Buscar

ANTEPROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
UNIVERSIDADE POTIGUAR–UnP 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA 
ESCOLA DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
INGRID AGUIAR FONSECA DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTEPROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA SANTA MÔNICA / NATAL-
RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2017 
 
2 
 
INGRID AGUIAR FONSECA DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTEPROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA SANTA MÔNICA / NATAL-
RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado á 
Universidade Potiguar – UnP, como parte dos 
requisitos para obtenção do título de Bacharel 
em Arquitetura e Urbanismo. 
 Orientador: Thiago Brito 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL 
2017 
 
3 
 
INGRID AGUIAR FONSECA DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
ANTEPROJETO DE REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA SANTA MÔNICA / NATAL-
RN 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado á 
Universidade Potiguar – UnP, como parte dos 
requisitos para obtenção do título de Bacharel 
em Arquitetura e Urbanismo. 
 Orientador: Prof. Thiago Brito 
 
 
Aprovado em: _____/_____/_____ 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
________________________________ 
Prof. Thiago Brito 
Orientador 
Universidade Potiguar – UnP 
 
 
 
 
________________________________ 
Marcia Caldas 
Membro Examinador 
Universidade Potiguar – UnP 
 
 
 
___________________________________ 
Karina de Medeiros Lucas Salha 
Arquiteto(a) convidado 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho acadêmico a DEUS, que 
nos momentos difíceis, mostrou-me o caminho 
dando-me forças para continuar. 
Aos meus pais e familiares, sem os quais não 
teria sido capaz de obter tal êxito, em especial 
à minha mãe, Eliane Maria Moreira de Aguiar. 
 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus pela vida. 
Agradeço aqui a todos os que estiveram comigo durante estes 5 anos de 
jornada acadêmica. À minha mãe, que sempre se manteve presente, em todos os 
momentos me apoiou e me deu forças para nunca desistir. A meus avós, grandes 
incentivadores e fãs dos meus trabalhos. Aos meus amigos, que sempre estiveram 
comigo, rindo e compartilhando de situações que jamais esquecerei. 
Aos professores que são como grandes mestres, com quem aprendemos muito 
sobre a vida, dentro ou fora da sala de aula. Ao meu querido orientador Prof. Thiago 
Brito, que tanta ajuda forneceu para que este trabalho fosse concluído com o êxito 
esperado. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o 
meu muito obrigada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
RESUMO 
 
O trabalho consiste em uma proposta de requalificação para a Praça Santa Mônica, 
localizada em Lagoa Nova, um bairro eminentemente residencial que está passando 
por mudanças e sendo apontado como “novo centro da cidade”. O objetivo, é 
proporcionar uma recuperação adequada na praça, trazendo a melhoria do espaço 
público, de forma a atender os anseios da população que o utiliza. A metodologia 
empregada foi pesquisa de campo, com observações dos usuários, análise visual, 
percepção do meio ambiente e comportamento ambiental, metodologias do desenho 
urbano, como também, registro fotográfico. O trabalho está estruturado de maneira a 
apresentar os referidos estudos primeiro em seguida, estão as análises da área e 
então a proposta projetual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
ABSTRACT 
 
The project includes a proposed revitalization plan for Santa Monica Square, located 
in Lagoa Nova, a predominantly residential neighborhood that is undergoing changes, 
and was appointed as “the new downtown”. The aim is to provide an adequate 
restoration in the square, providing the best public space, to satisfy the requirements 
of the population that use. The methodology employed was field research, feedback 
from square user’s, visual analysis, perception of the environment and environmental 
behavior, urban design methodologies, as well as photographic records. The project is 
structured to first show the studies, after the analysis of the area, and finally the 
architectural design proposal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 Jardim da Stourhead Warminster, Inglaterra ............................................25 
Figura 2 Ágora Grega..............................................................................................28 
Figura 3 Perspectiva da Praça................................................................................34 
Figura 4 Estrutura do deck ....................................................................................35 
Figura 5 Deck da praça...........................................................................................35 
Figura 6 Zoneamento da Praça...............................................................................35 
Figura 7 Espaço para ginástica...............................................................................36 
Figura 8 Palco e arquibancada................................................................................36 
Figura 9 Perspectiva da praça.................................................................................37 
Figura 10 Mobiliários da praça.................................................................................37 
Figura 11 Parque infantil .........................................................................................37 
Figura 12 Area sensorial..........................................................................................38 
Figura 13 Espelho d’água........................................................................................38 
Figura 14 Planta baixa.............................................................................................39 
Figura 15 Zoneamento.............................................................................................40 
Figura 16 Praça Levinson........................................................................................41 
Figura 17 Vegetação da Praça................................................................................41 
Figura 18 Planta baixa.............................................................................................42 
Figura 19 Miami Beach Soundscape.......................................................................42 
Figura 20 Estruturas metálicas ...............................................................................42 
Figura 21 Area de projeção audiovisual..................................................................43 
Figura 22 Localização do bairro .............................................................................44 
Figura 23 Inauguração do “Castelão”.....................................................................45 
Figura 24 Arena das Dunas....................................................................................46 
Figura 25 Legislação Urbanística............................................................................47 
Figura 26 Bairro de Lagoa Nova............................................................... .............48 
 
9 
 
Figura 27 Localização da Praça santa Mônica ......................................................49 
Figura 28 Indicação de Nascente e Poente............................................................53 
Figura 29 Situação atual da Praça..........................................................................54 
Figura 30 Situação atual da Praça..........................................................................54 
Figura 34 Situação atual da quadra .......................................................................54Figura 32.Rampa Atual...........................................................................................55 
Figura 33 Piso tátil atual ........................................................................................55 
Figura 34 Mobiliário Atual.......................................................................................56 
Figura 35 Quadra poliesportiva atual.....................................................................56 
Figura 36 Mobiliário Atual.......................................................................................56 
Figura 37 Mobiliário Atual......................................................................................56 
Figura 38 Situação atual das lixeiras......................................................................57 
Figura 39 Locação da atual iluminação..................................................................57 
Figura 40 Postes e refletores..................................................................................58 
Figura 45 Identificação árvores de médio e grande porte......................................60 
Figura 42 Algarobeira .............................................................................................60 
Figura 43 Acácia .....................................................................................................60 
Figura 44 Coqueiro..................................................................................................61 
Figura 45 Oiti....................................................................... ...................................61 
Figura 46 Academia ao ar livre...............................................................................62 
Figura 47 Academia da Terceira Idade...................................................................62 
Figura 48 Símbolo internacional de acesso – Forma A e B....................................68 
Figura 49 Levantamento da praça..........................................................................76 
Figura 50 Desenhos ...............................................................................................76 
Figura 51 Progresso nas ideias ..............................................................................77 
Figura 52 Desenvolvimento inicial de áreas............................................................77 
Figura 53 Evolução..................................................................................................78 
Figura 54 Primórdio da criação dos núcleos............................................................78 
Figura 55 Primeiras ideias de paginação de piso.....................................................79 
Figura 56 Evolução da proposta...............................................................................79 
Figura 57 Proposta final............................................................................................80 
Figura 58 Perspectiva aérea geral da proposta de requalificação da praça ............80 
 
10 
 
Figura 59 Perspectiva com destaque para área de brincar....................................81 
Figura 60 Perspectiva com destaque para núcleo atividade física ........................81 
Figura 61 Perspectiva com destaque para ATI ......................................................82 
Figura 62 Perspectiva com destaque para caramanchão.......................................83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1: Recuos estabelecidos para o Município de Natal.....................................64 
Quadro 2: Síntese do programa de necessidade......................................................72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
LISTA DE MAPAS 
 
 
 
 
 
MAPA 1: Uso de solo e sentido do tráfego...........................................................50 
MAPA 2: Hierarquia Viária ...................................................................................51 
MAPA 3: Gabarito.................................................................................................52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
 
 
 
Tabela 1- Praça Victor Civita- SP......................................................................33 
Tabela 2- Praça Conceito Consciente – GO.....................................................36 
Tabela 3- Praça Levinson Plaza- Boston, EUA.................................................39 
Tabela 4- Miami Beach Soundscape.................................................................41 
Tabela 5- Quadro mobiliário..............................................................................59 
Tabela 6- Quadro botânico ...............................................................................60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
 
 
 
