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que otimizam uso de medicamentos ❖ Etiquetas recordatórias ❖ Porta-comprimidos ❖ Quadro posológico ❖ Panfletos educativos ❖ Agenda celular ❖ Aplicativos: Hora do remédio; MediSafe ❖ Material educativo impresso Conciliação de medicamentos Serviço pelo qual o farmacêutico elabora uma lista precisa de todos os medicamentos (nome ou formulação, concentração/dinamização, forma farmacêutica, dose, via de administração e frequência de uso, duração do tratamento) utilizados pelo paciente, conciliando as informações do prontuário, da prescrição, do paciente, de cuidadores, entre outras. Este serviço é geralmente prestado quando o paciente transita pelos diferentes níveis de atenção ou por distintos serviços de saúde, com o objetivo de diminuir as discrepâncias não intencionais (CFF, 2016). Termos relacionados: reconciliação, medication reconciliation, reconciliación de los medicamentos, conciliación de la medicación e conciliación farmacoterapéutica Na conciliação de medicamentos temos um processo formal no qual se cria uma lista completa e acurada de todos os medicamentos usados no período pré- admissão para cada paciente, e se compara com as prescrições de admissão, transferência e/ou alta com essa lista criada Verificar discrepâncias na lista que são levadas para atenção do médico responsável pelo paciente e, se for apropriado, mudanças são realizadas nas prescrições – qualquer mudança nas prescrições deve ser documentada Para isso é necessária uma boa comunicação, para saber por onde esse paciente passou, por isso eu preciso ter o registro muito bem feito, prontuário bem preenchido. Fernanda Iachitzki Comunicação Por que fazer a conciliação? →Erros de medicação estão entre as maiores causas de danos em pacientes hospitalares (Campbell, 2007) →Discrepâncias entre medicamentos pré- admissão e internação variam de 30 a 70% (Cornish, 2005) →Cerca de 12% dos pacientes apresentam eventos adversos a medicamentos até a segunda semana do pós-alta (Forster, 2003) →46% dos erros de medicação ocorrem na admissão ou na alta (Bates, 1997) →Eventos adversos a medicamentos estão associados com 20% dos danos ou mortes na área de saúde e são resultado de um sistema mal desenhado (Leape, 1991) →O alto índice de erros de medicação está associado a pobre transmissão de informações na transição da assistência (Gouvêa, 2010) Por que o Farmacêutico fazendo conciliação de medicamentos? →Peça chave no serviço ↳Performance do farmacêutico em relação a outros profissionais ↳Conhecimento em relação ao processo de uso dos medicamentos ↳Crescimento para a clínica do profissional farmacêutico (contato direto com o paciente) ↳Aumenta o número de pontos de controle Como fazer a conciliação? A – COLETAR Best Possible Medication History ↳Melhor histórico possível que a gente conseguir da medicação do paciente B – COMPARAR Cruzar as informações LISTA PRÉ-ADMISSÃO X PRESCRIÇÃO DE ADMISSÃO C – COMUNICAR ↳Comunicar e registrar as discrepâncias encontradas ↳Discutir ↳Registrar as justificativas e mudanças realizadas Uma forma de coletar é o Best Possible Medication History, vai incluir alergias a medicamentos, quais os medicamentos em uso (nome do medicamento, frequência de uso), perguntar se o paciente vai sempre a mesma farmácia, e perguntar sobre over the conter que são os MIP’s então se existe medicamentos que o paciente toma e não estão na prescrição. Também vitaminas, minerais e suplementos ver se o paciente toma e como ele toma., se ele utiliza medicamentos otológicos, oftalmológicos ou intranasais, outras formas farmacêuticas, Fernanda Iachitzki antibióticos (se utilizou nos últimos 3 meses), e o fechamento para concluir a entrevista. Exemplo: Carlos, 70 anos, 85kg, 1,65m. História prévia de tabagismo, hipertensão, hipotireoidismo e hiperplasia prostática benigna. Internou há 2 dias por IAM. Conciliação realizada pelo farmacêutico Fontes de informação para realizar a conciliação: -Paciente -Familiares -Prontuário -Prescrições Discrepâncias Observa-se o uso de duas estatinas, duplicidade no caso do AAS, duplicidade de anti-hipertensivos. Como a prescrição hospitalar é a mais recente utiliza-se está eliminando as discrepâncias e duplicidades Benefícios para o paciente/cuidador ↳Diminui o risco de EM ↳Torna-o mais participativo no cuidado ↳Melhora desfechos clínicos ↳Adquire conhecimento sobre o uso seguro de medicamentos ↳Melhora a comunicação com a equipe ↳Melhora o entendimento sobre questões do sistema de saúde ↳Dá mais autonomia no processo de assistência Benefícios para a equipe de saúde ↳Melhora a segurança e a qualidade no processo de medicação ↳Entende o tamanho, a complexidade e a importância da Conciliação Medicamentosa ↳Visualiza a influência de fatores não médicos que afetam a habilidade do paciente em utilizar seus medicamentos Fernanda Iachitzki ↳Melhora a prática de assistência centrada no paciente ↳Assegura as melhores práticas clínicas recomendadas Benefícios para a instituição de saúde ↳Melhora a segurança relacionada a medicamentos ↳Aumenta o número de sistemas capazes de barrar erros ↳Aumenta a eficácia personalizada ↳Ouve diretamente seus “Clientes” ↳Gera uma cultura interna de assistência centrada no paciente ↳Melhora a satisfação do cliente e da equipe ↳Atinge os requisitos regulatórios exigidos Uma boa prática clínica deve basear-se nas necessidade específicas dos pacientes, nas melhores evidências disponíveis e na experiência do profissional para a tomada de decisões que maximizem as chances de benefícios ao paciente.