Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS Resumo: Aula 1 – Biodiversidade e o cotidiano Biodiversidade é o mesmo que diversidade biológica. A utilização deste termo, compreende necessariamente a consideração de fatores como tempo e espaço. Os sistemas biológicos diferem dos demais pela capacidade de auto replicação. A auto replicação ocorre através da duplicação do DNA com auxílio de proteínas (enzimas). Herdabilidade é a capacidade dos sistemas biológicos de passar informação gênica idêntica através de suas gerações. A molécula de DNA é o principal componente dos cromossomos. É constituída por nucleotídeos de quatro tipos: ADENINA, TIMINA, GUANINA e CITOSINA. Cromossomo é a unidade morfológica e fisiológica que contém a informação genética. O arranjo dos nucleotídeos determina os tipos de genes e por consequência as proteínas das células e as características dos indivíduos. A replicação biológica é suscetível de erros, sendo o mesmo conhecido como mutação. Quando a mutação é vantajosa é adaptada pelo organismo. A maior parte das mutações são deletérias, ou seja, prejudiciais ao organismo. Os sistemas biológicos são semiabertos, permitindo assim fluxo de matéria e troca energética, tendo como fronteira a membrana celular no caso das bactérias e a pele no caso dos humanos. 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS Resumo: Aula 2 – História do pensamento evolutivo A análise comparativa é uma das principais técnicas quando se estuda como foi adquirida as linhagens evolutivas ao longo do tempo. Como o próprio nome diz, a análise comparativa baseia-se na comparação dos organismos para formar subgrupos e assim sucessivamente. A identificação de similaridades em indivíduos morfologicamente muito diferentes, como por exemplo, plantas e animais é muito mais complicada, sendo necessário a utilização de técnicas avançadas de microscopia no campo da Biologia Molecular. Evolução biológica pode ser definida como mudança das características dos organismos ao longo do tempo. Em Biologia Evolutiva, o termo padrões, tem a seguinte definição: "Aquilo que serve de base ou norma para avaliação". Na evolução, as forças evolutivas (mutação, seleção natural, acaso e migração), atuam sobre os padrões gerando novos padrões. Também em Biologia Evolutiva, o termo processos, é definido como uma "sucessão de estados ou mudanças". Por terem caráter histórico, os processos não são observados diretamente, e sim inferidos dos padrões de biodiversidade existentes. Evolução neutra (por meio do acaso) ou adaptativa (por meio da seleção natural), e especiação são processos causadores de padrões observados. Os seres vivos são classificados em sistemas hierárquicos baseado em suas similaridades (Taxonomia), tendo este sistema sido proposto por Lineu com identificação binominal, ou seja, o nome científico. Lineu era fixista, no entanto, ao longo de suas pesquisas, ficou intrigado com a similaridade entre plantas que apresentavam poucas características diferentes. Desta forma, posteriormente, sugeriu que as espécies poderiam se transformar em outras. Começando assim, a surgir as primeiras ideias de evolução, embora não acreditasse que grandes diferenças pudessem ser explicadas pela evolução. No século 19, Lamarck foi o primeiro a tentar explicar como as espécies se modificavam ao longo do tempo. A teoria de Lamarck previa que as espécies "Melhorariam" pela evolução, com objetivo de se adaptar ao meio ambiente. Atualmente o termo "evolução" caracteriza qualquer modificação em espécies ou populações, tanto para melhor ou pior. Sua teoria baseava-se ainda no uso e desuso ou, herança de caracteres adquiridos, que hoje sabe-se que não procede. Meio século após a teoria de Lamarck, Darwin publica o livro A Origem das Espécies, em 1859. O ponto central da teoria de Darwin foi introduzir a ideia de seleção natural como mecanismo para explicar a evolução das espécies. Para Darwin, a variabilidade era fruto do acaso, porém, através da seleção natural a natureza "escolhia" os organismos com melhores características de sobrevivência. As ideias de Darwin tiveram influências de dois grandes nomes da época, Charles Lyell com sua obra Princípios da Geologia e Thomas Malthus com Ensaios sobre Princípios da População. O livro de Lyell teve forte influência nas ideias de Darwin, pois nele, a teoria do uniformitarismo preconizava que as mudanças na natureza eram graduais, e que os processos que governam o presente eram os mesmos do passado. As ideias básicas do uniformitarismo são: 1. As leis naturais são constantes (uniformes) no espaço e no tempo; 2 2. Os processos que operam agora para moldar a superfície da Terra devem ser invocados para explicar os acontecimentos do passado; 3. As mudanças geológicas são lentas, graduais e constantes e não cataclísmicas; 4. A Terra tem sido fundamentalmente a mesma desde sua formação. Contrariando a ideia do catastrofismo que até então prevalecia. Em seu livro, Malthus pontuava que se a população humana não fosse controlada, iria aumentar desproporcionalmente provocando a escassez de recursos alimentares. Darwin lincou esta ideia aplicando as demais espécies. Após longo trabalho, propôs que as populações naturais são variáveis em suas características físicas e morfológicas geradas aleatoriamente. Entretanto, como o número de filhotes é maior do que aquele que poderia sobreviver, os sobreviventes passam suas características para seus descendentes, sendo mantidas as melhores características nas espécies e populações. Com os trabalhos de George Mendel com as ervilhas, a teoria evolutiva ganhou base sólida. Em seu trabalho, ele observou que algumas características eram sempre observadas em todas as gerações, enquanto outras não. Despareciam em algumas gerações e reapareciam em outras. Sendo as primeiras características consideradas dominantes, enquanto as segundas recessivas. Todo indivíduo de reprodução sexuada recebe dois Alelos para uma determinada característica, sendo um do pai e outro da mãe. Quando os dois alelos são idênticos, o indivíduo é denominado homozigoto, quando são diferentes, é denominado heterozigoto para a respectiva característica. Fenótipo é a aparência do indivíduo, como por exemplo a cor do cabelo, da pele e etc. Genótipo são os alelos que ele carrega. Exemplo: (AA, AB, BC etc.). Quando homozigoto possuirá dois alelos iguais (AA, BB, CC. Quando heterozigoto os alelos serão diferentes (AB, AC, etc.) O alelo é dominante quando sua presença no heterozigoto garante o fenótipo dominante. Um indivíduo heterozigoto com um alelo dominante e um recessivo (Aa), expressa sempre o fenótipo dominante. Ou seja, a característica a ser expressada será a do (A -azão) do par (Aa - Azão-azinho). Em 1930 alguns geneticistas mesclaram as ideias de Mendel e Darwin e desenvolveram a Teoria Sintética da Evolução. No estudo evolutivo, uma questão primordial é a variabilidade. Em uma população, observamos que os indivíduos não são idênticos, muito pelo contrário, o normal é a variabilidade. Esta variabilidade pode ter duas origens: genética (de genótipo) e ambiental (de fenótipo). Apenas a variabilidade com origem genética é passada de pai para filhos (contrariamente ao que pressupunha Lamarck). Todas as características de uma espécie foram originadas de um indivíduo de uma população e estas foram repassadas ao longo das gerações. Resultado que a variabilidade genética em populações naturais constitui a origem de toda diversidade entre espécies.1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS Resumo: Aula 3 – Filogenia A Biologia Evolutiva busca compreender o presente estudando o passado. Ernst Mayr dividi a Biologia em duas partes: Biologia funcional: estudo das funções e processos envolvendo os organismos, como: respiração, voo, reprodução e etc. Biologia evolutiva: lida com as causas históricas responsável pela evolução das partes de um organismo. Especiação: processo causador de diferenciação entre espécies e transformação de espécie ancestral em duas espécies descendentes. Todas as espécies do planeta são aparentadas e se relacionam na sua história filogenética. Isolamento geográfico resulta na especiação alopátrica. Especiação alopátrica é o processo pelo qual populações localizadas em locais distintos geram espécies distintas. Especiação simpátrica é o processo pelo qual duas populações que habitam o mesmo locam se tornam espécies distintas. A mutação é provocada por erro da enzima DNA polimerase. Mutações neutras é sinônimo de deriva gênica, que podem aumentar ou diminuir a frequência genica de genes neutros. A árvore filogenética é uma representação gráfica das relações evolutivas entre espécies, apresentando informações em duas dimensões. A análise comparativa é a principal fermenta para construção de filogenias. Alguns métodos de análise filogenética são: morfologia, citologia e genética molecular e etc. A palavra espécie deriva do latim e significa tipo ou aparência. Espécies representam unidades observáveis na natureza num dado momento. Ou seja, são as unidades da diversidade ad natureza. O conceito de espécie deve ser universal e coerente, de forma a delimitar as diversas formas de espécies, no qual os limites de cada espécie traduzam algo relevante sobre sua própria biologia. No entanto, existem hoje mais de vinte conceitos propostos, vindo a provar a complexidade do termo. Para Ernst Mayr, espécies são grupos intercruzantes ou potencialmente intercruzantes de populações naturais reprodutivamente isolados de grupos semelhantes. Cruzamento com prole fértil é sinal de que os indivíduos pertencem a mesma espécie. Se a prole é infértil, denota que as espécies que a geraram são diferentes. O conceito biológico enfoca uma característica básica que diferencia o nível espécie de outros níveis taxonômicos, o cruzamento. Espécies crípticas são indistinguíveis morfologicamente. Conceitualmente no curso, espécies diferentes será sinônimo de unidades evolutivas diferentes. Análise comparativa Características da espécie ancestral comum: a. Material genético: DNA b. Catálise de reações químicas realizada por enzimas (proteínas). c. DNA sintetizado através de molde das cadeias de DNA com mesmo código genético. 