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Resumo Atenção Farmacêutica I - Parte II

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Fernanda Iachitzki 
 
Atenção farmacêutica 1 
Serviço farmacêutico clínico na 
dispensação de medicamentos 
 
 
Sumário 
●Princípios da dispensação de medicamentos 
●Aspectos legais da dispensação 
●Aspectos clínicos da dispensação 
 
Legislação 
 LEI n° 5.991, de 17 de dezembro de 1973- 
Dispõe sobre o Controle Sanitário do 
Comércio de Drogas, Medicamentos, 
Insumos Farmacêuticos e Correlatos, e dá 
outras Providências. 
●Dispensação- ato de fornecimento ao 
consumidor de drogas, medicamentos, 
insumos farmacêuticos e correlatos, a título 
remunerado ou não 
↳ Aqui não se fala do aconselhamento, somente do 
fornecimento, até pela época em que essa lei surgiu, 
em 1973 pouco se falava da área de cuidado 
farmacêutico 
 
 LEI n° 13.021, de 8 de agosto de 2014- 
Dispõe sobre o exercício e a fiscalização 
das atividades farmacêuticas 
●Art. 14. Cabe ao farmacêutico, na dispensação 
de medicamentos, visando a garantir a eficácia 
e a segurança da terapêutica prescrita, 
observar os aspectos técnicos e legais do 
receituário. 
 
 
Dispensação 
 Serviço farmacêutico clínico 
 Ato privativo do farmacêutico 
 Tem por finalidade propiciar o acesso ao 
medicamento e o uso adequado 
 
Definição: Envolve a análise dos aspectos 
técnicos e legais do receituário, a realização 
de intervenções, a entrega de medicamentos 
e de outros produtos para a saúde ao 
paciente e ao cuidados, a orientação sobre 
seu uso adequado e seguro, seus benefícios, 
sua conservação e descarte, com o objetivo 
de garantir a segurança do paciente, o acesso 
e a utilização adequados 
 
A dispensação da maneira descrita na 
definição, exige a formação clínica do 
farmacêutico, não significa precisar fazer uma 
pós-graduação em farmácia clínica, apenas a 
própria formação clínica contida nas nossas 
diretrizes curriculares. 
 
 Exige formação clínica do farmacêutico 
A dispensação da maneira descrita na 
definição 
●Avaliar a prescrição 
Fernanda Iachitzki 
 
●Correlacionar os medicamentos 
prescritos/não prescritos com as condições 
de saúde e características do paciente 
●Considerar outros fatores que podem 
interferir no resultado do tratamento e na 
segurança do paciente 
 
 Por que a dispensação é tão importante? 
É o último contato que o paciente vai ter com 
o profissional de saúde antes de utilizar o 
medicamento. É como se fosse a última 
chance de resolver algum potencial problema, 
ou verificar uma contraindicação. 
 
Elementos mínimos que caracterizam o 
serviço de dispensação 
 
 
 
Com relação as Fontes dos dados clínicos, de 
onde vem esses dados clínicos que eu preciso 
desse paciente para executar o serviço de 
dispensação, esses dados vêm da própria 
receita, pode vir de entrevista com paciente/ 
cuidador, ou do prontuário. 
Os parâmetros avaliados pelo farmacêutico 
são os requisitos técnicos, administrativos e 
legais da prescrição. 
Retorno do paciente (follow up), muitas vezes 
é desnecessário quando estamos fazendo a 
dispensação do medicamento a não ser que 
constate que é um paciente elegível para o 
acompanhamento farmacoterapêutico, aí eu 
vou chamar ele pra outro serviço, mas o 
retorno para o serviço de dispensação pode-
se considerar desnecessário. 
Produto (output), Medicamento entregue e 
paciente informado 
Quem recebe o produto nem sempre é o 
paciente, pode ser o cuidador ou 
representante (comunicação com terceiros) 
Momento em que o serviço acontece: na 
própria dispensação 
 
Cenários de dispensação 
 
 
 
Quando nós temos uma prescrição 
precisamos fazer durante a dispensação do 
medicamento: 
-Análise técnica e legal da prescrição 
↳Para ver se podemos de fato fornecer o produto 
que está sendo solicitado nessa receita. 
-Intervenções 
↳Às vezes é necessário fazer contato com o médico, 
alguma informação não ficou clara, ou faltou alguma 
informação na prescrição, ou até mesmo a 
substituição do medicamento por genérico, ou similar 
equivalente. 
-Entrega do medicamento 
-Aconselhamento: forma de uso, benefícios, 
conservação, descarte 
 
Análise técnica e legal da prescrição 
 Deve estar escrita a tinta, por extenso e 
de modo legível 
 Deve conter 
●Nome e endereço do paciente 
Fernanda Iachitzki 
 
●Nome do medicamento, forma farmacêutica, 
posologia, apresentação, modo de 
administração e duração do tratamento 
●Data, nome e assinatura do prescritor 
 
Para medicamentos sujeitos a controle 
especial, seguir a portaria n° 344/1998 
 
 Problemas relacionados à prescrição 
●Erros de medicação 
-Nome do medicamento 
-Dose, via de administração e duração do 
tratamento 
●Problemas de ordem legal 
-Preenchimento incorreto 
●Problemas terapêuticos 
-Contraindicação absoluta 
-Interações medicamentosas de alto 
significado clínico 
-Superdosagem 
 
 Prescrição de antimicrobianos 
●Modelo de receita- em duas vias, contendo 
o nome completo, idade e sexo do paciente. 
Caso o prescritor não informe, esses dados 
podem ser preenchidos pelo farmacêutico 
responsável pela dispensação. 
 
●Validade da receita- validade em todo o 
território nacional, em até 10 dias a partir da 
sua emissão (a data de emissão corresponde 
ao primeiro dia de validade da receita) 
 
Quantidades máximas- não há uma quantidade 
limite para prescrição e não há um número 
máximo de substâncias que podem que 
podem ser prescritas na mesma receita. 
Receitas de atb podem conter qualquer outra 
classe de medicamentos exceto aqueles 
controlados pela Portaria n° 344/1998 
 
 Dentro do cenário da dispensação com 
prescrição, nós podemos ter uma nova 
prescrição, ou a continuação de uma 
prescrição antiga. 
 
Quando é uma nova prescrição, o primeiro 
contato do paciente com aquele 
medicamento, tem que prestar muita atenção 
no nome do medicamento, posologia, modo 
de usar e efeito adverso potencial. 
 
Quando é um paciente que já está em uso 
daquele medicamento e esta continuando 
aquele tratamento, é importante fazer a 
verificação da efetividade, segurança, uso 
correto e adesão. 
 
 Prescrição de qualidade 
Máximo de efetividade, minimiza riscos e 
custos e respeita a conveniência e escolha do 
paciente 
 
Detectar e resolver os problemas relacionados 
às prescrições pode favorecer o sucesso 
terapêutico e beneficiar o paciente e a 
comunidade- INTERVENÇÕES 
 
Entrega do medicamento e 
aconselhamento 
 
●Uma das intervenções é a orientação ao 
paciente representa a complementação da 
consulta com o prescritor 
 
Fernanda Iachitzki 
 
Patient counseling, mdication counseling, 
medicine counseling- abordagem focada no 
aumento da capacidade do paciente em 
resolver problemas com propósito de 
melhorar ou manter sua saúde e qualidade de 
vida (USP;FIP) 
↳Através desse aconselhamento a gente vai 
empoderar o paciente para que ele tenha um 
aumento da capacidade de resolver problemas 
relacionados a farmacoterapia e a sua saúde. 
 
