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educação e saude 3

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Prévia do material em texto

Educação e Saúde
A Escola e as medidas de promoção e proteção da saúde
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profª. Dr. Rômulo Pereira Nascimento
5
•	A Escola e as medidas de promoção e proteção da saúde
•	A saúde como um valor
•	Os principais riscos à saúde
Faça as atividades adotando uma postura autônoma, estudando os textos disponibilizados 
nesta unidade, participando do fórum de discussão, realizando as atividades de 
aprofundamento e acompanhando a videoaula.
Dedique-se ao estudo. Assuma uma atitude saudável, sendo responsável pelo seu estudo. 
Lembre-se de que seu aproveitamento será proporcional ao seu empenho para a realização 
das atividades propostas.
Vamos estudar a contribuição da escola no sentido de orientar 
os alunos, os pais, as mães e as pessoas da comunidade na 
qual a escola esteja inserida a adotarem medidas de promoção 
e proteção da saúde.
Ob
je
tiv
o 
de
ap
re
nd
iz
ad
o
UnidAdE A Escola e as medidas de promoção e proteção da saúde
•	Conteúdos a serem desenvolvidos pela escola
6
Unidade: A Escola e as medidas de promoção e proteção da saúde
Contextualização
 
 Explore
Para darmos início à unidade III, convido você a refletir sobre o tema A escola e as medidas de pro-
moção e proteção da saúde. Assista ao vídeo Fala Cidadão: Saneamento Básico. Nessa produção, 
são transmitidas informações e orientações para a promoção e proteção da saúde. Click no link:
http://www.youtube.com/watch?v=larP8UWKE3w
7
A Escola e as medidas de promoção e proteção da saúde
O conteúdo abordado nesta Unidade é estudado de modo a destacar o papel da escola 
como instituição de formação e informação da educação em saúde bem como promotora de 
ações que proporcionem a adoção de medidas de promoção e proteção da saúde. O texto está 
organizado em três grandes momentos:
•	A	saúde	como	um	valor;
•	Os	principais	riscos	à	saúde;
•	Conteúdos	a	serem	desenvolvidos	pela	escola.
A saúde como um valor
É nos espaços coletivos que se produz a condição de saúde da comunidade e, em grande 
parte, de cada um de seus componentes. Nas relações sociais afirma-se a concepção hegemônica 
de saúde e, portanto, é nesse campo que se pode avançar no entendimento da saúde como 
valor e não apenas como ausência de doença.
O reconhecimento da pertinência a grupos sociais com normas de convivência, costumes, 
valores e interesses compartidos assim como o respeito e a valorização das diferenças entre os 
grupos permitem perceber a responsabilidade pessoal pela proteção à saúde coletiva.
Na escola, é possível propiciar o desenvolvimento das atitudes de solidariedade e cooperação 
nas pequenas ações do cotidiano e nas interações do convívio escolar, como, por exemplo, 
a colaboração na conservação da limpeza do ambiente, incentivando que essas atitudes 
se estendam ao âmbito familiar e aos ambientes públicos, para que tal responsabilidade se 
transforme em prática de vida.
É importante gerar oportunidades de reconhecimento do espaço circundante para identificar 
inter-relações entre saúde e meio ambiente e medidas práticas de proteção ao alcance da criança. 
Muitos dos problemas de saúde são associados à ausência de saneamento básico.
A desnutrição e a anemia decorrentes de carências alimentares ou de debilitação física em 
função de diarreias infecciosas repetidas e verminose crônica têm ainda grande destaque dentre 
os indicadores de morbidade, como pode ser observado no quadro abaixo.
Problemas de saúde e saneamento básico
Carências Alimentares
Debilitação Física
(diarreias;	Verminose)
Desnutrição
Anemia
 Fonte: Elaborado pelo autor 
8
Unidade: A Escola e as medidas de promoção e proteção da saúde
A maioria dessas doenças é passível de prevenção, sendo viável, como já se demonstrou 
em diversas experiências, alterar a realidade existente num curto espaço de tempo, apesar 
da presença de fatores ambientais desfavoráveis, rompendo-se o círculo vicioso por meio 
da informação, da identificação das relações entre higiene e transmissão de doenças e da 
mobilização para a intervenção sobre os fatores de risco. Tornar-se defensor de medidas 
concretas que protejam o ambiente assim como evitar situações que arrisquem a própria 
saúde	 (brincar	 em	 água	 poluída,	 por	 exemplo)	 são	 possibilidades	 que	 devem	 estar	 ao	
alcance dos alunos.
