Buscar

ANÁLISE DE UMA CONSTRUÇÃO RESIDENCIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Centro Universitário FEI 
 Campus São Bernardo do Campo
Felipe Andreoli Garcia
RA: 11.216.189-8
ANÁLISE DE UMA CONSTRUÇÃO RESIDENCIAL
São Paulo
2020
Sumário
1.	RESUMO	3
2.	INTRODUÇÃO	4
3.	DESENVOLVIMENTO	5
3.1	Importância da Norma NBR 15575/2013.	5
3.2	Vida útil e garantia.	5
3.3	Ideais da NBR 15575/2013.	5
3.4	Possíveis causas que podem comprometer a durabilidade de uma estrutura de concreto.	6
3.5	Manifestações patológicas em estruturas de concreto.	6
3.6	Vícios construtivos.	10
4.	ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO RESIDENCIAL	11
4.1	Principais problemas apresentados na construção residencial.	19
4.2	Critérios para serem adotados pela NBR 15757/2013.	19
4.3	Sugestões para a melhoria do desempenho da estrutura.	20
4.4	Falhas construtivas que geraram problemas.	20
5.	DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS	21
5.1	Pontos mais importantes segundo a NBR 15575.	21
5.2	Parâmetros para a edificação proteger-se contra o fogo.	21
5.3	Estanqueidade da edificação.	21
5.4	Sistemas de impermeabilização.	22
5.5	Prazos de vida útil definido pela NBR 15575 para os elementos da estrutura.	22
5.6	Importância do manual do usuário.	23
5.7	Soluções para uma melhor qualidade.	23
5.8	Regras a serem seguidas pela NBR 15575 para a edificação.	23
6.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	24
1. RESUMO
Na presença dos acontecimentos no cenário da construção civil, com a publicação da ABNT NBR 15575 – Edificações habitacionais – Desempenho e o crescimento do setor, este trabalho irá analisar os distúrbios, complicações e erros de uma Construção Residencial em cidade do interior de São Paulo segundo as imposições da Norma de Desempenho. Os requisitos escolhidos para realizar as análises são os ideais da norma NBR 15575. Com o intuito de realizar as verificações e os acontecimentos realizados em obra, este trabalho irá compor um acompanhamento de deveres segundo a norma de desempenho e recomendações a serem concluídas. 
Palavras-chave: Norma de Desempenho, NBR 15575, Construção Residencial, desempenho, obra, análise.
2. INTRODUÇÃO
A ABNT NBR 15575/2013 define as propriedades necessárias dos diferentes elementos da construção, independentemente do material constituinte, ou seja, deve-se desenvolver e aplicar o produto para que atenda às necessidades da construção. A nova norma se aplica a edificações habitacionais com qualquer número de pavimentos, geminadas ou isoladas, construídas com qualquer tipo de tecnologia e não se aplica a obras já concluídas e construções preexistentes; obras em andamento e projetos protocolados nos órgãos competentes até a data da entrada em vigor da norma 19 de julho de 2013; obras de reformas ou retrofit e edificações provisórias. Assim sendo, a ABNT NBR 15575/2013 surge no Brasil como um marco diferencial no estabelecimento da medição do desempenho de construções de edificações.
A implantação da Construção Residencial em cidade do interior de São Paulo, a vigência da ABNT NBR 15575/2013 são temas recentes e que interferiram no setor da construção civil. Portanto, dada a relevância do tema para a indústria da construção e como a norma impõe os requisitos mínimos a serem atendidos, este trabalho tem como objetivo avaliar uma Construção Residencial com relação a ABNT NBR 15575/2013.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 Importância da Norma NBR 15575/2013.
A Norma de Desempenho é uma garantia de qualidade aos consumidores e futuros residentes de um determinado espaço garantindo a segurança, conforto, e equilibrar as relações de consumo, padronização de processo executivo e desempenho mínimo de resultado. Outro benefício que retrata a importância da Norma é a possibilidade de identificar com mais facilidade o cerne de um problema. 