2 d. Duplicação do DNA originando descendentes idênticos (herdabilidade). e. Replicação passível de erros (mutações). A alternativa mais simples alternativa para explicar as características complexas em diversas espécies é a história compartilhada dos organismos É mais comum pensar que uma característica complexa (como a por exemplo a coluna vertebral) tenha sido originada em uma espécie sendo posteriormente repassada para outras espécies a pensar que espécies diferentes que possuem a respectiva característica a tenham desenvolvido independentemente. Homologia Os termos homologias e analogias foram cunhadas por Richard Owen. As características homólogas são fruto da história evolutiva em comum dos organismos. As similaridades com características homólogas se devem a aquisão de um ancestral comum, como por exemplo as asas das aves, as mamas dos mamíferos e etc. As similaridades com características análogas se devem a características adquiridas através de processos de convergência evolutiva. Apesar de terem uma mesma função, são morfologicamente distintas, como por exemplo as asas de pássaros e de morcegos. 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS Resumo: Aula 4 – Taxonomia A taxonomia é a ciência que descreve e classifica os organismos em grupos taxonômicos. Surgiu no século XVII com Lineu, criando um sistema hierárquico binominal. Sistema de classificação é o conjunto de regras seguidas pelos taxonomistas para classificar os organismos. A identificação binominal em latim, ou seja, o nome cientifico, começa com o nome do gênero em letra maiúscula e a segunda parte com o nome da espécie em letra minúscula, ambas em itálico. A hierarquia dos níveis de classificação são: Domínios Reinos Filos Classes Ordens Famílias Gêneros Espécies 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS Resumo: Aula 5 – Seleção natural O processo que seleciona as características vantajosas dos indivíduos chama-se seleção natural. A seleção natural pode agir em caracteres morfológicos, anatômicos, fisiológico ou bioquímicos. A seleção natural só atua com características herdadas geneticamente. Seleção natural pode ser considerada a sobrevivência dos indivíduos que tem determinadas características mais apropriadas ao local e ao momento em que eles vivem. O sucesso evolutivo de um determinado organismo é medido exclusivamente pelo número de filhotes que ele deixa para próxima geração, ou seja, com o número de genes que ele contribui para a próxima geração. Assim sendo, o sucesso evolutivo está ligado diretamente ao sucesso reprodutivo. A seleção natural ocorre sobre indivíduos, e incide sobre o fenótipo dos mesmos e não sobre os genótipos. A seleção natural atua sobre as características expressas do organismo. Assim sendo, um indivíduo heterozigoto para uma determinada característica deletéria, pode possui um gene recessivo "escondido" da seleção natural. Para a seleção natural atuar é necessário a existência de variabilidade de formas vantajosas e desvantajosas (deletérias) na população. A mutação e aleatória, mas a seleção natural vai determinar os sobreviventes da população. A triagem da seleção não é aleatória. As mutações podem ser vantajosas ou deletérias. A seleção natural vai escolher os indivíduos com características vantajosas. Adaptação é uma estrutura ou uma função alterada que promove um aumento na probabilidade de sobrevivência do organismo que a possui. A adaptação é uma consequência da seleção natural. 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS Resumo: Aula 6 – Introdução às macromoléculas Proteínas Proteínas são cadeias longas de aminoácidos. Existem vários tipos de proteínas de acordo com sua função, por exemplo: estruturais, transportadoras, catalisadoras, etc. As proteínas catalisadoras são chamadas de enzimas. Uma proteína é composta por uma ou mais cadeia linear de aminoácidos, ligadas por ligações peptídicas. A estrutura básica de um aminoácido é composta por: um átomo de carbono alfa, um grupo amino (NH2), um grupo carboxila (COOH), um átomo de hidrogênio e um radical. O radical é quem diferencia os aminoácidos. De acordo com sua composição torna o aminoácido básico ou ácido. Ácido nucleico Ácidos nucleicos são cadeias longas de nucleotídeos. Os ácidos nucleicos são responsáveis pela transmissão da informação genética, são responsáveis pela herdabilidade. Existem dois tipos básicos: o ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA).Ambos têm funções diferentes. As fitas do DNA são ligadas por pontes de hidrogênio, e são chamadas de pareamento de bases. A ligação AT é feita por duas pontes. Já a CG é feita por três pontes, por isso é conhecido como a ligação forte do DNA. Nucleotídeos O DNA tem a desoxirribose como açúcar, enquanto o RNA tem a ribose. 1ª diferença estrutural: a desoxirribose possui um hidrogênio em seu carbono 2, enquanto a ribose possui uma hidroxila (OH). 2ª diferença estrutural: o DNA possui as bases nitrogenadas adenina (A), citosina (C), guanina (G) e timina (T). A base do RNA é a uracila (U). Cada nucleotídeo contém um açúcar, um grupamento fosfato e uma base nitrogenada. Base purinas: A e G com dois anéis de carbono Bases pirimidinas: C e T ou U no RNA com um anel de carbono. A largura da dupla hélice é constante porque uma base purina sempre se liga a uma base pirimidina. Replicação do DNA A sobrevivência da célula e de seus descendentes ocorre através dos processos de duplicação e transcrição. A replicação ocorre antes da divisão celular dando origem a duas células idênticas. A replicação se dá de forma conservativa, pois uma fita é utilizada como molde pela enzima DNA polimerase. Outras enzimas atuam na duplicação como a DNA-girase, DNA-helicase e DNA-ligase. 2 Mutações As mutações são fruto de um erro da enzima DNA-polimerase, gerando a variabilidade genética em células germinativas. No entanto, a mutação em células somáticas não tem consequências evolutivas. Algumas mutações são letais. Síntese de proteínas O processo de transcrição é parecido com o processo de duplicação. Neste processo três tipos de RNA podem ser produzidos: RNA-mensageiro, RNA-transportador e o RNA- ribossomal A transcrição do DNA em RNA ocorre no núcleo da célula, porém a síntese de proteínas ocorre no citoplasma. 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS Resumo: Aula 7 – Origem das macromoléculas A propriedade que une todos os seres vivos é a capacidade de reprodução. Neste processo de reprodução ocorrem erros de duplicação (mutabilidade) que contribuem para a diversidade. A definição de vida envolve três propriedades do sistema biológico: reprodutibilidade, herdabilidade e mutabilidade. A ideia da geração espontânea foi abolida após os experimentos de Louis Pasteur. A habilidade de planar e voar pode ser considerada adaptativa. Macromoléculas (proteínas e ácidos nucleicos). O oxigênio tem a propriedade de roubar átomos de hidrogênio de compostos orgânicos, transformando- os em CO2 e H2O. Com isso, ele impede ou dificulta as reações químicas de polimerização. Apenas átomos de carbono podem se agrupar em anéis e cadeias e se ligar a outros átomos de carbono, formando compostos orgânicos. O carbono da Terra primitiva teve origem de gases do interior de planeta e de meteoroides e cometas que bombardeara o globo em formação. O elemento silício é o único comparável ao carbono. Também possui quatro elétrons em sua camada externa e pode se ligar a outros átomos de silício. No entanto, suas ligações são menos estáveis. No início dos anos 50 Stanley Miller desenhou um experimento para testar a hipótese de Oparin e Haldan, conhecida por sopa primordial. A hipótese era que a partir de compostos simples e energia, compostos orgânicos poderiam ser formados espontaneamente. Com este experimento descobriu-se que 13 dos 20 aminoácidos necessário à vida podem ser formados espontaneamente. Os aminoácidos são oticamente ativos e cada um deles possuem duas formas: D-glicina e L-Glicina. Todos os constituintes de aminoácidos dos serem vivos são de L-Glicina, mas ainda hoje não se sabe porquê. Outros experimentos semelhantes ao de Miller comprovaram a formação de adenina a partir de cianeto. A argila é um componente inorgânico fundamental no processo de polimerização, contribuindo para aumentar o tamanho e a complexidade de moléculas orgânicas, como proteínas e ácidos nucleicos. 