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RESUMO DSV-AP2

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RESUMO DSV 
Aula 8 
Células – Unidades funcionais do nosso corpo. 
 Respiração 
 Produção de energia Interior da célula 
 Digestão de alimentos 
Em cada célula o material genético é o mesmo, os diferentes genes estão 
ligados, portanto proteínas diferentes serão sintetizadas em cada tecido. 
 Espermatozóide 
 Ovócito Gametas 
 
Informação Biológica – Presente na metade do material genético que cada um 
dos pais passa. 
Divisão celular – Dá origem aos gametas, é reducional, por isso cada gameta 
apresenta apenas metade do material genético (23 cromossomos). A 
quantidade do material genético só é restaurada no zigoto (primeira célula do 
feto). 
Diferenças entre os membros de uma espécie. 
Mutação – Erros no processo de duplicação do material genético (duplicação 
do DNA). Quando a mutação ocorre no gameta o bebê ou o filhote irá 
apresentar todas as suas células com a mutação. Nesse caso a mutação 
passará p/ as novas gerações. A mutação é o processo responsável pela 
evolução e diversificação da vida. 
Variabilidade – É inserida na população através da mutação, sem ela não há 
evolução nem adaptação. 
Anagênese – Evolução que ocorre ao longo do tempo em uma única espécie. 
Cladogênese – É a evolução isolando duas linhagens que não irão mais 
compartilhar seu caminho evolutivo. Após a especiação as duas espécies 
descendentes evoluem independentemente para sempre. 
Câncer – Mutação que não afeta os descendentes. O nº de divisões de uma 
célula é finito, quando esse nº é alcançado a célula entra em processo de 
morte celular programada. Quando a sinalização desse nº é perdida, surge 
uma linhagem de células imortais que se dividem infinitamente. 
Metástase – Quando uma célula de tecido diferente é reconhecida, o processo 
de divisão celular é interrompido para que não haja invasão de tecido, células 
cancerosas perdem essa sinalização e invadem outros tecidos espalhando o 
câncer por todo o corpo. 
Material genético e sua duplicação. 
Em eucariontes os genes são divididos em porções codificantes de proteínas 
(Éxons) e porções não codificantes (Intróns). Os Procariontes não possuem 
introns. 
Código genético – Chave para as traduções das sequências de DNA nas 
sequências de proteínas. 
Todos os organismos Eucariontes e Procariontes apresentam material genético 
de DNA. Com exceção de alguns vírus cujo material genético é constituído da 
molécula de RNA. 
RNA/DNA 
DNA – Presença de um átomo de Hidrogênio (H). Bases nitrogenadas – 
Timina, Guanina, Adenina, Citosina. 
RNA – Presença de Hidroxila (OH). Bases nitrogenadas -0 Uracila, Adenina, 
Guanina e Citosina. 
DNA 
Adenina 2 pontes de Hidrogênio ligam a Timina Pareamento que permite 
Citosina 3 pontes de Hidrogênio ligam a Guanina a duplicação da molécula 
 de DNA 
A dupla fita sempre se rompe pela quebra das pontes de hidrogênio. Duas 
novas fitas são sintetizadas tendo cada fita a cadeia original como molde. As 
novas moléculas de DNA geradas apresentam uma nova fita e uma antiga, por 
isso chamamos a duplicação de DNA de semiconservativa. 
A mutação ocorre quando há alguma mudança nas sequências das bases que 
acontece transformando um gene em outro. As mutações são a matéria prima 
para a evolução. 
Erros que deram certo. 
Nosso dedão do pé que funciona como uma alavanca para o andar bipedal é 
passado p/ os nossos descendentes porque o gene que determina o dedão 
humano está no material genético. 
 
