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PSICO COMPORTAMENTAL AULA 2: Algumas Teorias que influenciaram o Behaviorismo: ❖ O positivismo de Auguste Comté ❖ Teoria da evolução das espécies de Charles Darwin ❖ Determinismo ❖ O funcionalismo de Willian James ❖ O pragmatismo de Hassen ❖ Lei do Efeito de Edward Lee Thorndike Estruturalismo ❖ Deixa de lado a procura da causa; ❖ Método da observação e experimentação (auto observação ou introspecção), onde os sujeitos experimentais seriam treinados a observar atentamente e descrever com total objetividade suas experiências subjetivas em situações controladas em laboratórios; ❖ Analisa a estrutura da mente para compreender suas funções (estímulo-resposta); Nos diz como as pessoas agem, mas esclarece muito pouco por que se comportam desta ou daquela forma. Não tem resposta para a pergunta com a qual começamos. O Behaviorismo Metodológico ❖ Sair do mentalismo - limitar-se ao que pode ser observado ❖ Max Meyer - psicologia do outro - considera fatos objetivamente observáveis no comportamento em relação a sua história ambiental. ❖ Prevê e controla o comportamento por meio da observação e da manipulação de acontecimentos públicos antecedentes. ❖ Só se tornou plausível quando começou a fazer progresso na observação científica do comportamento. ❖ Observar sentimentos e estados mentais como numa visão mentalista paralisa as pesquisas, porém se começa a estudar o ambiente, isso não acontece. ❖ Ele ainda não responde totalmente as perguntas feitas no início, uma vez que considera sentimentos e pensamentos não passíveis de serem analisados e estudos objetivamente. Deixa implícito a existência de uma mente onde esses fenômenos acontecem. ❖ Tem influência do positivismo e do operacionalismo lógico – dois observadores não podem concordar sobre o que ocorre na mente, então não dá para ser estudado, só podemos medir a capacidade da pessoa em discriminar. ❖ Volta a atenção para os antecedentes genéticos e ambientais. O Behaviorismo Radical ❖ A resposta das questões do começo podem ser elaboradas a partir dessa proposta, onde o mundo imaterial (pensamentos e sentimentos) são analisados por sua estrutura atual, levando em consideração a história genética, cultural e ambiental. ❖ Nosso conhecimento cada vez maior do controle exercido pelo meio ambiente, torna possível examinar o efeito do mundo dentro da pele e a natureza do autoconhecimento. Os sentimentos são comportamentos respondentes subprodutos de contingências operantes, isto é, são alterações nas condições corporais, como mudanças no ritmo cardíaco, na pressão sanguínea e na frequência respiratória que são eliciadas por estímulos na interação do organismo com o ambiente (Leonardi, 2009). - Uma emoção é um conjunto de respostas químicas e neurais baseadas nas memórias emocionais, e surgem quando o cérebro recebe um estímulo externo. O sentimento, por sua vez, é uma resposta à emoção e diz respeito a como a pessoa se sente diante daquela emoção. AULA 3: Possuímos três sistemas : ● Interoceptivo: Órgãos. ● Proprioceptivo: Transmite estimulação dos músculos, articulações etc ( os ansiolíticos atuam nessa área) . ● Skinner afirma que utilizamos o verbo sentir para descrever nosso contato com esses dois tipos de estimulação. ● Exteroceptivo: Mundo exterior. - ver, ouvir, degustar, cheirar, sentir. Desempenha importante papel para observação privada. ● Esses três sistemas evoluíram e com o surgimento do comportamento verbal as pessoas foram fazendo perguntas umas as outras cujo as respostas proporcionavam uma indicação do que se passava nesse mundo interior. Por exemplo, a criança experimenta algumas reações fisiológicas e os adultos ajudam a denominar esse sentimento. Relatando coisas sentidas: Para relatar o que se sente, primeiro é preciso discriminar o que se está sentindo, e isso não é uma tarefa fácil. A