2 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS Resumo: Aula 8 – Origem da vida Os ácidos nucleicos necessitam de proteínas para se replicarem e os aminoácidos que compõem as proteínas necessitam dos ácidos nucleicos para serem sintetizados. Com isso surge um dilema, quem surgiu primeiro os ácidos nucléicos ou as proteínas? Para tentar responder esta dúvida, em 1960 vários pesquisadores lançaram uma teoria chamada "Mundo do RNA". Hipoteticamente eles imaginaram um cenário onde essa primeira molécula acumularia tanto funções carreadoras (como os ácidos nucleicos), como de catalisadora de reações (proteínas). Acredita-se que essa molécula seja o RNA. Evidências que sugerem que o RNA surgiu primeiro: 1. Possui diversidade de funções celulares 2. Atua nos processos celulares mais antigos. 3. A ribose presente no RNA pode ser formada espontaneamente a partir da polimerização do formaldeído. 4. Pode servir de material hereditário (Ex: vírus de RNA). 5. O DNA por ser mais estável que o RNA provavelmente surgiu depois do RNA favorecido pela seleção natural. 6. O RNA possui atividades catalíticas. Síntese de proteínas Acredita-se que o acoplamento de aminoácidos específicos a segmentes de RNA ocorreu princípio através da associação dos aminoácidos coma as ribozimas, funcionando estas como um co-fator auxiliar nas reações de metabolismo. Esta associação dos aminoácidos com ribozimas primitivas podem ter evoluído para um estado intermediário, chegando gradualmente nas proteínas atuais. 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS Resumo: Aula 9 – Primeiros organismos LUCA é a abreviatura do último ancestral comum a todos seres vivos e que era unicelular. A linguagem universal de toda diversidade biológica é o código genético. A insulina que hoje é utilizada em tratamento de diabéticos é produzida por bactérias a partir de um gene humano. Isso é possível devido a identidade genética. Acredita-se que os primeiros organismos foram unicelulares por serem mais simples. Não possuindo diferenciação, comunicação, nem cooperação entre células e tecidos. Para explicar o desenvolvimento de um ser como o Luca, é necessário partir da formação do primeiro sistema fechado, ou seja, sua protocélula. E para isso ocorrer houve o aparecimento de uma membrana periférica delimitando o interior e exterior do indivíduo. Tomando como exemplo uma bactéria, pode-se inferir quais os elementos básicos necessários para um organismo funcionar. Estes elementos seriam: a. Membrana celular semipermeável. b. Material genético. c. Proteínas e enzimas. Moléculas de RNA e proteínas sem uma proteção (membrana) em um oceano teriam menos chances de sobreviver em um oceano primitivo. Ao surgir um sistema fechado, esse poderia ser selecionado naturalmente, sendo este a protocélula. Uma protocélula seria um sistema delimitado contendo em seu interior macromoléculas com capacidade de catálise (proteínas) e auto replicação (RNA), além de absorver matéria prima do meio externo e convertendo em energia para suas atividades. Membrana celular O surgimento desta membrana permite a cooperação entre as moléculas no interior da protocélula, sendo crucial em sua evolução. Acredita-se que a formação dos compostos lipídicos que compuseram a membrana da protocélula tenha ocorrido através de reações na argila. Haja visto a mesma funcionarcomo uma fábrica que transforma moléculas simples em complexas, podendo ter ocorrido o mesmo com os ácidos graxos. Cromossomos O arranjo de genes em cromossomos serviu para garantir que os mesmos fossem passados para os descendentes quando da duplicação. Os genes ligados apresentam duas vantagens se compara a genes soltos, que são: 1. Duplicação imediata de todos os genes. 2. A célula parental garante o recebimento uma cópia de cada um dos genes aos descendentes. Energia A obtenção de energia por organismos heterotróficos ocorre através da alimente de três formas: 1. Animais. (Carnívoros) 2. Plantas. (Herbívoros) 3. Organismos ou produtos em decomposição. (Decompositores) Os seres humanos são onívoros. Os heterótrofos dependem de moléculas orgânicas pré-formadas por possuírem capacidade de produzi- las como os autótrofos. 2 A obtenção de energia para funcionamento das células nos organismos heterótrofos é feita através da quebra da molécula de glicose (da alimentação) com auxílio do oxigênio (da respiração). Desta quebra resulta a liberação de dióxido de carbono e produção de água para a célula. (C6H12O6 + 6O2 = 6CO2 + 6H2O+ energia) Nos autótrofos ou fotossintéticos, a obtenção de energia ocorre pelo processo de fotossíntese. De forma resumida, o processo funciona com a absorção dos raios solares por pigmentos presentes principalmente nas folhas das plantas, sendo a clorofila o mais conhecido. A energia absorvida mais a união de CO2 e H2O formará uma molécula de glicose e liberará uma de oxigênio. (6 CO2 + 12 H2O + energia solar = C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O). Por ter havido pouco ou nenhum oxigênio na Terra primitiva, os organismos não poderiam ter sido heterotróficos. No entanto, a fotossíntese também possivelmente não foi possível devido à complexidade de pigmentos de difícil síntese. Não sendo possível estas duas possibilidades, acredita-se que os primeiros organismos obtinham energia através da quimiossíntese, como as arqueobactérias atuais. Estima-se através de datação com carbono 14 que a vida na terra tenha surgido há 3,85 bilhões de anos. 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS Resumo: Aula 10 – Diversidade de procariontes Domínios Até 1990 a vida era dividida em cinco grandes grupos: monera, protista, animalia, fungi, plantae. O nível hierárquico Domínio é o mais abrangente e o mais recente, tendo sido proposto por Carl Woese em 1990. O nível hierárquico Domínio divide as formas de vida em três grupos - (Eukarya, Archea e Bacteria). Dentro destes três estão contidos 4 reinos (Protista, Fungi, Animalia e Plantae). Procariontes As bactérias são organismos procariontes que possuem grande sucesso evolutivo, devido a capacidade de entrarem em dormência e também pela grande diversidade metabólica, obtendo energia de várias formas. Com isso podem ser encontrados nos mais diversos ambientes. Desde as profundezas oceânicas ao trato digestivo de animais. A simplicidade morfológica é uma dificuldade no estudo dos procariontes. Os procariontes podem ser classificados em três grupos baseados em sua relação com o oxigênio: Aeróbicos: requerem oxigênio. Anaeróbicos: não requerem. Anaeróbicos facultativos: vivem com ou sem oxigênio. Os procariontes podem ser classificados também quanto as suas formas de obter energia. Além de obter energia de forma heterótrofa e autótrofa também podem obter das formas abaixo: Metanogênicos: produzem metano Fermentadores: quebram compostos orgânicos. Redutores de sulfato: reduzem moléculas de sulfato. Outras diversas, que usam por exemplo enxofre, nitrogênio, oxidam metais e etc. Archea x Bacteria x Eukaria A classificação mais aceta hoje é a de Carl Whoese. Nela os procariontes estão em dois grandes grupos, arqueas e bactérias. Filogeneticamente as arqueobactérias estão mais próximas dos eucariontes que das bactérias. Os caracteres morfológicos dos três organismos são muito parecidos e por isso não se pode distinguir homologias. As relações de proximidade são baseadas na análise do RNA-ribossomal, onde se verifica maior proximidade entre arqueas e eucariontes. Acredita-se que as arqueas e as bactérias preservaram características procarióticas originais, enquanto uma linhagem eucariótica se transformou e se diversificou morfologicamente enormemente. Arqueas São classificadas em três subgrupo de acordo com a forma de obtenção de energia e ambiente em que vivem: Metanogênicas: organismos anaeróbicos, que utilizam hidrogênio para reduzir dióxido de carbono em metano. Vivem pântanos com baixos níveis de oxigênio. Também estão presentes no trato intestinal de alguns animais, auxiliando na digestão de celulose. Halófitas: organismos aeróbicos heterotróficos. Encontrados em ambientes extremamente salinos como o Mar Morto ou o Grande Lago Salgado. 2 Termoacidófilas: sobrevivem em ambientes com temperaturas altas e pH ácido. Alguns destes organismos não conseguem se reproduzir caso a mesma esteja abaixo de 80ºC. Estes organismos são basais na árvore filogenética devido ao clima da terra primitiva. 