Aula 09 
A primeira molécula viva foi aquela que adquiriu a capacidade de se reproduzir, 
passar para os descendentes as suas características e de sofrer alterações 
herdáveis em seu material genético. 
Em evolução não existem hiatos ou intervalos. O o processo é contínuo desde 
a origem da vida até os dias de hoje. 
Todos os organismos vivos são igualmente evoluídos, poius todos evoluímos 
igualmente desde a origem da vida. 
Nosso primeiro ancestral comum com o restante da diversidade biológica é a 
origem da vida. 
Aminoácidos estão presentes em corpos celestes. Há uma teoria que explica 
este fato. Miller e Urey, foram os cientistas que fizeram um experimento com 
um frasco vedado com compostos inorgânicos – Metano, amônia e água. 
Submeteram este frasco a fontes de energia Eletrodos(simulando raios) e 
Calor(simulando vulcões). SIMULAÇÃO DE UM POSSÍVEL AMBIENTE DA 
TERRA PRIMITIVA. O objetivo desse experimento era verificar se moléculas 
simples poderiam reagir e se transformar em outras mais complexas 
espontaneamente, sem o auxílio de enzimas ou outras moléculas orgânicas. 
Os cientistas perceberam que em 1 semana aminoácidos apareceram no 
frasco vedado. Conclusão: Aminoácidos são formados espontaneamente e por 
isso estão presentes em corpos celestes. 
O conjunto das funções proteicas é o que estrutura, mantém o funcionamento e 
reproduz o organismo vivo. Nenhum organismo hj sobrevive e nem tem o seu 
material genético replicado sem proteínas e sem enzimas proteicas que fazem 
esse papel de catálise. A formação de aminoácidos é um passo crucial para 
entendermos o nosso início. 
AMINOÁCIDOS – Monômeros que formam as longas proteínas e enzimas 
proteicas. 
O DNA, e não as proteínas, é que apresenta a informação herdável e mutável 
que passa de ancestral p/ descendente. 
A informação da vida está na sequência dos monômeros de DNA – AS BASES 
NUCLEOTÍDICAS A,C,T,G. 
VIDA – Somatório das propriedades de replicação, herança e mutação. A 
chave para a origem da vida passa pela origem da síntese de proteínas que 
ocorre em TODOS os organismos vivos. 
Sem o DNA a chave para a síntese de proteínas não passa para os 
descendentes e sem as proteínas o DNA não se replica, pois existem enzimas 
proteicas responsáveis por esta replicação. E AGORA? 
Hj os ácidos nucleicos não conseguem se replicar sozinhos, mas um dia 
puderam. Isso foi proposto pó Walter Gilbert quando sugeriu que o 1º sistema 
biológico era uma molécula de RNA. 
Teoria do Mundo RNA – No 1º mundo biológico moléculas de RNA formavam o 
1º mundo biológico dos oceanos primitivos. Na síntese proteica o RNA está 
presente em funções primordiais e diversas. 
 RNA ribossomial – liga os aminoácidos e ancora a síntese 
 RNA transportador – carrega aminoácidos e respectivo anti–códon 
 RNA mensageiroRNA molde do gene em DNA 
O RNA apresenta as 3 propriedades da vida: REPLICAÇÃO, HERANÇA E 
MUTAÇÃO. 
Em nosso corpo temos enzimas que não são cadeias de proteínas, mas são 
constituídas de fitas de RNA, são chamadas ribozimas que apresentam 
funções semelhantes às enzimas. 
Um experimento em laboratório prova que as ribozimas artificiais apresentam a 
capacidade de se auto replicar. 
A partir desse organismo primordial a pr´pria herdabilidade passaria a 
propriedade de auto-replicação aos descendentes desse primeiro ser biológico. 
Isso daria início à explosão biológica, pois a capacidade do primeiro ser 
biológico passaria aos seus descendentes. 
Onde surgiu a vida? 
Panspermia Cósmica – Somos todos marcianos. A vida bem primitiva teria 
vindo do espaço por corpos celestes. Existem muitos compostos orgânicos , 
dentre eles, aminoácidos quejá foram encontrados em meteoritos. O mais 
famoso é o meteorito de Murchison, nele foram encontrados não apenas 
aminoácidos, mas também bases nitrogenadas uracila e xantina. Para alguns 
cientistas essa profusão de moléculas orgânicas teria sido contaminação 
terrestre. 
Outra possibilidade é de que a vida tenha surgido aqui mesmo na terra, mas 
sua origem se deu em lugares mais remotos. 
Fonteshidrotermais condições adequadas à atividade biológica no nosso 
planeta. 
 
Explosão biológica. 
 Mundo RNA foi substituído pelo mundo da síntese proteica. 
 O DNA é mais estável como material genético. 
 As proteínas são catalizadoras de reações mais eficientes. 
Mundo Ribonucleoproteico – Moléculas de RNA associadas a proteínas que 
teriam substituído o mundo do RNA. 
Depois que o DNA entrou na síntese proteica, aparece o processo de 
transcrição e o mundo biológico se transforma novamente por evolução. 
O DNA substitui o RNA como armazenador de informação e as enzimas 
proteicas substituíram o RNA na estrutura e nas funções do metabolismo. 
O código genético transforma a sequência de bases nitrogenadas do DNA em 
sequência proteica. Esse processo inicia-se com a síntese de RNA. Após essa 
etapa o processo de tradução é realizado nos ribossomos. Cada 3 bases é 
traduzida em um aminoácido. Determinada sequência terá sempre o mesmo 
aminoácido, por ex.: ATG a proteína terá um aminoácido Metionina, AAA será 
sempre lisina. 
Além dos códons que determinam aminoácidos, alguns códons determinam a 
parada de síntese de proteínas. 
Como são 64 códons possíveis e apenas 20 aminoácidos, alguns são 
codificados por mais de um códon, por isso chamamos o código genético nde 
degenerado. 
Códons mais semelhantes decodificam o mesmo aminoácido, por ex.: CCG, 
CCA, CCC, codificam a Prolina. Aminoácidos com propriedades químicas 
semelhantes apresentam códigos semelhantes. 
Devemos pensar no código inicial como mais simples que o atual, com maior 
grau de degeneração. Menos aminoácidos eram decodificados pelos 64 
códons. Gradualmente novos aminoácidos foram sendo incorporados e os 
organismos aumentando sua complexidade ao longo da evolução. 
Evolução biológica 
A associação entre moléculas requer a compartimentalização em um ambiente 
interno delimitado por uma membrana biológica. Moléculas isoladas no 
ambiente competem pelos mesmos recursos. A cooperação entre moléculas 
deve ter evoluído depois do aparecimento da membrana. 
 