Gráfico 1- Usos..................................................................................................69 
Gráfico 2- Atração da praça...............................................................................69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 17 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 20 
2.1ESPAÇO LIVRE PÚBLICO ............................................................................... 20 
2.2 CONCEITO DE LAZER .................................................................................... 22 
2.3. ELEMENTOS PAISAGISTICOS NOS ESPAÇOS PÚBLICOS ....................... 24 
2.5 BREVE HISTÓRICO ........................................................................................ 27 
3 CONHECENDO AS PRAÇAS ............................................................................... 33 
3.1 ESTUDO INDIRETO ........................................................................................ 33 
3.1.1 Praça Victor Civita- SP ............................................................................ 33 
3.1.2 Praça Conceito Consciente – GO ........................................................... 36 
3.1.3 Praça Levinson Plaza- Boston, EUA ...................................................... 39 
3.1.4 Miami Beach Soundscape ....................................................................... 41 
4.UNIVERSO DE ESTUDO ....................................................................................... 44 
4.1BAIRRO DE LAGOA NOVA .............................................................................. 44 
4.2 ANÁLISE DO TERRENO E SEU ENTORNO .................................................. 48 
4.3 ANÁLISE DA ÁREA DO PROJETO ................................................................. 53 
5.CONDICIONANTE DO PROJETO ......................................................................... 63 
5.1 CONDICIONANTE LEGAL .............................................................................. 63 
5.1.1 Plano Diretor ............................................................................................ 63 
5.1.2 Código de Obras ...................................................................................... 64 
5.1.3 Acessibilidade (NBR 9050, 2015) ............................................................ 66 
5.1.3.1 Informativa............................................................................................ 66 
5.1.3.2 Direcional ............................................................................................. 66 
5.1.3.3 Emergência Sinalização .......................................................................66 
5.1.3.4 Sinalização tátil ..................................................................................... 66 
5.1.3.5 Símbolos táteis ..................................................................................... 66 
5.1.3.6 Sinalização tátil e visual direcional ..................................................... 67 
5.1.3.7 Diagramação ......................................................................................... 67 
5.1.3.8 Símbolo internacional de acesso – SIA .............................................. 67 
 
16 
 
5.2 ESTUDO FOCADO NO USUÁRIO (ENTREVISTAS) ......................................... 68 
6.META PROJETO ................................................................................................... 71 
6.1DIRETRIZES PROJETUAIS ................................................................................. 71 
6.2PROGRAMA DE NECESSIDADE ........................................................................ 72 
6.3EVOLUÇÃO DA PROPOSTA FINAL ................................................................... 75 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 84 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 85 
APÊNDICE- Questionário – Revitalização da Praça Santa Mônica .......................... 91 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
1.INTRODUÇÃO 
 
 Desde a década de 1970 as cidades brasileiras têm sofrido as mais intensas 
transformações. A sociedade cresceu, a demanda de recursos naturais e espaciais 
aumentaram nas grandes cidades, afetando os espaços livres verdes, interferindo 
diretamente na qualidade espacial urbana. Com isso, a busca pela compreensão da 
diversidade dos aspectos do espaço urbano, relacionados às suas dimensões 
socioambientais, tornou-se uma preocupação cada vez mais presente para o 
planejamento e a gestão urbana. Atualmente as intervenções antrópicas pautadas na 
sustentabilidade, no meio ambiente natural estão sendo vistas como a maneira de se 
preservar e manter, reconstruindo e transformando, de maneira a reencontrar o 
equilíbrio entre a natureza e o ambiente urbano. 
 A cidade é um lugar altamente alterado quanto as suas condições naturais, no 
qual o homem ordena conforme suas necessidades de sobrevivência. Dentre os 
diversos ambientes que dispõe a cidade, a praça é um espaço que exerce influência 
na melhoria da qualidade de vida ambiental e social. Cada praça tem sua própria 
história, características e condições especificas para que ela seja um espaço 
intencional do encontro, da permanência, dos acontecimentos, de práticas sociais, 
esportivas e de lazer. Tais práticas e relações é que possibilitam e dão sentido a vida 
urbana. A integração entre a morfologia, estética e apropriação é que permite a 
formação de praças, como espaços simbólicos. (ANA CLAUDIA OLIVEIRA, 2007) 
 
Dentre os espaços livres a praça é um espaço importante que 
exerce influência na melhoria da qualidade de vida da 
população e do meio ambiente urbano, pois reduz os efeitos 
causados pelo homem no processo de urbanização. O estudo 
da distribuição espacial e da função exercida por elas é de 
extrema importância para o planejamento urbano. (VIZINTIM, 
M; VIRGILIO, H, 2003, p.534; p.535) 
 
 Atualmente, no Brasil existe uma ausência de áreas destinadas à implantação 
de praças e, como a maioria dos espaços públicos, que também estão negligenciadas 
pelos gestores. As praças e áreas verdes, mesmo sendo de fundamental importância 
para a vida urbana, não são vistas como prioridade para a qualidade de vida na 
cidade. Em Natal, não é diferente, dividida em 36 bairros, a capital do estado do Rio 
18 
 
Grande do Norte (RN) tem 246 praças, onde é possível notar, ao percorrer algumas 
delas, que as condições atuais não são as mais adequadas, desse modo, as praças 
foram desvalorizadas. 
A simples presença de atributos positivos no entorno não é o 
único fator determinante na valorização de um espaço público, 
mas estes devem ser considerados e incentivados através de 
parcerias entre ações públicas e privadas (SANTANA, 2003, 
p.144). 
 
Diante do exposto, justifica-se pela importância dos espaços públicos com 
qualidade arquitetônica e paisagista para cidade de Natal e pela necessidade de 
requalificação de uma praça, no bairro de Lagoa Nova. A escolha da praça se deu 
pela proximidade da aluna com a área, local utilizado, pela mesma, às vezes como 
área para pratica de exercícios e marco de passagem. 
O presente trabalho tem como objetivo geral o desenvolvimento de um 
anteprojeto de uma requalificação de uma praça. Com uma requalificação adequada, 
a praça irá transformar-se em um ambiente saudável e harmonioso para o espaço 
urbano público, utilizando referências já aplicadas. E tem como objetivo especifico: 
estudos de técnicas para melhorar a interação social; renovação dos mobiliários 
urbanos que proporcionem o lazer e práticas de exercícios físicos; desenvolvimento 
de ambientes arborizados, proporcionando melhor efeito estético, sombras, 
amenizando a poluição sonora; estrutura para terceira idade e espaço para atividades 
culturais, trará não apenas o lazer, mas também para melhorará a qualidade de vida 
e potencializará as trocas socioculturais impulsionadas pela interação social. 
Ao longo do desenvolvimento do trabalho foram realizados determinados 
procedimentos metodológicos alguns de cunho qualitativo descritivo e quantitativo e 
outros elaborados através do levantamento bibliográfico obtido em artigos, livros, 
teses de graduação, dissertações de mestrado. Na tentativa de conhecer as 
percepções, a satisfação, as expectativas e as opiniões se aplicou a metodologia 
quantitativa que se deu através de um questionário. 
O trabalho aqui apresentado divide-se em seis capítulos, descritos a seguir. O 
capítulo 1 corresponde ao referencial teórico-conceitual, abordando aspectos do 
espaço livre público; o significado de lazer e como se aplica e um breve histórico 
relacionado a noções dos elementos paisagísticos nos espaços públicos, mais 
procedentes históricos, a história das praças e a evolução desses espaços no Brasil. 
19 
 
No segundo capítulo são apresentados estudos indiretos, fundamentais para 
concepção do projeto, nas quais busca-se referências, visão estratégica de 
ambientes, do ordenamento do território e a identificação dos pontos favoráveis e 
desfavoráveis. 
O capítulo 3 trata do universo do projeto, o bairro de Lagoa Nova, temos um 
pouco da sua história associadas aos seus dados estatísticos e sua legislação. 
Análise do terreno, seu entorno e um estudo mais aprofundado da área do projeto, 
com levantamento quantitativo e qualitativo de dados de uso do solo, vegetação, 
iluminação, mobiliários e paginação. 
No quarto capitulo exploraremos as condicionantes legais, onde é apresentada 
toda a legislação e normas que se faz presente no projeto, além disso os resultados 
e análises obtidos através dos questionários aplicados. 
E por fim o capitulo 5, é o desenvolvimento do megaprojeto e do programa de 
necessidades que sustenta e orienta a atividade projetual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Neste primeiro capítulo serão expostos referenciais teóricos sobre as questões 
as quais o projeto se adequa, algumas especificações e contribuintes para o 
desenvolver da proposta apresentada. 
2.1ESPAÇO LIVRE PÚBLICO 
 
O espaço livre público enquanto elemento urbano é primordial na estrutura e 
paisagens das cidades, além do seu papel social, os espaços livres estão diretamente 
relacionados com a forma e estrutura urbana que exercem papel ecológico, no amplo 
sentido integrador de espaços diferentes, com enfoque estético ofertando áreas para 
o desempenho de lazer ao ar livre. Atuamcomo componentes de um cenário da vida 
humana, desde a antiguidade, são espaços de grande valor para a cidade e para 
esfera pública. 
 
“O espaço público na cidade assume inúmeras forma 
e tamanhos, compreendendo desde uma calçada até 
a paisagem vista da janela. Ele também abrange 
lugares designados ou projetados para o uso 
cotidianos, cujas formas mais conhecidas são as ruas, 
as praças e os parques. A palavra “público” indica que 
os locais que concretizam esses espaços são abertos 
e acessíveis, sem exceção, a todas as pessoas. ” 
(SUN, 2008, p. 19) 
 
O espaço público é a coluna vertebral da cidade permitindo integrar, organizar e 
dar coesão a cidade, é também o espaço de convívio por excelência e, conforme a 
maneira de se organizar na cidade, possibilita o melhoramento da qualidade de vida 
através da relação direta com o meio ambiente. Com formas capazes de estruturar o 
território urbano e ordenar as possíveis futuras ocupações, estes espaços são 
preciosos instrumentos de intervenção urbanísticas e devem ser analisados como 
uma nova maneira de interpretação do território, lugar de encontro e socialização as 
pessoas de distintas culturas e condições socioeconômicas podem-se apropriar da 
cidade. 
“No ambiente urbano, os espaços livres de construção 
assumem várias funções, tais como oferecer 
iluminação e ar aos edifícios altos situados no centro 
da cidade; dar oportunidade ao cidadão satisfazer suas 
necessidades de ocupação do tempo livre (física, 
21 
 
psicológica e social) e propiciar que áreas relevantes, 
com características únicas, possam ser preservadas e 
conservadas. Assim, as principais funções dos 
espaços livres de construção são: recreativa, 
educativa, ecológica e estética ou paisagístico-
integradora” (MAZZEI, COLESANTI, SANTOS, 2007, 
p. 37). 
 