3.2 Vida útil e garantia.
Vida útil é o Período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas, elementos e componentes se prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos considerando: o atendimento dos níveis de desempenho previstos na NBR 15575, e a periodicidade e a correta execução dos processos de manutenção especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção”. Portanto a vida útil é algo variável.
Garantia de Edificação tem a ver com o período concedido pelo incorporador ou construtor ao comprador para reclamação de defeitos ou vícios do produto adquirido (garantia contratual); a garantia legal que é o período que o comprador tem direito legalmente para reclamação de defeitos ou vícios do produto adquirido. Portanto a garantia é algo fixo.
3.3 Ideais da NBR 15575/2013.
Os principais ideais englobam de forma geral um desempenho e comportamento em uso nos elementos do edifício:
· ESTANQUEIDADE; 
· DESEMPENHO TERMICO; 
· DESEMPENHO ACUSTICO; 
· DURABILIDADE E MANUTABILIDADE; 
· SAUDE, HIGIENE E QUALIDADE DO AR; 
· FUNCIONALIDADE E ACESSIBILIDADE;
· CONFORTO TATIL E ANTROPODINAMICO; 
· ADEQUAÇÃO AMBIENTAL.
3.4 Possíveis causas que podem comprometer a durabilidade de uma estrutura de concreto.
A durabilidade das estruturas de concreto depende de diferentes fatores ligados à fase de projeto, produção e caracterização dos insumos, preparação do concreto, execução da estrutura e manutenções preventiva e corretiva.
Ela também pode sofrer impacto da ação do meio ambiente. O nível de agressividade na região onde a edificação será construída determinará as características do concreto e da estrutura, tais como a relação água e cimento, a espessura do cobrimento da armadura, a resistência à compressão do concreto e a abertura máxima de fissura. Por exemplo, uma estrutura localizada em uma área rural terá risco de deterioração insignificante, mas, se estiver no litoral e receber respingos do mar, o risco passará a ser elevado. “A ABNT NBR 6118 apresenta uma tabela com a classificação da agressividade em função do tipo de ambiente onde a estrutura estará inserida, bem como o risco de deterioração associado a cada classe de agressividade.
A durabilidade está relacionada às propriedades do material e à sua exposição ao longo do tempo, em um dado ambiente. Ela é fundamental para a vida útil de uma edificação. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15575, 2013, a Vida útil de projeto mínima para estruturas de concreto deve ser igual ou superior a 50 anos.
Algumas patologias que comprometem a estrutura:
· Fissuras
· Manchas
· Infiltração e danos por umidade
 Além das patologias, alguns descuidos podem levar a durabilidade estar comprometida:
· Falta de manutenção
· Imprecisões em projetos
· Materiais/Insumos
3.5 Manifestações patológicas em estruturas de concreto.
· Fissuras: tricas e rachaduras
Na execução do projeto arquitetônico é um dos tipos mais comuns de patologias nas edificações e podem interferir na estética, na durabilidade e nas características estruturais da obra. Ela pode ser um indício de algum problema estrutural mais grave por conta de toda fissura originar uma possível patologia mais grave: trinca e rachadura.
Existem dois tipos de manifestações da fissura em alvenarias, podendo ser geométricos ou mapeados. As fissuras geométricas podem ocorrer tanto nos elementos da alvenaria (blocos e tijolos) quanto em suas juntas de assentamento. Já as fissuras mapeadas podem ser formadas por retração das argamassas, por excesso de finos no traço. No geral, elas têm forma de "mapa", são aberturas superficiais. As fissuras podem ocorrer de forma ativa ou passiva, sendo que as ativas ainda podem ser subdivididas em sazonais ou progressivas. As fissuras ativas são aquelas que têm variações sensíveis de abertura e fechamento, sendo as sazonais devido às variações de temperaturas, estas não apresentam riscos reais à estrutura, já a progressiva irá aumentar de tamanho no decorrer do tempo sendo estas perigosas para a vida útil da edificação.