 
Aula 10 
A Homeostase também é uma propriedade dos sistemas biológicos que 
regulam o seu ambiente interno de forma a mantê-lo estável e funcionando. 
Essa estabilidade é atingida através das enzimas proteicas que funcionam 
como operárias dos sistemas biológicos. 
Anabolismo – União de moléculas pequenas formando moléculas maiores. 
Esse processo requer energia. 
Catabolismo – Quebra de moléculas grandes que libera energia para as 
reações anabólicas. Com o rompimento das ligações químicas dessas 
moléculas a energia da ligação é liberada e pode ser armazenada para usos 
nas reações anabólicas. 
Os alimentos são as moléculas grandes que as reações catabólicas vão 
quebrar para conseguir energia para as funções metabólicas. 
Fotossíntese o combustível da biodversidade. 
Plantas – autotróficas, necessitam da luz para produzir moléculas grandes. 
Produzem seu próprio alimento. 
Animais – Heterotróficos. Precisam se alimentar para produzir moléculas 
grandes. 
Tanto as plantas como os animais quebram os alimentos pelo processo 
específico da respiração celular. 
Fotssíntese é o combustível que mantém a diversidade biológica. Gera energia 
para organismos de forma direta e de forma indireta é responsável pela energia 
de muitos outros. Sem a fotossíntese não existiria qualquer um dos animais 
que vimos a olho nu. 
Respiração celular 
Processo que o oxigênio é usado para quebrar o alimento produzindo gás 
carbônico, água e energia que o corpo necessita. Quem realiza esse processo 
é a mitocôndria. 
As plantas têm cloroplastos e mitocôndrias, animais e fungos só têm 
mitocôndrias. As mitocôndrias estão presentes apenas nos eucariontes. 
A respiração celular acontece em três etapas: 
 A glicólise – Produto final das moléculas de piruvato 
 O ciclo de Krebs – Se inicia com o piruvato que é transformado em 
acetilcoenzima A. 
 Cadeia respiratória – Uma larga sequência de reações de transferência 
de elétrons, forma a cadeia respiratória, a última molécula a receber 
elétrons, os transfere ao oxigênio que é o receptor final. Isso gera 38 
moléculas adicionais de ATP e são gastas apenas 2. As 36 de sobra são 
armazenadas p/ quando o organismo precisar de energia. 
Fermentação – Promove a quebra de compostos orgânicos, mas não utiliza 
oxigênio. Não é tão eficiente como a respiração aeróbica, mas muitos 
organismos, como fungos e bactérias, usam-no regularmente. Mamíferos usam 
o processo apenas quando não têm oxigênio disponível em suas células. 
 
Aula 11 
Complexidade 
Se vc for observar a fundo as suas células, verá que o genoma nuclear não é o 
único genoma presente no interior das células. Há um genoma presente no 
interior das mitocôndrias. Neste genoma existem genes que codificam os 
mesmos ribossomos encontrados nos genomas nucleares dos organismos 
eucariontes e dos genomas procariontes também. Podemos estimar filogenias 
usando os genes ribossomiais de mitocôndrias e de organismos eucariontes e 
procariontes. 
Endossimbiose 
Um tipo de bactéria aeróbica começou a viver como endossimbionte no interior 
de outra bactéria maior. A bactéria maior fagocitou a menor, mas não a digeriu. 
A bactéria maior se beneficiou com o ganho de energia da respiração aeróbica 
e a bactéria aeróbica se beneficiou com a proteção do interior da bactéria 
maior. A bactéria menor foi se transformando em mitocôndria enquanto a maior 
ganhou complexidade devido à essa fonte de energia disponível. 
Protistas, eucariontes unicelulares. 
Existem protistas fotossintetizantes – As plantas devem ter evoluído a partir de 
organismos desse tipo. 
Há protistas que não conseguem produzir o seu próprio alimento, os animais 
devem ter se originado de ancestrais semelhantes a esses protistas. 
Como a multicelularidade deve ter evoluído – Um exemplo simples seria se um 
organismo celular apresentasse uma mutação pela qual a divisão celular não 
se completaria, as duas células filhas permaneceriam grudadas, como o fator é 
genético, os descendentes tbm ficariam unidos podendo dar origem a um 
organismo multicelular rapidamente. A capacidade desse primeiro indivíduo 
multicelular seria a soma das capacidades de cada uma de suas células. 
Teoria colonial, a mais aceita sobre a origem dos animais – Protistas 
unicelulares flagelados iniciaram foormando um agregado de células não 
diferenciadas, em seguida esse agregado deu origem a uma esfera oca e 
iniciou a diferenciação celular em tecidos. 
Tipos de reprodução – Procariontes se reproduzem através da fissão binária, 
cada organismo produz cópias de si mesmo e do seu genoma. Reprodução 
assexuada. 
Outro tipo de reprodução é a que envolve um macho e uma fêmea para gerar 
filhotes. Esse tipo de reprodução é a sexuada e envolve a divisão celular 
reducional. 
A vantagem da reprodução sexuada é a maior adaptação às mudanças 
ambientais. Há uma quebra dos genomas pré-adaptados. Isso dá a chance de 
que pelo menos 1 filhote sobreviva às mudanças drásticas. 
Na reprodução assexuada o organismo já nasce adaptado ao ambiente, então 
qualquer mudança drástica fará com que esses organismo morram. 
 