Os principais riscos à saúde
Os principais riscos à saúde relacionados à vida associativa na faixa etária média do estudante 
são	as	doenças	 transmissíveis,	os	acidentes	domésticos	ou	de	 trânsito	 (atropelamentos)	e	os	
decorrentes da violência social — maus-tratos, acidentes com armas de fogo, violência sexual 
ou agravos à saúde associados ao trabalho infantil.
Doenças transmissíveis
A expressão doença transmissível é tecnicamente definida pela Organização Panamericana 
de	Saúde(1990)	como:	
Qualquer doença causada por um agente infeccioso específico, ou seus produtos 
tóxicos, que se manifesta pela transmissão deste agente ou de seus produtos, 
de uma pessoa ou animal infectado ou de um reservatório a um hospedeiro 
suscetível, direta ou indiretamente por meio de um hospedeiro intermediário, 
de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado.
A expressão doença transmissível pode ser sintetizada como doença cujo agente etiológico 
é vivo e é transmissível. São doenças transmissíveis aquelas em que o organismo parasitante 
pode migrar do parasitado para o sadio, havendo ou não uma fase intermediária de 
desenvolvimento no ambiente.
A maioria das doenças infecciosas está 
associada à pobreza e ao subdesenvolvimento. 
Medidas de caráter permanente, para suprir 
a dificuldade de acesso à terra, à escola e à 
água, no longo prazo, sairiam mais baratas e 
trariam o controle definitivo de várias dessas 
enfermidades como febre tifoide, cólera, doença 
de chagas, leishmaniose, esquistossomose e 
outras verminoses, porque colocaria fim ao ciclo 
de reprodução e contaminação, como pode ser 
verificado na figura ao lado.
Fonte:http://www.brasilescola.com/doencas/ascaridiase.htm
9
No estudo das doenças transmissíveis, destacam-se o reconhecimento da possibilidade de 
adquirir doenças por contato direto e indireto e a identificação do portador, do doente e de 
objetos contaminados como fontes de infecção, valorizando-se, assim, a associação dos agravos 
à saúde às fontes de infecção para a construção de uma postura preventiva.
Por isso, a informação relativa aos sinais e sintomas das doenças transmissíveis mais comuns 
tem maior relevância do que o detalhamento de sua patologia.
O estudo das vacinas do calendário oficial deve ser 
conduzido no sentido do reconhecimento, pelos alunos, de 
seu próprio estado vacinal. Esse tópico pode ser abordado 
em atividade conjunta com o serviço de saúde da região, 
visando não só à obtenção de informações, mas também 
gerando oportunidades para que os alunos conheçam e 
aprendam a utilizar os recursos existentes na sua comunidade.
 
 Explore
No site www.saude.gov.br, você pode consultar o site do Ministério da Saúde para saber e conhecer 
o calendário de vacinação e também obter outras informações.
No que diz respeito às DSTs – Doenças Sexualmente Transmissíveis – o grau de 
aprofundamento em medidas práticas de prevenção depende, significativamente, do interesse 
do grupo. O período de iniciação sexual com parceiros é muito variável entre diferentes 
pessoas e grupos sociais. Mesmo consideradas as particularidades de cada classe, o trabalho 
precoce de discernir fatos e preconceitos pode ser decisivo para o cuidado de si e de parceiros 
em situações presentes ou futuras.
Acidentes domésticos
Os acidentes podem ser abordados tanto do ponto de vista das medidas práticas de prevenção 
como da aprendizagem de medidas de primeiros socorros ao alcance das crianças. Neste ponto, 
é importante atentar para a capacidade de agir nessas situações e para o fato de que as crianças 
precisam de informações e de segurança.