A fissura é o primeiro estágio de uma possível patologia mais grave, pois toda trinca ou rachadura em algum momento foi uma fissura mesmo que momentaneamente.
As trincas podem ser definidas como o estado em que um determinado objeto ou parte dele se apresenta partido.A abertura ultrapassa a camada do revestimento e pode afetar diretamente a estrutura interna, por representar a ruptura dos elementos, podendo diminuir a segurança de componentes estruturais de um edifício. Mesmo sendo muito pequena e quase imperceptível deve ter a causa ou as causas minuciosamente pesquisadas.
As rachaduras se devem a falha contínua devido à falta de resistência de um determinado material às tensões e influências internas e externas a ele aplicadas. É um estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta uma abertura de tal tamanho que ocasiona interferências indesejáveis. É o tipo de fissura mais grave e dependendo do local onde ocorre impossibilita o uso da edificação. Torna-se inviável uma possível medida de recuperação devido ao alto custo necessário.
As principais causas de fissuras em edificações são as movimentações térmicas, devido à dilatação e contração (devido às variações de temperatura).
Isso acontece porque uma estrutura ao se dilatar, cria uma zona de concentração de esforço, assim, para aliviar essa concentração aparecem as trincas e rachaduras na estrutura em questão. Nas edificações ocorrem, geralmente, sobre as lajes provocando fissuras. As fissuras de origem térmica podem também surgir por movimentações diferenciadas entre componentes de um elemento, entre elementos de um sistema e entre regiões distintas de um mesmo material.
· Manchas
Os problemas dentro da construção civil causados por umidade podem estar relacionados a manifestações patológicas encontradas em edificações em fase de uso e operação, podendo levar a prejuízos de caráter funcional, de desempenho, estéticos e estruturais. Isto representa risco à segurança e à saúde dos usuários. A saturação de água nos materiais sujeitos à umidade tem como consequência o aparecimento de manchas características e posteriormente deterioração.
Na construção civil, os defeitos decorrentes da penetração de água ou devido à formação de manchas de umidade, geram problemas bastante graves e de difíceis soluções.
Os problemas de umidade podem se manifestar em diversos elementos das edificações (paredes, pisos, fachadas e elementos de concreto armado).
As principais causas de umidade em uma edificação podem ser geradas durante a construção. A água é utilizada em quase todos os serviços de engenharia, às vezes como um componente e outras como uma ferramenta. Entra como componentes nos concretos e argamassas e na compactação dos aterros e como ferramenta nos trabalhos de limpeza, resfriamento e cura do concreto. É um dos componentes mais importantes na confecção de concretos e argamassas e imprescindível na umidificação do solo em compactação de aterros. Um material de construção que influencia diretamente na qualidade e segurança da obra. Se na fase de construção a água for dimensionada, quando é utilizada como um componente, poderá facilitar a entrada posterior da umidade trazida por outros meios como no caso principalmente da chuva e de vazamentos hidráulicos, devido as bolhas de ar formadas após a concretagem.
As manchas podem ser geradas por capilaridade. A umidade trazida por capilaridade ocorre nos baldrames das construções devido a três importantes aspectos: devido as condições do solo úmido em que a estrutura da edificação foi construída; A ausência de obstáculos que impeçam a progressão da umidade; A utilização de materiais porosos (tijolos, concreto, argamassas, madeiras, etc.) que apresentam canais capilares, permitindo que a água ascenda do solo e penetre no interior das edificações.
Este tipo de umidade pode ser classificado ainda como permanente, caso o nível de lençol freático encontre-se muito alto ou sazonal, decorrente de uma variação climática. Seu aparecimento ocorre nas áreas das paredes das edificações, uma vez que estas tendem a absorver a água que avança pelo solo úmido através de sua fundação. Ela ocorre devido aos materiais que apresentam canais capilares, por onde a água passará para atingir o interior das edificações.