No Brasil a gente utiliza os termos 
“aconselhamento de paciente” ou “orientação 
farmacêutica” que se define como um 
processo de escuta ativa, individualizado e 
centrado no cliente. Pressupõe a capacidade 
de estabelecer uma relação de confiança 
entre os interlocutores, visando o resgate dos 
recursos internos da pessoa atendida para que 
ela mesma tenha a possibilidade de 
reconhecer-se como sujeito de sua própria 
saúde e transformação. 
 
 
 
Níveis de orientação farmacêutica 
 
Para fins didáticos, foi elaborado esse quadro 
com 4 níveis de orientação, vai ficando cada 
vez mais completo e complexo o nível de 
informações que a gente vai passando pro 
paciente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernanda Iachitzki 
 
Atenção farmacêutica 1 
Serviço farmacêutico clínico na 
dispensação de medicamentos 
 
 
Sumário 
●Princípios da dispensação de medicamento 
●Aspectos legais da dispensação 
●Aspectos clínicos da dispensação 
 
Aspectos legais da dispensação 
●Ato de prescrever 
Para prescrever o médico tem que terpassado pelo processo do diagnóstico e 
prognóstico anteriormente a essa prescrição. 
 
Diagnostico: Qualificação dada por um médico 
à enfermidade ou estado fisiológico, com base 
nos sinais e sintomas que observa 
 
Prognóstico: Parecer médico acerca do 
seguimento e desfecho esperado de uma 
doença 
 
Prescrição: Síntese das informações sobre o 
tratamento eleito pelo prescritor a partir 
dessas avaliações. (não precisa 
necessariamente ser de um medicamento ela 
pode envolver também aspectos não 
farmacológicos) 
 
 
 
 
 
A prescrição não permite um entendimento 
profundo do processo diagnóstico e 
prognóstico 
↳ Por isso é tão importante em alguns casos 
fazermos a consulta farmacêutica, para tentar 
entender o que levou o prescritor a fazer tal 
prescrição 
 
Conjunto de informações que nos permite 
prestar o cuidado adequado ao paciente 
 
 Principais normas legais 
Lei n° 5991/1973- dispõe sobre o controle 
sanitário do comercio de drogas, 
medicamentos, insumos farmacêuticos e 
correlatos. 
 
Lei n° 9787/1999- estabelece o medicamento 
genérico, dispõe sobre a utilização de nomes 
genéricos em produtos farmacêuticos 
 
Resolução n° 357/2001 (CFF)- estabelece 
normas de Boas Práticas de Farmácia 
 
RDC n° 58/2014 (ANVISA) -Dispõe sobre as 
medidas a serem adotadas junto à Anvisa 
pelos titulares de registro de medicamentos 
para a intercambialidade de medicamentos 
similares com o medicamento de referência 
Fernanda Iachitzki 
 
 
Lei n° 13.732, de 8 de novembro de 2018 
Altera a Lei n° 5.991, de 17 de dezembro de 
1973 que dispõe sobre o Controle Sanitário de 
Comércio de Drogas, Medicamentos, insumos 
farmacêuticos e correlatos, para definir que a 
receita tem validade em todo o território 
nacional, independentemente da unidade 
federada em que tenha sido emitida 
 
●Resolução n° 357/2001 (CFF)- Boas Práticas 
de Farmácia 
Art. 21- O farmacêutico é responsável pela 
avaliação farmacêutica do receituário e 
somente será aviada/dispensada a receita que: 
I. Estiver escrita a tinta, em português, em letra 
de forma, clara e legível, observada a 
nomenclatura oficial dos medicamentos e o 
sistema de pesos e medidas oficiais do Brasil. 
A datilografia ou impressão por computador é 
aceitável; 
 
II. Contiver o nome e o endereço residencial 
do paciente; 
 
III. Contiver a forma farmacêutica, posologia, 
apresentação do método de administração e 
duração do tratamento; 
 
IV. Contiver a data e a assinatura do 
profissional, endereço do consultório e o 
número de inscrição no respectivo Conselho 
Profissional. A prescrição deve ser assinada 
claramente e acompanhada do carimbo, 
permitindo identificar o profissional em caso de 
necessidade; 
 
V. A prescrição não deve conter rasuras e 
emendas 
 
Parágrafo único. Deve-se observar o 
receituário específico e a notificação de 
receita para a dispensação de medicamentos 
sujeitos a controle especial. 
 
Partes de uma prescrição 
 
 
Tipos de prescrição 
 Notificação A 
-Listas A1 e A2 (Entorpecentes – Ex. Morfina) 
e A3 (Psicotrópicos-Ex. Metilfenidato) 
-Validade após prescrição: 30 dias. Válida em 
todo o território nacional. Quantidade Máxima/ 
Receita: 30 dias de tratamento. Limitado a 5 
ampolas por medicamento injetável. 
-Quantia maior: justificativa CID. 
 
 
 
 Notificação B 
-Listas B1 (Psicotrópicas- Ex. Clonazepam) 
-Validade após prescrição: 30dias. Válida em 
todo o território nacional. Quantidade Máxima/ 
Fernanda Iachitzki 
 
Receita: 60 dias de tratamento. Limitado a 5 
ampolas por medicamento injetável. 
-Quantia maior: justificativa com CID 
 
 
-Listas B2 (Anorexígenas- Ex. Sibutramina) 
-Validade após prescrição: 30 dias. Válida em 
todo o território nacional. Quantidade Máxima/ 
Receita: 30 dias de tratamento 
 
 
 Notificação C 
-C2 (retinoides de uso sistêmico- Ex. 
Isotretinoína) e C3 (imunossupressores- Ex. 
Talidomida) 
-Validade após prescrição: 30 dias. Válida em 
todo território nacional. Quantidade Máxima/ 
Receita: 30 dias de tratamento/ 15 dias para 
Talidomida. Limitado a 5 ampolas por 
medicamento injetável. 
 
 
 
 Receita de controle especial (listas C1 – Ex. 
Amitriptilina; e C5 – Ex. Testosterona) 
-Validade após prescrição: 30 dias. Válida em 
todo o território nacional. Quantidade Máxima/ 
Receita: 60 dias de tratamento/ até 6 meses 
para antiparkinsonianos e anticonvulsivanted. 
Limitado a 5 ampolas por medicamento 
injetável. 
-Quantia maior: justificativa com CID 
 
 
Para saber a qual lista o medicamento 
pertence pode usar o site da ANVISA, lá 
também pode-se verificar as substâncias que 
entram e saem das listas. 
 
Intercambialidade 
 Substituição do medicamento de 
referência pelo genérico 
-Intercambialidade (Resolução RDC no 58/2014 
da Anvisa) 
 
Fernanda Iachitzki 
 
O medicamento referência é intercambiável 
com genéricos e similar equivalente (da lista 
da ANVISA). Genérico e Similar equivalente 
não são intercambiáveis, e nem similar 
equivalente com similar equivalente. 
 