Aula12 
Início do Arqueano – Grande evento de oxigenação – Origem dos processos 
fundamentais de respiração celular e fotossíntese e a origem dos organismos 
eucariontes. Ingredientes básicos para a explosão da diversidade dos 
eucariontes. 
Início do eono Fanerozóico – Dividido em três eras Paleozóica, Mesozóica e 
Cenozóica 
Fanerozóico – Fauna relativamente complexa sem nenhuma fauna que os 
precedesse no Proterozóico. 
Em um local da Austrália(Ediacara) foram encontradosfósseis de animais 
complexos anterior ao cambriano, mas como eles não tinham esqueleto, 
apenas no Lagerstatte podiam ser encontrados os seus fósseis. 
A explosão do Cambriano marca o surgimento do esqueleto. O esqueleto duro 
traz vantagens de locomoção e proteção. 
Essa fauna ficou conhecida como Ediacariana e o período em que ela ocorre é 
o Ediacariano. 
Simetria bilateral já pode ser encontrada na fauna dessa época. 
Esses últimos 600mlh de anos são conhecidos como a época da diversificação 
dos eucariontes. 
Faunas do edicariano e cambriano são muito diferentes , provavelmente 
ocorreu algum evento de extinção entre esses dois períodos. 
Há épocas em que percebe-se uma maior diversificação, ou seja, existem mais 
linhagens se especiando do que se extinguindo. Essas épocas são chamadas 
de período de diversificação. Em outras épocas percebemos mais espécies se 
extinguindo do que se especiando. Essas épocas são chamadas de grandes 
extinções. 
Quem sobrevive a um evento de extinção terá muitas vantagens, pois terão 
poucos competidores e muitos alimentos. 
Logo após um evento de extinção segue um evento de diversificação, qto maior 
o evento de extinção, maior será a diversificação. 
Depois da grande extinção dos dinossauros, começa a aparecer registros 
fósseis de uma grande diversidade de mamíferos e aves. Os mamíferos não 
surgiram depois da extinção dos dinossauros, eles surgiram há 200mlh de anos 
atrás. A extinção dos dinossauros se deu há 65mlh de anos atrás. 
Nessas épocas de mudanças drásticas não era vantagem se reproduzir 
assexuadamente. Em tais épocas os organismos sexuados se multiplicavam 
enquanto os assexuados eram extintos. Isso explica a maior parte das 
espécies serem sexuadas hj em dia. 
Final do Proterozóico 
Eucariontes divididos em dois grupos: 
OPISTOKONTES – Um único flagelo A diferença entre eles está no nº de 
BIKONTES – Dois flagelos flagelos. 
 
Todos os eucariontes unicelulares são chamados de protistas. Os protistas 
não têm um único ancestral comum exclusivo deles. Não é aceito na 
sistemática filogenética que nomeia apenas ramos inteiros dessa árvore. 
Nenhuma característica é exclusiva de protistas, porque o último ancestral 
comum dos protistas deu origem a animais, fungos e plantas também. 
Cambriano, início do Fanerozóico. 
A diversidade desse período é mto maior tanto em numero de espécies quanto 
em tamanho. As vantagens de locomoção e proteção adquiridas pelo esqueleto 
é uma das causas dessa diversidade. 
O hábito de enterrar-se pode ter surgido nessa época. Isso era feito para que o 
organismo se escondesse dos predadores. 
Metameria – Sequência de segmentos repetidos ao longo do corpo, a repetição 
não acontece apenas externamente, mas internamente também. A vantagem 
disso é que um organismo metamétrico consegue crescer sem muitas 
mutações, pois o segmento ancestral é simplesmente repetido nos 
descendentes aumentando facilmente o organismo metamétrico. Essa 
característica pode também ter impulssionado a diversidade no cambriano. 
Aparecimento de guelras nos animais marinhos, aparecimento de proteínas 
carreadoras de oxigênio pelo sangue. Obtenção e uso eficiente do oxigênio na 
respiração celular. 
O restante do Paleozóico 
Diferença marcante na biota no início e no final do paleozoico. Registro fóssil 
mostra claramente as mudanças evolutivas que ocorreram na biota. Evidências 
da origem(Cambriano), da diversificação(cambriano e devoniano) e da extinção 
dos Trilobitas(Permiano). 
Não tinham vasos e todas as trocas ocorriam de célula p/ célula como as 
BIRÓFITAS hj em dia. Por isso essas plantas são sempre pequenas. 
As primeiras plantas com vasos, as TRAQUEÓFITAS, formaram as primeiras 
florestas da história da vida na Terra. Eram florestas de PTERIDÓFITAS 
samambaias gigantes 
Ordovociano – Surgem os primeiros vertebrados, em seguida os primeiros 
tetrápodos(anfíbios) que invadiram o ambiente terrestre no Devoniano, 
diversificando no carbonífero. Esse grupo se diversificou rapidamente dando 
origem aos répteis no carbonífero, isso aconteceu com o advento do ovo 
aminiótico. Estes organismos não tinham necessidade de jogar seus ovos na 
água, pois os mesmos tinham a casca duradura sendo resisitentes à perda de 
água. Tal adaptação aumentou a as chances dos répteis que começaram a se 
diversificar no Permiano. 
Répteis mamaliformes – são répteis ancestrais que apresentam características 
transitórias entre o grupo dos répteis atuais e o grupo dos mamíferos atuais, 
como os dentes diferenciados, característica dos mamíferos. 
Final do Permiano – Maior de todos os eventos de extinção. Continentes juntos 
Pangeia, oceanos reduzidos, área de deserto ampliada. Trilobitas e escorpiões 
marinhos desapareceram. 
O Mesozóico 
Pangeia começa a quebrar. Os megacontinentes Gondwana e Laurasia se 
isolaram um do outro contribuindo para a diversificação da biota dessa época. 
Algumas linhagens de répteis sobreviveram à extinção do permiano. O domínio 
do ambiente marinho e terrestre foi rápido, por isso o Mesozóico é conhecido 
como idade dos répteis. 
Dois grupos de répteis se destacaram: 
MAMALIFORMES: Dentes diferenciados e buraco no crânio, ambas as 
características são adaptações. 
No segundo grupo alguns de seus membros começaram a andar em duas 
patas. No jurássico esse grupo deu origem aas aves, sendo o Archeopterix 
considerado como a primeira ave, pois suas penas são assimétricas. Penas 
assimétricas dão maior eficiência ao voo, pois sofrem menor resistência do ar, 
adaptação importante para quem voa. A presença de dentes no Archeopterix é 
evidência que o voo apareceu antes do desaparecimento dos dentes nas aves. 
O Cenozóico 
A transição da era Mesozóica para a cenozoica foi marcada por outro grande 
evento de extinção em massa. Há evidências deque tenha sido um enorme 
asteroide que caiu na Terra e extinguiu as espécies de grande porte e a 
maioria dos organismos com mais de 25kg. 
Aves e mamíferos não foram totalmente extintos e e iniciaram um processo de 
diversificação, as aves no ar e os mamíferos na terra e no mar. 
O termo diversificação implica no fato de que novas espécies surgiram numa 
diversidade de formas, hábitos e de fisiologias em relação a seus ancestrais, o 
que chamamos de RADIAÇÃO ADAPTATIVA. O Cenozóico foi o período de 
radiação adaptativa dos mamíferos e aves. O Cenozóico é considerado como a 
idade dos mamíferos e aves. 
Origem dos primatas 
Adaptações à vida nas árvores. Nossos ancestrais foram os 1º a habitarem 
esse tipo de ambiente. Pelo hábito arborícola, na maioria dos primatas o dedão 
da mão é opositor. A diversificação dos mamíferos está relacionada à vida nas 
árvores. 
 