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: DIVERSIDADE DOS SERES VIVOS Resumo: Aula 11 – Diversidade de bactérias Formato de bactérias Existem bactérias com diversos formatos como: espirais, bastão e cocos. As formas mais comuns de bactérias são as de bacilo-bastão como a Escherichia coli, Lactobacillus spp e Bacillus antracis. A importância econômica das bactérias As bactérias do gênero Rhizobium são fixadoras de nitrogênio para as plantas em forma de amônia, nitrito e nitrato. Outras bactérias são utilizadas para extração de antibióticos, como as bactérias do gênero Stremptomyces. Bactérias como as do gênero Streptococcus possuem formato de cocos e formam cadeias com formato parecido a cachos de uvas. Elas são responsáveis pelo gangrenamento de tecidos em machucados não tratados. Além de causarem dores de garganta em humanos. Coloração Gram As bactérias podem também ser classificadas através da coloração Gram. As bactérias com parede dupla não são coradas e por isso são chamadas de Gram-negativas e representam 75% das bactérias, incluindo as espiroquetas, curvadas (víbrios), espirais, cocos, bastões, clamídias, rickéttsias e as cianobactérias. As Gram-positivas podem ser coradas e representam 25% das bactérias, incluindo cocos, bastões e actinomicetos. Micoplasmas São as menores células vivas já descoberta. Não possuem parede celular e possuem uma quantidade mínima de DNA que possibilita o funcionamento da célula. A maioria são parasitas intracelulares em plantas e animais. Joseph Lister e cirurgia antisséptica moderna Após ler alguns trabalhos de Pasteur ele refletiu e desenvolveu uma solução para desinfetar as mãos de cirurgiões antes das operações. Propôs também que todos os instrumentos fossem fervidos antes de serem usados. Essas medidas reduziram em 90% o número de óbitos pós-operatório. Cianobactérias Através da mutação de uma bactéria primitiva (cianobactéria), a mesma adquiriu a capacidade de manipular o oxigênio. Os primeiros fósseis destas bactérias datam de aproximadamente 3,5 bilhões de anos Por volta de 2 bilhões de anos depois, a taxa de oxigênio da Terra que era de menos de 1% subiu para 15% do nível atual. Esta mudança no nível de oxigênio deveu-se a multiplicação de células mutantes que passaram a usar CO2, H2O e luz para fabricar energia. Com abundância destes compostos, as células obtiveram grande vantagem em relação a outras,passando estas características para seus descendentes que igualmente se tornaram bem adaptadas. Em contrapartida, a Terra, através das rochas calcárias tentam remover o oxigênio da atmosfera produzido pelas cianobactérias na forma de carbonato de cálcio. Minerais como o ferro começam a ser oxidados e começa a aparecer a ferrugem na superfície do planeta. 2 Uma das maneiras de mediar a quantidade de oxigênio da Terra primitiva baseia-se na quantificação de ferro oxidado nos estratos sedimentares do período. Com o aumento da quantidade de oxigênio na atmosfera e diminuição de gás carbônico, organismos como as arqueas se confinaram em lugares se m a presença de oxigênio livre, como as fossas hidrotermais. Outros organismos desenvolveram adaptações para carreá-lo para fora da célula após sua utilização (heterotróficos). A origem das plantas tem estreita relação com as cianobactérias, haja visto o cloroplasto ter sido incorporado às células das plantas, similarmente o que ocorreu com a mitocôndria nas células animais. (Teoria da endossimbiose) A importância da fotossíntese Um dos processos mais importantes da natureza. Através dele as plantas sintetizam energia para si e ao mesmo tempo disponibilizam a mesma direta ou indiretamente para outros organismos. Cianobactérias atuais Hoje as cianobactérias são encontradas nos mais variados ambientes, desde oceanos à desertos. Um bom exemplo são os estromatólitos que são compostos por camadas de cianobactérias, poeira e argila. Outras bactérias importantes Grupos de bactérias importantes no cotidiano: a. Enterobactérias: Grupo de bacilos Gram-negativos incluindo decompositores de matéria orgânica em decomposição, como a Escherrichia coli. Esta bactéria também está presente em nosso trato intestinal e sua falta pode causar transtornos e deficiências de vitaminas. No entanto, algumas de suas linhagens são patogênicas. b. Fermentadoras: produtoras de ácido lático, que é o produto final de seu metabolismo de fermentação de açucares. Estão presentes em matéria vegetal em decomposição, no leite e sem seus derivados. c. Clostrídias: Uma de suas espécies Clostridium tetani, são bacilos patogênicos responsável pelo tétano. Outra causadora do botulismo é a Clostridium botulinum. 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 12 – Origem da célula eucarionte As células procariontes de bactérias e de arqueas não possuem núcleo definido, ficando o material genético no citoplasma, ao contrária das células eucarióticas. As células procarióticas além de serem menores que as eucarióticas, possuem um único cromossomo circular solto no citoplasma. Os registros fósseis evidenciam que os primeiros eucariontes datam de 1,8 bilhões de anos, enquanto os procariontes datam de 3,5 bilhões de anos. Desta forma, o sentido da evolução partiu dos procariontes para os eucariontes. A teoria mais aceita hoje quanto a origem da célula eucariótica é a da endossimbiose serial ou SET. Segundo Lynn Margulis a célula eucarionte se originou da fusão de uma arquea (Thermoplasma) e de uma bactéria (espiroqueta), formando uma célula flagelada. A citose é outra teoria que tenta explicar o aparecimento do núcleo. No processo de citose, a membrana celular se dobra para dentro formando um vacúolo. Este processo é similar ao da fagocitose, onde a célula absorve uma partícula sólida e forma um vacúolo em seu interior. Devido a estes processos, o núcleo poderia ter se originado de um desse vacúolos. No entanto, as bactérias atuais não fazem fagocitose devido a sua parede celular rígida, ocorrendo o mesmo com as cianobactérias que apesar não possuírem parede celular, possuem uma membrana semirrígida. As arqueas e os eucariontes não possuem um ancestral comum com as bactérias. Neste cenário, os primeiros organismos possuíam parede celular, que aos poucos foi perdida nas linhagens posteriores que deram origem aos eucariontes e às arqueas. A perda da parede celular a princípio pode parecer um evento desvantajoso do ponto de vista evolucionista, pois existe a perda de uma estrutura de proteção. No entanto, como a seleção natural atua no presente e não considerando possibilidades futuras, uma das explicações para a perda da parede foi a possível capacidade de antigas bactérias desenvolveram a capacidade antibiótica de bloqueio da síntese da parede. Com a perda desta proteção, as mesmas se tornaram muito frágeis ao ficarem expostas ao meio externo, sendo extinta a imensa maioria. Dentre as diversas linhagens que perderam a parede celular, duas desenvolveram estratégias para lidar com esta fragilidade. A primeira delas foram as arqueas, que desenvolveram uma nova membrana rígida a base de pseudomureína. A segunda foi a dos eucariontes, que desenvolveram o citoesqueleto, dando sustentação a célula. Citoesqueleto e mitose O citoesqueleto foi fundamental no desenvolvimento dos eucariontes. É composto por duas classes complementares de moléculas que permite a célula manter sua forma na ausência de parede celular. 1. Filamentos de actina: resistem a forças que esticam. 2. Microtúbulos: resistem a forças que comprimem. O processo de mitose só foi possível devido a existência do citoesqueleto. Os procariontes como não possuem citoesqueleto, se dividem por divisão binária. O citoesqueleto além de ser responsável por movimentar elementos e partículas dentro da célula, também é responsável por guiar os cromossomos já duplicados para o meio da célula, separando em seguida as cromátides irmãs. 2 Organelas e energia Existem duas organelas especiais que possuem capacidade de auto replicação por possuírem seu próprio material genético, as mitocôndrias e os cloroplastos. Devido ao citado acima, acredita-se que ambas foram fagocitadas e não digeridas por organismos primitivos, sendo estabelecido desta forma uma relação simbiótica. Os eucariontes que não possuem mitocôndrias estão confinados em locais com lama ou como endossimbiontes de insetos, ou seja, com pouco ou nenhum oxigênio. Todas as plantas, os fungos e os animais possuem mitocôndrias. Entretanto, apenas algumas algas e plantas possuem cloroplastos. Assim, presume-se que as mitocôndrias já´ estavam presentes nas células quando a bactéria deu origem aos plastídios. Acredita-se que os plastídios tiveram origem através da endossimbiose de uma cianobactéria por um procarionte, que similarmente as mitocôndrias, não foram digeridas. Estudos de filogenia molecular apresentam evidências de que as mitocôndrias surgiram de bactérias roxas e os cloroplastos de cianobactérias. 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 13 – Protistas Os primeiros fósseis de eucariontes encontrados por paleontólogos são de protistas, e datam de pouco mais de um bilhão de anos. Hoje se pode distinguir cerca de 60 linhagens de eucariontes com base em sua organização celular. Os três reinos de eucariontes multicelulares (plantas, animais e fungos) evoluíram de diferentes linhagens protistas. Em sistemática, o reino dos protistas é chamado de "lata de lixo". Isso se deve por este grupo ser definido a base de exclusões. Haja visto a definição mais precisa de um protista ser: todos os eucariontes que não são plantas, não são animais e não são fungos. Devido ao supracitado, existe a dificuldade em onde traçar a linha divisória entre esses organismos unicelulares e os multicelulares. Alguns aspectos que poderiam classificar estes organismos se baseiam em: Em termos de ambiente:os protistas podem ser aquáticos ou terrestres. Em termos de metabolismo: são altamente diversos. Podendo ser autotróficos, heterotróficos de absorção e heterotróficos de ingestão. Em termos de modo de vida: Alguns são de vida livre e outros são parasitas. Em termos de número de células: Podem ser unicelulares ou coloniais. Em termos de mobilidade: Existem filos com várias formas de mobilidade, podendo ser de forma amebóide, pelos cílios, flagelos, ou mesmo sem mobilidade. Em termos de organelas: Alguns possuem mitocôndrias, outros cloroplastos e alguns não possuem nenhuma. Em termos de reprodução: Pode ser sexuada e assexuada. A reprodução assexuada pode variar sendo através de fissão binária, brotamento e esporos. Alguns protistas podem alternar entre sexuada e assexuada. Os protistas são divididos em três grupos: 1. Das algas - São dividias em 3 grupos: Diatomáceas: são unicelulares e podem formar colônias. Dinoflagelados: são unicelulares. Euglenas: são unicelulares com células complexas. 