 
O farmacêutico deverá indicar a substituição 
efetuada na prescrição, apor seu carimbo, 
nome e número de inscrição no CRF, datar e 
assinar 
 
 
 
 
NORMAS 
RESOLUÇÃO- RDC N° 16, DE 2 DE MARÇO 
DE 2007 
 Aprova o Regulamento Técnico para 
Medicamentos Genéricos 
VI- Critérios para prescrição e dispensação 
de medicamentos genéricos 
 
2. Dispensação 
 
2.. 3. Nos casos de prescrição com a 
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou a 
Denominação Comum Internacional (DCI), 
somente será permitida a dispensação do 
medicamento de referência ou de genéricos 
correspondentes; 
 
RESOLUÇÃO- RDC N° 17, DE 2 DE MARÇO 
DE 2007 
 Dispõe sobre o registro de Medicamento 
Similar e dá outras providências 
↳Este Regulamento é composto por cinco 
partes: 
I. Das Medidas Antecedentes ao Registro de 
Medicamento Similar 
II. Do Registro 
III. Das Medidas do Pós-Registro 
IV. Da Renovação de Registro de 
Medicamento Similar 
V. Medicamentos que não serão aceitos como 
similares 
 
RESOLUÇÃO- RDC N°51, DE 15 DE AGOSTO 
DE 2007 
 Altera o item 2.3, VI, do Anexo I, da 
Resolução RDC nº 16, de 2 de março de 
2007 e o Anexo da Resolução RDC nº 17, 
de 2 de março de 2007 
• Art. 1º O item 2.3, do item VI, do Anexo 
I, da Resolução RDC nº 16, de 2 de 
março de 2007, passa a vigorar com a 
seguinte redação: 
"2.3 O medicamento genérico somente 
será dispensado se prescrito pela 
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, 
na sua falta, pela Denominação Comum 
Internacional (DCI), podendo ser 
intercambiável com o respectivo 
medicamento referência." 
• Art. 2º O item 2.3, do item VI, do 
Anexo I, da Resolução RDC nº 16, de 2 
de março de 2007, passa a vigorar 
acrescido do seguinte item: 
Fernanda Iachitzki 
 
"2.3.1 O medicamento de referência poderá 
ser dispensado quando prescrito pelo seu 
nome de marca ou pela respectiva 
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na 
sua falta, pela Denominação Comum 
Internacional (DCI), podendo ser 
intercambiável com o medicamento genérico 
correspondente." 
 Altera o item 2.3, VI, do Anexo I, da 
Resolução RDC nº 16, de 2 de março de 
2007 e o Anexo da Resolução RDC nº 17, 
de 2 de março de 2007 
 
• Art. 3º O Anexo da Resolução RDC nº 17, 
de 2 de março de 2007, passa a vigorar 
acrescido dos seguintes itens: 
 
VI. Critérios para prescrição e dispensação de 
medicamentos similares. 
 - 2. Dispensação 
− 2.1. O medicamento similar poderá ser 
dispensado quando prescrito pelo seu nome 
de marca ou pela respectiva Denominação 
Comum Brasileira (DCB) ou, na sua falta, pela 
Denominação Comum Internacional (DCI) 
correspondente. 
 
RESOLUÇÃO- RDC N°53, DE 30 DE 
AGOSTO DE 2007 
 Altera os itens 1.2 e 2.1, ambos do item VI, 
do Anexo da Resolução RDC nº 17, de 2 
de março de 2007 
Art. 1º Altera os itens 1.2. e 2.1., ambos do 
item VI, do Anexo, da Resolução RDC nº 
17, de 2 de março de 2007, que passam a 
vigorar com a seguinte redação: 
• "1.2. As aquisiçõesde medicamentos, sob 
qualquer modalidade de compra, assim 
como as prescrições médicas e 
odontológicas de medicamentos, no 
âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, 
adotarão obrigatoriamente a 
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, 
na sua falta, a Denominação Comum 
Internacional (DCI)." 
 
• "2.1. A dispensação de medicamentos no 
âmbito do SUS será feita mediante a 
apresentação de receituário emitido em 
conformidade com o disposto na Lei n.º 
9.787, de 1999, e observará a 
disponibilidade de produtos no serviço 
farmacêutico das unidades de saúde." 
 
NORMAS – DESTAQUES 
 
A Resolução RDC 53/07 item 2.1 determina 
que para o Serviço Público a dispensação 
observará a disponibilidade de produtos no 
serviço farmacêutico das unidades de saúde, 
não sendo necessário seguir as 
determinações quanto à intercambialidade. 
Dessa forma é possível que um medicamento 
similar seja dispensado em substituição ao 
medicamento genérico caso este não esteja 
disponível na unidade de saúde. 
 
A RDC 53/07 revogou de maneira tácita os 
itens (1.2 e 2.1 do item VI, do Anexo da 
Resolução RDC nº 17, de 2 de março de 2007) 
publicados na Resolução RDC nº 51 de 15 de 
agosto de 2007 (que previam a possibilidade 
de dispensação de medicamentos similares 
em caso de prescrição pela DCB ou DCI), 
conforme esclarecimentos da Assessoria 
Técnica da Anvisa ao CRF-SP na época da 
publicação dessas resoluções. 
 
Assim, as farmácias e drogarias privadas 
devem seguir o disposto no item 2.3 da 
Resolução RDC nº 16/07, não sendo permitida 
Fernanda Iachitzki 
 
a dispensação do medicamento similar em 
casos de prescrição com a DCB ou DCI. 
2.3. Nos casos de prescrição com a 
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou a 
Denominação Comum Internacional (DCI), 
somente será permitida a dispensação do 
medicamento de referência ou de genérico 
correspondentes; 
 
Situação clínica 
Na farmácia privada, prescrição contendo a 
DCB do medicamento. Quais o farmacêutico 
poderia dispensar? 
 
 
Para ser dispensado o similar tem que ter o 
nome da marca na receita. (nesse caso os 
que não constam na lista da ANVISA) 
 
Situação clínica 
Na farmácia privada, prescrição contendo o 
nome referência do medicamento. Quais o 
farmacêutico poderia dispensar? 
 
 
Aspectos clínicos da dispensação 
 
 Aspectos terapêuticos que interferem na 
adesão 
-Objetivo do tratamento 
-Complexidade do regime terapêutico 
-Interações medicamentosas e 
contraindicações 
 
Nas situações urgentes, ou que impedem a 
dispensação, deve-se utilizar o contato 
telefônico procurando manter um diálogo de 
alto nível, centrado no problema do paciente 
 
 Objetivos do tratamento 
- O farmacêutico deve compreender a 
fisiopatologia da doença, a fim de reconhecer 
claramente o objetivo terapêutico proposto e 
poder orientar o paciente com exatidão 
 
As vezes para compreender os objetivos do 
tratamento é necessário conversar com o 
paciente, fazendo perguntas do tipo “Sabe pq 
vai utilizar esse medicamento?” ou “Já usa 
esse medicamento a bastante tempo ou é a 
primeira vez?” 
 
Exemplo: Prescrição de enalapril 5 mg- 
paciente alega que não tem hipertensão e por 
isso não quer utilizar o medicamento 
↳ O enalapril além de ser utilizado para 
hipertensão, nessa dose é cardioprotetor para 
pacientes com insuficiência cardíaca 
congestiva 
 
 Objetivos gerais do tratamento 
-Cura de uma doença (ex. infecção) 
-Controle de uma doença (ex. hipertensão) 
-Alívio de sintomas (ex. cefaleia, congestão 
nasal, cuidados paliativos) 
-Prevenção de doenças (ex. vacinas, 
diabetes- período pré- patogênico, IAM) 
-Normalização de exame laboratorial (ex. 
vitamina D, hemoglobina) 
 
 
Fernanda Iachitzki 
 
 Regime terapêutico – instruções ao 
paciente 
Uma das funções do farmacêutico é diminuir 
a complexidade da farmacoterapia do paciente 
para melhorar a adesão e a qualidade de vida 
do paciente. 
 
