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VI Seminário Interdisciplinar

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VI Seminário Interdisciplinar: 
AS NARRATIVAS (AUTO) BIOGRÁFICAS NO PANORAMA PROFISSIONAL E SOCIAL
Histórias de vida: um processo de formação e de auto formação.
Alexandrina Maria S. da Silveira – Ciências Contábeis
Adriana Andrade – Administração
Aparecida Furtado – Administração
Francisca Maria Irineu da Guia – Administração
Marcela Silvestre Carneiro – Serviço Social
Maria Pia de Sales (1910 – 1999)
Nascida em Trairi em 1 de março de 1910, Maria Pia de Sales descende de um dos primeiros povoadores brancos do município, o português Manoel Francisco Pereira. Dona Flor (Florisminda Xavier de Souza Pereira), sua avó, foi a primeira mulher a se destacar em um órgão público, gerente dos Correios local, cargo herdado por sua tia mais velha, Chiquinha (Francisca Xavier Pereira), após a morte da genitora, e adiante por sua irmã, Maria Altina, a querida Madrinha Morena, neta de Dona Flor, ambas filhas de Dona Mundoca (Raimunda Pereira Sales), a quarta filha do pioneiro casal. Madrinha Morena comandou brilhantemente os Correios por 50 anos.
De nove irmãos, é a oitava filha do casal Vicente/Doca. Maria Pia desde criança demonstrou interesse pela leitura, escrevendo poesias e lendo os grandes romances, como “Iracema”, de José de Alencar, que a despertou para as pesquisas sobre sua terra, muito bem relatadas no seu livro “História de Minha Terra - Como Nasceu Trairi”. Entre os escritos, destacam-se peças teatrais, como a que homenageou o filho ilustre de Canaan, Padre Rodolfo: “Três Alegrias em uma Vida”. O citado religioso, notável intelectual e orador, mesmo concluído os estudos no Seminário da Prainha continuou ali, lecionando, assim como no Liceu do Ceará, ao mesmo tempo pároco da Igreja de Parangaba, e com certeza formador de Maria Pia e Madrinha Morena no mundo cristão.
Em 1929, mudou-se para Lavagem (Canaan), onde se casou com seu parente, Nilo da Silveira Paixão (Nilo Paixão), permanecendo naquela localidade, hoje distrito com potencial para município, por 20 anos. Em seguida, fixou-se entre as moradas da família na sede de Trairi e na rua Visconde do Rio Branco, em Fortaleza. Uma vez, dessa casa na capital, meu pai, de Trairi, foi chamado pelo amigo Nilo Paixão, nos anos sessenta. Segundo o esposo, comerciante, Maria Pia estava com câncer e tinha apenas meses de vida. A saída era buscar leite de janaguba no Crato. Meu pai foi ao Cariri no jipe do amigo, trouxe a encomenda, e ela viveu por mais de trinta anos.
Joaquim Moreira de Souza, diretor-geral da Instrução Pública do Estado do Ceará, no governo de Matos Peixoto, fez publicar o ato de nomeação de Maria Pia de Sales, em 12 de junho daquele ano, 1929, professora em Lavagem, quando ela tinha 19 anos, conforme figura ao lado. Certamente a indicação partiu do Dr. José Silveira, prefeito trairiense anterior, seu professor ginasial naquele município, ele que vinha da Escola Normal, bastante respeitado na capital, tendo sido um dos fundadores do futebol no Estado, quando trouxe a primeira bola da Europa. Maria Pia passou todos os seus ensinamentos aos alunos, inclusive teatro, poesia e música, suas paixões.
Educou os filhos em Fortaleza, mas sempre ao lado da sua Igreja, e dali, diante de tanta fé, aproximou-se do espiritismo. Uma mulher positivista, católica fervorosa e amiga. Seu livro histórico mostra esse lado, o lado da bondade, citando um povo simples e pacífico.
Na sua última participação pública, em Aquiraz, em 1997, durante evento no seu famoso museu e na histórica Paróquia de São José de Ribamar, da mesma época e características da de N. Sra do Livramento (Trairi), palestrou sobre a história religiosa cearense. Tamanho sucesso que o então arcebispo de Fortaleza, Dom Cláudio Hummes, expressou-se comovido com a riqueza de conhecimentos, fato testemunhado por trairienses presentes. Com certeza um dos maiores vultos de Trairi. Uma despedida para a Eternidade.
Fonte: "História de Minha Terra - Como Nasceu Trairi" - Maria Pia de Sales (Ed. LCR).

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