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1 Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - Açailândia - CCHSTL Disciplina: Construção de Edifícios I Docente: João M. S. Dias Curso: Engenharia Civil Bacharelado Período: 6º Discente: Lucas Carvalho Silva Matrícula: 201763134 Data: 06/10/2020 Estudo dos Procedimentos de Sistemas Construtivos em Concreto Armado e Protendido 1. Sistema Construtivo em Concreto Armado Bibliografia utilizada: Capitulo 11 - Detalhes de Execução em Obras em Concreto Armado O sistema construtivo em concreto armado é um dos métodos mais utilizados na construção civil brasileira. O concreto armado é uma estrutura que resulta da união de concreto e armações feitas de barras de aço, essas armações terão a função de resistir a esforços de tração. É valido salientar que a junção desses dois materiais só é possível devido os seus coeficientes de dilatação térmica serem praticamente idênticos. Algumas vantagens da utilização do concreto armado em obras: • Alta resistência mecânica; • Rapidez na obra; • Custo baixo; • Resistência ao fogo. Os materiais que são, e como são empregados em concreto armado são: • Cimento - escolha do tipo de cimento para uma determinada aplicação (ex: Cimento Portland I, II, III, IV, V, RS, BC, CPB); • Agregados miúdos e graúdos – analises granulométricas e resistência mecânica de determinados agregados (ex: areia e seixo, respectivamente); • Água – analise da mesma para detectar impurezas em quantidades prejudiciais e estudo de dosagem para determinada aplicabilidade (recomendasse usar água sem alterações químicas); • Armaduras – analise dos meios onde se encontra a armadura (fortemente, medianamente e pouco agressivos), escolha do tipo de aço, dimensões e sua resistência). Para se ter uma maior exatidão na execução de projetos de estruturas em concreto armado, será necessário a utilização de fôrmas e escoramentos. Geralmente esses materiais são feitos de madeira serrada e madeira compensada. As fôrmas devem ser executadas rigorosamente de acordo com as dimensões indicadas no projeto, devem ter resistência necessária, devem ser projetadas para serem reutilizadas o máximo número de vezes e antes de concretar, as formas devem ser limpas e molhadas até a saturação. Em relação as escoras, são utilizados pontaletes de madeira ou metal com dimensões normatizadas, esses pontaletes serão apoiados no terreno para evitar possíveis recalques. 2 Em relação ao método de alinhamento das fôrmas, tem-se o tensor de forma. Os tensores são utilizados para conectar fôrmas de pilares, vigas altas, painéis, suportando a pressão do concreto fresco. Utiliza-se o Tensor para alinhar a barra de ferro na fôrma de madeira, tencionando-a até o ponto certo de alinhamento. Normalmente são utilizados como tensores vergalhões de aço com partes soldadas Para a elaboração das armaduras, primeiramente deve-se fazer o corte das barras utilizando uma tesoura especifica para a ação, em seguida dobra-se a barra e por fim, fazer a montagem da armadura unindo peças de aço com auxílio dos torques e do arame recozido, dando forma a estrutura. Outrossim, é de muita importância amarrar bem as armaduras, uma vez que na ação da concretagem das fôrmas a armadura não desloque. Os pontos mais conhecidos na amarração são os pontos simples, volta-seca, laçado e flor. Em fundações como vigas baldrames, blocos de estacas e sapatas as suas armaduras não poderão entrar em contato com o solo, pois elas sem proteção sofrerão um processo de corrosão. Para que isso não ocorra é recomendado que seja colocado no fundo das valas uma camada de concreto magro (lastro de concreto não estrutural). É valido dizer que é necessário um breve estudo sobre o agregado graúdo utilizado nesse concreto magro, para que não seja utilizado agregados que possam ter elevada granulometria, ocasionando uma possível formação de vazios devido o escoamento do cimento. O concreto utilizado no enchimento das formas com as armações pode ser preparado: • Manualmente – Aceitável para pequenas obras e deve ser preparado com bastante critério. • Em betoneira – máquina que mistura todos os materiais do concreto, baseando o tempo de mistura em relação ao diâmetro em metros da