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POLÍTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER pptx cancer de mama

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POLÍTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER
Prof:Matheus Prates Santos
CÂNCER DA MAMA
CÂNCER DA MAMA
O câncer de mama é o crescimento descontrolado de células da mama que adquiriram características anormais (células dos lobos, células produtoras de leite, ou dos ductos, por onde é drenado o leite), anormalidades estas causadas por uma ou mais mutações no material genético da célula. A doença ocorre quase que exclusivamente em mulheres, mas os homens também podem ter câncer de mama.
Aspectos conceituais e epidemiológicos:
O câncer de mama é considerado um problema mundial de saúde pública. É o tipo mais incidente na população feminina no mundo e no Brasil, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma, e responde por aproximadamente 28% dos casos novos a cada ano. Esse tipo de câncer também pode acometer os homens, embora represente apenas 1% do total de casos da doença (BRASIL, 2015a; [s.d.] a). É uma das principais causas de morte por câncer em países desenvolvidos e em desenvolvimento. As taxas de mortalidade variam entre diferentes regiões do mundo, com as maiores taxas nos países desenvolvidos (BRASIL, 2015a).
Estágios do câncer de mama
O processo de carcinogênese do câncer da mama geralmente é lento, o que significa que uma célula pode levar vários anos para se proliferar e originar um tumor palpável. Esse processo apresenta os seguintes estágios (BRASIL, 2013a):
1 – Iniciação: fase em que os genes sofrem a ação de fatores cancerígenos.
2 – Promoção: etapa em que os agentes oncopromotores atuam na célula já alterada.
3 – Progressão: caracterizada pela multiplicação descontrolada e irreversível da célula.
fases do câncer de mama
A história natural do câncer de mama pode ser dividida em duas fases: pré-clínica e clínica. A primeira etapa compreende o intervalo de tempo entre o surgimento da primeira célula maligna e o desenvolvimento do tumor até atingir condições de ser diagnosticado clinicamente; já a segunda fase se inicia a partir desse momento (BRASIL, 2013a).
fases do câncer de mama
Existem divergências sobre a sequência de eventos iniciais da evolução do câncer da mama. Acredita‑se que o carcinoma da mama passe por uma fase chamada in situ, no qual a membrana basal está preservada. Essa etapa evolui para a ruptura dessa membrana e progride para a forma infiltrativa ou invasiva, denominada carcinoma infiltrante ou invasor. No entanto, estudos de Biologia Molecular indicam a possibilidade de os carcinomas invasores terem origem diferente do carcinoma in situ; assim, podem ser considerados entidades distintas e não fases evolutivas de uma mesma doença (BRASIL, 2013a).
O carcinoma invasor pode permanecer por tempo variável como doença local, ou seja, limitada apenas à mama, ou evoluir com propagação regional e disseminação à distância. No carcinoma da mama, a disseminação ocorre sobretudo pelas vias linfáticas e menos frequentemente por via hematogênica pura (BRASIL, 2013a).
fases do câncer de mama
Além da riqueza de capilares linfáticos existentes na glândula mamária, acontece a formação de novos vasos linfáticos peritumorais. A parede desses vasos é altamente permeável. Isso permite a penetração de células malignas no seu interior, o que dá início ao processo de disseminação tumoral. Uma vez dentro dos canais linfáticos, as células tumorais são transportadas pela linfa até o primeiro gânglio de drenagem da região tumoral, chamado linfonodo sentinela. A partir deste, as células tumorais embolizadas podem atingir as cadeias ganglionares regionais e comprometer outros linfonodos, sobretudo os da cadeia axilar. Seguindo o fluxo linfático, os êmbolos tumorais podem ultrapassar os linfonodos regionais, alcançar a circulação sanguínea e atingir alvos mais distantes, o que pode levar à formação de implantes tumorais metastáticos. Os principais sítios de metástases do câncer da mama são os ossos, os pulmões e a pleura, o fígado e, com menor frequência, o cérebro, o ovário e a pele (BRASIL, 2013a). O estadiamento do câncer de mama está apresentado no quadro a seguir (SHOCKNEY, 2012).
Fatores de risco
A etiologia do câncer de mama não é unicausal. Existem diversos fatores que aumentam o risco de uma mulher desenvolver uma malignidade. Esses fatores podem ser mutáveis, quando associados ao estilo de vida (fatores comportamentais/ambientais), ou imutáveis, como o sexo, a idade, a história reprodutiva e os fatores endócrinos, genéticos e hereditários (BRASIL, [s.d.]a; SHOCKNEY, 2012).
Fatores de risco
• idade;
• menarca precoce;
• menopausa tardia;
• primeira gravidez após os 30 anos;
• nuliparidade;
• exposição à radiação;
• terapia de reposição hormonal;
• obesidade;
• ingestão regular de álcool;
• sedentarismo;
• história familiar;
• idade.