Ao falar de prevenção de acidentesdomésticos, falamos também dos acidentes no lar, 
especificamente dos acidentes que ocorrem durante a realização de trabalhos domésticos 
diários ou rotineiros.
Seja o lar uma casa ou um apartamento, é preciso tomar muitos cuidados, pois quedas, 
tropeções, cantos de mesas e pisos escorregadios podem ser encontrados em qualquer lugar.
É importante, sempre ao início de alguma atividade, pensar no local onde ela será realizada 
(quarto,	sala,	banheiro),	buscando	perceber	os	perigos	que	ele	apresenta	(chão	escorregadio,	
quinas	de	mesas,	 janelas,	 tapetes);	depois	deve-se	pensar	nos	materiais	que	 serão	utilizados	
10
Unidade: A Escola e as medidas de promoção e proteção da saúde
(vassoura,	balde,	 rodinho,	escada)	e,	em	seguida,	observar	 se	o	 lugar	onde	 se	vai	 trabalhar	
é um local de passagem de pessoas ou situa-se atrás de alguma porta, podendo esta abrir 
repentinamente, ou, ainda, se é uma escada onde é perigoso cair ou escorregar.
Geralmente, quando a pessoa está em casa, mesmo não se sentindo bem, desenvolve 
certas atividades domésticas, por isso é importante dimensionar a necessidade do trabalho 
e sua condição física para realizá-la, Até mesmo quando parece estar tudo bem, pode-se ter 
um mal súbito, como desmaio, queda de açúcar no sangue, alteração da pressão arterial, ou 
sofrer um grave acidente. Se a pessoa possui problemas de pressão, diabetes ou epilepsia, 
deve evitar trabalhos em altura.
O ambiente doméstico e a criança
As crianças não têm capacidade de avaliar o perigo, logo qualquer objeto que encontram 
em casa pode transformar-se num brinquedo muito interessante. Assim, botões, tampas e 
rolhas de garrafas, moedas, pregos pequenos, parafusos e até brinquedos com peças muito 
pequenas são uma atração irresistível para crianças até os três anos, que gostam de levar 
tudo à boca. Mas esses objetos consistem em um grande perigo, pois as crianças podem se 
engasgar com eles e até sufocar.
 Você Sabia? 
Sabia, por exemplo, que as quedas são a principal causa de acidentes domésticos com 
crianças? Em seguida vêm os cortes, as queimaduras e as intoxicações.
As crianças devem ser ensinadas e alertadas para os riscos que certos atos envolvem, 
para que elas possam desenvolver a noção do que é o perigo e do que são comportamentos 
perigosos. Isso, mesmo quando as crianças são pequenas e a explicação requer muita paciência. 
E, sobretudo, é preciso dar o exemplo: as crianças imitam os adultos.
Cuidados com medicamentos
•	 Todos	os	medicamentos	devem	ser	guardados	fora	do	alcance	das	crianças,	em	lugares	
altos	e,	de	preferência,	em	armários	ou	caixas	bem	fechadas;
•	 Não	tome,	nem	dê	medicamentos	sem	prescrição	ou	orientação	médica;
•	 Não	deixe	os	seus	medicamentos	ao	alcance	das	crianças	e,	de	preferência,	não	os	tome	
na	frente	delas,	pois	estas	tendem	a	imitá-lo;
•	 Não	 use	 remédios	 cujo	 prazo	 de	 validade	 já	 expirou	 ou	 cujas	 embalagens	 estão	
deterioradas.
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Cuidados com escadas
•	 As	escadas	devem	ter	um	corrimão	de	apoio	e	o	piso	não	deve	ser	liso	(escorregadio);
•	 Se	há	crianças	pequenas	na	casa,	principalmente	se	estão	na	fase	de	começar	a	andar,	
coloque	proteções	e	barreiras	(portões)	em	todos	os	acessos	da	casa;
•	 Cuidado	com	as	escadas;
•	 Não	 se	esqueça	de	 fechar	as	proteções	e	barreiras	dos	acessos	às	escadas	depois	de	
passar. Um portão mal fechado é como se não existisse.
