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Iniciação esportiva universal

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A INICIAÇÃO ESPORTIVA UNIVERSAL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO 
FÍSICA 
 SCHRUBER, Juliano Rodrigues 
 AFONSO, Carlos Alberto 
 
 
Resumo 
 
Pretendeu-se, no presente trabalho, verificar a possibilidade de incerir a metodologia da 
iniciação esportiva universal nas aulas de educação física. Atualmente, A resistência à pratica 
de esportes verificada entre as crianças e jovens decorre, em boa, parte da maneira como a 
iniciação esportiva vem sendo desenvolvida nas escolas. O conhecimento que o professor 
possui acerca das metodologias, do conteúdo, das tarefas motoras e da intervenção de 
instrução no processo de ensino-aprendizagem revela-se fundamental para a melhoria do 
desempenho motor e para a obtenção do sucesso na aprendizagem. O presente estudo visa 
investigar as metodologias nas aulas de educação física, discutir os pressupostos teóricos da 
metodologia da iniciação esportiva universal, sugerir formas de aplicação nas escolas. Os 
resultados evidenciam que as concepções didático-metodológicas de ensino valorizadas pelos 
professores causam diferentes impactos na estruturação e condução da prática das tarefas 
motoras e do jogo. Os conteúdos e as tarefas de aula são selecionados e estruturados de 
acordo com a vontade dos professores em alguns casos, pois muitos planejam as aulas juntos 
com seus alunos. A maioria dos professores acredita que as metodologias e os conteúdos não 
funcionam praticamente no campo escolar adotando a sua própria metodologia. 
 
 
Introdução 
 
A iniciação esportiva é o período em que a criança inicia a prática regular de um 
esporte e é orientada para várias modalidades esportivas. 
Nesse momento, o objetivo imediato é dar continuidade ao desenvolvimento integral 
da criança e não há preocupação com competições regulares. 
A iniciação esportiva nas escolas é um dever que cabe aos professores de educação 
física, no decorrer de suas aulas. Para tornar nossos alunos aptos a prática desportiva o 
professor pode optar por varias metodologias. 
A metodologia universal proposta por Greco & Benda (1998) é uma delas e, é 
composta por nove fases: Fase pré-escolar, Fase universal, Fase de orientação, Fase de 
Direção, Fase de especialização, Fase de aproximação, Fase de Alto nível, Fase de 
recuperação e Fase de Recreação e Saúde. 
Nesse trabalho, optou-se por discutir a metodologia da iniciação esportiva universal 
que abrange as faixas etárias de 4-6 e 11-12 anos. 
 
 1219 
Referencial Teórico 
Iniciação esportiva 
Greco & Benda (1998) desenvolveram um quadro mostrando as fases e níveis do 
rendimento esportivo. Duração e relação com a idade e freqüência de treinamento. 
 
NÍVEL DE RENDIMENTO
Fase
Pré-
escolar
Fase
Univer-
sal
Fase
Orienta-
ção
Fase
Direção
Fase
Recreação
/Saúde
Fase 
Readap-
tação
Fase 
Especia-
lização
Fase 
Aproxima
ção/
Integração
Fase
Alto 
Nível
 