-Dose prescrita 
-Frequência e horários de administração 
-Duração total do tratamento 
-Instruções adicionais |(ex. uso com alimento, 
preparo do medicamento, partição do 
comprimido) 
 
Todo regime terapêutico exige da paciente 
aprendizagem, disciplina e cumprimento de 
uma rotina, que determinarão certo grau de 
complexidade. 
 
 
Precisamos avaliar a adequação da dose diária 
do paciente, quanto do medicamento ele está 
utilizando por dia, se está adequada ou não. 
Pode estar insuficiente, adequada ou até acima. 
Também disposição e capacidade do paciente 
em cumprir o regime, o quanto ele está 
disposto a tomar o medicamento. 
 
 Simplificando o regime terapêutico 
- Agrupar medicamentos que possam ser 
usados conjuntamente 
-Organizar horários 
-Instruir claramente sobre as orientações 
adicionais 
 
 Interações medicamentosas 
-Interações medicamento-medicamento (p. ex. 
anlodipino e sinvastatina) 
-Interações medicamento-alimento (p. ex. 
varfarina e vegetais verde escuros; orlistat e 
vitaminas lipossolúveis) 
-Interações medicamento-doença (p. ex. 
betabloqueadores em asmáticos) 
 
Avaliar relevância clínica e gravidade 
 
 Contraindicações 
-Relativas (p.ex. AINEs para hipertensos) 
-Absolutas (alergias; critério de Beers para 
medicamentos potencialmente inadequados 
em idosos; categoria X para gestantes) 
 
Dispensação 
Mesmo dispondo de todas as informações 
clínicas sobre o diagnóstico, o prognostico e a 
gravidade do quadro clínico do paciente, é 
preciso que o farmacêutico compreenda as 
consequências da não dispensação do 
medicamento, que privam o paciente do 
benefício, tanto quanto as consequências da 
dispensação, que expõe o paciente ao risco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernanda Iachitzki 
 
 
 
 
Fernanda Iachitzki 
 
Atenção farmacêutica 1 
Manejo de problema de saúde 
autolimitado 
 
Sumário 
 Conceitos e definição de semiologia e 
anamnese farmacêutica 
 Seleção da terapia ou intervenção ao 
individuo 
 Elaboração e orientação da prescrição 
 Avaliação de resultados e documentação 
Hierarquia de necessidades de Maslow 
 
-5 Categorias de necessidades humanas 
Para chegar na prestação do serviço é 
necessário entender de onde veio o processo 
no manejo de problema de saúde 
autolimitado, Maslow elaborou essa pirâmide 
tratando das necessidades humanas além da 
necessidade de saúde. Na base as 
necessidades fisiológicas, necessárias para a 
sobrevivência como: respiração, comida, água, 
sexo, sono, homeostase, excreção. Acima das 
necessidades fisiológicas estão as 
 
 
necessidades de segurança envolvendo 
segurança do corpo, do emprego, de 
recursos, da moralidade, da família, da saúde, 
da propriedade. Acima das necessidades de 
segurança estão as necessidades de amor ou 
relacionamento envolvendo amizade, família, 
intimidade sexual. Acima temos as 
necessidades referentes a estima contendo a 
auto-estima, confiança, conquista, respeito dos 
outros, respeito aos outros. E acima da estima 
as necessidades referentes a realização 
pessoal incluindo moralidade, criatividade, 
espontaneidade, solução de problemas, 
ausência de preconceito, aceitação dos fatos. 
Um indivíduo só sente o desejo de satisfazer 
a necessidade de um próximo estágio se a do 
nível anterior estiver sanada. 
De acordo com Maslow “Se você planeja ser 
qualquer coisa menos do que aquilo que você 
é capaz, provavelmente você será infeliz 
todos os dias de sua vida.” 
De acordo com a Organização Mundial de 
Saúde (OMS) saúde como “um estado de 
completo bem-estar físico, mental e social e 
não somente a ausência de afecções e 
enfermidades”. 
 
Fernanda Iachitzki 
 
Necessidade em saúde 
 
Quando falamos de necessidade em saúde, 
temos 4 eixos 
1. Garantia de acesso a tecnologias 
Tecnologias que melhorem e prolonguem a 
vida, dentro dessas tecnologias se encontram 
os medicamentos e outros produtos para 
saúde como os de higiene por exemplo. 
2. Necessidade de vinculo com 
profissional e equipe de saúde 
Em quenós temos o estabelecimento de uma 
relação continua no tempo, pessoal e 
intransferível, calorosa 
3. Necessidade de autonomia e 
autocuidado 
Satisfação de suas necessidades da forma 
mais ampliada possível, eu deixo de assumir a 
completa responsabilidade por esse paciente, 
e nós vamos compartilhar essa 
responsabilidade pela saúde do individuo. Então 
individuo também é responsável pela sua 
saúde. 
4. Necessidade de boas condições de 
vida 
Determinantes socias de saúde, uma cidade 
saudável, uma atenção integral, o acesso aos 
cuidados, acesso ao sistema de saúde. 
Queremos atingir um estado de bem-estar 
social e para isso precisamos promover saúde 
sempre levando em consideração as inter-
relações das dimensões individuais e coletivas. 
Então é um conjunto de ações envolvidas na 
promoção da saúde que vão fazer com que 
o indivíduo atinja o bem-estar social 
Autocuidado 
 É um comportamento do individuo que 
atua de maneira autônoma para 
estabelecer e mantes a própria saúde, 
prevenir e lidar com as doenças. Trata-se 
de um amplo conceito, que inclui: 
↳Higiene (geral e pessoal) 
↳Alimentação (tipo e qualidade dos alimentos 
ingeridos) 
↳Estilos de vida (atividade desportivas, lazer, 
etc.) 
↳Fatores ambientais (condições de vida, 
hábitos sociais, etc) 
↳Fatores socioeconômicos (níveis de renda, 
níveis culturais, etc;) 
↳Automedicação 
“A automedicação é a escolha e o uso de 
medicamentos, feitos pelos indivíduos, para 
tratar distúrbios e sintomas 
autorreconhecíveis.” 
“A automedicação é um elemento do 
autocuidado.” 
Os medicamentos envolvidos na 
automedicação são os Medicamentos Isentos 
de Prescrição 
 
 
Fernanda Iachitzki 
 
Medicamentos isentos de prescrição 
Medicamentos isentos de prescrição são 
medicamentos disponíveis ao autosserviço em 
farmácias e drogarias e que, dessa forma, não 
necessitam de prescrição médica para que 
sejam dispensados 
 
Quais são os critérios que um medicamento 
tem que atender para ser um MIP? 
1. O MIP deve ser indicado para o 
tratamento de doenças não graves e 
com evolução lenta ou inexistente; 
2. O MIP deve possuir reações adversas 
com casualidades conhecidas, baixo 
potencial de toxicidade e de interações 
medicamentosas; 
3. O MIP deve ser utilizado por um curto 
período ou pelo tempo previsto em 
bula no caso de medicamentos de uso 
preventivo (não existe, “MIPs de uso 
continuo”); 
4. O MIP deve ser de fácil manejo pelo 
paciente, cuidador ou mediante 
orientação pelo farmacêutico; 
5. O MIP deve apresentar baixo potencial 
de risco ao paciente; 
6. O MIP não deve possuir potencial de 
gerar dependência química ou 
psíquica; 
 
 
 
RDC N° 98, DE 1° DE AGOSTO DE 2016 
Dispõe sobre os critérios e procedimentos 
para o enquadramento de medicamentos 
como isentos de prescrição e o 
reenquadramento como medicamentos sob 
prescrição e dá outras providências. 
 