O espaço livre trata-se de um conceito abrangente, integrado a: área verde, parque 
urbano, praça, arborização, contrapondo-se ao espaço construído, em áreas urbanas. 
 
 Área verde: onde há o predomínio de vegetação arbórea. Devem ser 
consideradas as praças, os jardins públicos e os parques urbanos, 
além dos canteiros centrais e trevos de vias públicas, que tem 
apenas funções estéticas e ecológicas. Porém, as árvores que 
acompanham o leito das vias públicas não se incluem nesta 
categoria. Os autores apontam que as áreas verdes, assim como 
todo espaço livre, devem também ser hierarquizadas, segundo sua 
tipologia (privadas, potencialmente coletivas ou públicas) e 
categorias. 
 Parque Urbano: são áreas verdes, maiores que as praças e jardins, 
com função ecológica, estética e de lazer. 
 Praça: pode não ser considerada uma área verde caso não tenha 
vegetação e seja impermeabilizada. Quando apresenta vegetação é 
considerada jardim, e como área verde sua função principal é de 
lazer. 
 Arborização Urbana: são os elementos vegetais de porte arbóreo 
tais como árvores no ambiente urbano. As árvores plantadas em 
calçadas fazem parte da Arborização Urbana, no entanto, não 
integram o Sistema de Áreas Verdes. 
Carneiro e Mesquita (2000), em estudo acerca dos espaços livres em Recife 
definem praça como “espaços livres públicos, com função de convívio social, inseridos 
na malha urbana como elemento organizador da circulação e de amenização pública” 
(CARNEIRO E MESQUITA, 2000, p.29). 
A partir a compreensão de Tardin (2008) onde espaço público e o espaço livre dão 
caráter e identidade a cidade e analisando os conceitos dos outros autores, nota-se a 
importância e funcionalidade do espaço livre público e a seriedade das revitalizações 
22 
 
neles aplicadas. Dentro do sistema de espaços livres públicos urbanos, tanto a rua 
como a praça são os espaços de maior importância na vida urbana dos habitantes. A 
rua, como espaço para percorrer ou de movimento e a praça como espaço livre, 
inserida na malha urbana da cidade é capaz de exercer influência na melhoria da 
qualidade de vida ambiental e social. Pela sua importância e seu significado na cidade, 
a praça é o objeto principal da presente dissertação. 
 
2.2 CONCEITO DE LAZER 
 
O direito ao lazer é assegurado a todos os cidadãos na Constituição da República 
Federativa do Brasil. Segundo o Art. 6° deste documento, o Estado deve cumprir seu 
papel na regulamentação do lazer e tem o dever de prover as condições mínimas 
necessárias para que todos tenham acesso aos bens culturais de lazer disponíveis na 
sociedade (OLIVEIRA, 2010). 
De acordo com Camargo (1999), a palavra lazer é empregada a um conjunto de 
atividades gratuitas, prazerosas, voluntarias e liberatórias, centradas em interesses 
culturais, físico, manuais, intelectuais, artísticos, realizadas num tempo livre 
conquistado, interferindo no desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos. 
 
(...) “um conjunto de ocupações às quais o indivíduo 
pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, 
seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda, 
para desenvolver sua informação ou formação 
desinteressada, sua participação social voluntária ou 
sua livre capacidade criadora após livrar-se ou 
desembaraçar-se das obrigações profissionais, 
familiares e sociais." (DUMAZEDIER, 1976, p. 94) 
 
A origem da palavra lazer, segundo Medeiros (1975), advém do latim licere, ser 
permitido, isto é, licito, escolher a maneira de aproveitar o tempo disponível. Sinônimo 
de ócio, o lazer é a essência do espaço livre público, significa o intervalo de tempo 
não comprometido, do qual podemos dispor livremente. O lazer constitui-se em nosso 
tempo atual, em um dos problemas centrais da sociedade urbana, pois a recreação 
favorece para nós o bem-estar físico e mental. O tempo e o espaço são princípios 
bastante valorizados pelo ser humano para pratica do lazer. 
O papel do lazer é uma das condições básicas da melhoria da vida das pessoas 
como forma de desenvolvimento humano e social das gerações presentes e futuras e 
23 
 
como forma de desenvolvimento sustentável. Uma das possibilidades de exercício do 
lazer como um direito social está nos espaços públicos de uma cidade, nos quais as 
pessoas realizam atividades individuais ou em grupos (LYNCH, 1962). No Brasil, 
classifica-se lazer em ações esportivas, recreativas e culturais. Contudo, existem 
cinco tipos de lazer: 
 Contemplativo: É aquele que predominam a beleza plástica, tudo 
aquilo considerado bonito e agradável de ser visto. Devem ser 
considerados também a audição, isolando o ambiente no máximo de 
silêncio, o olfato, com alguns canteiros de flores perfumadas e o tato, 
pois as coisas bonitas são para serem tateadas. Este tipo de lazer é 
muito importante, pois, vai mostrar ao usuário o respeito pelo uso, 
diminuindo assim, a degradação e depredação. Além disso gera 
sensações de repouso mental, de bem-estar e relaxamento. 
 Recreativo: É um tipo de lazer que pode ser praticado por todas as 
idades; crianças, adultos e idosos. Trata-se de uma atividade 
exercida livremente que promove a integração social, deve ter seu 
local reservado, sem intervir, mas demais áreas de lazer. Para as 
crianças, o parquinho de diversão, com equipamentos apropriados; 
já os idosos áreas silenciosas com mesas e bancos, onde possam 
jogar baralho, xadrez e etc. 
 Esportivo: Tudo que está relacionado a esportes está incluindo aqui, 
um lazer praticado através de regras. Produz vários benefícios para 
aos frequentadores no que diz respeito a saúde física e mental, uma 
atividade indispensável ao bom funcionamento do nosso organismo 
como um todo. 
 Cultural: Esta ligados as artes e ao conhecimento, neste tipo de lazer 
temos as manifestações culturais e artísticas. E está relacionada ao 
estado de bem-estar que tanto buscamos. 
 Aquisitivo: Seria o lazer destinado ás compras, uma experiência 
individual, que nos causa prazer e uma recompensa psicológica 
positiva. É representado por shoppings, feiras de artesanatos, 
hipermercados, restaurantes,lanchonetes, barraquinha, onde as 
pessoas também frequentariam para passear e trocar ideias. 
24 
 
A realização da prática do lazer em uma cidade depende, principalmente, das 
possibilidades e da oferta de espaços e equipamentos adequados dos quais os 
moradores e visitantes possam se apropriar e os espaços públicos sempre tiveram 
um papel fundamental na construção desta prática. Na medida em que a necessidade 
dos usuários quanto ao lazer público não for minimamente atendida, bem como se 
esses espaços não forem atrativos, os indivíduos deixarão de praticar suas atividades 
de lazer e, consequentemente, não exercerão seu direito social e a falta desses 
espaços adequados para o lazer prejudica a qualidade de vida da população. 
As praças são apontadas como ambientes restauradores, principalmente pelo seu 
potencial enquanto lugar de lazer, embora a apropriação tradicional se dá pelo lazer 
contemplativo, passeio, apreciação da natureza e convivência tenha permanecido 
como sua forma de utilização mais comum. A praça moderna foi sendo adaptada à 
nova dinâmica da cidade, reunindo outras atividades, como, por exemplo, o lazer 
esportivo, infantil e cultural, que foram muito bem aceitos. 
Atualmente, a praça já é sinônimo de lazer e ela tem que atender as necessidades 
recreativas de uma faixa e diversidade populacional cada vez maior. Segundo as 
pesquisas de Sun Alex (2008) mostram que os espaços acessíveis e adaptáveis nas 
praças são frequentemente usados, estimula atividades variadas no entorno e, 
especialmente, consolida a presença e a permanência do lugar. A aprendizagem do 
conceito de lazer é uma essencial no projeto de revitalização. 
2.3. ELEMENTOS PAISAGISTICOS NOS ESPAÇOS PÚBLICOS 
 
No início do século XVIII na Inglaterra, teria surgido a partir dos “jardins paisagens” 
-que eram a combinação de poesia, pintura e jardinagem, associados aos ideais de 
beleza, cultura e poder- o paisagismo. O período de 1730 a 1770 foi o maior 
desenvolvimento estilístico, marcado por paisagens bucólicas de amplas extensões. 
(SUN, 2008) 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Figura 01: Jardim da Stourhead Warminster, Inglaterra. Criados no Século XVIII 
 