2. Dos protozoários - São divididos em 5 grupos: Amebas: unicelulares que habitam oceanos, água doce ou solo. Se locomovem usando uma estrutura chamada pseudópodos, que também é utilizada para envolver e capturar comida. Podem ser parasitas humanos. Foraminíferos: quase em sua totalidade são organismos marinhos que produzem conchas. Flagelados: unicelulares com células alongadas. Ciliados: Não detalhado. Esporozoa: Não detalhado. Coanoflagelados: organismos que foram colônias e possuem mitocôndrias. 3. Tipo fungos - organismos unicelulares semelhantes a fungos. Podem ser saprófitos ou parasitas em planta e animais. 2 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 14 – Tempo geológico e fósseis A história geológica da Terra pode ser dividida em duas grandes fases, denominadas éons. Éon Criptozóico (Pré-Cambriano) é caracterizado pela pobreza de registros fossilíferos em suas rochas. O éon, que representa mais de 4/5 do tempo geológico da Terra, foi subdividido em dois, o Arqueano e o Proterozóico. O segundo éon é o Fanerozóico, caracterizado por abundante registro paleontológico em suas rochas sedimentares. A eras geológicas podem ser subdivididas cronoestratigraficamente ou cronologicamente. Cronoestratigrafica: camadas entre rochas mais antigas e mais novas. Cronológico: fósseis nos respectivos períodos. Se não houve deposição foi erodido. Pré-Cambriano Era arqueana: bactérias que viviam em locais com temperatura elevada e pobre em oxigênio. Com o tempo as bactérias se diversificaram iniciando a colonização das margens oceânicas. Onde as cianobactérias iniciaram a produção de estromatólitos. Aproximadamente há 2 bilhões de anos, na Era Proterozóica, além das bactérias, passam a viver fungos aquáticos filamentosos e algas, algumas já com cloroplastos. Neste período a atmosfera e os oceanos começam a ser enriquecidos com oxigênio. Fanerozóico Este Éon é subdividido em três eras geológicas: a. Paleozoica: Começa com camadas ricas em fósseis como braquiópodos e trilobitas, terminando com orogenia apalachiana. b. Mesozoica: Era dos repteis como os dinossauros. Nos mares existiam os amonitas e foraminíferos. O final desta era foi marcado pela orogenia laramiana. c. Cenozoica: Não detalhada. Era Paleozoica Caracterizada pelo domínio dos mamíferos, das plantas (angiospermas) e dos insetos nos continentes. Esta era é subdividida em seis períodos: 1. Cambriano: No começo grupos marinhos já eram representados por esponjas, artrópodes e talvez cordados, mas as terras continuavam virgem, à exceção de pequenas algas e liquens em rochedos nos bordos do mar. Atmosfera relativamente pobre em oxigênio e inexistia a camada de ozônio. 2. Ordoviciano: Há cerca de 500 milhões de anos. Aparecem os primeiros vertebrados, peixes sem mandíbulas e sem pares de nadadeiras. Provável presença de musgos com folhas recobertas por cutícula nas margens de lagos e lagoas. 3. Siluriano: Há cerca de 450 milhões de anos. Período glacial onde a glaciação provocou uma diminuição drástica no nível dos mares sendo fatal para diversos grupos animais e vegetais. Ao terminar a glaciação a vida novamente se desenvolveu ocupando nichos virgens com surgimento de novas plantas, as vasculares. 4. Devoniano: Há aproximadamente 400 milhões de anos. Presença de peixes mandibulados, escorpiões marinhos providos de brânquias faziam algumas incursões terrestres. Os vegetais vasculares se proliferam enormemente na terra, ganhando forma de arbustos e depois de árvores, como as samambaias arborescentes, licopídeos e ancestrais das plantas com sementes. 5. Carbonífero: Há cerca de 350 milhões de anos, já havia grandes florestas, onde os artrópodes dominavam, enquanto os vertebrados terrestres ainda eram lentos e pesados, dependentes do meio aquático. 2 6. Perminiano: Há cerca de 275 milhões de anos se inicia um novo período glacial causando mudanças radicais nas florestas, com as coníferas e gincos tomando o lugar as pteridófitas. Era Mesozoica Entre (242 M.A à 64 M.A.). O período Triássico foi uma época relativamente fria e pouco favorável aos vertebrados. Quando o clima começou a amenizar, surgiram os insetos de menor tamanho. No Jurássico há cerca de 220 milhões de anos começa o que se chama a "Idade dos Dinossauros", coincidindo com o surgimento dos mamíferos. Era Cenozoica Marcada pela grande diversidade dos seres vivos e pela grande irradiação dos mamíferos no registro fóssil. A importância dos fósseis A distribuição espacial e temporal desses organismos fósseis retrata momentos desde a migração dos continentes e as mudanças climáticas até as extinções em massa e as transformações sofridas pelos organismos ao longo de sua história evolutiva. O Processo de fossilização O processo chamado fossilização é a conversão de organismos ou de seus traços (p.e., pegadas) em fóssil, sendo a imensa maioria encontrados em rochas sedimentares. A fossilização é o resultado da ação de processos químicos, físicos e biológicos que vão atuar durante o processo deposicional. Para que ocorra fossilização, na maioria dos casos é necessário que o organismo morto seja enterrado rapidamente na areia, no lodo ou em outro tipo de sedimento. Os vestígios ocorrem quando apenas evidências indiretas do organismo ou de suas atividades são preservadas. Essas evidências podem ser as pegadas ou os excrementos. A preservação das partes duras Podem ser preservadas através de vários processos de fossilização denominados incrustação, permineralização, recristalização, substituição e carbonificação. A preservação das partes moles Alguns registros de partes moles, como vísceras, pele, músculos e vasos sanguíneos, já foram encontrados, e sua contribuição é valorosa para o esclarecimento da fisiologia dos organismos fósseis. Somente em condições muito especiais, como um soterramento rápido, os organismos naturais desse ambiente poderão se fossilizar. Existem alguns tipos de fossilização onde são preservadas tanto as partes duras quanto as moles. Entre eles podemos citar a preservação em âmbar, o congelamento e a mumificação. 3 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 15 – Metazoários e desenvolvimento • O registro fóssil em qualquer lugar do planeta apresenta sempre o mesmo padrão, ou seja, nas camadas geológicas sedimentares mais superficiais se encontram fósseis de organismosmais complexos, mas a medida que as escavações se aprofundam, se percebe que os fosseis ficam cada vez menos complexos. Essas evidências reforçam o fato de que toda a diversidade de seres vivos existentes nos dias atuais foi originada a partir de outras formas mais simples que viveram no passado. Multicelularidade • Haeckel foi o primeiro sistemata a classificar os organismos com base na teoria de Darwin. • A multicelularidade é uma característica adaptativa, e sua principal vantagem é o crescimento acelerado dos organismos. • O aumento de células de um organismo envolve a cooperação entre células especializadas nas mais diversas funções, sendo as moléculas orgânicas complexas facilitadoras desta cooperação. Primeiros organismos muticelulares • Os primeiros eucariontes multicelulares datam de 1,6 a 1,8 bilhão de anos atrás. • O registro fóssil evidencia que no período pré-Cambriano a diversidade de organismos era muito pequena e os organismos que habitavam a terra nesta época são chamados de fauna de Ediacara, enquanto no Cambriano houve uma maior irradiação de formas de vida. Cambriano • No início do Cambriano (há 545 milhões de anos), aconteceu uma sequência de mudanças dramáticas (biológicas, geológicas e climáticas) no planeta. • Neste período, a diversidade de vida na Terra passou de organismos simples, como por exemplo esponjas e cnidários, a organismos complexos de vários filos hoje conhecidos, como Arthropoda (insetos, aranhas, escorpiões e etc), Chordata (mamíferos, aves, anfíbios e etc), Echinodermata (ouriços do mar, estrelas do mar, etc), dentre outros. • Os especialistas chamaram essa enorme diversidade de explosão do Cambriano. Desenvolvimento • Organismos multicelulares não nascem completamente formados. Sua formação ocorre através de um processo lento de mudanças progressivas que é chamado de desenvolvimento. • Um organismo se desenvolve durante toda a sua vida. • O desenvolvimento tem duas consequências: a diferenciação celular e a reprodução do organismo. • Através da diferenciação celular, uma única célula ovo (zigoto) dá origem a todos os tipos celulares de um organismo. 