caçamba do misturador. • Dosado em central – método bastante pratico, deve-se saber apenas programar e, posteriormente, receber o concreto. Na aplicação do concreto deve-se efetuar o adensamento de modo a torná-lo o mais compacto possível. O método maia utilizado é o vibrador de imersão, para estar o aplicando é necessário ter alguns cuidados, como aplicar o vibrador sempre na vertical, vibrar o maior número possível de pontos e não vibrar a armadura. (não pode vibrar muito o mesmo ponto) Os sistemas construtivos em concreto armado, mais conhecidos são os em lajes, pilares e vigas. Na aplicação do concreto deve-se tomar alguns cuidados, nos (as): • Pilares – verificação do seu prumo e fazer com que a fôrma fique travada nos engastalhos e contraventalas, fazer cachimbos nas janelas para facilitar a concretagem e engravatar a fôrma a cada 50 cm (centímetros); • Vigas – verificação da estanqueidade das fôrmas, devem ser concretadas de uma só vez, as emendas devem ser executadas de acordo com orientações do engenheiro calculistas e evitar emendas onde os momentos negativos e positivos são máximos; • Lajes – verificar se estão limpas as pontas de arame utilizadas na fixação das barras, o umedecimento das formas não pode originar acumulo de água e garantir 3 que a armadura negativa fique posicionada na face superior, com a utilização dos “caranguejos”. Outro fator de vital importância é o cobrimento da armadura, pois essa ação poderá influenciar na durabilidade e em sua resistência ao fogo. Em tabela dada pela ANBNT NBR 6118/2003 (desatualizada), segue os cobrimentos recomendados: Vale lembrar que houve algumas alterações nessa tabela na NBR atualizada ABNT NBR 6118:2014 (cimento, agregados graúdos e miúdos e água), no qual trata sobre o cobrimento em concreto protendido e em elementos estruturais em contato com o solo. Entretanto, as informações contidas na tabela desatualizada são as mesmas na atualizada. Por fim essas estruturas serão sujeitas a um processo de cura, para que seja obtido um concreto de boa qualidade, desforma e conserto de falhas (um exemplo disso é remover o concreto solto, limpar e picotar bem o lugar). 2. Sistema Construtivo em Concreto Protendido Bibliografias utilizadas: Concreto Protendido Fundamentos Básicos; Orientações Básicas para Execução de Obras em Concreto Protendido O concreto protendido é o concreto armado ao qual se acrescenta mais um carregamento através de cabos de protensão. Devido dificuldades provenientes de sua elaboração, e a necessidade de se ter sempre uma boa qualidade, o concreto protendido será melhor executado em canteiros de obras apropriados. Um tipo de protensão bastante empregada na produção de elementos pré-fabricados é a com aderência inicial. Essa protensão é realizada utilizando fios de aço estirados ao ar livre com o auxílio de macacos hidráulicos, depois as peças são concretadas, e após o ganho de resistência do concreto os fios são liberados e aderidos apenas pelo atrito. Varias industrias brasileiras de pré-moldados de concreto dominam a tecnologia do concreto protendido, produzindo postes, pilares, painéis, vigas, reservatórios e silos. Além desse sistema de protensão, outros sistemas são: • Protensão com aderência posterior – protensão em peça de concreto já endurecida, aderência posterior através de injeção de cimento no interior das bainhas, cabos pós-tracionados por meio de macaco hidráulico e quando a força de protensão atingir o valor especifico,os cabos são ancorados. • Protensão sem aderência – protensão em peça de concreto já endurecida não havendo aderência entre os cabos e o concreto (a inexistência de aderência refere- se somente a armadura ativa, já que a armadura passiva sempre deve estar aderente ao concreto) 4 Além dos sistemas de protensão, tem-se também os tipos de protensão (relacionados aos estados limites de utilização referentes a fissuração), que são: • Protensão completa – existe esse tipo de protensão, quando se verificam as situações em que atuarem a carga permanente e as sobrecargas frequentes, e quando previstas combinações raras de ações. • Protensão limitada – existe esse tipo de protensão, quando se verificam as condições para as combinações quase permanentes e