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Disciplina: Sistemas Digitais Conversor Digital Analógico Prof. Luís Caldas Pág. 1 CONVERSORES DIGITAIS ANALÓGICOS O mundo é analógico e a comunicação entre o ele e um computador digital é através de uma interface capaz de converter o sinal analógico vindo de um condicionador de sinal em um número de bits. O condicionador de sinal analógico recebe um sinal analógico de um transdutor elétrico e lineariza o sinal e converte em um padrão analógico de 0 a +5V, 0 a 20mA ou 4 a 20mA. Muitas vezes, o computador envia dados ao mundo analógico, como tensão ou corrente de referência, sinal de erro para correção do valor de saída para o valor desejado, enfim a informação passa por uma interface a qual converter dados digitais em sinais analógicos. O esquema a seguir mostra o esquema de uma planta industrial sendo controlada por um computador cuja comunicação entre eles é por meio da interface analógica para digital e digital para analógico. Um diagrama de bloco de um sistema em malha fechada de controle de uma grandeza física em uma planta é descrito a seguir. Figura: Diagrama de bloco para representação de um sistema com uma planta discretizada. TERMINOLOGIA A terminologia é muito importante, pois os termos definidos serão na sua maioria de ordem prática. DAC – Conversão digital analógica – É uma interface capaz de converter uma informação digital, normalmente binária de n bits, em uma proporcional tensão ou corrente. ADC – Conversão analógica digital – É uma interface capaz de converter um sinal analógico, normalmente dentro de padrões de tensão e corrente, em uma informação digital de n bits. PLANTA – É uma instalação com certa característica a qual responde a uma excitação de entrada em tensão ou corrente com um específico comportamento dinâmico. Resolução – É a menor quantidade de tensão ou corrente entre dois sucessivos passos. Fundo de escala – É a maior quantidade de tensão ou corrente, ou o valor máximo de um conversor DAC. Contador – É um dispositivo utilizado no conversor analógico digital de rampa digital, o qual conta de zero até o máximo ou seja até o fundo de escala. Dupla-rampa – É um princípio de operação do conversor analógico digital onde a conversão é feita por um circuito RC em dois ciclos: o ciclo inicial um capacitor é carregado com a tensão a ser convertida e o segundo ciclo vem a descarga do capacitor. A relação entre a carga e a descarga proporciona o valor digital de saída. Disciplina: Sistemas Digitais Conversor Digital Analógico Prof. Luís Caldas Pág. 2 Rampa digital – É um princípio de operação do conversor analógico digital onde a conversão é feita com o auxílio de um contador e um DAC. A rampa digital gerada na saída do DAC é comparada ao valor da tensão de entrada. O valor digital de saída é fornecida pelo contador quando a comparação é finalizada. Aproximação sucessiva – É um princípio de operação do conversor analógico digital onde a conversão é feita com o auxílio de um registrador e um DAC. A entrada digital para o registrador é fornecida por uma unidade de controle e enviada há um DAC. A saída do DAC é comparada ao valor da tensão de entrada. O valor digital de saída é fornecido pela unidade de controle quando a comparação é finalizada. Flash - É um princípio de operação do conversor analógico digital onde a conversão é feita com o auxílio de 2n - 1 comparadores. Cada um dos comparadores possui um valor de referência proporcional à resolução do conversor, onde 0 igual a 0V e o fundo de escala é igual a (2n – 1) multiplicado pela resolução. O valor digital de saída é fornecido pelo posição do comparador mais significativo ativo. Tensão e freqüência – É um princípio de operação onde a tensão analógica a ser convertida é convertida por um circuito, em freqüência. É um tipo de freqüencímetro, pois a medida do número de pulsos, centro de uma base de tempo é o valor digital que é proporcional a tensão ou corrente de entrada. Sigma-Delta - É um princípio de operação do conversor analógico digital e digital analógica onde a conversão é feita por um circuito digital. Através de subtrações com realimentação a conversão é realizada. Opera com cordões de bits e o processo é bit a bit. Precisão – É um desvio máximo que o conversor apresenta na saída e não é acumulativo. Monotonicidade – É uma propriedade do conversor onde a saída do DAC aumenta com o incremento na entrada digital. Erro de quantização – É um erro intrínseco na conversão analógico