Dentro desse trabalho compreenderemos as fases pré-escolar, fase universal, fase de 
orientação e fase de direção. 
A fase pré-escolar, segundo (GRECO & BENDA 1998 apud KREBS, 1992) propicia 
ao aluno uma vivencia diversificada de movimentos, sem que haja exigência de um padrão 
ideal, caracterizando assim um sistema totalmente aberto, isto é: não existe execução errada 
de movimento. Neta fase, denominada pelo autor de estimulação motora, o padrão de 
movimento deve ser tomado apenas como estimulo para que a criança construa seu próprio 
plano motor. Atividades básicas de deslocamento, equilíbrio, acoplamento, esquema corporal, 
relação espaço-temporal, entre outras são próprias e devem, preferencialmente, ser 
apresentadas em formas jogadas, tipo de jogos de imitação e perseguição. 
Fase universal abrange dos 6 aos 12 anos, a freqüência das atividades não deve 
ultrapassar três vezes na semana, para não interferir em outro interesse e necessidade que a 
criança possa manifestar. Conforme Greco & Benda (1998 apud GALLAHUE, 1989) Nesta 
fase a criança encontra com as habilidades básicas de locomoção, manipulação e estabilização 
em refinamento progressivo, podendo assim, participar de um numero maior e mais complexo 
de atividades motoras. Colocam que as crianças de 6-8 anos devem trabalhar com jogos de 
 1220 
perseguição, estafetas, jogos relevos, dentre outros. Já com crianças de 8-10 anos, pode-se 
começar a desenvolver jogos coletivos, através de pequenos jogos (reduzidos), jogos de 
iniciação, grandes jogos e em alguns casos, jogos pré-desportivos. É importante ressaltar que 
o processo de ensino-aprendizagem-treinamento das capacidades físicas nesta fase, deve, 
impreterivelmente, estar adequado ao nível de desenvolvimento e de experiência da criança, 
respeitando o que Greco & Benda (apud MARTIN, 1991) denomina de “fases sensíveis”, as 
quais hoje não têm a confirmação cientifica da sua real abrangência. 
A fase de orientação que se inicia por volta dos 11-12 anos e abrange até os 13-14 
anos. A freqüência recomendada é de 3 encontros semanais, com duração média de 60 a 90 
minutos cada. Segundo Greco & Benda (1998), é neste momento que começa a ocorrer a 
automatização de grande parte dos movimentos, liberando a atenção do praticante para a 
percepção de outros estímulos que ocorrem, simultaneamente, à ação que está sendo 
realizada. Partindo do nível de rendimento alcançado na fase anterior, deve-se procurar o 
desenvolvimento e aperfeiçoamento das capacidades físicas e técnicas. Aqui, é importante 
destacar que se deve ter como um dos objetivos a iniciação técnica: o gesto do esporte em 
sua forma global, ações motoras gerais que servem para a solução de tarefas esportivas 
(porém, sem realizar treinamento pelas técnicas das diferentes disciplinas esportivas), 
observando quais são as exigências que se apresentam em cada um desses objetivos. Aqui o 
jogo em qualquer forma de organização (jogos de iniciação, pré-desportivos, grandes jogos, 
jogo recreativo, entre outros), tem um sentido recreativo, porém possui um alto valor 
educativo, pois serão estabelecidas as bases para uma “ação inteligente”. 
Fase de direção por volta dos 13-14 anos e abrange os 15-16 anos. Pode-se começar 
com o aperfeiçoamento e a especialização técnica em uma modalidade desportiva. É 
importante destacar a necessidade de que o jovem realize e participe de duas ou três 
modalidades esportivas, preferentemente complementares, ou seja, daquelas nas quais não 
existam fatores que possam interferir no processo de transferência de técnica. Destacamos a 
importância do processo de ensino-aprendizagem-treinamento, onde varias modalidades 
esportivas sejam oferecidas à criança, e não a “escolinha” de um único esporte ou atividade 
repetitiva nas “temporadas” ou na aula de educação física formal que levam à especialização 
precoce e não permitem concretizar o princípio da “variabilidade da prática”, conceito que é 
de fundamental importância para o desenvolvimento de habilidades motoras e do treinamento 
técnico-tático. Dentro das atividades educacionais ma escola, o esporte deve ser orientado 
para a participação, a integração e a sociabilização. Cabe ao clube a incorporação dos jovens 
 1221 
com talento para a formação das categorias de base que são inerentes aos esportes por ele 
incentivados. 
 