LMIP- Lista de Medicamentos Isentos de 
Prescrição 
São considerados medicamentos isentos de 
prescrição aqueles cujos grupos terapêuticos 
e indicações terapêuticas estão descritos na 
Lista de Medicamentos Isentos de Prescrição 
(LMIP) 
*Essa lista só da os grupos, para saber o nome 
do medicamento procurar na lista CMED. 
 
Cuidado farmacêutico 
 
Processo de cuidado 
 
 
Fernanda Iachitzki 
 
Manejo de problema de saúde 
autolimitado 
Conceito: Serviço pelo qual o farmacêutico 
acolhe uma demanda relativa a problema de 
saúde autolimitado, identifica a necessidade de 
saúde, prescreve e orienta quanto a medidas 
não farmacológicas, medicamentos e outros 
produtos com finalidade terapêutica, cuja 
dispensação não exija prescrição médica e, 
quando necessário, encaminha o paciente a 
outro profissional ou serviço de saúde. 
 
Termos relacionados: indicação farmacêutica, 
automedicação responsável, indicación 
farmacêutica, automedicación responsable, 
managemente of minor illness e responsible 
self medication 
 
Legislação 
RESOLUÇÃO N° 586 DE AGOSTO DE 2013 
Regula a prescrição farmacêutica e dá outras 
providências. 
 
Art. 6°- O farmacêutico poderá prescrever 
medicamentos cuja dispensação exija 
prescrição médica, desde que condicionado à 
existência de diagnostico prévio e apenas 
quando estiver previsto em programas, 
protocolos, diretrizes ou normas técnicas, 
aprovados para uso no âmbito de instituições 
de saúde ou quando da formalização de 
acordos de colaboração com outros 
prescritores ou instituições de saúde. 
 
Caso clínico 
Sofia, 37 anos de idade, vai à farmácia com 
queixa de tosse, coriza e dor de cabeça, com 
inicio há 3 dias. Não apresenta febre 
(temperatura de 36,7°C- você mediu). 
 
Aparentemente parece ser um resfriado. 
 
Como manejar esse caso? 
Começa com a anamnese 
 
Método clínico 
 Anamnese 
 
 
 
Coleta de dados, identificação da 
farmacoterapia, plano de cuidado e retorno 
 
 Avaliação dos sinais e sintomas 
 
 
É importante avaliar o tempo para saber se é 
um caso crônico, pq nesse caso tenho que 
fazer o encaminhamento, se for agudo eu 
posso manejar na farmácia mesmo. 
 
Fernanda Iachitzki 
 
 Situações especiais e precauções (podem 
requerer um encaminhamento) 
 
 
Plano de cuidado 
O plano de cuidado contempla tanto terapia 
farmacológica, quanto não farmacológica e 
encaminhamento a outro profissional ou 
serviço de saúde e/ou outras intervenções 
relativas ao cuidado 
 
Para elaborar o plano de cuidado 
contemplando tanto terapia farmacológica 
como a não farmacológica ou até mesmo o 
encaminhamento temos que verificar qual é a 
indicação clínica, sinais e/ou sintomas que 
justificam a escolha da terapia farmacológica. 
Qual é o objetivo terapêutico, o que eu 
pretendo atingir com o uso do medicamento 
(cura, alivio, prevenção de uma complicação, 
entre outros. Meta terapêutica, parâmetros 
para mensuração, frequência e forma de 
avaliação dos resultados, em termos de 
efetividade e segurança, como avaliar isso? 
Por exemplo, se é um paciente que apresenta 
febre, qual a temperatura que ele tem que 
atingir com o uso do medicamento?. Via de 
administração, conforme necessidade de local 
ou velocidade de inicio de ação, ciclo de vida, 
preferências pessoais, crenças. Classe 
farmacológica e princípio ativo, a gente vai 
escolher de acordo com a segurança, 
efetividade e conveniência e relação custo-
benefício para o alcance dos objetivos 
terapêuticos pretendidos (pensar no acesso, o 
medicamento pode ser maravilhoso, mas as 
vezes o paciente não vai poder pagar). O 
medicamento em si que a gente vai escolher, 
nome do medicamento ou formulação, 
concentração/dinamização e forma 
farmacêutica. Regime terapêutico, qual vai ser 
a dose, frequência de administração do 
medicamento e duração do tratamento e 
instruções adicionais quando tiver necessidade. 
 
Orientações 
-Como seguir o plano de cuidado 
-Como utilizar corretamente os 
medicamentos e a terapia não farmacológica 
-Quais são os efeitos esperados, e quanto 
tempo aguardar para que eles ocorram 
-O que fazer, caso os sinais e/ou sintomas não 
melhorem com as medidas adotadas 
-Reações adversas a medicamentos e as 
interações medicamentosas relevantes 
-Informações relativas ao armazenamento do 
medicamento e de outros produtos 
relacionados à saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernanda Iachitzki 
 
Manejo da tosse-algoritimo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernanda Iachitzki 
 
Atenção farmacêutica 1 
Revisão da farmacoterapia e 
conciliação de medicamentos 
 
 
Sumário 
• Revisão da farmacoterapia 
-Indicação clínica 
-Regime terapêutico 
-Interações 
-Otimização da posologia 
-Reações adversas 
 Conciliação de medicamentos nos 
diferentes níveis de assistência 
 
Revisão da farmacoterapia 
“Identificar problemas relacionados à 
farmacoterapia está para o cuidado 
farmacêutico assim como o diagnóstico a 
doença está para a medicina” 
↳ Essa etapa é importantíssima na nossa conversa 
como paciente (coração e alma do método clínico) 
e para identificar os problemas temos que saber tudo 
que o paciente está utilizando, medicamentos 
prescritos e não prescritos, outras alternativas um chá 
ou um fitoterápico algo que muitas vezes o paciente 
não considera como medicamento. 
 
 Serviço pelo qual o farmacêutico faz uma 
análise estruturada e crítica sobre os 
medicamentos utilizados pelo paciente, 
com os objetivos de minimizar a 
ocorrência de problemas relacionados à 
farmacoterapia, melhorar a adesão ao 
 
 
 
tratamento e os resultados terapêuticos, 
bem como reduzir o desperdício de 
recursos (CFF,2016). 
 
Quais pacientes são elegíveis para esse 
serviço? 
Normalmente quem passa por esse serviço 
são os pacientes com condições crônicas, em 
uso de múltiplos medicamentos de uso 
continuo pq são os mais suscetíveis a ter 
problemas com a farmacoterapia. Então esse 
serviço é direcionado a esse tipo de paciente, 
mas nada impede de pacientes que não 
tenham doenças crônicas solicitarem também. 
 