2 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 16 – Origem do sexo Reprodução e sexo • Só existe um fator que pode contribuir para o sucesso evolutivo de um determinado indivíduo, seu sucesso reprodutivo, que está relacionado a quantidade de genes que o mesmo contribui para a geração seguinte. • Os procariontes se reproduzem assexuadamente através da fissão binária, produzindo cópias idênticas da célula original (que é o indivíduo) sem recombinação gênica. • Entretanto existem processo que que podem promover a recombinação gênica, como: a. Transformação: os genes são diretamente assimilados do ambiente através de moléculas de DNA livres no meio. b. Conjugação: quando os genes são transferidos de um procarionte para outro. c. Transdução: quando ocorre transferência de genes entre dois procariontes através de vírus. • Os processos acima são radicalmente diferentes dos que ocorrem com os organismos eucariontes, ocorrendo troca gênica através da reprodução sexuada entre dois indivíduos. • A reprodução de organismos eucariontes se dá através da reprodução das células por meio de dois processos, a mitose e a meiose. • O processo de mitose duplica as células somáticas gerando cópias idênticas. • No processo de meiose, um ciclo produz células germinativas com metade do número de cromossomos da célula original. Origem do sexo • O mundo biológico provavelmente nasceu sexuado através das trocas gênicas que devem ter acontecido na sopa primordial, nos primórdios do mundo do RNA. • No entanto, o fator fundamental para a evolução dos organismos ocorreu com o surgimento da célula. Haja visto ela proteger os genes de efeitos danosos do meio externo, permitir que recursos energéticos e proteínas estejam sempre disponíveis para o uso interno e não em difusão. • Estima-se que a reprodução sexuada pode ter ocorrido entre 1 a 2 bilhões de anos. • A reprodução sexuada é uma característica complexa, e antes dela ter surgido, certamente ocorreram passos intermediários que possibilitaram seu surgimento. • Segundo John Meynard Smith, todos os passos intermediários devem apresentar vantagem imediata ao organismo portador, mesmo que pequena. Fusão celular • A reprodução sexuada pode ter iniciado com a fusão celular. A fusão apresenta vantagens como: mais proteínas, mais organelas e mais material genético para o organismo. • Outra vantagem poderia acontecer no caso da fusão de uma célula sadia e outra com alguma enzima defeituosa, onde a fusão com um organismo não defeituoso, poderia mascarar a mutação deletéria do organismo defeituoso, passando a produzir cópias funcionais. • Apesar das vantagens citadas, a maior quantidade de material genético exige mais tempo para duplicação. Assim, a redução do número de cromossomos através da meiose, deve ter evoluído logo depois do mecanismo de fusão celular. 2 Desvantagens do sexo • Uma desvantagem da reprodução sexuada é o grande investimento de energia necessário. • Um exemplo é a reprodução sexuada de animais marinhos com fertilização externa, quando os organismos parentais liberam gametas na coluna d'água, resultando na perda de milhões deles. • Já na fertilização interna, como nos mamíferos por exemplo, apesar do número de gametas perdidos ser menor, existem outros investimentos de energia necessários, como o encontro do parceiro. • Além do citado acima, na reprodução sexuada apenas 50% dos genes dos indivíduos serão repassados, ao contrário da reprodução assexuada, onde é passado 100%. • Existem dois tipos de reprodução sexuada em relação ao investimento na prole: 1. Isogâmica: Nas espécies isogâmicas o gameta feminino e o masculino possuem aproximadamente o mesmo tamanho, com contribuição semelhante para formação do zigoto. 2. Anisogâmica: Nas espécies anisogâmicas o gameta feminino é maior que o masculino. Assim o provimento de energia para o zigoto é maior por parte do óvulo se comparado ao espermatozoide, gastando desta forma a fêmea mais energia para produzi-lo. • Grande parte dos animais é ansiogâmica. Enquanto a fêmea gastará energia cuidando da prole, os machos estarão aptos para cruzar novamente, embora existam exceções, como em alguns casos onde machos de peixes, aves e insetos ficam e providenciam energia e recursos para cuidar dos filhotes. • Uma fêmea ansiogâmica sexuada poderia ter duas vezes mais descendentes em termos de gasto de energia se fosse assexuada. Vantagens do sexo • A reprodução sexuada permite a produção de uma prole mais diversa. • A variabilidade gênica é uma vantagem pois pode possibilitar a organismos uma melhor adaptação em termos de variações no ambiente devido a criação de novos fenótipos pela inserção de alelo mutantes. • Em uma espécie de mamíferos por exemplo, uma prole que contenha indivíduos com pelagem longa poderá ter mais chances de sobrevivência que os indivíduos da mesma prole com pelo curto caso o ambiente onde vivem se torne frio. • Ao contrário do exemplo acima, em uma prole oriunda de reprodução assexuada e, portanto, sem variabilidade, todos poderiam perecer sob as mesmas condições. Sexuado e assexuado • Segundo alguns autores, a reprodução assexuada alternando com a sexuada pode ser perigosa. • A catraca de Muller é uma teoria que diz que uma população, depois de um grande número de gerações reproduzidas assexuadamente, só conseguirá se reproduzir dessa maneira. • Em uma população de reprodução assexuada, uma grande quantidade de mutações deletériassão produzidas, mas como são recessivas, ficam mascaradas no heterozigoto e não são eliminadas, aumentando muito com o passar do tempo. No entanto, caso os indivíduos desta população passem a se reproduzir sexuadamente, a recombinação poderá juntar os alelos recessivos deletérios aumentando a possibilidade de extinção de toda a população. 3 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 17 – Filogenia e biogeografia • Sistemática é a ciência que une a Taxonomia, ou seja, a ciência da classificação dos organismos, com a Filogenia, a ciência que traça a história evolutiva dos organismos. • Em Sistemática, as características que encontramos na diversidade biológica são chamadas de caracteres, que se apresentam em determinados organismos como estados, como por exemplo as diversas cores de olhos na espécie humana. • A presença do caráter em si não denota variabilidade, para isso um caráter deve apresentar pelo menos dois estados. • Na classificação só podem ser usados caracteres variáveis. Por exemplo, no caso dos mamíferos não poderíamos considerar o caráter "presença/ausência de glândulas mamárias", pois todos possuem estas glândulas, não havendo, portanto, variação. • Um caráter com dois estados, significa que em algum momento evolutivo ocorreu uma mutação acarretando a mudança do estado ancestral para um estado derivado. Por exemplo. Ausência de glândulas mamárias em vertebrados ancestrais. Após mutação em uma respectiva linhagem, ocorreu o aparecimento da mesma dando origem a linhagem dos mamíferos. • Sinapomorfia é um caráter derivado (apormorfia) que , surgindo ao longo da evolução, se mantem em diversos grupos taxonômicos distintos, e permite sua identificação. • A proximidade filogenética revela uma história compartilhada mais recente que, por sua vez, se reflete em uma maior parte das mutações compartilhadas. • A sinapomorfia é um conceito extremamente importante, pois serve para definir grupamentos monofiléticos. Ou seja, agrupamento de espécies de acordo com sinapomorfias produzem grupos monofiléticos. Grupos monofiléticos são aqueles que, ao contrário dos parafiléticos ou polifiléticos, possuem um único ancestral comum e todos os descendentes desse ancestral estão incluídos no grupo. Aves formam um grupo monofilético e possuem várias sinapomorfias, entre elas, a presença de penas, que não ocorre em nenhuma espécie que não seja ave. Biogeografia • Biogeografia tem significados distintos de acordo com o enfoque dado. Para ecólogos está relacionada a distribuição de padrões de comunidades em níveis diversos, já para os biogeógrafos está relacionada a compreensão de eventos evolutivos das biotas com base no estudo da história do planeta. • A palavra "Biogeografia" significa "geografia da vida" sendo Alexander von Humboldt um dos primeiros a utiliza-la para tentar explicar a vida das plantas e animais com relação a fatores físicos como temperatura, altitude e latitude. • A explicação da Biogeografia moderna é baseada na hipótese de que a vida na Terra está diretamente envolvida com a evolução geográfica da Terra. Vicariância e Dispersão • Na explicação vicariante, uma população ancestral é dividida em subpopulações por uma barreira física qualquer que aparece separando as duas populações, que assim se desenvolvem em táxons diferentes. A barreira é menos antiga que a disjunção. • Na explicação por dispersão, parte de uma população ancestral coloniza, com sucesso, uma nova área além de uma barreira, permanecendo isolada da área ancestral e, eventualmente, dando origem a um táxon diferente. A barreira é mais antiga que a disjunção. ivanp_000 Resumo Free 2 ivanp_000 Resumo Free 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 18 – Tempo, espaço e forma • O organismo em si não evolui, a evolução acontece quando o material genético é passado de uma geração para outra, ocorrendo mutações à medida que ele é passado. • A seleção natural é o principal fator (peneira) que determina a morte genética do indivíduo ou a passagem de seus genes para as próximas gerações. • Portanto, a evolução pode ser definida com modificações em sua descendência, pois o que acontece com um organismo ao longo de sua vida não é evolução. • Darwin definia evolução como descendência com modificação. • As formas das modificações podem ter caráter morfológico, anatômico, fisiológico, citogenético ou molecular. Os três eixos da evolução 1º Forma do organismo. 