Cuidados com janelas e varandas
•	 Coloque	grades	ou	redes	de	proteção	em	todas	as	janelas	e	varandas.	É	a	única	forma	de	
evitar acidentes graves em apartamentos. Uma porta ou uma janela aberta representam um 
grande perigo. Há muitas quedas de crianças em consequência de janelas e portas abertas.
Cuidados com piscinas, lagos, lagoas e até na praia
•	 Nunca	deixe	a	criança	sozinha	perto	de	uma	piscina,	mesmo	que	esta	seja	própria	para	ela;
•	 Nunca	 deixe	 uma	 criança	 sozinha	 na	 piscina,	 seja	 em	 que	 circunstância	 for.	 Muitos	
afogamentos de crianças até os 4 anos ocorrem porque os adultos se ausentam para atender 
o telefone, ir buscar o lanche, etc.
•	 Esteja	atento	às	brincadeiras	das	crianças	na	água;
•	 Coloque	braçadeiras	ou	coletes	nas	crianças	que	não	sabem	nadar,	mesmo	quando	
elas estão brincando na beira da piscina. Se escorregarem e caírem dentro da água 
estarão	mais	protegidas;
•	 Se	existe	piscina	em	casa,	coloque	uma	vedação	ou	tela	de	proteção	em	volta,	de	forma	
a impedir que a criança tenha acesso à água.
Cuidados nas dependências da casa
•	 Não	deixe	crianças	sozinhas	na	cozinha;
•	 Guarde	facas	e	objetos	cortantes	em	locais	pouco	acessíveis;
•	 Não	deixe	 tachos	 e	 panelas	 sem	ninguém	na	 cozinha	 e	 tenha	 especial	 cuidado	 com	
líquidos quentes, como sopa ou água fervente, já que queimaduras com líquidos quentes 
são	frequentes	em	crianças;
•	 Não	deixe	os	bicos	do	fogão	ligados	quando	acabar	de	cozinhar;
•	 Vire	 os	 cabos	 das	 frigideiras	 para	 o	 interior	 do	 fogão,	 para	 evitar	 que	 as	 crianças	
tentem	pegá-los;
12
Unidade: A Escola e as medidas de promoção e proteção da saúde
•	 Guarde	bem	os	fósforos,	pois	as	crianças	não	têm	medo	do	fogo	e	certas	brincadeiras	
podem	provocar	incêndios;
•	 Torradeiras,	bules,	garrafas	térmicas	e	outros	devem	ser	mantidos	fora	do	alcance	das	crianças;
•	 Cuidado	ao	utilizar	panelas	de	pressão.	Cumpra	sempre	as	indicações	do	fabricante;
•	 Tenha	cuidado	ao	utilizar	do	gás	no	fogão;
•	 Cuidados	com	produtos	de	limpeza	e	outros	produtos	tóxicos;
•	 Cuidados	com	eletricidade	e	tomadas;
•	 Cuidados	com	a	tábua	e	o	ferro	de	engomar;
•	 Cuidados	com	armas.
Violência social
A violência que aflige crianças e adolescentes na realidade brasileira atual é de tal forma 
importante que mobiliza todos os setores da sociedade, já sendo reconhecida como relevante 
problema de saúde pública. As instituições do setor de saúde estão entre aquelas mais intensamente 
requisitadas	para	atuarem	frente	à	questão.	O	Ministério	da	Saúde	(MS)	bem	como	instituições	
internacionais	que	atuam	no	país,	tal	qual	a	Organização	Panamericana	da	Saúde	(OPAS),	têm	
buscado se posicionar frente ao tema, em conjunto com distintas organizações governamentais 
e não governamentais da área da saúde.
A tarefa que se coloca, para aqueles que buscam enfrentar o problema, é a de sistematizar 
o conhecimento de cada forma de violência e propor medidas de prevenção e assistência 
particulares a cada tipo. A complexidade desse problema requer que seja adotada uma abordagem 
interinstitucional e que atenda às realidades locais.
Atualmente, as instituições brasileiras vêm debatendo, pesquisando e promovendo ações 
voltadas para o combate à violência contra crianças e adolescentes. Sendo assim, o conhecimento 
sistematizado sobre o assunto, ainda que de forma fragmentada, já se encontra presente 
em algumas instituições mais direcionadas para ensino, pesquisa e assistência. Raramente, 
entretanto, os profissionais de saúde que estão voltados para o atendimento da população têm 
essa preocupação com o atendimento e o acesso ao saber dos pesquisadores.