digital. O erro é presente na conversão quando a tensão a ser convertida é múltipla exata da resolução do DAC interno. Erro de fundo de escala – É um desvio intrínseco do conversor digital analógico e é referido em uma porcentagem do fundo de escala do DAC. Digitalização – É um processo de conversão do sinal analógico em informação digital para posterior reprodução do sinal. Amostragem – É o processo de leitura de um sinal analógico realizados dentro de um determinado intervalo de tempo. Sample and Hold – É um circuito capaz de armazenar um sinal analógico variando no tempo (memória analógica) e manter o seu valor durante um período de tempo, por exemplo, até que a conversão analógica digital seja realizada. Aquisição de dados – É a conversão em dados ou valores numéricos para um computador de um processo físico. Disciplina: Sistemas Digitais Conversor Digital Analógico Prof. Luís Caldas Pág. 3 CONVERSORES DIGITAIS ANALÓGICOS A conversão digital analógica é um processo o qual recebe uma informação digital vinda de um computador ou de uma unidade de controle, local ou remota, a qual converte para um valor analógico ou em tensão ou em corrente. A quantidade de tensão ou corrente mínima gerada pelo DAC, por exemplo, quando a entrada digital é igual ao número um é igual à resolução do DAC. Os valores de saída do DAC são proporcionais à resolução, então se pode escrever: Saída Analógica = resolução x entrada digital. Um esquema de representação do conversor DAC é mostrado a seguir. Figura: Conversor Digital Analógico - DAC Exemplo: Um conversor DAC tem uma resolução igual a 1V. Sabendo-se que o número de bits do conversor DAC é de três bits, pede-se: a) Preencher uma tabela da verdade com entrada digital e saída do DAC. b) Qual o valor de fundo de escala do DAC. a) A tabela da verdade do DAC. O número de degraus no exercício anterior é igual a 7, assim a resolução de um DAC de n bits é definido como: n A.F.S K 2 1 Exemplo: Um conversor DAC tem uma tensão analógica de fundo de escala igual a 5,1V. Sabendo- se que o número de bits do conversor DAC é de oito bits, pede-se: a) Qual a resolução do DAC. b) Qual o valor da tensão de saída para entrada digital igual a 20. A2 A1 A0 S(V) 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 2 0 1 1 3 1 0 0 4 1 0 1 5 1 1 0 6 1 1 1 7 b) A.F.S = 7V. (Valor analógico de fundo de escala). Disciplina: Sistemas Digitais Conversor Digital Analógico Prof. Luís Caldas Pág. 4 a) A resolução é igual a n A.F.S K 2 1 => 5,1 K 20mV 255 b) VSAÍDA = 20mV x 20 = 400mV. EXEMPLO: Um conversor DAC de 8 bits gera a corrente de 0,1mA quando a entrada digital é igual a um. Pede-se: a) O valor da resolução do DAC. b) A corrente de fundo de escala do DAC. a) A entrada digital igual a um é a resolução do DAC igual a 0,1mA. b) A.F.S = (28 – 1) x 1mA = 255 x 0,1mA = 25,5mA. RESOLUÇÃO PERCENTUALA figura a seguir mostra uma rampa digital, cuja resolução é igual a K, para um DAC de n bits. Figura: Rampa digital saída de um DAC de n bits. EXERCÍCIO: Um conversor DAC de 8 bits produz na saída uma corrente de 10mA para uma entrada digital igual a 50. Pede-se: a) A resolução do conversor DAC. b) A corrente de fundo de escala. c) A resolução percentual. a) 10mA K 0,2mA 200 A. 50 b) A.F.S. = 255 x 200A = 51mA. c) 1 R% x100 0,4%. 255 EXERCÍCIO: Um conversor DAC tem uma resolução percentual igual a 0,1%. Sabendo-se que a resolução do DAC é de 20A. Pede-se: a) O número de bits do DAC. b) A corrente de fundo de escala. c) Para uma entrada digital igual a 40 a corrente produzida na saída. a) n n 1 R% x100 0,1% 2 1 1000 2 1 e n.log 2 log 1000 Resolução Percentual = R% n n K K 1 R% x100 x100 x100 A.F.S K.2 1 2 1 Disciplina: Sistemas Digitais Conversor Digital Analógico Prof. Luís Caldas Pág. 5 log1000 n n 9,96 n 10bits log 2 b) A.F.S. = 1023 x 20A = 20,46mA. c) ISAÍDA = 40 x 20A = 800A EXERCÍCIO: Um conversor DAC é utilizado no acionamento de um motor cuja rotação máxima é de 1.800 rpm. Pede-se: a) Qual o número mínimo de bits do DAC para que o desvio máximo entre a rotação desejada e a rotação real seja no máximo 1 rpm. b) Qual a rotação real de saída para uma rotação desejada de 250rpm. Solução: Um desvio de 1 rpm => = 1 rpm. A resolução deve ser 2 rpm. a) O número de bits. n n n1.800 log9012 1 2 1 900 2 901 n 2 log 2 n 10 bits. A resolução real 1.800 K 1,7595rpm 1023 . b) Rotação desejada 250 rpm => 250 E.D. 142,083 1,7595 E.D. = 142. Rotação Real = 142 x 1,7595 = 249,85 rpm.
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