Fatores de risco endócrinos
O simples fato de ser mulher é o principal fator de risco para o câncer de mama (SHOCKNEY, 2012). A idade também é considerada um dos principais fatores que aumentam o risco de se desenvolver esse tipo de câncer. Acredita‑se que o acúmulo de exposições ao longo da vida e as alterações biológicas próprias do processo de envelhecimento aumentem esse risco. Cerca de 70 a 80% dos tumores da mama são diagnosticados a partir dos 50 anos de idade. Assim, mulheres mais velhas, sobretudo a partir dessa idade, são mais propensas a desenvolver a doença (BRASIL, [s.d.]a; 2013a).
Fatores de risco endócrinos
Os fatores endócrinos ou relativos à história reprodutiva referem‑se ao estímulo do hormônio estrogênio produzido pelo próprio organismo da mulher (endógeno) ou consumido por meio do uso continuado de substâncias com esse hormônio (exógeno), com aumento do risco quanto maior for o tempo de exposição. Entre esses fatores citam‑se a história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos); a menopausa tardia (última menstruação instalada após os 55 anos); a primeira gravidez após os 30 anos; a nuliparidade (não ter tido filhos); e o uso de métodos contraceptivos orais e de terapia de reposição hormonal pos‑menopausa, sobretudo por tempo prolongado. Até o momento, as evidências sobre o uso de contraceptivos orais são conflitantes; no entanto, é considerado um fator de risco pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) da Organização Mundial da Saúde (OMS) (BRASIL, [s.d.]a; 2013a).
Fatores de risco relacionados ao comportamento.
Os fatores relacionados ao comportamento ou ao ambiente, considerados mutáveis, incluem a ingestão de bebida alcoólica (mesmo em quantidade moderada – 30 g/dia), o sobrepeso e a obesidade após a menopausa, assim como a exposição à radiação ionizante, sobretudo em idade inferior a 40 anos (tipo de radiação presente na radioterapia e em exames de imagem como raios X, mamografia e tomografia computadorizada). O tabagismo é um fator que vem sendo estudado ao longo dos anos, com resultados contraditórios. Atualmente há alguma evidência de que ele também aumenta o risco desse tipo de câncer (BRASIL, [s.d.]a; 2013a).
Fatores de risco genéticos e hereditários
Os fatores genéticos e hereditários estão relacionados à presença de mutações em determinados genes transmitidos na família, especialmente BRCA1 e BRCA2. Mulheres com histórico de casos de câncer de mama em familiares consanguíneos (sobretudo em idade jovem) e de câncer de ovário ou de câncer de mama em homem podem ter predisposição genética e são consideradas de risco elevado para a doença (BRASIL, [s.d.]a).
grupos populacionais com risco muito
elevado:
• histórico familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade;
• histórico familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária;
• histórico familiar de câncer de mama masculino;
• diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ. 
Esses grupos representam cerca de 1% da população. Recomenda‑se que essas mulheressejam acompanhadas com um olhar diferenciado, com indicação para rastreamento anual (BRASIL, 2013a).
Quadro clínico
O sintoma mais frequente do câncer de mama é o aparecimento de um nódulo, geralmente indolor, duro e irregular. No entanto, existem tumores de consistência branda, globosos e bem definidos. Alguns estudos apontam que os nódulos representam 90% da apresentação inicial dos casos sintomáticos confirmados desse tipo de câncer.
sinais de câncer de mama incluem:
• Eliminação de secreção pelo mamilo, especialmente quando é unilateral e espontâneo. A secreção papilar associada ao câncer geralmente é transparente, mas pode ser rosada ou avermelhada devido à presença de hemácias. Não deve ser confundida com as descargas fisiológicas ou associada a processos benignos, que costumam ser bilaterais, turvas, algumas vezes amareladas ou esverdeadas, e se exteriorizam na maioria das vezes mediante manobras de compressão do mamilo.
sinais de câncer de mama incluem:
Coloração avermelhada da pele da mama, edema cutâneo semelhante à casca de laranja, retração cutânea, dor ou inversão no mamilo, descamação ou ulceração do mamilo.
sinais de câncer de mama incluem:
Presença de linfonodos axilares palpáveis.
Manifestações clinicas :
nódulo palpável;
• endurecimento da mama;
• secreção mamilar;
• eritema mamário;
• edema mamário com aspecto de “casca de laranja”;
• retração ou abaulamento;
inversão, descamação ou ulceração do mamilo;
• linfonodos axilares palpáveis.
Importante !
Todos esses sinais devem sempre ser investigados pelo profissional de saúde. Contudo, como se trata de um grupo heterogêneo de doenças, essas manifestações também podem estar relacionadas a doenças benignas da mama.
sinais e sintomas de urgente para serviços de diagnóstico mamário (BRASIL, 2015a):
qualquer nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos;
• nódulo mamário em mulheres com mais de 30 anos, que persistem por mais de um ciclo menstrual;
• nódulo mamário de consistência endurecida e fixo ou que vem aumentando de tamanho, em mulheres adultas de qualquer idade;
• descarga papilar sanguinolenta unilateral;
• lesão eczematosa da pele que não responde a tratamentos tópicos;
• homens com mais de 50 anos com tumoração palpável unilateral;
• presença de linfadenopatia axilar;
• aumento progressivo do tamanho da mama com a presença de sinais de edema, como pele com aspecto de casca de laranja;
• retração na pele da mama;
• mudança no formato do mamilo.