comunidade verbal pode ensinar respostas discriminativas de condições externas usando condições públicas correlatas. As descrições não são totalmente precisas, pois sofrem influências ontogenéticas. Relatando o comportamento: Skinner, com esse tópico, vem falar das pistas discriminativas do comportamento encoberto. Ele define os seguintes comportamentos: ● Usual: “O que você está fazendo?” – informação pública, mas não está ao alcance de quem pergunta (ex. telefone, escuro). As descrições podem se limitar à topografia ou incluir efeitos sobre o ambiente. ● Provável: “Você está inclinado a fazer o quê?” – tender a fazer algo, as respostas dependem de uma acentuada probabilidade de ação e foram aprendidas por já terem ocorrido antes. ● Perceptivo: “Você vê aquilo?” – a resposta é o nome ou uma descrição do que é visto. ● Passado: “O que você fez ontem?” – a resposta pode ter conexão com o comportamento usual. Descrever o comportamento é essencial para podermos lembrá-lo. ● Encoberto: “Em que é que você está pensando?” – pensando é um comportamento que não é visível aos outros. A resposta será condições privadas relacionadas com comportamentos públicos. Ainda no encoberto podemos dizer: “eu disse a mim mesmo...” como sinônimo de pensei. Chamamos de comportamento perceptivo encoberto o imaginar ou fantasiar como meios de ver algo na ausência da coisa vista. As palavras utilizadas para descrever o comportamento encoberto são adquiridas por ocasião pública. ● Futuro: “O que é que você vai fazer?” – previsão de comportamento baseada em condições usuais com que o comportamento está relacionado. Pode ser também a probabilidade de assumir determinado comportamento. Identificando as causas do comportamento de alguém Na busca pela causa depara-se com a questão: “Fiz porque quis.” “Me deu vontade.” “Porque preciso de algo.” Se a comunidade verbal já aceitar isso como causa, nada mais surgirá. Um terapeuta vai ouvir a história e ir em busca de relações causais de que ainda não se tinha tomado consciência. O autoconhecimento Há uma diferença entre o comportamento e o relato do comportamento. A utilidade dos relatos para o behaviorista está em fornecer pistas para o comportamento passado e as condições que o afetaram, para o comportamento atual e as condições que o afetam, e para as condições relacionadas com o comportamento futuro. AULA 4 e 5: A punição e seus efeitos O que esperamos com a punição ? - Mudança de ação - Parar ou evitar uma ação - Colocar o fim em uma conduta indesejável - Serve para suprir o comportamento imediata. Como punimos ? Contingências de punição TIPO 1 = positiva: ( adicionar) O comportamento reduz a frequência quando um estímulo aversivo é apresentado ou um estímulo reforçador negativo. REFORÇADOR NEGATIVO = ESTÍMULO AVERSIVO. EX: uma criança fala palavrões e recebe uma bronca (estímulo aversivo), é provável que em situações futuras isso não volte a acontecer. TIPO 2 = Negativa: No caso de punição negativa , envolve tirar algo de bom ou desejável para reduzir a ocorrência de um comportamento particular, ou seja, o comportamento reduz de frequência pela remoção de um estímulo reforçador positivo. ex: Depois de entrar em uma briga com sua irmã sobre quem consegue brincar com um brinquedo novo, a mãe simplesmente leva o brinquedo embora. Contingências de Reforçamento negativo Comportamento de fuga: 1) Retirar algo ruim, o comportamento de Fuga sempre será o primeiro a ser aprendido, isso porque para o organismo fugir é necessário estar no mesmo ambiente que o estímulo aversivo. Ex: tirar o sapato que aperta. Ex: suicídio. Comportamento de esquiva: 1) Evitar algo que pode ser ruim A Esquiva é uma consequência da Fuga, pois o comportamento de Fuga posteriormente tem a tendência em se tornar de Esquiva, já que o organismofugiu anteriormente ao estímulo e agora busca evitar entrar em