Além de poderem ser geradas durante a construção e pela capilaridade podem ser geradas por conta das chuvas. Esse é o agente mais comum para gerar umidade, tendo como fatores importantes a direção e a velocidade do vento, a intensidade da precipitação, a umidade do ar e fatores da própria construção.
As manchas podem sem resultantes de vazamentos em redes hidráulicas. Nesse tipo de infiltração é difícil identificar o local do vazamento. Isso se deve ao fato destes vazamentos estarem na maioria das vezes encobertos pela construção, sendo bastante danosos para o bom desempenho esperado da edificação.
Por fim podem ser gerados pela condensação. De acordo com Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 9575, 2010 “é a água com origem na condensação de vapor d’água presente no ambiente sobre a superfície de um elemento construtivo deste ambiente”. Ocorrendo geralmente em banheiros, saunas e frigoríficos. Desta maneira possui uma forma bastante diferente das outras já mencionadas, pois a água já se encontra no ambiente e se deposita na superfície da estrutura.
· Eflorescência 
Eflorescências são formações de sais que aparecem sob o aspecto de manchas de cor branca e que foram transportados pela umidade. Quando situadas entre o reboco e a parede, as eflorescências forçam um plano capilar, por onde sobe a umidade, que aumenta a força de repulsão ao reboco. As eflorescências podem alterar a aparência da superfície sobre a qual se depositam e em determinados casos seus sais constituintes podem ser agressivos, causando desagregação profunda da estrutura.
As causas da eflorescência são originadas por três fatores que possuem o mesmo grau de importância. O teor de sais solúveis presentes nos materiais ou componentes, a presença de água ou umidade e a pressão hidrostática que faz com que a migração da solução ocorra, indo para a superfície.
O teor de sais solúveis presentes nos materiais ou componentes, em paredes que possuem baixa permeabilidade ao vapor d’água, a umidade no interior da parede é eliminada pela sua superfície. A presença de sais no interior das alvenarias é inevitável, pois vários materiais de construção possuem sais ou acabam gerando sais devido às reações que ocorrem durante sua aplicação e processo de cura. Quando a umidade do interior da alvenaria atravessa o reboco e chega à superfície da parede, ela transporta estes sais até à superfície. Como os sais não evaporam junto com a água, eles se recristalizam na superfície, causando as eflorescências. Apesar de serem problemas estéticos que não apresentam grandes problemas para a parede, as eflorescências são um indício da existência de umidade e sais, que futuramente irão causar a degradação do reboco e a cristalização de sais no interior de elementos construtivos como em paredes, lajes e outros. Estes cristais quando estão se formado têm grande dimensão e aderem à superfície interior do elemento construtivo, vindo aumentar de volume e causando a desagregação dos materiais.
Para a presença de água ou umidade as placas cerâmicas, blocos e argamassas possuem vazios no interior, como cavidades, bolhas, poros abertos e fechados e uma enorme rede de micro canais. A água pode passar para o seu interior por capilaridade.
· Corrosão da armadura de aço
A corrosão das armaduras, podem determinar o fissuramento do concreto fazendo com que sua armadura fique exposta ao ambiente. A corrosão é frequentemente relacionada à presença de teores críticos de íons de cloreto no concreto ou no abaixamento do seu pH devido às reações com compostos presentes no ar atmosférico, especialmente o dióxido de carbono. A armadura de aço pode ser definida como material metálico que em contato com ambientes agressivos estão sujeitos à corrosão. Podem ocorrer dois tipos de corrosão: a corrosão eletroquímica e a corrosão química. A corrosão eletroquímica vai ocorrer quando as estruturas entram em contato com soluções aquosas, como água doce ou do mar, como o solo, as atmosferas úmidas. A corrosão química é um processo lento e não provoca deterioraçãosuperficial das superfícies metálicas. Normalmente, em obras civis só ocorre corrosão eletroquímica.