Fonte:http://omeupomar.blogspot.com.br/2013/06/jardins-stourhead-warminster.html 
 
O paisagismo é a correlação do homem com a natureza, possibilitando 
melhores condições de vida pela harmonia do meio ambiente, não apenas a criação 
de jardins através do plantio desregrado. É uma técnica ligada à sensibilidade, que 
procura reconstituir a paisagem natural dentro do cenário assolado pelas construções, 
modificar os aspectos visíveis de um terreno, buscando melhores condições de vida 
pelo equilíbrio do meio ambiente. 
 “(...) paisagismo é a única expressão artística em 
que participam os cinco sentidos do ser humano. 
Enquanto a arquitetura, a pintura, a escultura e as 
demais artes plásticas usam e abusam da visão, o 
paisagismo envolve o olfato, a audição, o paladar e 
o tato”. (ABBUD, 2006, p.15) 
 
Destina a modificar os aspectos visíveis da terra, como: terreno geográfico, se 
urbano ou rural e dar-lhe uma beleza especial, o paisagismo urbano tem por objeto os 
espaços abertos (não construídos) e as áreas livres, com funções de recreação, 
circulação, entre outras, sendo diferenciadas entre si pelas dimensões físicas, 
abrangência espacial, funcionalidade e tipologia. Juntando ciências, engenharia e arte 
visando o bom gosto e funcionalidade, proporcionando bem-estar aos humanos e 
conservando os bens naturais. 
26 
 
Existem vários elementos na paisagem ou serão incorporados a ela, que devem 
ser considerados ao se iniciar um projeto na área de paisagismo, chamados de 
elementos paisagísticos, são eles segundo Rocha (2013): 
 Vegetação: A vegetação é um conjunto de organismos vivos, 
presentes na natureza ou implantados nela, por meio da qual se 
pode modificar o ambiente. É importante se escolher vegetação 
nativa ou bem adaptada. 
 Terra: A terra é um elemento a ser trabalho no projeto, pois inúmeros 
trabalhos poderão ser realizados no terreno para a mudança de 
volumes de local, bem como a criação de novos. 
 Água: O projeto de paisagismo deve aproveitar, ao máximo, 
os corpos d’água existentes no local, além de conservá-los, pois 
geram bem-estar aos seres humanos. Deve-se considerar possíveis 
drenagens, bem como a melhor maneira de realizá-las. 
 Equipamentos de esporte e lazer: Sempre respeitando as normas 
técnicas quando necessário. No caso de espaços públicos, 
no planejamento do projeto, deve-se atender a todas as faixas 
etárias. São muito comuns, quadras poliesportivas, parques infantis, 
pistas de skate, mesas para jogos de tabuleiro e outros. No entanto, 
deve-se atentar às normas específicas para estes tipos de 
instalação. 
 Mobiliário urbano: O mobiliário urbano, assim como a vegetação, 
tem a função de estruturar e organizar o espaço. Geralmente são 
bancos, postes, suportes para as plantas e outros. É importante que 
sejam bem resistentes e de fácil ou nenhuma manutenção. 
 Pisos: Os pisos devem ocupar o menor espaço possível, 
com extensa área permeável, para a absorção de água e ocupação 
da vegetação. Os tipos de pisos devem ter em vista seu uso, sua 
qualidade estética, sua durabilidade, além da facilidade de 
manutenção e de permeabilidade às águas pluviais. 
 Iluminação: A iluminação deve proporcionar segurança, melhorar a 
utilização do espaço externo e ainda ser elemento de destaque, para 
as composições paisagísticas, no período noturno. 
27 
 
Com o crescimento das cidades, a paisagem sofreu um profunda 
deteoriorização e precisa ser tratada com sensibilidade. Ela necessita ser a 
protagonista novamente, sendo fundamental o papel que a vegetação desempenha 
nessa recuperação. Segundo Mascaró; Mascaró (2009), o paisagismo juntamente 
com sua vegetação também atua nos microclimas urbanos contribuindo para melhorar 
a ambiência urbana sob diversos aspectos: 
 Ameniza a radiação solar na estação quente e modifica a 
temperatura e a umidade relativa do ar através do sombreamento 
 Modifica a velocidade e direção dos ventos 
 Atua como barreira acústica 
 
Essas formas de uso variam com o tipo de clima local, recinto urbano onde estão 
plantadas, tipo de vegetação, porte, manutenção e também a relação com as 
edificações próximas e ao espaço urbano que as contém. Mascaró ; Mascaró (2009) 
relacionam os efeitos do resfriamento passivo das ruas decorrentes do sombreamento 
arbóreo, principalmente em canyons: a influência da orientação e da geometria do 
espaço urbano é minimizada, sendo o efeito do resfriamento dependente da área 
sombreada e, durante o dia, a variação da temperatura do ar é significativamente 
atenuada, como consequência do aumento do atraso térmico. Em climas quentes, o 
ambiente urbano deve ser sombreado durante o período quente, limitando a incidência 
solar em, pelo menos, dois terços da área dos caminhos de pedestres, praças e 
estacionamentos. 
No projeto paisagístico, tudo deve ser avaliado, como a necessidade de rampas, 
pérgulas, canaletas, grelhas, escadas hidráulicas, corrimões e outros elementos, que 
possam facilitar o acesso ou servir de uso para o escoamento de águas pluviais. 
Reconhecendo os diversos conceitos, os elementos paisagísticos devem ser 
aplicados para que possam enaltecer e humanizar ainda mais o projeto arquitetônico 
e sua finalidade. 
2.5 BREVE HISTÓRICO 
 
A praça pode ser definida, de maneira ampla, como qualquer espaço público 
urbano, não apenas um espaço físico aberto, mas também um centro social integral 
ao tecido urbano. Existente há milênios, utilizado por civilizações de distintas 
28 
 
maneiras, nunca deixou de exercer a sua importante função: a de integração e 
sociabilidade. O espaço urbano tido com precursor das praças foi a ágora, na Grécia. 
A ágora grega era um espaço aberto, normalmente delimitado por um mercado, noqual se praticava a democracia direta, visto ser este o local para discussão e debate 
entre os cidadãos (MACEDO e ROBBA, 2002). 
A ágora era o coração vivo da cidade e o foco da atividade cívica. Era cenário 
permanente da vida social, comercial, política, administrativa, legislativa, jurídica e 
religiosa da comunidade. As ágoras variavam muito de forma, no arranjo e no 
conteúdo. O que definia sua configuração era o fator local. Não existia, porém, uma 
coordenação contínua de tamanho. (GUIMARÃES, 2004) 
Figura 02: Ágora Grega 
 
Fonte: https://equipeagora.wordpress.com/2011/10/12/oque-significa-agora/ 
 
Até meados do século XVIII os espaços livres existentes nas cidades, em geral 
devido à existência de mercados populares ou às entradas de igrejas e catedrais 
configuravam-se de forma não ordenada. Foi somente no século XIX, que o desenho 
de praças entrou em cena, preconizado pelo trabalho de profissionais como Frederick 
Law Olmsted, que projetou números parque urbanos e dentre eles o Central Park de 
Nova Iorque. A praça é ficou definida pela vegetação, outros elementos construídos e 
possibilidade do contato interpessoal público que permite o estabelecimento de ações 
https://equipeagora.wordpress.com/2011/10/12/oque-significa-agora/
29 
 
culturais fundamentais, desde interações sociais até manifestações cívicas. 
(QUEIROGA, 2001) 
De acordo com cada sentido que este elemento pode assumir, as praças podem 
ser classificadas da seguinte forma: 
 “Praça Jardim: espaços nos quais a contemplação das espécies 
vegetais, o contato com a natureza e a circulação são priorizados. 
Estes podem ser fechados por grades ou cercas, como o passeio 
público do Rio de Janeiro e de Curitiba, ou ainda podem ser abertos 
e rodeados de imóveis (comerciais e residenciais). 
 Praça Seca: largos históricos ou espaços que suportam intensa 
circulação de pedestres. Em algumas destas praças inexiste 
qualquer tipo de árvores ou jardins e nelas o importante é o espaço 
gerado pela arquitetura e são relações entre volumes do construído 
e do vazio que dão ao conjunto a escala humana. Nestes locais 
destacam-se símbolos arquitetônicos como a Praça de São Marcos 
em Veneza (Itália), a Praça de São Pedro em Roma (Itália) 
ressaltando a Basílica, a praça dos três Poderes em Brasília e o 
Memorial da América Latina em São Paulo. 
 Praça Azul: praças na qual a água possui papel de destaque. 
Alguns belvederes e jardins de várzea possuem esta característica. 
 Praça Amarela: Praças em geral. 
 
Os benefícios trazidos pelas praças públicas decorrem tanto da vegetação que 
pode ser abrigada por elas, quanto de aspectos subjetivos relacionados à sua 
existência, como a influência positiva no psicológico da população, proporcionada pelo 
contato com a área verde e/ou pelo uso do espaço para o convívio social. ” 
No Brasil, a trajetória das praças, se inicia nas primeiras cidades coloniais, onde 
surgem como espaço urbano mais importante. Nesse período as praças brasileiras 
desempenharam as mesmas funções que era realizada na antiguidade Greco romana, 
nela se encontravam os edifícios administrativos e cívicos, como: câmara, cadeia e 
casa de redenção. Esse universo urbano consolidou um padrão urbanístico que se 
implantou na maioria das cidades brasileiras: espaços caracterizados de caráter 
cívico, religioso e comercial. 
 