contato, esquivando-se Ex: Usar protetor solar para não se queimar. Ficar no instagram ao invés de estudar. Prevenção . Como se estrutura a punição? ➢ No laboratório consegue-se separar os elementos e descobrir como cada estímulo age separadamente. ➢ Constrói-se uma linha de base confiável e estável através do reforço positivo – nenhum fator desconhecido está fazendo o sujeito mudar de comportamento. ➢ É introduzido o estímulo aversivo choque – ele é utilizado porque seus efeitos punitivos é generalizável entre espécies, tipos de comportamentos e situações. Qual o ganho esperado? - Os experimentos devem seguir os padrões científicos e morais. - O alívio do sofrimento antecipado se sobrepõe ao sofrimento que será infligido. O que realmente acontece ➢ O que era reforçador perde seu status e recebe punição. ➢ Suprime seu efeito temporariamente, com o tempo perde a função. ➢ Alimento e choque são duas consequências em competição direta. ➢ O valor reforçador é maior que a intensidade da punição O que podemos fazer? ➢ No momento da supressão deve-se ensinar novos comportamentos. ➢ Reforçar ações alternativas ou invés de usar a punição – se o comportamento for de intensidade forte isso não funciona, é preciso usar a punição e ensinar novos comportamentos. Quando a punição (dor e sofrimento) se tornam reforçadores positivos? A punição passa a ter status de reforçador quando ela é pré condição para receber o reforço. ➢ A sociedade coercitiva recorrerá a punição em primeiro lugar. ➢ Um outro exemplo é quando o punir trás a atenção para si. ➢ Mas a punição, além de suprimir comportamentos, trás consigo algumas desvantagens Punição tem efeitos colaterais!! A punição tem raízes emocionais. Seus efeitos colaterais cancelam seus benefícios e são responsáveis por muito do que está errado em nossos sistemas sociais Efeitos colaterais = consequência não-pretendida Código de Hammurabi – infligir ao mesmo o que fez ao outro Desenvolve-se o comportamento de fuga-esquiva Os efeitos colaterais da punição tem significado comportamental maior que os efeitos principais. Construção de novos punidores ➢ Punidores naturais: não dependem de qualquer outra circunstância além de si mesmos para parar um comportamento. Exemplos: estimulação dolorosa, excessiva, incomum ou perigosa, condições climáticas. ➢ Punidores condicionados: sua habilidade e nos fazer parar de fazer algo é condicional à outras circunstâncias. Exemplos: Não, repugnação do intercurso sexual. A punição só tem força na presença do punidor, na sua ausência o comportamento volta ao normal. Com isso podemos manejar o ambiente de forma a ter o comportamento que seria punido em uma circunstância, apenas diante da que não será punida. (lembre do conceito de estímulo delta e estímulo discriminativo) Ambientes controladores também adquirem funções reforçadoras ou punitivas (calor, frio, gelo). Um evento que começa neutro, torna-se um reforçador ou punidor potencial como resultado da nossa experiência com ele. Reforçadores condicionados controlam muito daquilo que fazemos!! ➢ As práticas coercitivas da sociedade foram sendo amenizadas com o tempo. ➢ Novos reforçadores e punidores são criados por pareamento, sinalizando novos reforçadores ou punidores. ➢ Punição condicionada: é um efeito colateral da punição. Ambientes que somos punidos tornam-se eles mesmos punitivos e reagimos a eles como a punidores naturais. Se punirmos outra pessoa, nossa própria presença será punitiva. - A PUNIÇÃO CONDICIONADA É SEMPRE POSITIVA, POIS É UM ACRÉSCIMO DO ESTÍMULO AVERSIVO ( RUIM) AULA 5 E 6: Fuga Para entender a conduta do ser humano faz-se as perguntas: “ O que ela (a pessoa) faz?” – identifica o comportamento “ O que aconteceu então?” – identifica a consequência Análise de contingências É um procedimento ativo, não uma especulação intelectual. É um experimento que acontece fora do