Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gregor Mendel descobriu os princípios básicos da hereditariedade. Seu sucesso pode ser atribuído: A sua escolha da ervilha como organismo experimental, O uso de características com fenótipos de fácil distinção, Sua abordagem experimental, O uso de matemática para interpretar seus resultados e a atenção cuidadosa aos detalhes Princípio da segregação e conceito de dominância: Os genes são fatores hereditários que determinam uma característica. As formas alternativas de um gene são chamadas de alelos. Os alelos estão localizados em local específico, um locus, em um cromossomo, e o conjunto de genes que um organismo individual possui é o seu genótipo. O fenótipo é a manifestação ou aparecimento de uma característica e pode se referir a uma característica física, bioquímica ou comportamental. Apenas o genótipo é herdado e não o fenótipo. O princípio da segregação afirma que cada organismo tem dois alelos que podem codificar uma característica. Estes dois alelos se segregam durante a formação dos gametas e cada alelo vai para um gameta. O conceito de dominância afirma que quando dois alelos de um genótipo são diferentes, apenas o traço codificado por um deles – o alelo “dominante” – é observado no fenótipo. “Os dois alelos de um genótipo estão localizados nos cromossomos homólogos. A separação dos cromossomos homólogos na anáfase I da meiose leva à segregação dos alelos.” Cruzamento-teste e retrocruzamento: Retrocruzamento: Parental/consanguíneo Cruzamento-teste: Não parental/Não-consanguíneo Determinar o nível de dominância do genótipo (ou seja, homozigotica ou heterozigótica – AA ou Aa). Há um cruzamento entre um dominante e um “testador” (que é recessivo) para determinar qual o nível. Probabilidade na genética: A probabilidade é o cálculo da ocorrência de um evento particular acontecer. A regra de multiplicação afirma que a probabilidade de dois ou mais eventos independentes ocorrerem juntos é calculada ao multiplicar as probabilidades dos eventos independentes. A regra de adição afirma que a probabilidade de um de dois ou mais eventos mutuamente excludentes ocorrer é calculada ao somar as probabilidades dos eventos Existem apenas três razões fenotípicas para compreender: O princípio da segregação independente: Afirma que os genes que codificam diferentes características se separam independentemente um do outro quando os gametas são formados, graças à separação independente dos pares homólogos dos cromossomos na meiose. Os genes localizados próximos no mesmo cromossomo, entretanto, não se separam de forma independente. Exemplo: Cada planta tem dois alelos que codificam cada característica, então as plantas genitoras têm obrigatoriamente os genótipos RR YY e rryy. (Vão codificar a cor e se é rugosa ou lisa). O princípio da segregação indica que os alelos para cada locus se separam e um alelo para cada locus passa para cada gameta. Então a planta vai ter os alelos da primeira característica (Rr/RR/rr) e o da segunda característica (YY/Yy/yy). As razões observadas da prole podem desviar-se das razões esperadas ao acaso Quando dois organismos individuais de genótipo conhecido se cruzam, esperamos certas proporções de genótipos e fenótipos nos descendentes; estas proporções se baseiam nos princípios mendelianos de segregação, segregação independente e dominância. As razões dos genótipos e fenótipos realmente observadas entre os descendentes, entretanto, podem desviar dessas expectativas. Teste qui-quadrado de adequação de ajuste O teste do qui-quadrado existe para avaliar o papel do acaso na produção de desvios entre esperado e observado. Como realizar? 1. É preciso calcular o número de esperados. Pega-se a proporção esperada e multiplica-se pelo número total de descendentes observados. Exemplo. Vamos considerar um locus para a cor do pelo nos gatos domésticos, que têm a cor preta (B) dominante sobre a cor cinza (b). Se cruzarmos dois gatos pretos heterozigotos (Bb × Bb), esperaríamos uma proporção 3:1 de filhotes pretos e cinzas. Uma série destes cruzamentos gera um total de 50 gatinhos – 30 pretos e 20 cinza. Estes números são nossos valores observados. Podemos obter os números esperados ao multiplicar as proporções esperadas pelo número total de descendentes observados. Neste caso, o número esperado de filhotes pretos é 3/4 × 50 = 37,5 e o número esperado de filhotes cinza é 1/4 × 50 = 12,5. 2. Joga-se os valores obtidos na formula do qui-quadrado Exemplo. Para obter o valor geral do qui-quadrado, somamos os valores (observados – esperados)2 /esperados: 1,5 + 4,5 = 6,0. 3. Depois de achar o valor do qui-quadrado é preciso encontrar o grau de liberdade. Os graus de liberdade são iguais a n – 1, no qual n é o número de diferentes fenótipos esperados. Exemplo. No caso dos gatinhos, há dois fenótipos (preto e cinza) então n=2, sendo assim, n-1 = 2-1 = 1. 4. Basta procurar o grau de liberdade na tabela de qui-quadrado (ou quadro de qui- quadrado) e encontrar o valor calculado. O grau de liberdade está sempre a esquerda (na coluna). Exemplo. Para nosso exemplo com 1 grau de liberdade, é a primeira coluna do quadro. O nosso valor de qui- quadrado calculado (6,0) está entre os valores teóricos nesta coluna: 5,024 e 6,635. Assim, a probabilidade associada a nosso valor de qui-quadrado é menor que 0,025 e maior que 0,01. Então existe uma probabilidade menor que 2,5% de que o acaso seja responsável pelo desvio que observamos entre os números esperados e observados dos filhotes pretos e cinza.
Compartilhar