2º O ambiente. 3º O tempo. • O primeiro eixo é estudado pelos sistematas através da análise filogenética. • O segundo eixo fica a cargo dos pesquisadores que estudam os padrões biofeográficos. • O terceiro está associado à Geologia e à Paleontologia. • A junções destes três eixos promove uma visão holística da biologia. • O que muda ao longo do tempo e do espaço é a forma do organismo. Assim, chama-se evolução aos padrões de variação em si, e aos registros paleontológicos que permitem o detalhamento dessa variação passada. Diversidade de espécies • A diversidade aumentou em períodos em que a taxa de especiação superou largamente a taxa de extinção, essas épocas são denominadas Grandes Radiações. O maior exemplo foi a explosão do Cambriano , há cerca de 550 milhões de anos. • Por outro lado, a diversidade diminui em períodos que a taxa de extinção superou largamente a taxa de especiação, épocas denominadas como Grandes Extinções. A mais conhecida foi a extinção do Cretáceo que dizimou os dinossauros há 65 milhões de anos. • Quanto maior o evento da extinção, maior e mais rápida é a recuperação da diversidade. Isso acontece por dois motivos, o primeiro é a seletividade, haja visto as extinções eliminarem os organismos que competem por recursos e habitats com organismos melhores adaptados do que eles. O segundo é que a seleção natural vai também atuar como uma peneira, isto é, os organismos mais aparentados (mesmo gênero) são eliminados e os grandes grupos (como ordens e famílias) são eliminados. A extinção atual • A extinção atual é considerada mais grave, pois não preserva essa diversidade dos grupos numa extinção natural devido a ações antropomórficas. ivanp_000 Resumo Free 2 Grandes flutuações da diversidade • Darwin acreditava que as interações bióticas entre as espécies eram primordiais e explicativas de tudo. Ele não considerava fatores abióticos, como causas físicas, geológicas e climáticas. Assim para eles os fatores preponderantes que delineavam a evolução eram bióticos e não abióticos. • A ocorrência de extinção ou radiação de espécies depende de uma série de fatores, tais como: a. Recursos e habitats disponíveis. b. Interações entre as espécies. c. Mudanças climáticas. d. Adaptações. e. Catástrofes. ivanp_000 Resumo Free 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 19 – A invasão do ambiente terrestre Os insetos • Primeiros animais a invadir o ambiente terrestre. Sua grande capacidade adaptativa e reprodutora permitiu que eles habitassem todos os ambientes, exceto os mares. • São os principais invertebrados a viver em ambiente seco e os únicos possuidores de asas e a voar. Essas características foram possíveis graças a um envoltório externo e impermeável , sua carapaça quitinosa (exoesqueleto), à respiração aérea feita por traqueias, que evitam a dessecação no ambiente terrestre, e às eficientes estratégias reprodutivas, que garantem sua perpetuaçãoaté hoje. • Olhando mais atentamente, podemos perceber algumas características básicas encontradas nessa classe. O corpo é dividido em três partes: cabeça, tórax e abdômen (existem três pares de pernas e um par de antenas. As antenas estão presas à cabeça e as patas (e asas) presas ao toráx. No abdômen estão as estruturas sensoriais e outras que auxiliam na copula. • Para a sua locomoção em terra, os insetos possuem três pares de pernas e, em geral, um ou dois pares de asas para voar. Cada par de pernas é composto por cinco segmentos e, conforme suas funções, elas podem ser classificadas em marchadoras, saltatoriais, natatoriais, raptoriais e fossoriais. As plantas • Nas plantas clorofiladas, a hierarquia dos caracteres nos mostra que o estado terrestre das plantas vasculares é secundário em relação ao estado aquático das algas. • Vemos ainda que a vida terrestre dessas plantas coincide com o surgimento dos tecidos condutores de seiva e, numa medida menor, com a presença da cutícula ou de esporos. Assim, o ancestral comum das plantas vasculares e dos musgos deveria resistir aos raios ultravioleta e à desidratação graças a sua cutícula protetora, mas ainda era muito dependente de um ambiente apropriadamente úmido Vertebrados • A Paleontologia nos mostra que, logo que apareceram os primeiros vertebrados terrestres, no período Devoniano, há cerca de 365 milhões de anos, a história dos vertebrados já contava com mais de 200 milhões de anos de vida aquática, e que todos os grandes grupos de peixes atuais ( lampréias, tubarões, peixes ósseos com nadadeiras raiadas, celacantos e peixes pulmonados) já existiam há muito tempo. Assim, toda uma quantidade de dados comparativos, biológicos, embriológicos e paleontológicos convergem para a anterioridade da vida aquática em relação à vida terrestre nos vertebrados. ivanp_000 Resumo Free 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 20 – A diversificação das plantas Introdução • Todas as plantas são eucariontes multicelulares autotróficos fotossintéticos, com uma parede celular de celulose, e armazenam o excesso de nutrientes, como amido. • Os cloroplastos absorvem primariamente a luz vermelha e azul e refletem e transmitem a luz verde. • As primeiras plantas terrestres ocorreram no Período Siluriano (cerca de 430 milhões de anos atrás). • Na passagem para o modo de vida terrestre, o aspecto mais fundamental da adaptação é a prevenção da perda de água pela evaporação na superfície celular. Briófitas • São as formas mais simples de plantas terrestres, incluindo dente as quase 17.000 espécies descritas os musgos. • Não são consideradas plantas vasculares, entretanto, algumas espécies apresentam tecidos específicos para transporte de água e nutrientes como o floema e o xilema das plantas vasculares. • Uma teoria, sobre evolução das plantas, diz que as briófitas evoluíram de algas e mais tarde se desenvolveram em plantas vasculares. Pteridófitas • As plantas pteridófitas possuem tecidos como o xilema e floema, que permitem a distribuição de água e nutrientes até suas partes mais altas. • O xilema é o tecido que transporta minerais e água da raiz até as folhas. • O floema transporta os nutrientes fabricados por fotossíntese das folhas para outras partes da planta. • Dentre as pteridófitas estão as samambaias com cerca de 10.000 espécies. Gimnospermas • Plantas com sementes nuas que de acordo com o registro fóssil apareceram durante o Carbonífero, há 360 milhões de anos. Hoje existem menos de 1.000 espécies de gimnospermas. Angiospermas • Os primeiros fósseis (grãos de pólen) de angiospermas (plantas com sementes cobertas), apareceram no início do período Cretáceo, há cerca de 130 milhões de anos atrás. • No final do Cretáceo, 50 famílias modernas já eram encontradas. Hoje são conhecidas 500 famílias com 250.000 espécies. • Diferente das gimnospermas, cujas sementes são nuas, as angiospermas abrigam as suas dentro de um ovário. Esse ovário protege as sementes do ambiente contra infeções fungais, ressecamento, e contra o ataque de insetos. • O aparato reprodutivo feminino das angiospermas consiste nas pétalas e no carpelo. • A vantagem adaptativa da polinização por animais é simples. Em primeiro lugar, garante a fertilização cruzada com outros membros de sua espécie usando apenas uma pequena quantidade de pólen • Uma outra adaptação importante foi o desenvolvimento de genes de autoincompatibilidade, ou autoesterilidade. Assim, pólen com o mesmo alelo do óvulo não o fecundaria. Isso é importante em plantas cujas flores são bissexuais, protegendo a variabilidade da espécie. ivanp_000 Resumo Free 2 ivanp_000 Resumo Free 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 21 – Invertebrados Fauna de Ediacara • Uma característica dos organismos da Fauna de Ediacara é que não possuíam esqueleto. • Não se sabe ao certo se estes organismos eram animais ou plantas, embora é possível que tenham sido animais. Um exemplo é a similaridade com os penatuláceos, que são membros da Classe Anthozoa, e do Filo Cnidária. Explosão do Cambriano • Estudar o Período Cambriano é um desafio interessante. O maior obstáculo não é a ausência de fósseis, mas sim a enorme diversidade deles encontradas no Cambriano. Realmente, a diversidade de fósseis do Cambriano é tão grande e, mais importante do que isso, tão diferente de tudo que conhecemos que, para muitos organismos, não temos a menor ideia de que nicho ecológico eles ocuparam. • A montagem de um Paleocenário, pode ajudar a compreender melhor a Explosão Cambriana. • Paleocenário: Uma hipótese de ecossistema ancestral ou antigo, baseado principalmente em evidências fósseis. Xisto de Burgess • O XISTO DE