30 
 
“A praça como tal, para reunião de gente e para 
exercício de um sem-número de atividades diferentes, 
surgiu entre nós, de maneira marcante e típica, diante 
de capelas ou igrejas, de conventos ou irmandades 
religiosas. Destacava, aqui e ali, na paisagem urbana 
estes estabelecimentos de prestígio social. Realçava 
lhes os edifícios; acolhia os seus frequentadores ” 
(MARX, 1980) 
 
 A partir do Século XIX é que surgiram os Jardins Botânicos, um no Rio de 
Janeiro e outro em São Paulo, mas somente famílias mais abastadas podiam desfrutar 
desses grandes parques. O que fazia dos adros das igrejas as únicas áreas livres e 
públicas. O surgimento do ajardinamento é um marco na história dos espaços livres 
urbanos brasileiros, pois alterou a função de praça na cidade. O sucesso do processo 
de ajardinamento da cidade é enorme, e algumas das praças colônias e tradicionais 
recebem vegetação e tratamento de jardim, perdendo algumas das suas 
peculiaridades como largo, pátio e terreiro. 
 
“Efetivamente, da concentração complexa e caótica da 
praça, buscou-se a concentração organizada e 
elegante do jardim. Praça pública e jardim público 
abrigaram dos séculos 16 ao 18 a convivência dos 
opostos. Talvez o jardim como antídoto moderno à 
praça medieval. O jardim como a antítese da praça ” 
(SEGAWA, 1996) 
 
 
No Século XX, a consolidação do modelo de cidade industrial, causou 
profundas transformações no modo de vida urbano. O grande aumento da população 
urbana, devido à migração do campo para a cidade, e os avanços tecnológicos 
alcançados alteraram profundamente as relações sociais e econômicas. A função da 
praça ajardinada altera-se, e são idealizadas praças modernas para a permanência e 
não mais como passeio dos caminhantes, implante-se o lazer contemplativo, lazer 
com atividades físicas, com quadras esportivas, espaço de recreação infantil. 
(MACEDO, 2003) 
O urbanismo e a urbanização no Brasil teve um relativo 
salto evolutivo principalmente no século XIX e século 
XX, onde está relacionada diretamente á expressão 
industrialização x urbanização, que foi neste período 
que criaram as nossas cidades atuais, compostas 
como as demais, mundo afora, de espaços construídos 
e espaços não construídos, fruto do modelo de 
desenvolvimento econômico vigente. (SANTIAGO; 
MEDEIROS, 2002, p. 45-48) 
 
31 
 
No modernismo, a praça tem grande dimensão morfológica, mas se transforma 
em um espaço desarticulado do cotidiano urbano. Já a praça contemporânea, a praça 
de hoje, tem a preocupação de recuperar o sentido da urbanidade. Segundo Macedo 
(2003, p.152) no Brasil são identificadas três linhas projetais para produção das 
praças: 
 Eclética: tem como modelo os antigos jardins contemplativos 
europeus e caracteriza-se pela existência de caminhos sinuosos e 
românticos ou geométricos e formais com eixos bem marcados. 
Estes caminhos possuem geralmente alguns bancos e dividem 
canteiros onde a vegetação se organiza de modo também 
romântico ou rígido. São comuns equipamentos como pontes, 
quiosques, grutas e fontes, entre outros. 
 Moderna: marcada pelo rompimento com a formalização e a 
cenarização do ecletismo. Nela, os espaços de estar são 
conectados prestando-se não só ao lazer contemplativo, mas 
também às atividades culturais, às brincadeiras e ao esporte. Há a 
integração com as calçadas e com os edifícios; a valorização da 
vegetação nativa; a reverência à arte e à arquitetura moderna. 
Usam-se 45 desenhos de piso, murais, espelhos d’água, 
pergolados de concreto, anfiteatros, etc. 
 Contemporânea: a partir da década de 80 alguns projetos 
começam a se diferenciar, tanto pela postura mais comprometida 
com a preservação ambiental, quanto pela liberdade com que 
formas, cores, texturas e materiais passam a ser empregados nos 
projetos. Elementos que “fazem referência” a outros países, outras 
épocas e outros cenários passam a ser empregados com 
frequência, a exemplo dos pórticos e colunatas 
 
A partir da compreensão do processo de desenvolvimento das praças, observa-se 
que elas constituem importantes espaços que se destacaram na formação e 
desenvolvimento da memória urbana brasileira. Os benefícios trazidos pelas praças 
públicas decorrem tanto da vegetação que pode ser abrigada por elas, quanto de 
aspectos subjetivos relacionados à sua existência, como a influência positiva no 
32 
 
psicológico da população, proporcionada pelo contato com uma área verde e/ou pelo 
uso do espaço para o convívio social. 
A requalificação vem com o objetivo de expandir os benefíciosjá existente nas 
praças. Com analises, estudos e entrevistas junto aos cidadãos de forma que o projeto 
não se limite à criação apenas a criação de espaços e seja, de fato, uma resposta 
urbanística aos desejos da coletividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
3 CONHECENDO AS PRAÇAS 
 
 
O estudo indireto é primordial na fundamentação do trabalho e para composição 
dos diversos aspectos utilizados na praça; novos conceitos e equipamentos 
empregados. 
 Nesse capitulo serão estudadas as praças: Victor Civita, localizado na zona leste 
de São Paulo, que por seu caráter sustentável chamou atenção para o 
desenvolvimento do trabalho; a praça Conceito Consciente, localizada em Goiânia, se 
destacou pelo seu simples desenho associado a sustentabilidade, acessibilidade e 
sensibilidade. Já a praça Levinson Plaza, localizada em Boston, Estados Unidos, 
possui um projeto incrível de bastante qualidade estítica e funcional e por fim Miami 
Beach SoundScape que é um projeto de revitalização que chamou a atenção por 
todas as contribuições trouxe a cidade de Miami, combinado com uma arquitetura 
sensacional. 
 3.1 ESTUDO INDIRETO 
 3.1.1 Praça Victor Civita- SP 
Tabela 1- Praça Victor Civita-SP 
Ficha técnica da Praça Victor Civita- SP 
Projeto Arquitetônico: Levisky Arquitetos | Estratégias Urbanas 
Área do terreno: 13.648 m² 
Área construída: 2650 m² 
Projeto Estrutural: Heloisa Maringoni / Companhia de Projetos 
Data do projeto: 2006/2007 
Conclusão da obra: 2008 
 
Fonte: Prefeitura de São Paulo 
 
Com uma área de 13.646 m², a Praça Victor Civita está localizada no bairro de 
Pinheiros, zona leste de São Paulo. Instalada no terreno onde funcionava o antigo 
incinerador de Pinheiros, teve seu início como sendo um trabalho de recuperação de 
uma área degrada e contaminada de São Paulo. Foi projetado não apenas uma área 
de lazer, mas também a recuperação de um espaço degradado por aos de acúmulo 
de resíduos tóxicos. 
34 
 
 
 
Figura 3: Perspectiva da Praça 
 
Fonte: https://raphaeltoscano.wordpress.com 
 
Após analises no terreno, laudos técnicos constaram que o contato humano 
com o terreno só seria possível após o recobrimento quase total com terra sadia, 
caracterizando uma movimentação de terra muito grande. Diante toda essa 
intervenção surge a ideia de criar praça elevada, por isso o partido adotado surge de 
um plano horizontal elevado. O projeto de um deck de madeira, com uma laje alveolar 
nas travessias e bordas. Formas pelas quais foram projetadas para os usuários não 
tenham contato com o solo. 
 
“O grande deck de madeira certificada pousará sobre 
o terreno, sustentado por estrutura metálica e sapatas 
afloradas, de modo a minimizar a perfuração do solo 
contaminado. O deck se estende na diagonal do 
terreno, propondo um percurso que enfatiza a 
perspectiva natural do espaço e convida o usuário a 
percorrer os caminhos da praça. Como o casco de um 
grande barco o deck se desdobra do plano horizontal 
ao vertical com formas curvilíneas, criando ambientes 
que se delimitam pela tridimensionalidade da forma, 
grandes “salas urbanas” que diversificam e incentivam 
o uso público do espaço. ” (LEVISKY e DIETZSCH, 
2008) 
 
 
https://raphaeltoscano.wordpress.com/
35 
 
 
 
Figura 4 (A) : Estrutura do deck Figura 5 (B): Deck da praça 
 
Fonte: http://www.arqbacana.com.br/ Fonte: https://arcoweb.com.br/ 
 
A praça apresenta uma área verde com 80 árvores, equipamentos e programas 
de lazer, educação e cultura, objetivando a sustentabilidade e educação ambiental, 
diferentemente das praças convencionais. Nesta praça a população tem a 
oportunidade de aprender e refletir sobre processos de construção sustentáveis, 
economia energética, e responsabilidade socioambiental. 
Figura 6: Zoneamento da Praça 
 
Fonte: VITRUVIUS 
 
http://www.arqbacana.com.br/
https://arcoweb.com.br/
36 
 
 Pode-se relatar que este projeto foi escolhido pelo seu desafio projetual, 
elaborado a partir de premissas sustentáveis, seu caráter estético-formal e pela 
proximidade de uso. Numa área recuperada onde suas plantas frutíferas foram 
mantidas, estrutura metálicas de componentes reciclados e seus fechamentos com 
madeira certificadas, o sistema de piso estão aliados a área da agricultura e 
tratamento de resíduos e em seu paisagismo foram plantadas diferentes espécies 
originais da flora paulista, atividades que integram o programa de educação ambiental. 
Proporciona à população uma opção de lazer e convívio de excelente urbanidade, 
qualidade estético e arquitetônica. 
Figura: 7 (A): Espaço para ginastica Figura 8 (B): Palco e arquibancada 
 