laboratório. Qual é a sua essência? ➢ identificar o comportamento e suas consequências ➢ alterar consequências ➢ ver se o comportamento muda Algumas vezes o reforçamento negativo, e não positivo, é responsável pelo o que fazemos. Podemos fazer algo não porque nos trás algo bom, mas porque impede ou nos livra de algo ruim. Exemplo: desligar-se de seus pais, afastar-se deles e evitar comunicação A fuga é um efeito colateral gerado pela punição. O turnover nas empresas pode estar ligado a fuga de práticas coercitivas de gestores. O divórcio pode ser a fuga de um relação com controle coercitivo ou sem reforçadores. Aprendendo por meio da fuga Tanto o reforço positivo quanto o negativo ensinam novos comportamentos. Mas será que esse aprendizado é efetivo? O efeito do reforçamento negativo intermitente gera um estado de alerta constante. Contingência positiva: dá oportunidade de buscar novos reforçadores, deixa livre para explorar o ambiente. Contingência negativa: coage a ação, não deixa relaxar, fica sob vigilância; restringe repertório; gera temores de novidades e medo de explorar. Efeitos do reforçamento negativo Restringe nossos interesses – cria visão de túnel Pessoas, objetos e lugares se tornam reforçadores negativos Reforço negativo e punição O reforço negativo em um momento pode ser punidor em outro momento. fazer qualquer coisa para parar (R-) ↗ Cara feia do chefe ↘ deixar de fazer o que deixa ele de cara feia (punidor) Consequências acidentais O que estivermos fazendo antes do aversivo acontecer, é provável que não o façamos no futuro. As consequências acidentais podem ser responsáveis pelo comportamento supersticioso. Aqueles que nos controlam coercitivamente, podem usar os mesmos eventos como punidores para o que estamos fazendo ou como reforçamento negativo para nos obrigar a fazer algo para fugir. Rotas de fuga ➢ Desligando-se: desviar a atenção ao que nos desagrada. ➢ Desistindo: da escola, do casamento, do trabalho, da família, da religião, da sociedade. ➢ Suicídio Esquiva Esquiva é outra forma de reforço negativo. É preciso ter passado pela fuga para desenvolver a esquiva Causas da esquiva Aprender a esquiva demora mais do que a fuga. Nosso ambiente frequentemente sinaliza a iminência de punição. Dessa forma a esquiva ocorre diante de um punidor condicionado – sinaliza que a punição vai chegar – esquiva sinalizada. Esquiva é um ajustamento mais adaptativo à punição do que a fuga, no entanto, é antecipatória e controlada pelo não acontecimento futuro. ➢ A primeira causa da esquiva está no passado, em situações que já fugimos. ➢ A segunda causa da esquiva está no presente onde, fugimos de aversivos por já ter vivenciado eles no passado, então diminuímos a sua frequência. Nossa experiência estabeleceu relações entre conduta e consequência que carregamos para o presente. Esquiva é um produto inevitável da coerção, é um produto secundário da fuga. Sempre que tivermos que fazer algo sob a nossa esquiva induzida pela coerção, primeiro é preciso reconhecer o comportamento problema como esquiva e, segundo, analisar as contingências passadas e atuais que podem estar mantendo o comportamento. Mitos a esquiva ➢ Mito 1: expectativas como causas: impossibilidade lógica de controle do futuro. ➢ Mito 2: medo e ansiedade como causas: tendemos a atribuir as causas de nossas ações a nossos sentimentos, em vez de aos sinais que causam as ações e os sentimentos as acompanham. Mudar o sentimento não muda a ação. ➢ Esquiva não é sempre ruim: frequentemente ela é útil, se devemos sobreviver temos que aprender a nos esquivar de situações potencialmenteperigosas. ➢ A esquiva útil ensina que a ansiedade útil é necessária, não deve sempre ser eliminada. Aprendemos a esquiva útil por controle verbal. (exemplos: ande na calçada para não ser atropelada, não coloque a mão na tomada porque pode levar um choque