combinações frequentes de ações. • Protensão parcial – existe esse tipo de protensão, quando se verificam as condições para combinações quase permanentes e frequentes de ações. Esse tipo de protensão difere do limitado, pois permite-se que as tensões de tração no concreto atinjam valores mais elevados ocasionando a formação de fissuras de maior abertura. Recomenda-se as empresas executantes do concreto protendido o conhecimento das normas técnicas nacionais que contem disposições necessárias a execução adequada da tecnologia. Dentre essas normas podemos destacar a de estruturas de concreto, a de ensaio de tração em fios de aço para armaduras protendidas, a de fios de aço para concreto protendido e a de calda de cimento para injeção. Na recepção do aço e dos materiais de protensão na obra, o profissional deve verificar itens como a compatibilidade do aço com as especificações do projeto estrutural, o peso do material, se o aço apresenta defeitos, se o aço apresenta óleo em sua superfície , se o equipamento é o correto para a obra, a voltagem dos equipamentos e os acessórios dos equipamentos. Além disso, depois de recebe-los deve-se estoca-los de maneira adequada, de meio que o proteja do contado com o solo, contra intempéries, contra o calor e contra produtos nocivos a integridade desse material. Para confecção dos cabos devem ser respeitados itens como inspeção do aço de protensão, corta o aço de acordo com o projeto, fabricar cada cabo preferencialmente com aço de uma mesma bobina, impedir o uso de fios dobrados ou torcidos e providenciar que extremidades do cabo na região das ancoragens estejam limpas. Quando forem colocados nas fôrmas deve-se locar as bainhas segundo projeto, fixar as ancoragens, deixar retilíneos os primeiros 50 cm (centímetros) a partir da ancoragem de qualquer cabo, evitar que pessoas caminhem na obra pisando nos cabos já colocados e entre outros itens. Na fase da concretagem devesse verificar se o concreto possui trabalhabilidade e diâmetro máximo do agregado compatíveis com o espaçamento de bainhas, ancoragens e armaduras passivas. Ale disso, devesse, também, evitar a danificação das bainhas, impedir que o concreto seja lançado a grande altura (maior ou igual a 2 metros) e tomar cuidado especial para, na concretagem, preencher os vazios atrás e em torno das ancoragens. A fase da protensão deve ser feito de acordo com o que está em projeto, determinando o sistema de protensão e o tipo de protensão. Vale ressaltar que na protensão devesse verificar se o macaco instalado está perfeitamente ajustado na superfície de apoio da ancoragem , quando a protensão é feita pelas duas extremidades do cabo, providenciar que o aumento da pressão nos dois macacos seja feito 5 simultaneamente e em intervalos iguais e, por fim, controlar a protensão dos cabos de forma a impedir que sejam tracionados com força além da especificada em projeto. Nos casos de protensão aderente, a operação de injeção de cimento deve ser realizada apenas no máximo em ate quinze dias, além de incluir cuidados com: • Temperatura ambiente; • Sequencia correta do processo; • Velocidade de injeção • Composição e o armazenamento de cada elemento constituinte da nata de injeção; • Homogeneidade e fluidez da nata; • Resistência da nata; • Resolução de eventuais problemas. Por fim, além dos procedimentos citados no decorrer desse resumo sobre sistemas construtivos em concreto protendido, é interessante pontuar algumas vantagens sobre construir utilizando esse sistema construtivo, que são: • Estruturas mais esbeltas; • Redução de vigas; • Redução de pilares; • Redução do consumo de aço; • Redução do consumo de fôrma; • Maior durabilidade da estrutura por meio do controle de fissuração. Referências Bibliográficas MILITO, José A. (Apostilha) Técnicas de construção Civil 2009. Disponível em: http://demilito.com.br/apostila.html acessado em: 09/10/2020. VERISSIMO, Gustavo de S; CESAR JR, Kleos M. L. Concreto Protendido: Fundamentos Básicos. 4ª Edição. Viçosa, Minas Gerais, 1998. SCHMID, Maria R. L; Orientações Básicas para Execução de Obras em Concreto Protendido. Revista Concreto, pg. 56 a 62. Rudloff Sistema de Protensão Ltda.
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