Esporte na Educação Física 
O esporte com bolas são os mais conhecidos na área da educação física. Compõem, de 
modo geral, os esportes coletivos, que precisam de um elemento comum a todos os jogadores 
a fim de integrá-los a um único objetivo. Quem realiza esse papel integrador é a bola, objetiva 
que precisa ser compartilhado por todos os jogadores. (Freire & Scaglia 2003). 
O jogo é utilizado como componente curricular por várias disciplinas, mas é na 
disciplina de Educação Física, que este, se destaca através da realização dos Jogos Esportivos. 
Apesar dos jogos esportivos ocuparem um papel de destaque dentro da Educação Física 
escolar, os mesmos, não tem sofrido avanços nas últimas décadas,podendo isto ser facilmente 
observado através dos currículos apresentados pela maioria das escolas, as quais, por um 
longo período vêm desenvolvendo seus programas de Jogos, baseados em modelos centrados 
nas habilidades técnicas. 
Graça (1995) coloca que o esporte é para alguns, o grande protagonista da Educação 
Física, para outros, no entanto, o grande colonizador da Educação Física contemporânea. Em 
qualquer dos casos, temos que reconhecer que o esporte é atualmente, o elemento central 
dentro de nossa profissão, o qual se tornou um elemento muito controvertido e problemático 
do ponto de vista educativo. 
A ênfase dada ao ensino de jogos esportivos, onde as habilidades técnicas, são o ponto 
central do conteúdo desenvolvido durante as aulas de educação Física, tem reforçado a idéia 
de que a função do esporte na escola está mais em treinar do que em educar. Para GRAÇA 
(1995), quando ensina-se através do modelo da racionalidade técnica, onde os meios são 
instrumentos para alcançar um fim específico, acaba-se separando a teoria da prática, a 
condição física da técnica, a técnica da tática e por conseqüência as habilidades técnicas do 
contexto real do jogo. Esta forma de ensino de jogos esportivos tradicionais, apresenta muitas 
limitações, pois não considera certos fatores característicos jogos, como a complexidade, a 
adaptabilidade e a incerteza. 
Apesar dos Jogos Esportivos Tradicionais sofrerem uma infinidade de críticas, quanto 
ao seu desenvolvimento na educação Física escolar, o esporte continua sendo o conteúdo 
dominante nos programas dessa disciplina. Os Jogos esportivos tradicionais são entendidos 
como jogos esportivos institucionalizados, os quais possuem regras específicas, englobando o 
handebol, futebol, basquetebol, voleibol, futsal entre outros. 
 1222 
Metodologia 
Essa pesquisa caracteriza-se por ser de cunho qualitativo/descritivo e contou com a 
participação dos Professores da disciplina de Educação Física que lecionam, nas séries iniciais 
do ensino fundamental, em colégios municipais da região do Cajuru na Cidade de Curitiba. 
Optou-se por usar um questionário que com sete perguntas abertas. 
 
