoas. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2019 21 UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - DUTRA 6. BIBLIOGRAFIAS NACIONAL, BIBLIOTECA. Para uma história do negro no Brasil. — Rio de Janeiro. Biblioteca Nacional. 1988. Disponível em : <http://objdigital.bn.br/acervo_digital/div_iconografia/icon1104317/icon1104317.pdf> Acesso em: 14 de out. 2019. SCAMPINI, STELLA FÁTIMA. Tráfico de Pessoas : Coletânea de Artigos - Volume 2. 2017. Disponível em: <http://www.mpf.mp.br/atuacao-tematica/ccr2/publicacoes/coletaneas-de-artigos/003 _17_coletanea_de_artigos_trafico_de_pessoas.pdf> Acesso em: 14 de out. 2019. BRASIL. CÓDIGO PENAL. 1940. Rio de Janeiro - RJ. 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