Procedimento realizado pelo farmacêutico 
voltado a pacientes portadores de condições 
crônicas, em uso de múltiplos medicamentos 
de uso contínuo 
 
Revisão e ajustes na farmacoterapia, em 
contato direto com o paciente ou não 
 
Revisar os medicamentos em uso pelo 
paciente é necessário para a detecção e 
resolução de problemas 
 
Fernanda Iachitzki 
 
Recomendações ao paciente ou ao médico 
 
Tipos de revisão da farmacoterapia 
1. Revisão das prescrições 
Objetivo: Avaliar questões técnicas da 
prescrição, incluindo custo-efetividade. 
Não necessariamente o paciente precisa estar 
presente e nem precisa listar todos os 
medicamentos prescritos, não prescritos ou 
terapêuticas alternativas. Os principais pontos 
avaliados são: erros de medicação, 
contraindicações, custo do tratamento, 
discrepâncias. 
 ↳ Custo-efetividade: terapias efetivas e acessíveis ao 
paciente (ele pode pagar pelo tratamento?) 
Eficácia: resultados do tratamento em condições de 
mundo ideal, resultados de ensaios clínicos 
randomizados, aqueles estudos bem controlados em 
que eu tenho 100% de adesão pq o pesquisador foi lá 
e deu o medicamento para o participante do estudo 
 Efetividade: se refere aos resultados do tratamento 
em condições de mundo real, levando em 
consideração a variabilidade dos participantes do 
estudo, leva em consideração a falta de adesão. 
 Eficiência: leva em consideração o custo do 
tratamento, o acesso a ele. 
 
2. Revisão da adesão terapêutica 
Objetivo: Avaliar o comportamento do 
paciente no uso dos medicamentos. 
O paciente precisa estar presente, e todos os 
medicamentos prescritos, não prescritos e 
terapêuticas alternativas devem ser listados. 
Os principais pontos avaliados são: Experiencia 
de medicação, complexidade da 
farmacoterapia, discrepâncias. 
 
3. Revisão clínica (mais completa) 
Objetivo: Avaliação entre o uso de 
medicamentos e resultados terapêuticos de 
forma abrangente. 
O paciente precisa estar presente, e todos os 
medicamentos prescritos, não prescritos e 
terapêuticas alternativas devem ser listados. 
Os principais pontos avaliados são: 
Necessidade, efetividade e segurança de cada 
tratamento. 
 
 Revisão estruturada da medicação 
-Necessidade 
-Adesão 
-Efetividade 
-Segurança 
-Custo-efetividade 
 
Farmacoterapia ideal 
Avalia-se: 
Necessidade 
↳ O paciente utiliza todos os medicamentos 
que necessita 
↳ O paciente não utiliza medicamento 
desnecessário 
 
Adesão terapêutica 
↳ O paciente compreende e é capaz de 
cumprir o regime posológico 
↳ O paciente concorda e adere ao tratamento 
numa postura ativa 
 
Efetividade 
↳ O paciente apresenta a resposta esperada 
à medicação 
↳ O regime posológico está adequado ao 
alcance das metas terapêuticas 
 
Segurança 
↳ A farmacoterapia não produz novos 
problemas de saúde 
↳ A farmacoterapia não agrava problemas de 
saúde pré-existentes 
Nem todas as abordagens provem do meio 
farmacêutico, mas todas tem por objetivo 
fornecer um raciocínio clinico sistemático e 
Fernanda Iachitzki 
 
reprodutível, que permita realizar a melhor 
avaliação clínica possível. 
↳ Métodos explícitos: Consistem geralmente 
em listas de medicamentos ou situações 
clínicas padronizadas envolvendo a 
farmacoterapia que podem levar a eventos 
adversos. 
↳ Métodos implícitos: Abordagens que 
dependem da avaliação intrínseca do 
profissional, de seu acesso às informações do 
paciente, de sua competência e de suas 
habilidades clínicas; são mais abrangentes e 
não se limitam a alguns medicamentos ou 
condições de saúde, mas podem ser aplicados 
a qualquer paciente, em qualquer momento 
de seu processo de cuidado e qualquer nível 
social 
Métodos explícitos 
-Critério de Beers 
-STOPP/ START (Screening Tool of Older 
Person’s 
Prescriptions/ Screening Tool to Alert doctor 
to Right Treatment) 
Listas de medicamentos inadequados em 
idosos 
Quando pensamos em pacientes idosos, pela 
própria fisiologia é mais suscetível a efeitos 
adversos a medicamentos pq se pensarmos 
os órgãos já trabalharam muitos anos e não 
estão no auge da sua forma, por isso são 
pacientes mais suscetíveis a efeitos adversos 
e também as próprias ações terapêuticas dos 
medicamentos. Então muitas vezes o paciente 
idoso requer algum ajuste de dose, é muito 
melhor usar as menores doses possíveis no 
idoso do que um medicamento na dose 
máxima. 
Temos na literatura esses critérios, para 
facilitar a escolha das terapias em pacientes 
idosos. 
No critério de Beers, tem uma série de tabelas 
com medicamentos que devem ou ser usados 
com cautela, ou serem evitados. 
 Tabela de medicamentos potencialmente 
inapropriados: 
 
Na tabela vai ter a classe, e o “racional”, ou 
seja, a justificativa para evitar esses 
medicamentos, e qual é a recomendação, 
qualidade da evidência que gerou essa 
informação, e força de recomendação. 
 
Tabela de medicamentos potencialmente 
inapropriados devido a interações 
medicamento-doença, pq podem exacerbar a 
doença. 
 
 
 
 
Fernanda Iachitzki 
 
Tabela de medicamentos potencialmente 
inapropriados devido a interações 
medicamento-medicamento 
 
Tabela de medicamentos que devem ser 
evitados ou ter a dose reduzida 
 
 
 Ferramenta STOPP/START 
Tem a lista do STOP que são os 
medicamentos potencialmente inapropriados 
E a lista START que tem os medicamentos 
apropriados. 
Métodos implícitos 
Envolve a consulta (a conversa com o 
paciente), nos critérios de Beers e 
STOP/START eu não preciso estar 
conversando com o paciente, somente dos 
dados de prontuário ou prescrições. Mas para 
os métodos implícitos preciso de uma 
entrevista com o paciente. 
●Dáder 
●PWDT 
●MAI 
●NO TEARS (mnemônico) 
Método Dáder- processo sistemático de 
perguntas sobre o estado do paciente 
contendo uma lista ordenada de todos os 
problemas de saúde e seus respetivos 
tratamentos medicamentosos (um ou mais 
medicamentos para cada problema de saúde) 
*Estado situacional é como se fosse uma foto 
da condição clínica do paciente, e esse estado 
situacional muda bastante inserir e retirar 
medicamento. 
Aplicando esse método: 
Situações como não adesão ao tratamento, 
interações medicamentosas ou erros de 
medicação não surgem diretamente nas 
perguntas de avaliação do tratamento, mas 
são consideradas causas possíveis de 
problemas de efetividade ou segurança da 
farmacoterapia 
 Método Dáder- Premissas: 
1. Cada farmacoterapia deve ser necessária 
ao paciente- um medicamento é 
necessário quando o paciente apresenta 
uma doença, uma condição clínica, ou um 
fator de risco que justifique seu uso. 
 
2. Uma vez que a farmacoterapia seja 
necessária, avalia-se a sua efetividade- 
considera-se uma farmacoterapia efetiva 
quando esta alcança o objetivo terapêutico 
proposto, conforme a condição de saúde 
do paciente 
 
3. Após avaliação da efetividade, 
independentemente do resultado, avalia-se 
a segurançade cada medicamento em 
uso- um medicamento inseguro será 
aquele que produzir ou agravar um 
problema de saúde do paciente. 
Fernanda Iachitzki 
 
 
4. A última etapa consiste em verificar se 
existe algum problema de saúde não 
tratado no paciente, que não esteja 
relacionado a outro problema da 
farmacoterapia e que deva ser tratado 
com medicamentos 
 
 Método Pharmacotherapy Workup 
(PWDT)- a base do modelo está na ideia 
de que todo paciente apresenta 
necessidades relacionadas aos 
medicamentos e que a responsabilidade 
do farmacêutico é avaliar criticamente, a 
todo o momento, se essas necessidades 
se encontram atendidas. 
 