Segundo	Azevedo	(1990,	p.	21),	a	violência	doméstica	contra	crianças	e	adolescentes:
-	é	uma	violência	interpessoal	e	intersubjetiva;
-	é	um	abuso	do	poder	disciplinar	e	coercitivo	dos	pais	ou	responsáveis;
-	é	um	processo	que	pode	se	prolongar	por	meses	e	até	anos;
- é um processo de completa objetalização da vítima, reduzindo-a à condição de objeto de 
maus-tratos;
13
- é uma forma de violação dos direitos essenciais da criança e do adolescente enquanto 
pessoas e, portanto, uma negação de valores humanos fundamentais como a vida, a 
liberdade,	a	segurança;
- tem na família sua ecologia privilegiada. Como esta pertence à esfera do privado, a 
violência doméstica acaba se revestindo da tradicional característica de sigilo.
A violência caracteriza-se por maus-tratos, acidentes com armas de 
fogo, violência sexual ou agravos à saúde associados ao trabalho infantil.
Outro problema é o da iniciação no consumo de drogas, que se mostra 
um fatorde risco, em determinadas realidades, já entre alunos de primeiro 
ao quinto ano. É fundamental o reconhecimento da situação local.
 O consumo de drogas apresenta-se fortemente associado às condições socioculturais, 
especialmente na infância, já que os hábitos de grupos sociais próximos à criança determinarão, 
em grande parte, o acesso ao fumo, ao álcool ou aos entorpecentes. A depender da realidade 
do aluno, o consumo de drogas pode ser fator de inclusão ou de exclusão social. Não há 
evidências de que a opção pelo consumo sistemático de drogas que limitam a saúde relaciona-
se negativamente com informação sobre suas ações e efeitos. As relações afetivas, socioculturais 
e econômicas constituem fatores extremamente significativos. Por isso é fundamental para a 
saúde a distinção entre uso e abuso, assim como a compreensão da importância de preservar a 
capacidade de escolha, evitando a dependência.
De qualquer maneira, ao se discutir drogas, é necessário diferenciá-las. As drogas não são 
todas iguais. São distintas do ponto de vista do risco orgânico, da dependência que provocam, da 
aceitação legal e cultural de que desfrutam, implicando distintas situações de risco para as crianças.
As atitudes de repúdio à discriminação preconceituosa de diferenças e a situações de 
violência e autoritarismo devem ser trabalhadas por meio do reforço permanente dos direitos 
das pessoas, e das crianças em particular, tomando-se como referência o Estatuto da Criança 
e do Adolescente.
Conteúdos a serem desenvolvidos pela escola
A ideia é recuperar a cultura de saúde do aluno para que ela possa ser trabalhada de forma 
consciente, complementando o saber popular da vizinhança com o saber oriundo do ensino e 
da aprendizagem escolares. A experiência de identificar e atuar sobre as necessidades de saúde 
da comunidade contribui para a formação para o exercício da cidadania.
Conteúdos a serem desenvolvidos:
•	 conhecimento	 dos	 recursos	 disponíveis	 para	 a	 criança	 (atividades	 e	 serviços)	 para	 a	
promoção, proteção e recuperação da saúde e também das possibilidades de uso que 
oferecem	e	das	formas	de	acesso	a	eles;
Fonte: http://www.google.com/
14
Unidade: A Escola e as medidas de promoção e proteção da saúde
•	formas	de	participação	em	ações	coletivas	acessíveis	à	criança	em	sua	comunidade;
•	conhecimento	do	calendário	vacinal	e	da	sua	própria	situação	vacinal;
•	 principais	 sinais	 e	 sintomas	 das	 doenças	 transmissíveis	mais	 comuns	 na	 realidade	 do	
aluno, formas de contágio, prevenção e tratamento precoce para a proteção da saúde 
pessoal	e	de	terceiros;
•	agravos	ocasionados	pelo	uso	de	drogas	(fumo,	álcool	e	entorpecentes);
•	conhecimento	das	normas	básicas	de	segurança	no	manejo	de	instrumentos,	no	trânsito	
e	na	prática	de	atividades	físicas;
•	medidas	simples	de	primeiros	socorros	diante	de:	escoriações	e	contusões,	convulsões,	
mordidas de animais, queimaduras, desmaios, picadas de insetos, torções e fraturas, 
afogamento, intoxicações, câimbras, febre, choque elétrico, sangramento nasal, diarreia e 
vômito, acidentes de trânsito.