As principais causas de corrosão de armadura de aço podem ser por conta de bicheiras ou brocas devido a erro de lançamento e adensamento do concreto. Popularmente conhecidos como bicheiras, podem afetar a durabilidade e resistência das estruturas de concreto, que poderão sofrer deformações ou até mesmo entrar em colapso. Algumas vezes, no entanto, a patologia pode ser causada por erro no detalhamento da armadura quando muito próximas o que vai impedir que o vibrador entre para fazer o adensamento do concreto. Se não tratada imediatamente, o aço vai ficar exposto corrompendo sua armadura.
O cobrimento insuficiente da armadura é outro fator já que protege a armadura do ambiente. O cobrimento que deve ser proporcional à agressividade do ambiente. Quanto mais agressivo o ambiente, maior deve ser. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - 6118 ABNT, 2014, “... a durabilidade das estruturas é altamente dependente das características do concreto e da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura”.
· Deterioração do concreto armado
Esta manifestação patológica é caracterizada quando ocorrer uma desintegração do concreto, devido a perda do caráter aglomerante do cimento, ficando os agregados soltos pela perda da função da pasta de. O concreto pode ser definido como a união entre pedras, areia, cimento e água. Este material tem a função, especificamente, de resistir aos esforços de compressão. Segundo a com Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15575, 2013, perante as diversas condições de exposição, peso próprio, sobrecargas de utilização, ação do vento e outras, a estrutura deve atender, durante a vida útil de projeto, aos seguintes requisitos: Não ruir ou perder a estabilidade de nenhuma de suas partes; Prover segurança aos usuários sob ação de impactos, vibrações e outras solicitações decorrentes da utilização normal da edificação, previsíveis na época do projeto; Não provocar sensação de insegurança aos usuários pelas deformações de quaisquer elementos da edificação, admitindo-se tal requisito atendido caso as deformações se mantenham dentro dos limites estabelecidos nesta norma; Não repercutir em estados inaceitáveis de fissuras de vedações e acabamentos; Não prejudicar a manobra normal de partes móveis, tais como portas e janelas, nem repercutir no funcionamento anormal das instalações em face das deformações dos elementos estruturais.
As causas da deterioração do concreto armado podem existir um ou mais agentes atuantes que, por meio de mecanismos de deterioração, interagindo com o concreto e o aço, reduzem assim gradativamente o desempenho da estrutura.
As causas mecânicas são devido aos choques e impactos (por veículos automotores), recalque diferencial das fundações, acidentes imprevisíveis (inundações, grandes tempestades, etc.).
Além de comprometer a capacidade resistente da estrutura a deterioração por causas mecânicas, facilita a entrada de agentes agressivos na estrutura danificada, principalmente quando o concreto e a armadura ficam expostos devido ao impacto das solicitações. 
As causas físicas ao processo de deterioração da estrutura são resultantes da variação extrema da temperatura, da ação do vento, da água e do fogo. As principais causas físicas são: desgastes superficiais podendo ser a abrasão ou erosão.
A abrasão é o processo que causa desgaste superficial no concreto por esfregamento, enrolamento, escorregamento ou fricção constante. Se refere ao atrito seco e é a perda gradual e contínua da argamassa superficial e de agregados em uma área limitada.
3.6 Vícios construtivos.
A ABNT NBR 13752 define vícios construtivos como “anomalias que afetam o desempenho de produtos ou serviços, ou os tornam inadequados aos fins a que se destinam, causando transtornos ou prejuízos materiais ao consumidor. Podem decorrer de falha no projeto, ou da execução, ou ainda da informação defeituosa sobre sua utilização ou manutenção”. Dentro deste caso podemos citar como exemplo portas com algum defeito, não fechando perfeitamente.
4. ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO RESIDENCIAL
As imagens a seguir vão ser utilizadas para as análises: Figura 1, Figura 2, Figura 3, Figura 4, Figura 5, Figura 6, Figura 7, Figura 8, Figura 9, Figura 10.
Figura 1 – Vista frontal da construção residencial.
Fonte: CASTELO, 2020.
Figura 2 – Vista diagonal da construção residencial.
Fonte: CASTELO, 2020.
Figura 3 – Entrada principal da construção residencial.
Fonte: CASTELO, 2020.
Figura 4 – Vista frontal aproximada da construção residencial.
Fonte: CASTELO, 2020.
Figura 5 – Vista interior parte lateral, térreo da construção residencial.
Fonte: CASTELO, 2020.
Figura 6 – Vista interior parte dianteira, térreo da construção residencial.
Fonte: CASTELO, 2020.
Figura 7 – Vista lateral externa do primeiro andar da construção residencial.
Fonte: CASTELO, 2020.
Figura 8 – Vista da escada da construção residencial.
Fonte: CASTELO, 2020.
Figura 9 – Vista interior, térreo da construção residencial.
Fonte: CASTELO, 2020.
Figura 10 – Vista interna do corredor da construção residencial.
Fonte: CASTELO, 2020.
4.1 Principais problemas apresentados na construção residencial.
· Blocos executados sem prumos;
· Escala mal dimensionada;
· Falta de contra verga, verga;
· Escoramento precário;
· Viga deformada;
· Ausência de terraplanagem;
· Armazenamento dos materiais;
· Pilar com descontinuidade;
· Armadura aparente;
· Terreno desnivelado;
· Viga com bicheira;
· Vão de portal mal executado;
· Estrutura aparente mal dimensionada.
4.2 Critérios para serem adotados pela NBR 15757/2013.
A Norma de Desempenho assumiu publicações reconhecidas internacionalmente na área como base para alguns de seus capítulos e que auxiliam a estabelecer critérios embasados para a produção da construção civil.
De acordo com a com Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15575, 2013” especificação dos materiais por parte do arquiteto deverá ser feita não somente pela aparência estética, formato e resistência, mas também por critérios de durabilidade, limpabilidade, manchamento, destacamento, e da sua compatibilização com os demais materiais do mesmo sistema. Essas especificações serão fundamentais para a definição da vida útil estabelecida em projeto.”.
Portanto será prezado pelo conforto, acessibilidade, higiene, estabilidade, vida útil da construção, segurança estrutural, contra incêndios, desempenho mínimo etc.
4.3 Sugestões para a melhoria do desempenho da estrutura.
Segundo a com Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15575, 2013 “O atendimento à VUP de uma edificação dependerá da correta definição em projeto de materiais, componentes, elementos e sistemas que juntos desempenharão suas funções, bem como da correta utilização dos mesmos pelo usuário e da execução das manutenções previstas. Sendo de responsabilidade da arquitetura e das demais disciplinas, o conteúdo dos documentos gerados para obra, seus projetos e memoriais deverão contemplar soluções compatíveis com o desempenho estabelecido inicialmente para atender às necessidades do usuário, com todas as especificações necessárias à execução da obra na documentação correspondente, no intuito de evitar-se ou dar margem a interpretações errôneas por parte do construtor. As soluções de projeto derivarão da correta análise de como os espaços serão utilizados, bem como da forma que atuarão os agentes externos (intempéries etc.), características do entorno, recursos locais (materiais, equipamentos, mão de obra), sua manutenção e o correto cumprimento das normas prescritivas. A escolha de materiais por determinada característica poderá ser considerada inválida se o contexto escolhido para a aplicação do mesmo não for adequado.”.