etc) ➢ Esquiva sem sinal de aviso (esquiva não sinalizada): gera comportamentos de compulsividade e persistência. ➢ Aprendemos algumas regras sociais por meio da esquiva. ➢ O controle coercitivo pode gerar conduta aparentemente patológica. AULA 8, 9 e 10. ● O uso do reforçamento positivo como princípio norteador ● O uso do reforço negativo em casa e nas instituições ● Uso incorreto da privação ● Reforçamento positivo e a lei A coerção invalida seus próprios objetivos. Os efeitos colaterais da punição continuam a produzir problemas muito depois das causas iniciais. Coerção é o controle por meio do reforçamento negativo e punição. O reforço negativo controla sem subprodutos da coerção. Justificamos a coerção em nome da educação, da civilização, da moralidade e da defesa própria. Porque precisamos punir para evitar ou impedir as pessoas de agirem mal? A principal técnica prática não coercitiva de controle do comportamento é o reforçamento positivo. Ao invés de punir o comportamento indesejável, reforce, fortaleça as ações desejáveis. Existe a ideia de que todo controle é coercitivo, mas não precisa ser! Sidman sugere o controle por reforçamento positivo como norteador: Reforço positivo funciona e a punição é perigosa. Vivemos em uma cultura coercitiva, onde se procura ações indesejáveis para eliminá-las por coerção, mas raramente se procura ações desejáveis para reforçar positivamente. Oferecer reforço positivo ao invés de punição desenvolve crianças felizes, autoconfiantes e competentes. CUIDADO: reforçamento positivo associado a mau comportamento fortalece a conduta indesejada A prevalência de reforçamento positivo fortalece o mau comportamento ocasional Quando o reforçamento positivo pode causar problemas? ➢ Dar reforçamento positivo para qualquer comportamento faz as pessoas pensarem que podem ter tudo o que querem, na hora que querem, independentemente do seu comportamento. (mimo) ➢ Quando cria clima de troca. (só ganha se...) ➢ Quando não tem equilíbrio. (o reforço é dado indiscriminadamente) O que fazer para manter o equilíbrio de reforçamentos positivos? ➢ Reforçadores devem estar mantidos mesmo que a criança não tenha êxito ao enfrentar uma contingência. ➢ Estabeleça contingências realistas que a criança possa enfrentar. ➢ Distribua reforçadores autênticos. ➢ Veja o fracasso como oportunidade para ensinar, não para punir. ➢ Verificar quais os reforçadores que estão mantendo o mau comportamento. ➢ Ao invés de ignorar a criança, reforce quando ela estiver fazendo algo bom. A punição pode ser usada para colocar um fim rápido a uma situação perigosa, mas se o relacionamento é baseado em reforçamento positivo forte e frequente, uma punição esporádica não causará prejuízo algum a longo prazo. Os adultos também estão nesse contexto Casamentos por exemplo, precisam de afeto, ajuda e bondade para manter-se. Se tornam-se aversivos, coercitivos pode-se notar fugas como alcoolismo, drogas e vícios como reforçamento negativo, fuga da coerção. O amor não contingente pode mimar a um adulto tanto quanto mima uma criança. É uma via que leva o indivíduo a tornar-se egocêntrico, ingrato, desatencioso e coercitivo. Idosos não precisam só de respeito e bondade, precisam de reforço positivo para se sentirem seguros e que tem valor, caso contrário podem desenvolver depressão e estarem sendo descuidados. Peça ajuda a um idoso, dê uma tarefa para ele fazer, faça ele fazer parte do contexto da família, mesmo que tenha limitações. O reforçamento positivo nas instituições ● Relações sociais limitadas ● privação de liberdade ● privação de tomar decisões ● privação de movimentos ● privação de oportunidades INSTITUIÇÕES ↓ Na realidade seu propósito era manter os indivíduos fora de circulação ↓ A sociedade entrega essas pessoas aos profissionais e lava as mãos A coerção torna-se a técnica preferida para fazer os internos “se comportarem bem” Muitas vezes as instituições tornam até o reforçamento positivo um instrumento de coerção. O uso incorreto da privação Quem controla usa o reforçamento positivo para subtrair algo de seus controlados e devolvê-los em troca de “bons comportamentos”. Esse controle coercitivo está baseado na privação socialmente imposta e na fuga e esquiva que tal privação gera. Com isso, cria-se reforço negativo ao invés de positivo. A privação torna os reforçadores positivos mais fortes, mas não é necessário impor privações. O problema é utilizar a privação como instrumento de coerção. Exemplo: ensinar uma criança com retardo mental Em algumas ocasiões usa-se a privação para aumentar a atratividade do reforçador positivo. É mais efetivo tirar vantagem das privações que ocorrem naturalmente. Com o tempo, novos reforçadores aparecem e tornam-se efetivos. Exemplo: sinais de aprovação. Time-out e seus abusos ➢ Características básicas: retirar o reforço positivo, por isso é um período sem reforçamento. ➢ É tão coercitivo quanto um choque. ➢ Não inflige dor, diferente da punição, por isso é justificado como um tipo de punição benigna. O reforçamento positivo e a lei Agir dentro da lei fornece reforçamento positivo, mas as recompensas por agir fora da lei são maiores. A sociedade aceita a má conduta e o crime como natureza humana. Flexível – Passível de mudança ↓ Polícia X Coerção - inversão de práticas AULA 10 E 11: O Comportamento Verbal É um tipo de comportamento operante. Pertence à categoria comportamental mais ampla que poderia ser chamada de “comunicação”. (Baun, 1999) Skinner (1957) definiu comportamento verbal como o comportamento operante que exige a presença de outra pessoa para ser reforçado. Essa outra pessoa, que reforça o comportamento verbal do falante e o ouvinte. Comportamento Verbal X Comunicação ➢ Comunicação é uma categoria mais ampla e inclui os comportamentos que dependem apenas dos estímulos antecedentes – padrões fixos da espécie (Baum, 1999). ➢ Sugere uma teoria mentalista alheia ao ponto de vista behaviorista. A comunicação ocorre quando o comportamento de um organismo gera estímulos que afetam o comportamento de outro organismo (Baum, 1999). ➢ Etimologicamente significa “tornar comum” (Baum, 1999). Comportamento Verbal X Fala ➢ Fala é um termo restrito, esta modalidade destaca apenas o comportamento vocal e dificilmente pode ser aplicado em situações em que uma pessoa é afetada por outra forma de estímulo (visual) (Skinner, 1957). ➢ O falar tem consequências – O comportamento verbal tende a ocorrer apenas no contexto e que tem probabilidade de ser reforçado. Comunidade verbal ➢ As pessoas que ouvem e reforçam o que uma pessoa diz são membros da comunidade verbal dessa pessoa. ➢ Pessoas que falam entre si e que reforçam as verbalizações umas das outras. ➢ Gera novos padrões de respostas enquanto outros padrões não reforçados deixam de existir. Reforço do Comportamento Verbal ➢ Depende de reforço social. ➢ Requer mais reforço para ser adquirido do que para ser mantido. ➢ Existem consequências imediatas e consequências que podem ser atrasadas. ➢ É sensível a mudanças no reforço, favorecendo a modelagem ou a extinção. Comportamento verbal ➢ O papel do ouvinte – comunidade verbal: sem o ouvinte, o comportamento verbal não poderia ser aprendido. É com eles que aprendemos os estímulos discriminativos verbais ➢ A importância da resposta: Uma fala podenão ter sido reforçada em uma situação, mas se mantém porque já foi reforçada anteriormente por sua comunidade. MODELO DE SELEÇÃO PELAS CONSEQUÊNCIAS No plano da seleção natural, a evolução na espécie humana de uma inervação especial da musculatura vocal, junto com um comportamento vocal inicial – o balbucio da criança – não fortemente sob controle de estímulos eliciadores (SKINNER, 1981/1984), fornece o material comportamental. No