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/ Fonte: http://www.moleco.com.br/blog 
 
3.1.2 Praça Conceito Consciente – GO 
Tabela 2- Praça Conceito Consciente – GO 
Ficha técnica da Praça Conceito Consciente - GO 
Projeto Arquitetônico: Prefeitura em parceria com Amma 
 
Área do terreno: 1.400 m² 
 
Data do projeto: 2012 
 
Conclusão da obra: 2013 
 
 Fonte: Prefeitura de Goiás 
 
Inaugurada em janeiro de 2013, a praça Conceito Consciente foi a primeira praça 
com conceito sustentável da capital de Goiás, Goiânia, localizada no setor Marista. 
37 
 
Foi projetada em parceria com a Prefeitura da cidade, por intermédio da Agência 
Municipal do Meio Ambiente (Amma). Pensou-se em projetar uma praça engajada nos 
princípios ecológicos. 
Figura 9: Perspectiva da praça 
 
Fonte: http://reformafacil.com.br/ 
A Praça Conceito Consciente, um projeto aqui apresentado é uma proposta que 
segue a tendência mundial de reutilização de materiais, preservação da natureza e 
uso responsável dos recursos naturais, aliando sustentabilidade à beleza, conforto e 
inovação. Com uma área total 1.400 metros quadrados o espaço ganhou diversas 
estruturas e mobiliários urbanos, além de total acessibilidade. 
Figura 10 (A): mobiliários da praça Figura 11 (B): Parque infantil 
 
Fonte:http://ciclovivo.com.br/ Fonte: http://reformafacil.com.br/ 
http://reformafacil.com.br/
http://reformafacil.com.br/
38 
 
O projeto possui um piso que drena 90% da água da chuva, e com isso há uma 
economia de água que pode ser usada para realizar a manutenção do local. Além de 
ter um espelho d’água, um bosque com plantas frutíferas, espaço coberto para 
convivência - que pode receber exposições de arte, shows musicais e outros eventos 
culturais-, o espaço ganhou um estacionamento arborizado, parquinho feito com 
madeira de reflorestamento e uma estrutura suspensa conhecida como pergolado, 
com vasos de plantas aromáticas como orégano, tomilho, cebolinha e pimenta. 
A Praça Conceito Consciente conta com um jardim sensorial para os usuários, 
composto por uma trilha ao longo de uma pérgola, esse jardim, tem como objetivo 
proporcionar uma experiência perceptiva através dos cinco sentidos, principalmente 
aos deficientes visuais. 
Ao analisar este projeto, pode-se comtemplar a qualidade formal da praça, a 
concepção da forma, com seu desenho simples, que trouxe ao ambiente novidade, 
sustentabilidade, acessibilidade e sensibilidade, mas sem deixar de conversa com a 
cidade. Utilizando elementos da plástica que contribuem para o desenvolvimento da 
proposta de revitalização urbana. 
 
Figura 12 (A): Área sensorial Figura 13 (B): Espelho D’Agua 
 
Fonte: Ciclo Vivo Fonte: http://reformafacil.com.br/ 
 
 
 
 
 
 
 
http://reformafacil.com.br/
39 
 
3.1.3 Praça Levinson Plaza- Boston, EUA 
Tabela 3- Praça Levinson Plaza- Boston, EUA 
Ficha técnica Praça Levinson Plaza – Boston, EUA 
Projeto Arquitetônico: Mikyoung Kim DesignÁrea do terreno: 2.800 m² 
Data do projeto: 2008 
 Fonte: Archdaily 
 
 Localizada em Boston, Estados Unidos a praça Levinson Plaza foi projetada 
pelo arquiteto Mikyoung Kim, em meio ao um contexto tipicamente residencial, ruas 
movimentadas e edificações. Com isso buscou-se integrar seu entorno construído 
com o natural, criando espaços que atraiu pessoas de todas as idades e que 
possibilitou diversos usos. Com o projeto da praça urbana Mikyoung criou um parque 
urbano e um refúgio verde da cidade. 
 
Figura 14: Planta Baixa 
 
Fonte: Archdaily 
 
40 
 
Figura 15: Zoneamento 
 
Fonte: Archdaily 
 
 Facilmente acessível a todos a praça integra diversos usos, todos localizados 
lado a lado, onde as pessoas podem praticar atividades distintas no mesmo espaço 
físico, o que incentiva a convivência e sociabilidade. O projeto acomoda: espaços 
multiculturais, parque infantis, Tai Chi, xadrez, área de estar contemplativas, área de 
gramado para ser usada para banhos de sol no verão, também proporciona áreas 
flexíveis para reuniões maiores e celebrações. 
As áreas foram projetadas cuidadosamente e criativamente, com um mobiliário 
urbano com linhas simples, mas que acompanham o estilo do projeto como um todo. 
Existem dois tipos de bancos, um com encosto e outro sem; a iluminação é voltada 
aos usuários, com postes baixos; o piso de concreto foi desenhando com um padrão 
geométrico para trazer movimento ao espaço e outra característica marcante é deixar 
áreas expostas ao sol, já que na maior parte do ano a temperatura é baixa. As 
espécies de vegetação variam, porém todas adaptadas as condições climáticas 
exigentes da cidade. 
 
 
 
41 
 
 
Figura 16 (A) : Praça Levinson Figura 17 (B): Vegetação da praça 
 
 Fonte: Archdaily Fonte: Archdaily 
 
Além de suas qualidades estéticas, foi utilizado matérias que são duráveis, 
exigem pouca manutenção e suportam os longos invernos de Boston. De maneira 
especifica, posso expor que a praça filtrou as condições urbanas atendendo as 
exigências da comunidade, teve a interação entres elementos construídos para fins 
de convivência social. Um espaço essencial para nortear minhas decisões, pensado 
no contexto urbano que dá aos seus usuários espaços multifuncionais, próximo do 
convivo cotidiano e de fácil atendimento, mesmo que em pequena dimensão. 
 
 3.1.4 Miami Beach Soundscape 
Tabela 4- Miami Beach Soundscape 
Ficha técnica Miami Beach Soundscape Park 
Projeto Arquitetônico: West 8 
Área do terreno: 5,86 hectares 
Data do projeto: 2009/2010 
Conclusão da obra: 2010/2011 
Fonte: West 8 
 
Localizada no coração da cidade de Miami (E.U.A), O Miami Beach 
SoundScape Park é um dos projetos que compõem a onda de revitalização do centro 
de Miami Beach. Veio para estabelecer um novo procedente para parques, pois 
42 
 
inicialmente não se queria construir nada neste espaço, e foi umas das peças finais 
do plano de desenvolvimento do centro de Miami Beach. 
 
Figura 18: Planta Baixa 
 
Fonte: West 8 
Com características totalmente originais, o parque é repleto de palmeiras, 
pérgolas que abraçam as bordas do parque, caminho sinuoso de mosaico e estruturas 
de alumínio pintadas fabricados à mão, não só fornecem sombra, mas apoiarão as 
flores. Uma das características mais ambiciosa do parque é um programa audiovisual, 
a Oeste 8 projetou uma torre de projeção de vídeos que utiliza a parede do edifício 
Symphony Hall como “tela”, fornecendo aos usuários do parque exibição de filmes e 
eventos musicais ao ar livre. 
 
Figura 19 (A): Miami Beach Soundscape Figura 20 (B): Estruturas Metálicas 
 
 Fonte: West 8 Fonte: http://landscapeinvocation.com/park 
 
 
http://landscapeinvocation.com/park
43 
 
 
 
 
 
Figura 21: Área de projeção audiovisual 
 
Fonte: West 8 
 
O projeto analisado acima me trouxe contribuições, pois é um parque com 
grande variedade de usos tanto de dia quando a noite, unifica recreação, lazer e 
cultura combinado a uma arquitetura excepcional, tolamente condizente a cidade que 
ele está inserido, ouso dizer, que o Miami Beach Soundscape expressa a euforia e 
vitalidade de Miami. Esse projeto mostra claramente a importância da adaptação do 
espaço livre público com o seu entorno, algo que pode ser muito funcional e 
esteticamente agradável. 
Os quatro projetos acima demonstrados trouxeram inspiração e contribuições 
importantes para o projetista, como a utilização de elementos formais para áreas, 
qualidade plásticas, premissas sustentáveis, integração entre os elementos 
construídos e o convívio social, preocupação em utilizar elementos vegetais como 
componente, o uso do espaço combinado a uma arquitetura notável, mas sempre 
atendendo as exigências da população e unificando a convivência e recreação. 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
4.UNIVERSO DE ESTUDO 
 
Este capitulo relata os estudos realizados sobre a área do anteprojeto, seu entorno 
e seu bairro, para contribuir, a partir de diretrizes, para um bom desenvolvimento desta 
monografia. 
4.1 Bairro de Lagoa Nova 
 
O bairro de Lagoa Nova, encontra-se na Zona Administrativa Sul do Município de 
Natal e caraterizado como uma Zona Adensável segundo o Plano Diretor no 
município. Limita-se a norte Alecrim, Lagoa Seca e Tirol, a sul com Campi Macio e 
Candelária, a leste com Nova descoberta e Parque das Dunas, e a oeste com 
Candelária, Cidade da Esperança, Nossa Sra. De Nazaré e Dix-Sept Rosado. 
Figura 22: Localização do bairro e da praça 
 
