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Faça uma análise das três fórmulas de oração consecratória apresentadas para as ordenações de diáconos, presbíteros e bispos elencando as semelhanças e as peculiaridades de cada uma de las. As orações Consacratórias do ministério ordenado são fundamentais dentro do Rito de Ordenação, pois são a forma ou fórmula que juntamente com a matéria são necessárias para que haja o Sacramento. O sacramento da Ordem se divide em Três graus: episcopado, Presbiterato e Diaconato. O episcopado se encontrar no grau mais elevado, logo em seguida vem o presbiterato e o diaconato. Os Bispos são aqueles que têm o sacramento em sua totalidade e os padres em grau inferior aos dos Bispos, podem consagrar, confessar, dá unção dos enfermos, fazer as mesmas coisas dos bispos, porém ainda sem ter a ordem em plenitude. Já o diácono é ordenado não para o sacerdócio e sim para o serviço, agindo no serviço da pregação da palavra, na mesa da eucaristia (ajudando padres e bispos, menos na consagração) e no serviço da caridade. Como já podemos perceber há diferenças entre eles. Apesar de todos receberem a ordem, temos diferenças tanto em Hierarquia e grau, quanto na missão e papel que cada um tem em relação à Igreja. As orações da Ordenação vão nos revelar isso muito bem, pois em suas palavras estão a essência daquilo que eles vão desempenhar dentro do sacramento da ordem. Na ordenação dos Bispos devem está presente além do bispo celebrante, também mais dois bispos Ordenantes, é necessário três Bispos para que haja uma consagração válida. Na ordenação dos Bispos se diz: ‘Por vossa palavra e vosso dom, instituistes a Igreja com suas normas fundamentais, eternamente predestinastes a geração dos justos que havia de nascer de Abraão, estabelecestes príncipes e sacerdotes, e não deixastes sem ministério o vosso santuário, e, desde o princípio do mundo, Vos apraz ser glorificado por aqueles que Vós mesmo escolheis. È Mostra aqui a dimensão do serviço episcopal, fazendo uma com a tradição no tempo, enfatizado pelo nome de Abraão. Depois disso, há um pedido invocando o Espírito Santo para que possa fazer com que o eleito exerça o seu serviço com dignidade. Pai santo, que conheceis os corações, dai a este vosso servo, por Vós eleito para o Episcopado, que apascente o vosso povo santo, exerça de modo irrepreensível diante de Vós o sumo sacerdócio, servindo- Vos noite e dia, e para todos continuamente alcance misericórdia e Vos ofereça os dons da vossa Igreja santa. Concedei que, pela virtude do Espírito do sumo sacerdócio, ele tenha o poder de perdoar os pecados segundo o vosso mandato, distribua os ministérios conforme o vosso desígnio, e absolva de todo o vínculo segundo o poder que destes aos santos Apóstolos. Como podemos perceber nestas palavras o bispo exerce a função de sumo sacerdote, santificando como os santos apóstolos. O que de forma íntima nos deixa claro que o bispo e Jesus, o sumo sacerdote tem uma ligação muito forte. A missão do Cristo é a Missão do Bispo, pois, ele é o Pastor por excelência. Quanto a do presbiterado, inicia pelos ritos iniciais e um bispo há um bispo ordenante junto com seus presbíteros que irão impor as mãos no eleito para o presbiterato. ‘Já na antiga Aliança se desenvolveram funções sagradas que eram sinais do sacramento novo. A Moisés e a Aarão, que pusestes à frente do povo para o conduzirem e santificarem, associastes como seus colaboradores outros homens também escolhidos por Vós. No deserto, comunicastes o espírito de Moisés a setenta homens prudentes, com o auxílio dos quais ele governou mais facilmente o vosso povo’. Como aconteceu com a ordenação dos bispos é feito uma ponte com a tradição desde os tempos do antigo testamento, dando toda a dimensão do ministério ordenado. Na ordenação dos bispos, na parte inicial da oração de consagração, o nome de Abraão foi assinalado, e logo depois as dignidades de príncipes e Sacerdotes foram faladas, isso mostra o serviço e a importância do que seja o grau superior da Ordem. Já no Presbiterato, Moisés e Aarão são citados para que possa dar a dimensão da missão do novo presbítero e assim a oração fala de mais setenta homens, isso faz com que se enxergue que a missão do padre é uma missão de colaborar com os bispos. ‘Do mesmo modo as graças abundantes concedidas a Aarão, Vós as transmitistes a seus filhos, a fim de não faltarem