 
 
 
 
 
Aula 13 
Evolução Humana 
Nós e os macacos atuais descendemos de um macaco ancestral. O macaco 
que deu origem às linhagens de chimpanzés e humanos era tão diferente de 
humanos, como de chimpanzés. Pela sistemática filogenética temos duas 
possibilidades, a primeira é incluir os humanos dentro da diversidade incluída 
na palavra macaco, a segunda é abolir o termo macaco. 
Para entendermos a evolução humana temos que olhar o registro fóssil 
humano, e são muitos. Houve épocas que achávamos que a evolução se 
procedia de forma linear. Para os pesquisadores uma espécie evoluía em 
outra descendente e este descendente evoluiria em uma nova descendente, 
todas enfileiradas em uma enorme e gigante linhagem, daí o termo evolução 
linear. 
Entretanto não foi isso que Darwin disse, ele falava claramente na genealogia, 
que hoje chamamos de filogenia. Nesse sentido uma espécie ancestraldá 
origem a duas descendentes, as duas dão origem a quatro, formando assim, a 
árvore filogenética. Muitos pesquisadores não entenderam a proposta 
darwiniana e a interpretação era de que fósseis da linhagem humana se 
encaixariam em uma única linhagem desde o ancestral comum com os 
chipanzés, até os humanos modernos. Foi apenas na década de 70 que ficou 
claro que mais de uma espécie de hominídeo já tinham habitado o planeta ao 
mesmo tempo. Esse conjunto de fósseis nos dá o cenário, com muitos 
detalhes, de como aconteceu a nossa história. 
Durante a nossa história o nosso cérebro mais que triplicou de tamanho, 
deixamos as árvores e assumimos a postura bipedal. O hábito bipedal se 
contrapõe ao hábito quadrúpede e está relacionado a como se dá a locomoção 
no ambiente terrestre. Um hábito terrestre se contrapõe a um hábito arborícola 
ou a um aéreo, que estão relacionados ao ambiente em que a espécie vive a 
maior parte do tempo. Características do andar bipedal: O fêmur sai da bacia e 
se direciona na diagonal ao centro do corpo, dedão do pé voltado p/ frente, 
curvatura na sola do pé. 
Muitas adaptações surgiram nestes seis milhões de anos, nossos 
antepassados com tias adaptações tinham maiores chances de sobrevivência 
do que outros humanos. Um dos fósseis mais importantes da nossa linhagem é 
a Lucy, este é o nome do fóssil mais completo encontrado de Australopithecus 
afarensis. Lucy esclareceu muitas coisas. Datada de 3,2mlh de anos atrás, ela 
já tinha adaptações ao hábito bipedal, o que indica claramente que ala tinha 
esse hábito. Uma adaptação típica a esse hábito, é que, o fêmur do bipedal sai 
da bacia e se direciona não verticalmente, mas tem direção para baixo do 
centro do corpo. Foi através da expansão da savana que o hábito bipedal se 
desenvolveu. Nos períodos de seca as florestas diminuíam de extensão, 
diminuindo as chances de sobrevivência. A savana se expandia e as florestas 
se resumiam em ilhas pequenas e grandes, no meio da savana em expansão. 
Imagine-se em uma dessas ilhas com vários de sua espécie, uma maneira de 
você sair dessa ilha muito povoada para outra menos povoada seria passando 
pela terra, ou seja, atravessando a savana pelo chão. Como o continente foi 
progressivamente perdendo suas florestas, os cientistas acham que esses 
períodos cada vez maiores de seca foram um incentivo ao hábito bipedal. 
Adaptações do hábito bipedal: 
 A angulação do fêmur. 
 Dedões dos pés voltados para frente que funcionam como uma alavanca 
para o andar bipedal 
 Travar o joelho reto (Lucy não possuía) 
 Curvatura da sola do pé (Lucy não possuía) 
Vantagens do hábito bipedal: 
 O animal bipedal está mais alto, maior visão da savana. 
 Detectar predadores e alimentos mais facilmente. 
 Mãos livres para carregar filhotes, alimentos ou água. 
 Eficiência hídrica há um menor consumo de água, menor área de 
incidência solar, perto do chão é mais quente. 
A espécie Lucy não era a única que andava bipedalmente, muitas espécies 
tinham esse hábito há 3mlh de anos na África. Elas eram agrupadas em dois 
grandes grupos: A. robustos e A. gráceis (Lucy) 
Robustos – Passaram a se alimentar de raízes e tubérculos de consistência 
dura. Eram mais fortes, mais robustos. Molares potentes e maiores. Mais 
diferenças morfológicas entre machos e fêmeas. 
Gráceis (Lucy) – Passaram a se alimentar de carne, restos deixados por outros 
mamíferos. Passaram a usar ferramentas trabalhadas p/ quebrar os ossos e 
retirar o tutano. 
afarensis 
sediba Linhagem Australopithecus gráceis – Passam a se 
 alimentar de carne 
 