Em Síntese
1- É fundamental que a escola desenvolva um trabalho de formação na direção de apontar as 
medidas de promoção e proteção à saúde.
2- A saúde deve ser compreendida como um valor. A condição de saúde de um indivíduo bem 
como da comunidade é determinada nos espaços coletivos.
3- Os principais riscos à saúde são:
a)	doenças	transmissíveis	por	contato	direto	e	indireto;
b)	acidentes	domésticos	e/ou	de	trânsito;
c)	violência	social.
4- Os fatores de riscos são combatidos tomando-se os devidos cuidados e pela adoção de 
medidas que possam evitá-los. Para tanto, o conhecimento e a informação são essenciais.
5- Os conteúdos a serem desenvolvidos pela escola devem ter por objetivos:
a)	Recuperar	a	cultura	de	saúde;
b)	 Complementar	 o	 saber	 popular	 com	 conhecimentos	 oriundos	 dos	 saberes	 do	 ensino	 e	
aprendizagens	escolares;
c)	Formar	para	a	cidadania.
15
Material Complementar
Neste espaço você encontra sugestões de material complementar ao conteúdo desenvolvido 
na unidade 3. Estude o PCN sobre saúde e assista aos vídeos indicados. Aproveite para 
aprofundar e sistematizar os conhecimentos sobre esta unidade. 
Bom estudo e até a próxima unidade!
 
 Explore
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente e 
saúde. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997, 128p. 
 
 Explore
Assista aos vídeos sobre os temas abordados:
Vídeo 1 – O que é saneamento básico
http://www.youtube.com/watch?v=_6-4cgx3BR4
Vídeo 2 - Medicalização infantil é problema sério no Brasil
http://www.youtube.com/watch?v=y8DoU9HTJXs
16
Unidade: A Escola e as medidas de promoção e proteção da saúde
Referências
AZEVEDO,	M.	A.;	GUERRA,	V.	N.	A. Pele de asno não é só história: um estudo sobre a 
vitimização sexual de crianças e adolescentes em família. São Paulo: Roca, 1988.
________. Crianças vitimizadas: a síndrome do pequeno poder. São Paulo: Iglu, 1989.
BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto da criança e do adolescente. Brasília: Ministério da 
Saúde, 1991.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: 
apresentação dos temas transversais, ética. Secretaria de Educação Fundamental Brasília: 
MEC/SEF,1997.146p.
_______Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente, saúde. Secretaria de 
Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF,1997, 128p. 
BUSS,	P.	M.;	FILHO,	A.	P.	A Saúde e seus Determinantes Sociais. PHYSIS: Rev. Saúde 
Coletiva,	Rio	de	 Janeiro,	 17(1):77-93,	 2007.	Disponível	 em	http://portal.saude.gov.br/portal/
arquivos/pdf/saudeedeterminantessociais_artigo.pdf
CANDEIAS, N. M. F. Conceitos de educação e de promoção em saúde: mudanças 
individuais e mudanças organizacionais. São Paulo: FSP/USP Revista de saúde Pública, 
nº 2, abril 1997, p. 209-13. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v31n2/2249.pdf
CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Coleção Campo Teórico. 4ª ed. Rio de Janeiro. 
Forense Universitária, 1995.
DEJOURS, C. Por um novo conceito de Saúde. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional. 
Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, volume 14, nº 54, abril/mai/jun. 1986. 2007, p.57-77. 
NIGRO	CONCEIÇÃO.	J.	A.	(coord.)	Saúde	escolar. A criança, a vida e a escola. São Paulo: 
Sarvier. 1994.
17
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel:	(55	11)	3385-3000

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