BURGESS é uma montanha em meio a uma cadeia chamada Montanhas Rochosas, que atravessa o Canadá. Ela abriga milhares de fósseis de organismos perfeitamente preservados que viveram há mais de 500 milhões de anos. • Os primeiros fósseis encontrados são os comuns trilobitas, presentes na totalidade de fósseis desse período. Entretanto, pouco a pouco novos fósseis foram surgindo e eles eram cada vez mais estranhos. • É importante deixar claro que os invertebrados não formam um grupo monofilético. Ou seja, invertebrados não são mais próximos filogeneticamente entre si do que qualquer invertebrado com membros de outros grupos. ivanp_000 Resumo Free 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 22 – Introdução aos vertebrados • Os peixes foram os primeiros organismos a apresentar coluna vertebral. • Como os invertebrados visto na aula anterior, os peixes não formam um grupo monofilético. Eles formam um grupo parafilético basal de vertebrados. • Uma teoria que explica a evolução dos vertebrados (ou craniados) é que eles foram formados por pedomorfose. • Pedomorfose é a retenção de características jovens por adultos. Por exemplo, se um filhote se torna maduro sexualmente e dá origem a uma nova espécie, isso é pedomorfose. Agnatos • Na literatura corrente, encontramos como representantes atuais dos agnatos as myxines (peixes-bruxa) e os petromizontídeos (lampréias), muitas vezes considerados juntos, formando um grupo denominado Ciclostomados. Todavia, os Ciclostomados não formam um grupo monofilético Peixes-Bruxa • Esse grupo de craniados com aparência vermiforme vive em ambiente marinho, enterrado na lama alimentando-se de peixes doentes ou mortos. Ogrupo é caracterizado por um corpo alongado, a cabeça terminando em um orifício naso-faringeano. • Pouco se conhece sobre a ontogenia e as relações de parentesco desse grupo. Lampréias • As lampréias são consideradas o primeiro grupo zoológico a apresentar vértebras calcificadas. Encontrado em ambiente marinho e dulcícola, esse grupo é caracterizado por seu corpo alongado, vermiforme, olhos grandes, presença de um olho pineal fotossensível coberto por uma placa dérmica. • Os fósseis de lampréias são conhecidos no Carbonífero de Ilinois (Myomizon) e de Montana (Hardistiella) nos Estados Unidos. Estes gêneros apresentam características consideradas primitivas em relação às formas atuais e a outros fósseis do grupo, tais como a presença de uma nadadeira anal diferenciada. Duplicação gênica • A duplicação gênica é importante na geração da diversidade gênica, que determina a adaptabilidade de uma espécie a um ambiente. • Duas explicações foram propostas para justificar a existência de múltiplas cópias dos genes. • A primeira é que o número de cópias aumenta por duplicação do tipo tandem, isto é, a enzima (polimerase) que promove a duplicação do DNA faz a cópia original do gene A na nova fita de DNA que está sendo sintetizada. Entretanto, nesse ponto ela "escorrega" e começa a sintetizar o gene A outra vez. Assim, o organismo que vai herdar a nova cópia do DNA receberá duas cópias do gene A. • O interessante é que esse é um fenômeno muito frequente nas populações de todas as espécies. A principal razão é porque não existe nenhuma desvantagem em você ter uma cópia a mais de um gene, muito pelo contrário. Assim, nesses eventos, o gene duplicado acaba se espalhando para as outras populações. • A segunda explicação para duplicações gênicas se dá por meio de eventos de tetraploidização. Nesse segundo caso, a tetraploidização é a duplicação de todo o genoma do organismo. • A tetraploidização acontece quando ocorre a não disjunção dos cromossomas na meiose. • Quando ocorre uma não disjunção, o gameta não tem a metade, mas sim o número completo de cromossomas do pai (ou da mãe). Se isso acontecer na linhagem materna e paterna, a fusão dos gametas diplóides dará origem a um indivíduo tetraplóide. Quando esse indivíduo cruza com um outro organismo ivanp_000 Resumo Free 2 tetraplóide, dá origem a uma linhagem tetraplóide. Muitas espécies de vertebrados são tetraplóides, como salmões, trutas e alguns sapos. ivanp_000 Resumo Free 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 23 – Introdução aos mandibulados • Gnatostomados: grupo que inclui todos os vertebrados com mandíbulas, que surgiu há cerca de 430 milhões de anos. • O aparecimento da mandíbula nos vertebrados foi um grande evento evolutivo, pois possibilitou aos mesmos acesso a uma alimentação diferenciada por se tornarem potenciais caçadores, ao invés de apenas filtradores. • Duas teorias tentam explicar o aparecimento da mandíbula. A explicação clássica diz que essa estrutura se deriva de modificações no arco branquial, já a outra teoriza que o aparecimento se baseia no desenvolvimento. • Além da mandíbula, outro passo importante dado pelos primeiros gnastotomados foi a aquisição de nadadeiras pares bem desenvolvidas e firmemente sustentadas por cinturas. • Os gnatostomados formam um grupo natural, baseado em características derivadas concretas. Algumas dessas características ou sinapomorfias desse grupo são: 1. Existência de uma mandíbula verdadeira; 2. Três canais semicirculares no ouvido interno; 3. Membros (nadadeiras ou membros) bem desenvolvidos, sustentados por cinturas. • Os gnastostomados formam um grupo monofilético, suas sinapormorfias aparecem na história evolutiva apenas uma vez. Placodermas • Viveram no Devoniano há cerca de 400 milhões de anos. Habitavam água doce e salgada. Registro fóssil amplo e diversificado. Condrícties • A Classe dos Chondrichthyes é atualmente representada por novecentas espécies conhecidas geralmente como os tubarões, as raias (Elasmobranchii) e as quimeras (Holocephalii). • O esqueleto dos condrícties não é composto por ossos como o dos outros vertebrados, mas apenas por cartilagem, como nossas orelhas. • O grupo mais importante de condrícties são os elasmobrânquios. • Esse grupo inclui os tubarões e as raias e é conhecido desde o Siluriano superior. Caracterizam-se por possuírem, entre outras particularidades: 1) Duas nadadeiras dorsais (na superfície superior de seu corpo) geralmente acompanhadas por grandes espinhos com dentículos; 2) Uma nadadeira anal. Acantódios • Os primeiros gnatostomados conhecidos no registro fossilífero são acantódios, representados por espinhos isolados coletados no Siluriano inferior. Osteícties • Os especialistas em peixes, os ictiólogos, dividem os osteícties em dois grandes grupos: os actinopterígios e os sarcopterígios. • Os actinopterígios, que formam a maioria dos vertebrados atuais, apresentam as nadadeiras contendo longos raios dérmicos. • Outras características importantes do grupo são: 1) presença de grandes ossos dérmicos portando dentes; ivanp_000 Resumo Free 2 2) presença de uma bexiga natatória. • Os sarcopterígios formam um grupo monofilético incontestável. • Os Sarcopterígios se caracterizam pela presença de esmalte nos dentes. • O esmalte é uma sinapomorfia desse grupo em que nós incluímos, os sarcopterígios. 1 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – CEDERJ - UENF SEGUNDO PERÍODO DISCIPLINA: Diversidade dos Seres Vivos Resumo: Aula 24 – A origem dos tetrápodos Primeiros tetrápodos • Voltando à origem dos tetrápodos, fica evidente que as patas desses organismos tiveram origem a partir de estruturas do esqueleto das nadadeiras em seus ancestrais (peixes). • Essas estruturas, patas e nadadeiras, são consideradas homólogas. • Um dos principais problemas enfrentados pelos organismos aquáticos para conquista do ambiente terrestre foi a sustentação corporal. • Nos tetrápodes, parte da solução foi resolvida pela presença da coluna vertebral com vértebras ósseas rígidas. • Para se locomoverem na terra, os tetrápodos adaptaram dois pares de membros providos de dedos, que permitiam reduzir a fricção entre o corpo e o solo. Captura de oxigênio • Outro desafio para conquista do ambiente terrestre pelos organismos aquáticos, foi de como obter oxigênio necessário para a respiração e se livrar o dióxido de carbono produzido por ela. • Nos primeiros tetrápodos, uma artéria pulmonar aparece ligada a uma brânquia. A veia pulmonar drena o sangue oxigenado diretamente para o coração com duas cavidades, e um sistema de válvulas separa o sangue branquial do sangue pulmonar. Esse é o início de um duplo sistema circulatório associado à respiração de ar pelos tetrápodos. • Outro caráter associado à respiração de ar nos tetrápodos é o desenvolvimento de uma narina interna – também chamada de coana – no palato. O ar entra pela narina externa, através da coana. • Os peixes escutam porque as ondas de pressão e as ondas sonoras podem passar através do corpo sem distorção - a densidade dos ossos e da carne desses organismos é semelhante à da água. • Os tetrápodos percebem as ondas sonoras porque têm um tímpano que vibra com o som. A maior parte dos tetrápodos tem um só osso dentro do ouvido interno, chamado de estribo, e que é homólogo a um dos ossos que tem a função de sustentar a mandíbula nos peixes, o osso hiomandibular. Nos mamíferos, dois ossículos suplementares se associam ao estribo: o martelo e a bigorna, que aumentam a sensibilidade do ouvido. • A maior parte das inovações morfológicas
Compartilhar