Prevenção primária
para o controle do câncer de mama, destacam‑se as ações de promoção de saúde desenvolvidas especialmente na ABS, que envolvem o acesso à informação e a ampliação de oportunidades para controle do peso corporal e a prática regular de atividade física, além do acesso amplo da população a informações claras, consistentes e culturalmente apropriadas.
Prevenção secundária e detecção precoce
A detecção precoce do câncer é uma forma de prevenção secundária da doença que visa identificar o câncer em estágios iniciais, no qual se pode ter melhor prognóstico da doença. É importante destacar que os métodos existentes para a detecção precoce do câncer de mama não reduzem sua incidência, mas podem diminuir sua mortalidade (BRASIL, 2015a).
Prevenção secundária e detecção precoce
benefícios da mamografia:
Resultados incorretos:
— Suspeita de câncer de mama, que requer outros exames, sem que se confirme a doença. Esse alarme falso (falso‑positivo) gera ansiedade e estresse.
— Câncer existente, mas com o resultado normal (falso‑negativo). Esse erro gera falsa segurança à mulher.
• Sobre diagnóstico e sobre tratamento: a mulher é diagnosticada e tratada, com cirurgia (retirada
 parcial ou total da mama), quimioterapia e radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama.
• Exposição aos raios X: raramente causa câncer, mas existe um discreto aumento do risco quanto
mais frequente é a exposição. A mamografia diagnóstica, com finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico.
Exame clínico das mamas
Para a realização da inspeção dinâmica (conforme a figura a seguir), o examinador deve solicitar que a mulher eleve e abaixe os braços lentamente e realize a contração da musculatura peitoral, comprimindo as palmas das mãos uma contra a outra adiante do tórax ou comprimindo o quadril com as mãos colocadas uma de cada lado (BRASIL, 2013a). Deve‑se avaliar a presença de retração ou abaulamento nas mamas (SHOCKNEY, 2012).
Exame clínico das mamas
Durante a palpação da cadeia ganglionar, deve‑se investigar a presença de linfonodos comprometidos na região axilar, supra e infraclaviculares (SHOCKNEY, 2012).
Exame clínico das mamas
A expressão areolomamilar é realizada para a pesquisa de descarga papilar. Deve ser feita aplicando‑se compressão unidigital suave sobre a região areolar, em sentido radial, contornando a papila.
Autoexame das mamas (prevenção secundaria)
O autoexame das mamas (AEM) é o procedimento em que a mulher observa e palpa as próprias mamas e as estruturas anatômicas acessórias, visando detectar mudanças ou anormalidades que possam indicar a presença de um câncer (BRASIL, 2015a).
Ultrassonografia ( prevenção secundaria)
A ultrassonografia, juntamente com a mamografia, é um importante método de imagem na investigação diagnóstica de alterações mamárias suspeitas, e os dois métodos são vistos como complementares na abordagem de diferentes situações clínicas. A ultrassonografia apresenta duas importantes vantagens sobre a mamografia na investigação diagnóstica do câncer de mama: a ausência do uso de radiação ionizante e o fato de sua acuidade diagnóstica não depender da densidade mamária (BRASIL, 2015a)
Prevenção terciária
Prevenção terciária: auxilia a reabilitação, o retorno às atividades e a reinserção na comunidade; orienta cuidados; mantém o acompanhamento clínico e o controle da doença; orienta quanto aos direitos dos portadores de câncer e facilita o acesso a eles, quando necessário.
Tratamento ( nível terciário )
O tratamento do câncer de mama deve ser feito em unidades ou centros de assistência de alta complexidade em oncologia (Unacon ou Cacon) que fazem parte de hospitais de nível terciário. Esse nível de atenção à saúde deve estar capacitado para determinar a extensão da neoplasia (estadiamento), tratar, cuidar e assegurar a qualidade da assistência oncológica (BRASIL, 2013a). A doença deve ser tratada dentro de um contexto multidisciplinar, no qual a cirurgia e a radioterapia têm papel fundamental no controle locorregional e a quimioterapia, a hormonioterapia e a terapia biológica, no tratamento sistêmico. O tratamento deve ser individualizado e orientado não apenas pela extensão da doença, mas também por suas características biológicas e pelas condições da mulher (idade, status menopausal, comorbidades e preferências) (BRASIL, 2013a).
Tratamento ( nível terciário )
As políticas públicas relacionadas ao câncer de mama
As políticas públicas relacionadas ao câncer de mama, desenvolvidas no Brasil desde meados da década de 1980, foram impulsionadas, particularmente, pelo Programa Viva Mulher, de 1998. O incentivo federal em prol das ações para o controle do câncer de mama sempre objetivou a redução da exposição aos fatores de risco, a diminuição da mortalidade e a melhoria da qualidade de vida da mulher com câncer de mama, estando estes em consonância com as diretrizes atuais da política de controle do câncer, publicadas pela Portaria GM nº 874, de 2013, e com a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (BRASIL, 2015a).

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