plano do condicionamento operante, este se dá sobre este material comportamental, pela modelagem e fortalecimento de operantes verbais nos falantes e ouvintes através do reforçamento. No plano da seleção das práticas culturais, a comunidade verbal seleciona os operantes verbais que devem ser instalados por condicionamento operante em função da utilidade desses operantes para a própria comunidade verbal. Gestos e linguagens de sinal O comportamento verbal não precisa ser comportamento vocal, e pode inclusive ser escrito. Exemplo: Linguagem de sinais - Quem fala é o falante - Quem responde é o ouvinte Comportamento verbal ➢ Animais não humanos: Reforçar o miado do meu gato é comportamento verbal? Troca de gestos (linguagem de sinais) com animais. ➢ Falar consigo próprio: Quando falo comigo mesmo é comportamento verbal? Falante ouvinte podem ser a mesma pessoa , Dar instruções a si mesmo = mudança de comportamento Falar consigo (recitar, cantar) que não produzam alterações no ambiente não são considerados comportamento operante. Comportamento Verbal X Linguagem ➢ O conceito de Comportamento Verbal refere-se a eventos concretos, enquanto que linguagem é uma abstração (Baum, 1999). ➢ O Comportamento Verbal substitui a idéia tradicional sobre fala e linguagem. A linguagem não se restringe apenas a fala, incluindo outros comportamentos. No entanto este conceito refere-se muito mais as práticas de uma determinada comunidade linguística, não destacando o comportamento do falante enquanto indivíduo (Skinner, 1957; Baum,1999). O que difere o comportamento verbal da linguagem e da fala é o fato de que pode ser definido funcionalmente e estão sujeitos ao controle de estímulos. “A linguagem tem um caráter de coisa, algo que a pessoa adquire e possui. Os psicólogos falam em ‘aquisição de linguagem’ por parte da criança. As palavras e as sentenças que compõem uma língua são chamadas instrumentos usados para expressar significados, pensamentos, idéias, proposições, emoções, necessidades, desejos e muitas outras coisas que estão na mente do falante. Uma concepção muito mais produtiva é a de que o comportamento verbal é comportamento” (Skinner, 1974, p. 79). Propriedades definidoras do comportamento verbal O comportamento verbal está sujeito aos mesmos princípios que governam o comportamento não verbal, a única característica que o difere significativamente e o faz merecer uma análise separada é a natureza do reforço que o estabelece e o mantém e que requer a mediação de outra pessoa. ➢ Ele é estabelecido e mantido por reforço mediado. ➢ A ação de outra pessoa que resulta em reforço deve ter sido treinada para reforçar o falante. ➢ Topografia e características dinâmicas da resposta são irrelevantes. Reforço Mediado ➢ Ele deve ocorrer após uma resposta ser emitida. ➢ Sua ocorrência deve ser função do comportamento. ➢ Ela aumenta a probabilidade futura desta resposta. ➢ Ela resulta da ação de outro indivíduo. Tipos de variáveis de controle ➢ Controle por estímulos discriminativos antecedentes. ➢ Controle de estímulos verbais ou não verbais. ➢ Controle por operação estabelecedora: privação e estimulação aversiva. ➢ Controle por reforçamento. Controle de Estímulos Sd------------- R------------C ➢ O controle por estímulos antecedentes pode ser exercido por estímulos verbais ou não verbais e estão relacionados ao estudo do contexto e significado. ➢ Refere-se ao contexto para o comportamento verbal do falante, indica o controle antecedente que ambiente exerce sobre o falante. ➢ No caso do ouvinte este controle antecedente é feito pelo estímulo verbal fornecido pelo falante. Estímulo Verbal Ele é o resultado do comportamento verbal de um falante e pode ter uma função discriminativa ou reforçadora. - Exemplos: Alguém pede uma corda e outra pessoa lhe fornece a corda. Um aluno faz uma excelente prova e o professor