sacerdotes, segundo a Lei, para oferecer os sacrifícios do templo, sombra dos bens futuros. Nos últimos tempos, Pai Santo, enviastes ao mundo o vosso Filho Jesus, Apóstolo e Pontífice da nossa fé. Ele a Si mesmo Se ofereceu a Vós, pelo Espírito Santo, como vítima imaculada, e tornou participantes da sua missão, os seus Apóstolos, santificados na verdade; a eles Vós juntastes outros companheiros, para anunciarem e realizarem, por todo o mundo, a obra de salvação’. A continuação dá a dimensão do serviço de presbítero fazendo ponte ao serviço de Jesus e seus colaboradores, os apóstolos, além de enfatizar sobre a função sacerdotal. Depois disso a o pedido de ordenação para que os eleitos se tornam presbíteros da Igreja. “Nós Vos pedimos, Pai todo-poderoso, constituí estes vossos servos na dignidade de presbíteros; renovai em seus corações o Espírito de santidade; obtenham, ó Deus, o segundo grau da Ordem sacerdotal que de Vós procede, e a sua vida seja exemplo para todos. Sejam cooperadores zelosos da nossa Ordem, a fim de que, pela sua pregação, as palavras do Evangelho frutifiquem, pela graça do Espírito Santo, nos corações dos homens, e cheguem até aos confins do mundo. Sejam, juntamente conosco, fiéis dispensadores dos vossos mistérios, para que o povo que Vos pertence renasça pelo banho da regeneração e se alimente do vosso altar, os pecadores se reconciliem e os enfermos encontrem alívio”. É importante enfatizar que o pedido indica que os presbíteros serão colaboradores e que exercerão em um segundo grau o serviço sacerdotal. Ficando claro aqui a diferença entre bispos e padres. No que se refere aos Diáconos e para transparecer sua ligação intima com o Bispo, só há um bispo que irá impor a mão, não para o sacerdócio e sim para o serviço. “Vós fazeis crescer e dilatar-se o Corpo de Cristo, a vossa Igreja, na variedade dos dons celestes e na diversidade dos seus membros, unida pelo Espírito Santo num Corpo admirável. É o novo templo que se edifica quando estabeleceis os três graus dos ministros sagrados para servirem ao vosso nome, como já na primeira Aliança escolhestes os filhos de Levi para o serviço do templo antigo. De igual modo, nos primórdios da Igreja, os Apóstolos do vosso Filho, guiados pelo Espírito Santo, escolheram sete homens de boa reputação, que os ajudassem no serviço quotidiano aos quais, pela oração e a imposição das mãos, confiaram o cuidado dos pobres, a fim de eles próprios se poderem dedicar mais plenamente à oração e ao ministério da palavra”. Nesta parte da oração consacratória dos Diáconos estão expressas a essência do seu ministério, a ponte que liga a ordenação que está acontecendo com a tradição da Igreja e a missão diaconal. Vemos que aqui toca-se em serviço e não em sacerdócio ou sacrifício, enfatizado pelos sete colaboradores escolhidos pelos apóstolos para servir as mesas e para a caridade. Logo ocorre o pedido de ordenação ao Senhor: Olhai também agora, Senhor, com igual benevolência para estes vossos servos, que humildemente dedicamos ao ministério do diaconado para servirem ao vosso altar. Enviai sobre eles, Senhor, nós Vos pedimos, o Espírito Santo, que os fortaleça com os sete dons da vossa graça, a fim de exercerem com fidelidade o seu ministério. Brilhem neles as virtudes evangélicas: a caridade verdadeira, a solicitude pelos doentes e pelos pobres, a autoridade modesta, a retidão perfeita e a docilidade à disciplina espiritual. Resplandeçam em seus costumesos vossos mandamentos, para que o exemplo da sua vida suscite a imitação do povo santo. Animados pelo bom testemunho da consciência, permaneçam em Cristo, firmes e constantes, de modo que, imitando na terra o vosso Filho, que não veio para ser servido mas para servir, com Ele mereçam reinar nos céus. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Destaca-se aqui a importância da caridade para o ministério do diaconato, muito mais do que ser ministro da palavra e também ajudar na mesa da eucaristia, o diácono ver aqui expressa a sua missão. Missão da caridade, de cuidar dos doentes e dos mais desvalidos, além de exercer em sua vida um papel de testemunho evangélico. Como podemos perceber, as orações elas dizem muita coisa, um estudo aprofundado delas podem apresentar inúmeras questões teológicas que vão fazer compreender a missão de cada um no ministério Ordenado.
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