Para que exista um melhor desempenho desta construção em específico, deve acautelar-se com todos os materiais e insumos utilizados para a obra garantindoum bom armazenamento e realizar uma boa compra que garanta qualidade, regularizar as vigas com argamassa, completar a viga com armadura aparente, nivelar o terreno, adquirir informações sobre outros materiais e componentes com os fornecedores, realizar ensaios e simulações para responsabilizar-se e certificar-se do que está sendo proporcionado e prestar laudos técnicos no acervo de desenhos e memoriais que serão entregue para a execução de obra.
Portanto o projeto arquitetônico deverá promover aos demais projetos complementares de engenharia condições que possibilitam o cumprimento dos requisitos da norma e assim o domínio de conhecimentos básicos sobre agentes e processos por parte dos construtores, serão provocadas condições para uma edificação mais eficiente em seu desempenho.
4.4 Falhas construtivas que geraram problemas.
· Mão de obra não qualificada;
· Erros de projeto;
· Falta de fiscalização;
· Falta de planejamento;
· Falta de organização;
· Má execução da concretagem;
· Má execução do escoramento.
5. DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 Pontos mais importantes segundo a NBR 15575.
De acordo com a com Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15575, 2013 as condições dos usufruidores devem ser seguidas de forma a promover segurança, habitabilidade e sustentabilidade, sendo que para cada um desses tópicos existem seus subtópicos.
Não existe entre esses os mais importantes, porém os mais críticos a serem levados em consideração, pois quando feito uma construção deve-se fazer de acordo com a norma atingindo todos os fatores necessários (segurança, habitabilidade e sustentabilidade). Cada um requer uma atenção apropriada, alguns mais do que os outros. Quando compararmos a segurança estrutural e segurança contra o fogo ambas requerem atenção, a segurança estrutural irá demandar mais atenção do que a segurança contra o fogo. Ambas quando mal feitas geram adversidades.
5.2 Parâmetros para a edificação proteger-se contra o fogo.
Podem ser tomadas algumas ações para prevenir-se contra a propagação do fogo como em (Soares Pagnussatt e Alegre, 2017): 
· Proteção ativa
Medidas de proteção ativa contra incêndios abrangem a detecção, alarme e extinção do fogo, de forma automática ou não. Exemplos simples e bons de equipamentos são o extintor de incêndio e o chuveiro automático.
· Proteção passiva
A proteção passiva envolve todas as formas de proteção que devem ser consideradas no projeto arquitetônico para que não haja o surgimento ou, então, a redução da probabilidade de propagação e dos efeitos do incêndio já instalado, por causa das atividades desenvolvidas na edificação, com o objetivo de evitar a exposição dos ocupantes e da própria edificação ao fogo. Essas medidas são tomadas na fase de projeto edificação, através da localização adequada dos equipamentos capazes de provocar incêndios, compartimentação horizontal e vertical, proteção das aberturas entre ambientes, materiais adequados utilizados nos elementos estruturais e nos revestimentos, escadas protegidas etc. como exemplo utilizar um isolamento térmico.
5.3 Estanqueidade da edificação.
A norma NBR 15575 estabelece critérios de estanqueidade conforme as áreas da edificação: fachadas, pisos de locais molhados, coberturas, instalações hidrossanitários e demais elementos da obra que possam estar sujeitos ao uso de água. Os locais citados correspondem a lugares molhados, que podem resultar em lâminas d’água durante a utilização, e molháveis que apenas recebem respingos d’água.
A umidade é uma das maiores fontes de formação de fungos, doenças respiratórias e outras complicações. Ela é decorrente da falta de controle da estanqueidade da água. Além de estar associada a problemas de saúde dos usuários, também está relacionada diretamente à durabilidade da construção, principalmente devido à corrosão.
Portanto, para atender os requisitos de habitabilidade, é preciso haver estanqueidade em todos eles. Na edificação em questão podemos citar que é necessário estar realizando a vedação e impermeabilização em locais que estão sujeitos a estarem molhados.
5.4 Sistemas de impermeabilização.
Os sistemas de impermeabilização podem ser classificados em rígidos e flexíveis.