faz um elogio escrito na avaliação do aluno. Classificação do comportamento verbal POR QUE ESTUDAR OS OPERANTES VERBAIS SIMPLES? ➢ A partir desses operantes é que desenvolvemos outros operantes. A base e a interação social entre as pessoas. ➢ Aprendemos a falar, como por exemplo: imitamos a fala dos pais. ➢ Está relacionado com a forma do estímulo e da resposta. ➢ Correspondente entre parte da resposta e parte do estímulo. Comportamento Ecóico ➢ Consiste na correspondência entre um estímulo verbal e uma resposta verbal ➢ Características do comportamento ecóico ❖ É ocasionado por um estímulo verbal vocal (falante). ❖ Os fonemas tem correspondência um-a-um com o estímulo vocal (articulação). ❖ O Ecóico não é definido pela correspondência acústica, mas pela correspondência fonética – comportamento do papagaio. ❖ O tamanho da unidade pode variar de um fonema até um sentenças completas. ❖ Diferenças na qualidade vocal (intensidade e timbre) e dialetos são irrelevantes. ❖ Não envolve significado do que foi ecoado Ditado ➢ Uma estímulo vocal pode estabelecer a ocasião uma resposta escrita. ➢ Características do ditado ❖ Estamos interessados no comportamento de quem recebe o ditado e não do falante que dita. ❖ Estímulos e respostas são de modalidades diferentes e portanto arbitrários. ❖ A relação entre o estímulo e a resposta tem que ser ponto a ponto. Comportamento textual ➢ Uma resposta vocal corresponde a um estímulo verbal escrito. ➢ Características da transcrição ❖ A correspondência é arbitrária entre os estímulos e as respostas verbais. ❖ Estímulos e respostas são de modalidades diferentes. ❖ Deve ser ensinado de forma explícita ❖ A modalidade da resposta deve ser vocal. ❖ Comportamento Textual versus Leitura ❖ Respostas textuais são parte da leitura. ❖ Leitura envolve compreensão. Transcrição ➢ Consiste na correspondência entre estímulos e respostas verbais escritas. ➢ Características da transcrição ❖ É ocasionado por um estímulo verbal escrito. ❖ Depende de correspondências de propriedades verbais (soletração, ordem e pontuação) e não visuais (manuscrita ou impressa) ❖ O tamanho da unidade pode variar de uma letra até um sentença longa. ❖ É um comportamento que deve ser explicitamente ensinado. ❖ Não envolve significado do que foi transcrito. CLASSIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO VERBAL PRIMÁRIO TEMÁTICOS ➢ Comportamento verbal primário temáticos: operantes complexos. ➢ Tato; ➢ Mando e; ➢ Intraverbal. Tato ➢ É a relação entre o comportamento verbal e o ambiente. O tato é uma resposta verbal ocasionada por um estímulo não verbal. ➢ Características do Tato ❖ É uma resposta verbal (não importando a topografia) ❖ A variável de controle é um estímulo não-verbal (objeto, propriedade, evento, etc). ❖ A propriedade do estímulo é irrelevante (auditivo, visual, etc.) Mando ➢ Uma resposta verbal que especifica o reforço para o falante e tem o objetivo de eliminar uma condição aversiva ou de privação. ➢ Características do Mando ❖ A resposta é verbal (não importando a topografia). ❖ A forma da resposta é controlada por uma condição aversiva ou de privação. ❖ A resposta do falante especifica o reforço esperado. (mesmo que o reforço não ocorra) Comportamento intraverbal ➢ Cadeia intraverbal e entender a definição de comportamentoverbal de Skinner. ❖ Ex.: Entender a definição de comportamento verbal de Skinner; ❖ Comparar a definição de Skinner com outras ; ❖ Avaliar a definição falando sobre prós e contras; ❖ Abstrair características comuns entre várias definições; ❖ Inferir se novas instâncias de comportamento são qualificadas como verbais baseadas na extrapolação da definição. Comportamentos operantes verbais secundários ➢ Comportamentos operantes verbais secundários autoclíticos. ➢ Aspas; ➢ Pontuações; ➢ Pronomes; ➢ Prefixos e etc.
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