Fonte: Prefeitura do Natal/ SEMURB 
Segundo o livro “Natal: meu bairro, minha cidade” publicado pela SEMURB – 
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo- em 2009, o bairro de Lagoa 
45 
 
Nova possui uma área de 766,16 hectares, onde reside aproximadamente 35 mil 
pessoas em uma densidade habitacional de 46,78 habitantes/há. Ainda de acordo 
com o livro o bairro tem 90% de seu território com drenagem de águas pluviais e 90% 
pavimentados. 
 O bairro Lagoa Nova foi oficializado como bairro na gestão do então prefeito 
Sylvio Piza Pedroza, por meio do Decreto Lei nº. 251, de 30 de setembro de 1947, e 
começou a se desenvolver no início da década de 60, com a instalação do Campus 
da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e do Centro Administrativo, esse 
último no lugar onde existia uma lagoa, daí a inspiração para o nome do bairro. Em 
junho de 1972 o Estádio “Castelão”, em homenagem ao Presidente Humberto de 
Alencar Castelo Branco, foi inaugurado no bairro e outro empreendimento começaram 
a surgir a partir das obras de duplicação a asfaltamento da Avenida Prudente de 
Morais. 
Figura 23: Inauguração do “Castelão” 
 
Fonte: http://f9.net.br/portal/colunas/olismar/ 
 
Era um bairro eminentemente residencial, mas nos últimos anos tem passado 
por mudanças, hoje o bairro possui shoppings, escolas, universidades, 
supermercados, clinicas, hospitais, academias, repetições públicas e serviços e o 
estádio que sediou jogos da Copa do Mundo de 2014, tudo isso entre ruas iluminadas, 
pavimentadas, saneadas e com ampla oferta de transporte. É considerado o “novo 
centro da cidade”, pois além da diversidade de serviços oferecem o bairro é cortado 
http://f9.net.br/portal/colunas/olismar/
46 
 
pelas principais avenidas da cidade que são as Avenida Senador Salgado Filho, 
Avenida Prudente de Morais e a Av. Bernardo Vieira. 
As melhorias vinculadas à Copa do Mundo no bairro de Lagoa Nova 
envolveram transformações na dinâmica urbana, houveram intervenções de 
mobilidade e criação de novos fluxos evias. O objetivo de tais obras era melhorar a 
infraestrutura urbana do bairro de Lagoa Nova e da cidade de Natal para, assim, 
recepcionar quatro jogos de futebol da Copa do Mundo em junho de 2014, trazendo 
impactos e legados econômico e urbanístico para o bairro. 
 
Figura 24: Bairro com seu atual estádio “Arena das Dunas” 
 
Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/area-nobre/272723 
 
Em relação ao seu condicionante legal incidente em Lagoa Nova, é a Zona 
Adensável. Segundo o Plano Diretor de Natal da Lei Complementar nº 082, de 21 de 
junho de 2007, Zona Adensável é aquela onde as condições do meio físico, a 
disponibilidade de infraestrutura e a necessidade de diversificação de uso, 
possibilitem um adensamento maior do que aquele correspondente aos parâmetros 
básicos de coeficiente de aproveitamento. 
Ainda incide sobre o bairro uma limitação de gabarito de até 6 metros de altura, 
na área que corresponde ao polígono formado pela Rua Norton Chaves, Avenida 
Senador Salgado Filho, Avenida dos Gerânios, Avenida do Contorno do Campus 
Universitário e Rua Djalma Maranhão, e de 15 metros, no polígono formado pela 
Avenida Bernardo Vieira, Avenida Rui Barbosa, Rua Norton Chaves e Avenida Xavier 
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/area-nobre/272723
47 
 
da Silveira. E consta ainda neste bairro um pequeno trecho de uma Área Especial de 
Interesse Social, dominada de AEIS, como mostra a figura abaixo. 
Figura 25: Legislação Urbanística 
 
Fonte: Prefeitura do Natal/ SEMURB 
 
 De acordo com a base de dados do IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística- de 2008 a população do bairro de Lagoa Nova, era composta por 
55,54% mulheres e 44,46% homens. A parcela de faixa etária mais significativa era 
48 
 
de 20-24 anos, com 10,67% do total, seguido por 25-29 anos com 10% do total, 
demonstrando o caráter jovem do bairro. 
 
Figura 24: Bairro Lagoa Nova 
 
 Fonte: IBGE 
 
Atualmente, o bairro de Lagoa Nova é uma região nobre da capital, o motivo 
principal é a localização geográfica e sua infraestrutura existente, composto em sua 
maioria por residências, existe uma forte atuação do comércio e serviços, que é um 
diferencial para o bairro, gerando um maior fluxo de pessoas em suas ruas. Sem 
dúvida este bairro é importante para Natal e necessita de uma praça revitalizada, 
arborizada e com opções de lazer, para sua população, resgatando toda a convivência 
social. 
 4.2 ANÁLISE DO TERRENO E SEU ENTORNO 
 
A Praça Santa Mônica (com área aproximada de XXXXX m²), faz parte de 
Lagoa Nova e tem como ruas limítrofes a Rua Prof. Antônio Campos, Rua Anflilóquio 
Paiva Câmara, Rua Marise Bastier, Rua Monsenhor João da Mata Paiva, onde todas 
suas vias são pavimentadas. O local é abastecido de iluminação pública e 
esgotamento sanitário, existe coleta de lixo periódica, as paradas de ônibus ficam em 
média a uns 900 metros da praça, é uma região cuja a infraestrutura básica é 
existente. 
http://f9.net.br/portal/colunas/olismar/
49 
 
 
Figura 27 : Localização da praça Santa Mônica 
 
Fonte: Elaboração própria, com base no Google Maps 
 
Para maior compreensão dos usos e ocupação na área do projeto foi 
desenvolvido estudos morfológicos que informa sobre as estruturas, formas e 
transformações da praça e do seu entorno. Através dos estudos do uso do solo 
constatou-se características predominantemente residencial. Mas atualmente está 
havendo uma mudança de residências unifamiliares para multifamiliares, com os 
edifícios que vêm sendo construídos no bairro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
MAPA 1: Uso de solo e sentido do tráfego 
 
 
 
Fonte: Google Street View 
 
O mapeamento do uso dos solos e sentido do tráfego na região se deu pela 
necessidade de compreender a organização do espaço e suas mudanças, uma vez 
que o meio ambiente sofre transformações causadas pelos processos naturais e, 
sobretudo pelas ações antrópicas. De todos os tipos de usos, o residencial é o que 
ocupa mais espaço, como já citado acima. 
51 
 
Nas áreas que margeiam as principais vias (de maior hierarquia ou mais 
movimentadas), foram notadas algumas transformações, com a consolidação de 
comércios, institucional, serviços e até mesmo usos mistos – uma combinação de 
residência e algum dos usos citados anteriormente. As vias arteriais é onde se localiza 
tráfego mais rápido, as grandes avenidas que possibilita o trânsito para entre as 
regiões da cidade. Já as vias coletoras têm como principal função interligar as ruas 
dos setores residenciais às vias arteriais e expressas e as vias locais são as ruas 
menores ainda que normalmente são acessadas através das coletoras, são elas que 
dão acesso ás residências normalmente e devem ter um tratamento adequado 
priorizando a circulação de pedestres, todas as vias no entorno da praça são 
pavimentadas, como já citado acima. 
MAPA 2: Hierarquia Viária 
 
 
Fonte: Google Street View 
52 
 
 
Sobre o gabarito da área, são predominantes as construções com altura média 
de um ou dois pavimentos, com alguns casos acima de três e isso configura numa 
área mais adensável. Ainda assim, a praça é bastante ventilada, pois recebe também 
ventos provenientes do Sudeste, qualificados como os ventos Alísios de sudeste. 
 
MAPA 3: Gabarito 
 
 
Fonte: Google Street View 
 
53 
 
Figura 28: Indicação do nascente e poente solar / orientação dos ventos 
 
Fonte: Elaboração própria, com base no Google Maps 
 
Os estudos dos usos, da hierarquia viária e do gabarito são essenciais no 
conhecimento morfológico da região, na análise do espaço e sua ordem, á 
materialidade dos aspectos de organização funcional quantitativa e dos aspectos 
qualitativos e figurativos. Diante o conhecimento adquirido deve-se projetar um 
ambiente que crie alternativas que contemplem valores, necessidades e 
possibilidades diferentes, ou seja, assumir a diversidade inerente a população urbana 
e evitar a segregação. 
 
4.3 ANÁLISE DA ÁREA DO PROJETO 
 
Com já avaliado, a praça está localizada numa área predominantemente 
residencial. Porém, percebe-se que a existência do Hospital do Coração contribui para 
diversidade de atividades e usuários na praça. 
Segundo reportagem da Tribuna do Norte, em 2011, integrando um programa de 
recuperação das praças natalenses, a praça teve sua área esportiva recuperada. 
 