Australopitecus sediba – Mais recente que o A. afarensis. O cérebro é um 
pouco maior, cerca de 500cm3. Ancestral recente do gênero Homo. 
 
Encefalização. – Outro ponto importante em nossa história é a mudança no 
tamanho do cérebro. 
 O aumento do crânio se torna acentuado no mesmo momento em que 
passamos a nos alimentar de carne. 
Transformações no corpo. 
 Transformações acentuadas em todo o corpo quando passamos a nos 
alimentar de carne, a partir de ancestrais vegetarianos. 
 
Domínio do fogo. 
Diminuição da mandíbula – Alimentos cozidos se tornam macios. Há a 
diminuição da mandíbula e dos dentes. 
Aumento da energia disponível – O alimento cozido é mais calórico, mais 
energético, o que dava aos nossos ancestrais a vontade de atravessar 
continentes. 
O fogo permitiu a colonização em lugares mais frios. 
Hábito de viver em cavernas – Cavernas eram lugares disputados por todos 
pela sua proteção, com o fogo foi possível aos ancestrais morarem em 
cavernas sem serem atacados por predadores. Também aumentou a 
socialização. 
O domínio do fogo modificou para sempre a nossa vida, passamos a habitar 
cavernas e a atravessar continentes. 
Não temos uma ideia clara sobre quando os nossos antepassados dominaram 
o fogo, mas é bem provável que tenha sido antes do Homo erectus ter saído da 
África e ter ido para a China e Europa. 
 
A origem do Homo sapiens 
 
Homo erectus Homo sapiens 
 
 
Duas teorias sobre a origem do Homo sapiens: 
Multiregional – origem do Homo erectus é na África e ele se dispersa para a 
Europa e Ásia. A transição entre Homo erectus e Homo sapiens ocorreu 
globalmente, ao mesmo tempo. Explicado por eventos menores de migração e 
de trocas genéticas entre populações depois da migração inicial de Homo 
erectus. Os proponentes dessa teoria explicam que todos os Homo sapiens 
apresentam as mesmas características, pois nesse processo cada uma das 
características exclusivas do Homo sapiens eram passadas em outros lugares 
pela migração. 
Para fora da África – A origem do Homo erectus é na áfrica e a do Homo 
aspiens também. Essa teoria requer dois eventos de migraçãopara fora da 
áfrica. O 1º seria do homo erectus e o 2º do Homo sapiens. Neste cenário 
o Homo erectus continuou a acumular modificações que o tornariam 
Homo sapiens antes do 2º evento de migração. De acordo com essa 
teoria as populações de Homo erectus asiático e europeu foram extintas. 
 
Aula 14 
Não há um consenso sobre as duas teorias da origem do Homo sapiens. 
 Dados morfológicos são mais compatíveis com a teoria Multiregional. 
 Dados moleculares dão um forte e consistente suporte à teoria Para 
fora da África. Por exemplo, a diversidade genética africana é maior que 
a diversidade genética fora desse continente somada. 
Há evidências contundentes de que não houve apenas uma migração 
para fora da África. Pois Homo sapiens não era a única espécie do 
gênero Homo habitando nosso planeta nos últimos milênios. Outras 
espécies como neanderthalensis e floresiensis também se extinguiram 
recentemente. Houve uma época em que o planeta era povoado por uma 
diversidade de espécies de Homo, que conviviam, competiam 
disputavam e trocavam recursos para a sua subsistência. 
Naledi – Viveu até cerca de 200mil anos na África. Seu esqueleto indica 
ser da espécie Homo. O cérebro se encaixa na transição Australoptecus 
sediba. Entretanto a data de 200mil anos é muito mais recente do que de 
outros fósseis de crânio do mesmo tamanho que viveram há 2mlh de 
anos. Acredita-se que essa espécie tenha sofrido poucas transformações 
ao longo do processo evolutivo. Exemplo de que a evolução não é linear. 
 