Esse método baseia-se em uma avaliação 
sistemática de cada medicamento/ tratamento 
em uso pelo paciente em relação a sua 
1. Indicação 
2. Efetividade 
3. Segurança 
4. Adesão ao tratamento 
Avalia-se a farmacoterapia primeiro e depois 
o comportamento do paciente (adesão) 
 Método MAI (Medication Appropriateness 
Index; Indice de Adequação dos 
Medicamentos) - foi desenvolvido como 
um método padrão para avaliação de 
múltiplos elementos de uma prescrição, de 
modo a identificar casos em que a 
prescrição contenha medicamentos 
desnecessários, inefetivos, prejudiciais, 
inviáveis e/ou muito caros que contribuam 
para maior morbidade, internações e 
despesas para os pacientes 
 
Método MAI- avalia a prescrição quanto a 
possíveis problemas relacionados aos 
medicamentos segundo 10 critérios essenciais: 
1. Indicação (sinal, sintoma, doença ou 
condição para prescrição 
2. Efetividade (produção de resultado 
benéfico) 
3. Dose (total de medicamentos tomados em 
24 horas 
4. Administração (instruções para uso 
correto de um medicamento) 
5. Comodidade/praticidade (facilidade do 
tratamento em ser usado ou colocado em 
prática) 
6. Interações medicamento-medicamento 
7. Interação medicamento-doença 
8. Duplicidade terapêutica 
9. Duração (período de tempo e tratamento) 
10. Custo (custo de um medicamento em 
comparação com outros agentes de igual 
eficácia e segurança) 
 
 Método MAI 
Segue uma escala de 3 pontos: 
↳ 1 = uso apropriado do medicamento 
↳ 1 = uso limitadamente apropriado do 
medicamento 
↳ 1 = uso inapropriado do medicamento 
↳ 9 = não sei 
Para cada um dos 10 critérios essências vai se 
atribuir uma pontuação 
A pontuação total por paciente é obtida pela 
soma da pontuação de cada um dos 
Fernanda Iachitzki 
 
elementos analisados para cada medicamento- 
quanto mais alta a pontuação obtida na escala 
de 1 a 3, mais inapropriada é a prescrição. 
Apesar de fácil e útil para revisar um grande 
número de medicamentos utilizados pelo 
paciente, o método apresenta algumas 
desvantagens: 
↳Não inclui na escala a presença de RAM 
(exceto aquelas provocadas por interações) 
↳Não inclui a presença de problema de saúde 
não tratado, qualidade de vida e não adesão 
ao tratamento 
↳Tempo despendido para revisar cada 
medicamento é de aproximadamente 10 
minutos, o que pode impossibilitar a aplicação 
em locais muito movimentados 
 Método NO TEARS- propõe abranger 
necessidade e indicações clínicas, 
perguntas abertas, testes e monitoração, 
evidências e diretrizes, eventos adversos, 
redução do risco e prevenção e 
simplificação e conveniência. 
A ferramenta pode ser aplicada em uma 
consulta de 10 minutos e apresenta um 
sistema flexível que pode ser adaptado ao 
estilo de consulta do profissional de saúde 
N- Necessidade e indicações 
↳ O paciente sabe por que usa este 
medicamento? Ainda precisa toma-lo? O 
tratamento é por quanto tempo? A dose é 
adequada? O diagnóstico está confirmado? 
Não é melhor um tratamento não 
farmacológico? 
O- Open (perguntas abertas) 
↳Dar ao paciente a chance de expressar seu 
ponto de vista sobre o tratamento: “É comum 
para muitas pessoas não tomar todos os 
comprimidos. Isso ocorre com você?”; “Vamos 
acordar o que tomar regularmente?”; “Você 
acha que seus medicamentos funcionam?” 
T- Testes e monitoração 
↳Avaliar o controle da doença. Alguma doença 
está sendo subtratada? Dar orientação sobre 
a monitorização apropriada conforme 
diretrizes ou linhas-guia. Considerar diretrizes 
clínicas brasileiras ou protocolos da instituição, 
do estado, município ou Ministério da Saúde. 
E- Evidência e diretrizes 
↳Houve alguma mudança nas diretrizes de 
tratamento desde o início da terapia? A linha-
guia atual desaconselha a prescrição de algum 
dos medicamentos em uso? 
A- Adverso (eventos adversos) 
↳O paciente apresenta alguma reação 
adversa? O paciente vem utilizando 
medicamentos alternativos ou por 
automedicação? Verificar interações, 
duplicidades e contraindicações. Verifique a 
existência de “cascata iatrogênica” 
(interpretação de reações adversas como 
novos problemas). 
 
R- Redução do risco e prevenção 
↳Se o tempo permitir, realizar testes de 
rastreamento. Quais são os riscos do 
paciente? A farmacoterapia encontra-se 
otimizada de modo a reduzir esses riscos? 
S- Simplificação e conveniência 
↳O tratamento pode ser simplificado? O 
paciente sabe quais são os tratamentos mais 
importantes? Considerar a possibilidade de 
substituição de vários medicamentos em 
baixas doses por um único medicamento em 
dose mais alta. Apresentar possibilidades de 
trocas de medicamentos que melhorem a 
Fernanda Iachitzki 
 
relação custo-efetividade do tratamento (p.ex. 
genéricos). 
Revisão da farmacoterapia com foco na 
adesão ao tratamento 
-Serviços focados na adesão do paciente ao 
tratamento 
-Avaliação do conhecimento, habilidade, 
altitude, capacidade de gestão e adesão ao 
tratamento pelo paciente 
-Avaliação das preocupações, necessidade, 
expectativas e experiencias do paciente com 
o tratamento 
-Técnicas diversas, como educação e 
aconselhamento, calendários, dispositivos, 
organizadores, pictogramas, recursos 
facilitadores, consultas domiciliares 
 
Pensando na adesão, como a gente convence 
o paciente a fazer o tratamento? 
Quando temos atitudes do prescritor e 
percepção do paciente separados o paciente 
não vai ser aderente pq ele ta só recebendo 
a informação e o prescritor não está 
preocupado se o paciente está concordando 
ou não, e o paciente tem que entender e 
concordar. 
Quando tem uma troca de informações entre 
prescritor e paciente e ele entende a 
importância daquilo mesmo que ele não 
goste, vai acabar concordando e dai sim 
aderindo ao tratamento. 
 Capacidade de gestão de medicamentos 
 Constructos 
-Autonomia 
-Conhecimento 
-Habiilidade 
 Instrumentos 
-Instrumentos que utilizam os medicamentos 
do paciente 
-Instrumentos que utilizam atividades simuladas 
de medicamentos 
 MedTake (Teste de Conhecimento da 
Terapia) 
1. Abrir o recipiente e simular a tomada da 
primeira dose do dia/ identificar o 
medicamento 
2. Descrever a indicação 
3. Descrever os alimentos e líquidos que 
ingere concomitantemente 
4. Descrever o regime posológico 
 
 
 Instrumentos que utilizam os 
medicamentos do paciente 
 
 SM Task – Self-Medication Task – o 
sujeito é convidado a ler em voz alta os 
rótulos de três medicamentos 
dispensados, abrir cada frasco, e planejar a 
administração semanal 
▪ Seis pontos são gerados 
↳Precisão de leitura 
↳Velocidade de abertura do frasco 
↳Sucesso de abertura do frasco 
↳Erros nos horários da medicação 
Fernanda Iachitzki 
 