“A Sejel – Secretaria Municipal da Juventude, do 
Esporte, do Lazer- realizará a recuperação de toda 
54 
 
a estrutura da quadra, desde reparos no piso, 
traves e tabelas, até no sistema de iluminação e nas 
grandes de proteção. A praça também receberá 
novos equipamentos de ginástica, com a 
disponibilização de instrutores de educação física 
com parte do programa Academia da Terceira 
Idade” (Tribuna do Norte, 2011) 
 
Apesar disso, o que se vê hoje com observações in loco e levantamento de dados 
é uma situação bastante diferente. Passados cinco anos desde a última reforma 
significativa e com uma manutenção pouco frequente, a praça Santa Monica tem 
gerado críticas dos moradores da região. 
 
Figura 29: Situação atual da praça 
 
Fonte: Acervo da autora, 2016 
 
Figura 30: Situação atual da praça 
 
Fonte: Acervo da autora, 2016 
 
 
 
55 
 
 
Figura 31: Situação atual da quadra 
 
Fonte: Acervo da autora, 2016 
O descuido e a falta de manutenção no espaço é notório. Bancos quebrados, 
piso deteriorado, vegetação e o lixo já tomando conta do local. Os equipamentos de 
esporte também estão em condições preocupantes, sem as tabelas para o basquete, 
as traves em péssimas condições e sem rede de proteção. Em se tratando de 
acessibilidade, existem algumas rampas de acesso, no entanto, não foram inseridas 
corretamente - estão mal localizadas e não existe rampa do outro lado da rua, nas 
calçadas particulares, o que ocasiona uma falha na acessibilidade. Além da 
sinalização tátil existentenão atender aos requisitos da atual norma de acessibilidade 
– NBR 9050. 
Figura 32 (A): Rampa atual Figura 33 (B): Piso tátil atual 
 
Fonte: Acervo da autora, 2016 
56 
 
 
Figura 34 (A): Mobiliário atual Figura 35 (B): Quadra poliesportiva atual 
 
Fonte: Acervo da autora, 2016 Fonte: Acervo da autora, 2016 
 
Figura 36 (C): Mobiliário atual Figura 37 (D): Mobiliário atual 
 
Fonte: Própria, 2016 Fonte: Própria, 2016 
 
Em relação as lixeiras existem cinco “pontos de lixeira” na praça, porém 
nenhum está sendo utilizado, por estarem degradado ou superlotado de lixo, como 
mostra a figura abaixo. 
57 
 
 
Figura 38: Situação atual das lixeiras 
 
Fonte: Própria, 2016 
O problema ainda maior, que gera insegurança às pessoas que passam pela praça 
é a falha na iluminação em algumas partes da praça, esta relação à luz a noite, nem 
todos os postes e refletores funcionam, mas apesar da iluminação existir na maior 
parte do perímetro da praça, ela não ilumina uniformemente as áreas de passeio, uma 
vez que as luzes em alguns postes estão acima da copa das arvores. 
 
Figura 39: Locação da atual iluminação 
 
 Fonte: Própria, 2016 
58 
 
 
Figura 40 : Postes e refletores 
 
Fonte: Própria, 2016 
Abaixo segue um quadro do levantamento do mobiliário urbano, com seu 
quantitativo e material de cada equipamento e sua legenda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
TABELA 5: Quadro mobiliário 
 
 Fonte: Elaboração própria 
 
A vegetação existente é predominantemente de árvores de médio e grande 
porte, com isso boa parte da praça fica sombreada, o que contribui para uma maior 
ocupação e agrado dos usuários. Temos muitos Coqueiros, Acácias, Cuités dentre 
outras espécies demostradas o quadro e na figura a seguir. 
 
 
 
 
 
60 
 
 
TABELA 6: Quadro botânico 
 
Fonte: Elaboração própria 
 
Figura 41: Identificação árvores de médio e grande porte 
 
Fonte: Elaboração própria, com base no Google Maps 
61 
 
 
Figura 42 (A): Algarobeira Figura 43 (B): Acácia 
 
Fonte: Acervo da autora Fonte: Acervo da autora 
 
 
 
Figura 44 (C): Coqueiro Figura 45 (D): Oiti 
 
 Fonte: Acervo da autora Fonte: Acervo da autora 
 
62 
 
 A falta da devida manutenção e de serviços constantes de melhorias 
submetem a praça Santa Mônica aos contextos diversos de degradação. 
A pavimentação está deteriorada, sem diversidade, sem apelo estético, suas 
rampas, sinalizações e aspectos ergonômicos estão inadequados, quanto aos 
mobiliários, alguns em péssimo estado de conservação como: determinados bancos, 
todas as lixeiras e os equipamentos esportivos. Outros, conservados como: a 
academia ao ar livre e a ATI. 
 
Figura 46 (A): Academia ao ar livre Figura 47 (B) ATI ( Academia da Terceira Idade) 
 
Fonte: Própria, 2016 Fonte: Própria, 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
5.CONDICIONANTE DO PROJETO 
A seguir serão descritos os condicionantes primordiais e determinantes para a 
execução do anteprojeto de requalificação da praça Santa Mônica, localizada no 
bairro Lagoa Nova. 
5.1 CONDICIONANTE LEGAL 
Seguindo com os condicionantes do projeto com os 
instrumentos normatização, a partir do Plano Diretor de Natal, do Código de Obras e 
da Norma Brasileira de acessibilidade. 
5.1.1 Plano Diretor 
 
De acordo com o Plano Diretor, o bairro em que está localizado a praça Santa 
Mônica, Lagoa Nova é um dos 7 bairros da Região Administrativa Sul. Este se insere 
na Zona de Adensável, da Lei Complementar nº 082, de 21 de junho de 2007 e possui 
um pequeno trecho de uma Área Especial de Interesse Social, dominada de AEIS, 
como já citado acima. 
Os instrumentos que estabelece as principais diretrizes para o desenvolvimento 
de propostas voltadas ao espaço urbano na cidade, entre as que são de uso primordial 
no seguinte trabalho são: 
 O coeficiente de aproveitamento máximo é de 3,5, pois conforme o 
macrozoneamento do município, o bairro de Lagoa Nova está 
inserido na Zona Adensável; 
 A taxa de ocupação máxima admitida para edificações térreas é de 
80%, para efeito de ocupação não sendo computados pergolados, 
beirais, marquises e caramanchões; 
 A taxa de impermeabilização máxima permitida é de 80%; 
 Os recuos devem ser compatíveis com o que diz o Quadro 01; 
 
64 
 
Quadro 1: Recuos estabelecidos para Município de Natal 
Fonte: Plano diretor de Natal,2007 
5.1.2 Código de Obras 
 
O Código de Obras de Natal, Lei Complementar Nº 055/2004, regulamenta a 
realização de projetos e o licenciamento de obras na cidade. A partir da compreensão 
e estudo do código de obras, podem-se elencar as mais variadas normas e atribuições 
referentes ao projeto. 
No tocante ao fechamento dos terrenos, o art. 102 garante que não é 
obrigatório, embora, se for realizado, o Art. 103 indica que, a sua altura máxima, no 
alinhamento frontal, é de três metros (3,00m), o qual será medido em relação ao 
passeio. E o Art. 104 completa que os muros de fechamento sejam também, de no 
máximo três metros (3,00m) de altura na lateral e fundo do terreno, em relação ao 
perfil natural do terreno. 
Conseguinte, o Art. 126 trata das calçadas, salientando que sua dimensão 
mínima para o passeio reservado a pedestres e sem obstáculos é de 1,20 m (de piso 
contínuo, tátil e antiderrapante, sem saliências ou reentrâncias), com a exceção de 
obstáculos que estejam sob a calçada com altura superior a 2,20 m e com um balanço 
de no máximo 0,80 m. Na mesma situação citada anteriormente porém sendo os 
obstáculos, marquises, estas devem possuir uma altura de 2,50 m e balanço de, no 
máximo, 2/3 da largura da calçada. 
65 
 
Para as calçadas externas ao lote, sua dimensão mínima deve ser de 2,50 m, 
de acordo com o art. 130. Sendo terreno de esquina, o Art. 132, afirma que fica 
obrigado a executar a construção de rampas de transição entre o leito carroçável e o 
passeio em todas as vias que margeiam sua utilização, conforme as NBR´s 
específicas. É possível haver a presença de arborização, seção regida pelo art. 135. 
Quanto ao meio-fio, pode ser rebaixado nas condições de oferecer acesso ao lote e a 
vagas de estacionamento, conforme apontado no art. 137, e ser perpendicular ao 
alinhamento do lote e não prejudicar arborização e iluminação pública, de acordo com 
o art. 138. 
Os ambientes internos de uma edificação se caracterizam em: “de uso 
prolongado, de uso transitório, de uso especial” (NATAL, 2004, Art. 140, pg. 293), 
sendo os de uso prolongado reservado a atividades como estar, estudar e trabalhar; 
o de uso transitório são mais associados a circulação e locais de higiene pessoal; e 
os de uso especial, são locais diferentes, como salas de exposição e de imagem e 
som, conforme exposto nos artigos 141, 142 e 143, respectivamente. 
Por seguinte, o Art. 148, relata sobre a iluminação e ventilação dos ambientes, 
aonde garante que não serão consideradas aberturas que não sejam voltadas para 
áres descobertas (como vias públicas e pátios) desde que, no caso de recuos laterais, 
essa distância não seja inferior a 1,50 m, conforme Art. 149. Já no Art. 150, o seu 
parágrafo único diz que a área destinada a esse propósito deve ser de 1/6 (da área 
total

Outros materiais