 
Os Hobbits 
 Homo florensiensis – Habitava a ilha de Flores na Indonésia. Como os 
hobbits, os Homo floresiensis eram pequeninos, cerca de 1m de altura e 
um crânio de 400cm3, chegou há 100 – 200mil anos a trás e 
desapareceu há 50 mil anos. 
 Tinham ferramentas muito modernas, muitomais modernas do que 
estamos acostumados a encontrar em ancestrais com esse tamanho de 
crânio. Esse registro de tempo é anterior à chegada do Homo sapiens, 
não há como eles terem copiado as ferramentas deles. 
 Outros fósseis mais recentes indicam que os Hobbits pode ter chegado 
há mais tempo, há cerca de 700mil anos atrás e talvez sejam os últimos 
sobreviventes da linhagem Homo erectus(crânio 1000cm3) que migrou 
para a Ásia e se extinguiu há 50 mil anos. 
 
Muitas espécies de Homo: os Neandertais. 
Os Homo neanderthalensis tinham um cérebro grande, viviam em 
cavernas e eram caçadores de sucesso que viveram na Europa e na 
Eurásia. Seus registros fósseis datam de 100 mil anos e o seu 
desaparecimento data de 25 mil anos atrás. Os Neandertais tinham um 
nariz longo e fino, que é uma característica exclusiva da espécie. Esse 
formato apresenta uma adaptação ao clima frio europeu,isso é uma 
característica vantajosa, pois ele diminui a quantidade de ar inalada que 
deve ser aquecida, por outro lado o comprimento longo do nariz facilita o 
aquecimento do ar frio antes dele entrar em contato com o interior do 
corpo. Outro ponto interessante sobre essa espécie é que alguns foram 
enterrados com seus objetos. 
Cientistas conseguiram extrair o DNA e sequenciar o genoma 
mitocondrial Neandertal. Nesse trabalho os cientistas mostraram que os 
neandertais e os sapiens tem um ancestral comum que viveu há cerca de 
600mil. Esse ancestral é denominado Homo heidelbergensis, já tinha 
cérebro grande, pois sapiens e Neandertais compartilham essa 
característica. Então parte de heidelbergensis que já tinha adquirido esta 
e outras características comuns migrou saindo da África e, fora desse 
continente, se separou em Neandertais(Europa) e denisovans(Ásia). 
Outro grupo de heidelbergensis ficou na África e continuou acumulando 
adaptações ao clima quente, e se tornou o que chamamos de Homo 
sapiens. 
A espécie sapiens se espalhou por toodo o mundo, como seu ancestral 
Homo erectus já tinha feito há mais de um mlh de anos atrás.O 
sequenciamento do genoma nuclear de neamdertalensis conseguiu 
detalhar como aconteceu a dispersão de Homo sapiens, analisando o 
genoma do Neandertal, Svante Pääbo e seus colegas descobriram que, 
apesar da árvore filogenética mostrar o Homo sapiens junto como um 
grupo irmão dos Neandertais, um detalhe mudava tudo. A equipe 
mostrou que os Neandertais têm mais em comum com os sapiens não 
africanos, do que com sapiens africanos. Eles concluíram que sapiens, 
ao sair da África, se encontrou com neandertais e houve algum 
cruzamento entre os dois grupos, mas não uma mistura total. 
 
Muitas espécies de Homo: os sapiens 
Em nossa história recente já tivemos uma lista enorme de características 
exclusivas de humanos: o uso e fabricação de ferramentas, a capacidade 
de resolver problemas, uso do fogo, a cultura, a linguagem etc. 
Entretanto quando começamos a estudar outras espécies com mais 
detalhes, percebemos que a lista de características exclusivas humanas 
vai encolhendo cada vez mais. Por exemplo, quando comparamos os 
genomas de Homo sapiens e Homo neanderthalensis, a porcentagem de 
diferença é de apenas 0,16%. Dessa forma não é de se estranhar que a 
morfologia entre eles seja ao semelhante, ao ponto de já terem sido 
considerados como uma única espécie. Os neandertais são mais 
robustos, mais baixinhos, e têm cérebro um pouco maior. Outras 
diferenças estão na estrutura interna do nariz e a presença de queixo 
protuberante em Homo sapiens os distinguem de neanderthalensis. Aliás 
essa é uma característica exclusiva humana: a presença desse queixo 
protuberante. Apesar das semelhanças morfológicas, quando analisamos 
costumes das duas espécies as diferenças são mais marcantes. Por 
exemplo, Homo sapiens exercia seus dotes de pinturas nas cavernas por 
onde morava, apresentavam adereços como colares e objetos sem 
nenhuma utilidade a não ser ornamental. Esculturas misturando partes 
humanas e de animais e flautas são encontradas em sítios arqueológicos 
de homo sapiens há 60 e há 40 mil anos respectivamente, o que 
sugerem uma nova dimensão de pensamento complexo. 
Por outro lado, os homo neanderthalensis enterravam seus mortos, como 
sapiens, mas tinham as paredes das cavernas limpas, sem pinturas, 
sítios sem objetos ornamentais, pelo menos na grande maioria das 
vezes. Isso tem um significado importante sobre a comunicação das 
duas espécies, como não temos nenhum meio de saber se Lucy, homo 
erectus ou qualquer outra espécie ancestral falava ou não, o fato dos 
neandertais não pintarem em cavernas, certamente já indica uma menor 
tendência para a comunicação do grupo. 
Uma segunda diferença marcante entre neandertais e humanos é o fato 
de que neandertais usavam utensílios construídos com material que 
havia nas cercanias das cavernas que habitavam. Isso significa que não 
havia uma rede de comunicação e troca entre grupos neandertais, na 
verdade estudos mostraram que muitos dos utensílios de 
neanderthalensis foram copiados ou trocados com grupos de sapiens. 
Em Homo sapiens não era assim. Foram encontrados sítios 
arqueológicos de Homo sapiens com utensílios cujas reservas do 
material usado para fazê-los estava há milhares de quilômetros, ou seja, 
claramente existia uma rede de troca e de comunicação em sapiens. 
 
