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Espaço Biológico Periodontal e Aumento de Coroa Clínica

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Espaço Biológico Periodontal e Aumento de Coroa 
Clínica 
 
O espaço biológico é necessário para o 
posicionamento das estruturas que compõem a unidade 
dento gengival e promove um selamento biológico do 
periodonto. É composto pelo epitélio juncional e pela 
inserção conjuntiva (fibras supracrestais). Por isso, suas 
dimensões devem ser respeitadas. 
Desde a década de 1960, têm sido utilizadas 
medidas do espaço biológico obtidas a partir de 
necropsias humanas no planejamento de procedimentos 
cirúrgicos periodontais. Existe grande variabilidade inter e 
intraindividual nessas medidas. 
Quando se busca reposicionar a margem gengival 
mais apicalmente com um procedimento de aumento de 
coroa clínica, devem-se respeitar as dimensões do espaço 
biológico, mantendo uma distância mínima de 2 a 3 mm 
entre a estrutura dentária remanescente e a crista óssea 
alveolar 
Em média, o espaço biológico possui de 2 a 3 mm, 
sendo entre 1,0 e 1,5 mm correspondentes ao epitélio 
juncional, e entre 0,9 e 1,2 mm referentes a inserção 
conjuntiva. 
 
AUMENTO DE COROA CLÍNICA EM ÁREAS 
ESTÉTICAS 
 
O aumento de coroa clínica pode ser definido 
como qualquer procedimento que objetive aumentar as 
dimensões da coroa clínica dos dentes. Aumentos de 
coroa clínica cirúrgicos são muito aplicados a casos em 
que é necessária a correção do contorno gengival e ha a 
possibilidade de remoção de tecido para alcançar melhor 
estética. 
Existem basicamente duas técnicas cirúrgicas para 
aumento de coroa clínica: gengivectomia e retalho. A 
correta indicação de uma ou outra técnica passa por um 
criterioso planejamento estético com avaliação dos pré-
requisitos anteriormente discutidos. Resumidamente, o que 
define a escolha por uma ou outra alternativa cirúrgica é a 
necessidade ou não de acesso ao tecido ósseo alveolar. 
 
GENGIVECTOMIA 
 
Exclusivamente tecido mole, isto é, gengiva. Assim, 
pode-se lançar mão desta técnica nos casos em que a 
osteotomia não é necessária, ou seja, quando o EBP não 
será envolvido. Do ponto de vista clínico, a gengivectomia 
é indicada quando a quantidade de gengiva 
ceratinizada presente e compatível com a quantidade de 
gengiva que se pretende remover cirurgicamente. Além 
disso, a PS indica o quanto de tecido pode ser removido. 
 
 
 
De maneira geral, a quantidade de tecido que se 
consegue remover ao final de uma gengivectomia equivale 
a PS menos 0,5 a 1 mm, que resultarão da formação do 
novo sulco gengival. 
 
 
 
 
GENGIVECTOMIA COM BISEL EXTERNO 
A gengivectomia classicamente é realizada com 
incisões em bisel externo conduzidas com gengivotomos de 
Kirkland e de Orban. Após a realização de anestesia com 
técnica apropriada para o caso, podem-se realizar 
marcações por meio de pontos sangrantes, os quais servem 
de guia para a incisão. Esses pontos sangrantes são 
definidos pela conjugação de dois fatores: o quanto se 
pretende remover de tecido para alcançar a estética 
desejada e a PS. 
 
Normalmente, para obter uma linha harmônica do 
contorno gengival, a gengivectomia envolve mais de um 
dente. Para casos em que se deseja intervir em apenas um 
dente, é preferível a técnica com bisel interno, descrita mais 
adiante. 
 
GENGIVECTOMIA COM BISEL INTERNO 
 
Uma alternativa à gengivectomia clássica com 
bisel externo é a utilização de uma técnica que também 
envolve somente tecido gengival sem acesso ao osso, 
porém com bisel interno. 
 
RETALHO 
 
Existem diferentes tipos de cirurgias de retalho que 
podem ser conduzidas para obter o aumento da coroa 
clínica dos dentes com finalidade estética. A discussão de 
todas as alternativas foge do escopo deste livro e, por isso, 
será discutida de maneira mais aprofundada apenas a 
técnica mais utilizada e de maior facilidade para o 
cirurgião-dentista. Tal técnica é bastante conhecida como 
retalho de espessura total reposicionado apicalmente. 
 
NÃO FAC ̧A! 
 
O retalho de espessura total reposicionado 
apicalmente está contraindicado quando a faixa de 
gengiva ceratinizada for pequena. A opção por realizar um 
retalho para aumento de coroa clínica com finalidade 
estética é determinada pela necessidade de acesso ao 
tecido ósseo. Uma vez que se define, durante o 
planejamento, que será necessária a realização de 
osteotomia, o retalho é a técnica de primeira escolha, uma 
vez que a gengivectomia não possibilita acesso ao tecido 
ósseo. Se houver dúvida a respeito da necessidade de 
remoção de tecido ósseo para obter o melhor resultado 
estético, mesmo assim é preferível optar pelo retalho.

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