· Impermeabilização Rígida
A impermeabilização rígida é aquela que torna a área aplicada impermeável pela inclusão de aditivos químicos, aliado à correta granulometria dos agregados e redução da porosidade do elemento, entre outros. Os impermeabilizantes rígidos não trabalham junto com a estrutura, o que leva a exclusão de áreas expostas a grandes variações de temperatura. Este tipo de impermeabilização é indicado para locais que não estão
sujeitos a trincas ou fissuras como: condições de temperatura constantes, pequenas estruturas expostas, locais com carga estrutural estabilizada.
· Impermeabilização Flexível
Impermeabilização flexível engloba o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes construtivas sujeitas à fissuração que podem ser divididos em dois tipos: moldados no local e os pré-fabricados. Os materiais utilizados para impermeabilização flexível são compostos geralmente por elastômeros e polímeros.
Em ambos os casos existem materiais mais comuns que são usados para realizar a impermeabilização como: argamassa, calafetação, manta asfáltica e hidrofugantes.
5.5 Prazos de vida útil definido pela NBR 15575 para os elementos da estrutura.
A vida útil é definida pela NBR 15575, 2013 como uma medida temporal da durabilidade de um edifício ou de suas partes, ou seja, o período de tempo em que estes elementos se prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos, considerando a devida realização dos serviços de manutenção, conforme especificados no respectivo manual de uso, operação e manutenção da edificação.
Para fim de exemplos temos de acordo com a com Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15575, 2013, 5 anos para estrutura, impermeabilização, integridade e vedação das instalações hidrossanitários, paredes de vedação, aderência dos revestimentos em argamassa ou gesso, estanqueidade de fachadas. Temos 3 anos para o funcionamento da instalação elétrica, funcionamento das instalações hidrossanitários, fissuras nos revestimentos argamassados. Para 2 anos temos a pintura, aderência dos revestimentos em cerâmica ou granito, fechaduras, ferragens, metais sanitários e equipamentos elétricos. Para 1 ano temos fixação de vidros, esquadrias em madeira e aço e rejuntamento.
5.6 Importância do manual do usuário.
O consumidor precisa ter acesso pelo menos às informações básicas como, instalação, configuração, utilização, entre outros detalhes. Neste caso o manual de usuário é uma ferramenta importante para dar o suporte necessário aos leigos conhecerem o produto. Informações sobre a infraestrutura, localização, área, materiais etc. utilizados. O manual serve também para as técnicas adotadas durante a sua construção.
5.7 Soluções para uma melhor qualidade.
Para que tenha uma excelência nos serviços que precisam ser prestados para a realização desta edificação, precisam ter profissionais experientes da área que atuam e seguem as normas regulamentadoras para um serviço que garanta a qualidade e segurança. 
Com base em ter profissionais da área contratar empresas que façam:
· Fiscalizações
· Acompanhamento da obra
· Segurança do local
· Equipamento de proteção individual (EPI)
· Análise de riscos
5.8 Regras a serem seguidas pela NBR 15575 para a edificação.
Os profissionais da obra contratado deveram seguir à risca toda e qualquer condição necessária para que haja o cumprimento da norma de desempenho satisfazendo todos os requisitos, critérios e métodos de avaliação para promover a segurança de uma forma geral.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - 6118 ABNT. NBR 6118:2014 Projeto de estruturas de concreto. Projeto de estruturas de concreto, procedimento. Norma Brasileira, p. 238, 2014. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 9575. Nbr 9575. Impermeabilização - Seleção e projeto, p.14, 2010. 
SOARES PAGNUSSATT, F.; ALEGRE, P. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL. [s.l: s.n.]. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - 15575 ABNT. NBR 15575:2013 Desempenho de edificações. Desempenho, p.1 a 238, 2013. 
SOARES PAGNUSSATT, F.; ALEGRE, P. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL. [s.l: s.n.].

Outros materiais