As revoluções: 
O historiador Yuval Harari sugere que houve quartro grandes revoluções 
em sapiens que determinaram o domínio sobre o planeta e a mudança 
radical do modo de vida. 
 A 1ª grande revolução foi a cognitiva, há 60 mil anos atrás – A 
saída de sapiens da África não deve ter sido simples para os 
neandertais, os denisovans e para os floresiensis. Não há como 
descartar a possibilidade de que a causa da extinção dessas 
espécies de Homo se deu pela saída do sapiens da África. Afinal 
estávamos todos competindo pelas mesmas cavernas, pelos 
mesmos matérias para fazer ferramentas, pelos mesmos 
alimentos. A megafauna mundial também sofreu consequências de 
nossa expansão. Os maiores mamíferos das Américas e da 
Austrália se extinguiram depois da chegada de Homo sapiens 
naquelas terras. 
 Há 12 mil anos atrás outra revolução estava prestes a acontecer 
quando conseguimos “fabricar” comida plantando sementes e 
colhendo seus frutos. Comida ficou mais fácil de se conseguir era 
só esperar. Além disso mudamos o nosso hábito de caçadores 
coletores para sedentários, pois a partir daí podíamos ter um lugar 
fixo para viver. Esse lugar fixo permitiu termos mais filhos, pois não 
era necessário esperar o mais velho ficar maior e conseguir 
caminhar sozinho, antes de ter o outro, os filhos podiam nascer um 
após o outro, o que claramente está associado à adaptação. Com 
mais filhos tinha-se mais mão de obra para a lavoura. A taxa 
populacional aumentou vertiginosamente. Problemas ocorreram 
com essa mudança, o hábito sedentário aumentou a chance de 
passarmos fome, se a colheita fosse perdida por qualquer motivo, 
não havia o que comer, ninguém se dedicava mais à caça, tais 
habilidades foram perdidas. Esse há´bito diminuiu nossas 
condições de higiene, resultando em mortes por doenças. 
 A terceira revolução foi a científica que ocorreu há 500 anos e foi 
a descoberta do: “Eu não sei, mas posso descobrir”. A descoberta 
mais importante dessa revolução foia descoberta da ignorância, ou 
seja, “existem poderes desconhecidos que podem ser 
descobertos”. Assim, mediante observação e uma metodologia 
sistemática (método científico), podemos alcançar novos poderes, 
novas previsões sobre o mundo natural. Com a revolução científica 
ficou claro que não sabemos tudo sobre nada,sabemos pouco 
sobre pouca coisa e que tudo oque sabemos é temporário e tudo 
pode mudar. 
 A quarta revolução foia revolução industrial que é a mudança de 
trabalho. Antes da revolução industrial toda a força, todo o trabalho 
tinha fonte humana ou fonte animal. Depois da invenção da 
máquina a vapor as máquinas passaram a fazer a grande maior 
parte do esforço, pelo menos nos países ricos. 
 
A sobrevivência do mais adaptável. 
Claramente a linguagem complexa é a parte estruturante dessas revoluções e 
das mudanças sociais que aconteceram nos últimos milhares de anos. 
Vivemos num período geológico chamado Holoceno, mas devido à influência 
enorme dos seres humanos no planeta, alguns pesquisadores chamam esse 
novo período de Antropoceno. A curiosidade de descobrir coisas novas está 
conosco desde que o primeiro ancestral vegetariano experimentou carne, 
desde que o outro, mesmo com medo, se aproximou do fogo e viu que era 
possível dominá-lo e também aquele que plantou a primeira semente que 
cresceu em uma plantinha. 
Apesar de claros aumentos na qualidade e na expectativa de vida dos 
humanos, estamos vivendo também as consequências da superpopulação 
humana a fome é uma delas. A falta de tratamento de esgoto e a falta de água 
potável são a maior causa de mortalidade infantil e de doenças que podem ser 
prevenidas no mundo. Outro problema sério é a produção de lixo. As indústrias 
tendem a despejar no mercado um produto de baixa qualidade e baixo custo, 
mas a durabilidade deste produto é pouquíssima e em pouco tempo o mesmo é 
descartado para se obter outro e outro e assim sucessivamente. Outro aspecto 
que gera lixo em proporções nunca vistas é que as embalagens, o plástico e o 
vidro, ficaram perigosamente baratos. E não há onde jogar isso, não tem como 
jogar fora, onde é “FORA” se toda a vez que jogamos fora estamos jogando em 
nosso próprio planeta? Não somos apenas a espécie que faz mal ao nosso 
planeta, somos também a espécie que é capaz de mudar o próprio destino. 
Mudanças em nossos hábitos já fazem grandes diferenças: Empreste e peça 
emprestado ao invés de comprar um produto novo. Compre produtos de melhor 
qualidade para diminuir o lixo do planeta. Cabe a nós decidirmos qual será o 
planeta que vamos deixar para gerações posteriores.

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