↳Erros na dosagem 
O paciente vai receber um dispositivo para 
organizar a administração semanal 
 
 
Promoção da adesão à farmacoterapia 
 Estratégias que focam na aquisição de 
competências (conhecimento, habilidades 
de autocuidado) 
 Intervenções simples para tratamentos de 
curta duração e intervenções complexas 
para tratamentos de longa duração 
melhoram adesão e desfechos clínicos 
 Programas de automonitoramento ou 
autocuidado 
 Regimes simplificados de dose 
 Lembretes, dicas e/ou organizadores, 
materiais 
 Educação sobre doenças e manejo de 
medicamentos 
 Em idosos intervenções farmacêuticasque 
otimizam uso de medicamentos 
❖ Etiquetas recordatórias 
❖ Porta-comprimidos 
❖ Quadro posológico 
❖ Panfletos educativos 
❖ Agenda celular 
❖ Aplicativos: Hora do remédio; MediSafe 
❖ Material educativo impresso 
Conciliação de medicamentos 
Serviço pelo qual o farmacêutico elabora uma 
lista precisa de todos os medicamentos (nome 
ou formulação, concentração/dinamização, 
forma farmacêutica, dose, via de 
administração e frequência de uso, duração 
do tratamento) utilizados pelo paciente, 
conciliando as informações do prontuário, da 
prescrição, do paciente, de cuidadores, entre 
outras. Este serviço é geralmente prestado 
quando o paciente transita pelos diferentes 
níveis de atenção ou por distintos serviços de 
saúde, com o objetivo de diminuir as 
discrepâncias não intencionais (CFF, 2016). 
Termos relacionados: reconciliação, 
medication reconciliation, reconciliación de los 
medicamentos, conciliación de la medicación e 
conciliación farmacoterapéutica 
 
 Na conciliação de medicamentos temos 
um processo formal no qual se cria uma 
lista completa e acurada de todos os 
medicamentos usados no período pré-
admissão para cada paciente, e se 
compara com as prescrições de admissão, 
transferência e/ou alta com essa lista criada 
 
 Verificar discrepâncias na lista que são 
levadas para atenção do médico 
responsável pelo paciente e, se for 
apropriado, mudanças são realizadas nas 
prescrições – qualquer mudança nas 
prescrições deve ser documentada 
 
Para isso é necessária uma boa comunicação, 
para saber por onde esse paciente passou, 
por isso eu preciso ter o registro muito bem 
feito, prontuário bem preenchido. 
Fernanda Iachitzki 
 
 Comunicação 
 
 
 Por que fazer a conciliação? 
→Erros de medicação estão entre as 
maiores causas de danos em pacientes 
hospitalares (Campbell, 2007) 
→Discrepâncias entre medicamentos pré-
admissão e internação variam de 30 a 70% 
(Cornish, 2005) 
→Cerca de 12% dos pacientes apresentam 
eventos adversos a medicamentos até a 
segunda semana do pós-alta (Forster, 2003) 
→46% dos erros de medicação ocorrem na 
admissão ou na alta (Bates, 1997) 
→Eventos adversos a medicamentos estão 
associados com 20% dos danos ou mortes na 
área de saúde e são resultado de um sistema 
mal desenhado (Leape, 1991) 
→O alto índice de erros de medicação está 
associado a pobre transmissão de 
informações na transição da assistência 
(Gouvêa, 2010) 
 Por que o Farmacêutico fazendo 
conciliação de medicamentos? 
→Peça chave no serviço 
↳Performance do farmacêutico em relação a 
outros profissionais 
↳Conhecimento em relação ao processo de 
uso dos medicamentos 
↳Crescimento para a clínica do profissional 
farmacêutico (contato direto com o paciente) 
↳Aumenta o número de pontos de controle 
 
 Como fazer a conciliação? 
A – COLETAR 
Best Possible Medication History 
↳Melhor histórico possível que a gente 
conseguir da medicação do paciente 
B – COMPARAR 
Cruzar as informações 
LISTA PRÉ-ADMISSÃO X PRESCRIÇÃO DE 
ADMISSÃO 
C – COMUNICAR 
↳Comunicar e registrar as discrepâncias 
encontradas 
↳Discutir 
↳Registrar as justificativas e mudanças 
realizadas 
Uma forma de coletar é o Best Possible 
Medication History, vai incluir alergias a 
medicamentos, quais os medicamentos em 
uso (nome do medicamento, frequência de 
uso), perguntar se o paciente vai sempre a 
mesma farmácia, e perguntar sobre over the 
conter que são os MIP’s então se existe 
medicamentos que o paciente toma e não 
estão na prescrição. Também vitaminas, 
minerais e suplementos ver se o paciente 
toma e como ele toma., se ele utiliza 
medicamentos otológicos, oftalmológicos ou 
intranasais, outras formas farmacêuticas, 
Fernanda Iachitzki 
 
antibióticos (se utilizou nos últimos 3 meses), 
e o fechamento para concluir a entrevista. 
Exemplo: 
 Carlos, 70 anos, 85kg, 1,65m. História 
prévia de tabagismo, hipertensão, 
hipotireoidismo e hiperplasia prostática 
benigna. Internou há 2 dias por IAM. 
 
 
 
 Conciliação realizada pelo farmacêutico 
 
 
Fontes de informação para realizar a 
conciliação: 
-Paciente 
-Familiares 
-Prontuário 
-Prescrições 
 
 
 Discrepâncias 
 
Observa-se o uso de duas estatinas, 
duplicidade no caso do AAS, duplicidade de 
anti-hipertensivos. 
 
Como a prescrição hospitalar é a mais recente 
utiliza-se está eliminando as discrepâncias e 
duplicidades 
 
 Benefícios para o paciente/cuidador 
↳Diminui o risco de EM 
↳Torna-o mais participativo no cuidado 
↳Melhora desfechos clínicos 
↳Adquire conhecimento sobre o uso seguro 
de medicamentos 
↳Melhora a comunicação com a equipe 
↳Melhora o entendimento sobre questões do 
sistema de saúde 
↳Dá mais autonomia no processo de 
assistência 
 Benefícios para a equipe de saúde 
↳Melhora a segurança e a qualidade no 
processo de medicação 
↳Entende o tamanho, a complexidade e a 
importância da Conciliação Medicamentosa 
↳Visualiza a influência de fatores não médicos 
que afetam a habilidade do paciente em utilizar 
seus medicamentos 
Fernanda Iachitzki 
 
↳Melhora a prática de assistência centrada no 
paciente 
↳Assegura as melhores práticas clínicas 
recomendadas 
 Benefícios para a instituição de saúde 
↳Melhora a segurança relacionada a 
medicamentos 
↳Aumenta o número de sistemas capazes de 
barrar erros 
↳Aumenta a eficácia personalizada 
↳Ouve diretamente seus “Clientes” 
↳Gera uma cultura interna de assistência 
centrada no paciente 
↳Melhora a satisfação do cliente e da equipe 
↳Atinge os requisitos regulatórios exigidos 
 
Uma boa prática clínica deve basear-se nas 
necessidade específicas dos pacientes, nas 
melhores evidências disponíveis e na 
experiência do profissional para a tomada de 
decisões que maximizem as chances de 
benefícios ao paciente.

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