Analise e discussão dos dados 
Os resultados obtidos da coleta de dados apresentaram respostas pontuais com relação 
às questões que foram formuladas. 
Na primeira, investigou-se se os profissionais pesquisados têm como objetivo buscar a 
formação continuada. Os dados nos mostram que 17% dos professores não têm nenhum tipo 
de especialização apenas a graduação; 83% fizeram pós-graduação, porém, nenhuma dos 
professores especializou-se em iniciação esportiva, desenvolvimento motor ou 
psicomotricidade. 
Nenhuns dos professores que responderam o questionário têm mestrado, doutorado e 
pós-doutorado. 
Segundo Alves (2006 apud MOLINA NETO, 1997) o campo da formação do 
profissional em educação física, em relação às praticas de formação continuada, 
freqüentemente vem se assentando em cursos de pequena duração, atualizações e atividades 
de repasse de conhecimentos. No entanto, a formação do professor para espaços tão 
complexos, como são as nossas escolas, precisa superar tais perspectivas. 
A segunda questão colocada no questionário foi visando unificar os conteúdos na 
educação física procuramos saber quais os conteúdos que os professores pesquisados 
ministram em suas aulas. 
Verificamos que os professores usam vários conteúdos sendo visto na tabela a seguir: 
Conteúdos Citados 
Ginástica Geral 07 
Psicomotricidade 02 
Dança 10 
Jogos 08 
Brincadeiras Cantadas 03 
Brinquedos Tradicionais 01 
Jogos com Bola 01 
Jogos cooperativos 03 
 1223 
Lutas 06 
Corporeidade 01 
Esportes coletivos 06 
Desenvolvimento Motor 04 
Esportes individuais 04 
Esportes cognitivos 03 
recreação 01 
Os resultados mostram 15 conteúdos diferentes usados nas aulas de educação física. 
Freire E Scaglia (2003) colocam, um dos problemas mais graves que se perpetuam na 
disciplina de educação física é a insuficiente definição dos conhecimentos que devem ser 
desenvolvidos por ela junto aos alunos. Os professores sentem muita dificuldade em 
responder perguntas tais como: “O que a educação física ensina na primeira série(ou na 
segunda...)?”. Os temas e subtemas, vinculados os seus respectivos conteúdos, podem 
informar adequadamente ais professores, aos alunos, aos dirigentes, aos país. 
A terceira pergunta foi relacionada quanto à seleção e ao planejamento das aulas, ou 
seja, de que maneira o professor planeja sua aula e como a seleciona. Com isso, constato-se 
que as aulas seguem uma progressão pedagógica fazendo com que o aluno receba o 
conhecimento e trabalhe suas aptidões físicas, sem interferência do meio. 
Os dados coletados mostram que 41% dos professores pesquisados planejam suas 
aulas de acordo com a necessidade e interesse dos alunos. Um dos professores deu a seguinte 
resposta: “planejo junto com os alunos, vendo as necessidades deles seleciono as atividades e 
eles escolhem na medida do possível”. Apenas 29% realizam um planejamento semestral e 
dedicam-se ao planejamento semanal, uma vez por semana, sendo sempre as quartas-feiras à 
tarde, pois são os dias nos quais os professores permanecem nas escolas sem ministrar aulas 
apenas para estudar e planejar suas aulas. Outros 29% não planejam suas aulas 
adequadamente, tendo varias respostas que não condizem com que foi perguntado. Um 
professor repondeu: “planejo minhas aulas de acordo com o material que tenho no dia”. 1% 
realiza seu planejamento, analisando a idade e adequando os conteúdos à faixa etária 
buscando um enriquecer gradativamente seu acervo motor. 
Na educação física Gallahue & Ozmun (2002) falam em Propor atividades que estejam 
ao nível de maturação e desenvolvimento da criança. Reforço das atividades positivas da 
criança. Sempre sugerir atividades que estimulem o desenvolvimento dos dois lados do corpo 
(lateralidade). 
 1224 
Na quarta pergunta teve como objetivo saber qual a opinião dos professores, em 
relação à idade que a criança deve iniciar sua vida esportiva. Assim compreende-se o porquê 
da existência da iniciação esportiva precoce que, segundo Greco & Benda (1998), Gallahue & 
Ozmun (2002), Freire (1998) e Santana(2003), prejudica a formação das crianças. 
Percebemos que 41% dos professores acham que a criança deve iniciar sua vida 
esportiva com 10 anos, 17% responderam que com 09 anos seria uma faixa etária adequada, 
pois, segundo uma resposta de um professor “com nove anos a criança está um pouco mais 
madura psicologicamente e aceita bem as regras”, 11% dos professores responderam que a 
iniciação esportiva se da aos 6 anos, 11% responderam que devesse iniciar a pratica 
desportiva com 8 anos, 5% responderam com 7 anos e apenas 5 % com 12 anos. 
Segundo Greco & Benda (1998) as faixas etárias, o ensino-aprendizagem-treinamento 
deve ser administrada conforme a idade e o nível de experiência motora. A ação do processo 
de ensino-aprendizagem-treinamento deveria ser voluntária, não atropelando outros possíveis 
interesses. Esta fase tem uma duração de 3 a 6 anos, e se inicia, geralmente, aos 5/6 anos. 
A quinta pergunta se refere a qual metodologia de ensino que os profissionais utilizam 
durante as suas aulas para a criança iniciar sua vida esportiva, com isso entenderemos as 
maneiras que são utilizadas as metodologias propostas praticamente de forma a adequadar a 
realidade da escola e condizendo com o nível maturacional e psicológico do aluno. 
Os dados nos mostram que 52% utilizam a metodologia humanista ou “linha critico 
social” em suas aulas, 22% utilizam a metodologia tecnicista ou analítica, 21% não utilizam 
nenhuma forma de metodologia em suas aulas. 5% fazem um misto das metodologias 
existentes na educação física. 
Segundo Hurtado (1988) Método de ensino é o conjunto de procedimentos lógicos e 
psicologicamente ordenados, de que se vale o professor para levar oeducando a elaborar 
conhecimentos, adquirir técnicas ou habilidades e a incorporar atitudes ideais. 
A sexta pergunta teve como objetivo averiguar se os professores conhecem a 
metodologia da Iniciação Esportiva Universal (GRECO & BENDA, 1998). O maior interesse 
foi verificar se a literatura estudada é aplicada nas escolas atualmente. 
Descobrimos que 95% dos professores nunca ouviram falar da metodologia estudada e 
que apenas 5% conhecem a metodologia e aplicam em suas aulas. 
GRECO & BENDA (1998) apresentam uma nova metodologia avançada, diferente e, 
talvez, polemica. Que têm por objetivo a conscientização do professor e do aluno, da 
importância da pratica desportiva, tornando o individuo capaz de compreender e aprender a 
 1225 
modalidade esportiva, de discernir diferentes situações-problema e agir, de forma 
independente e inteligente, para a solução das tarefas-problema no esporte. 
A sétima e a oitava serão analisadas juntamente, na discussão de dados (pelas 
respostas dadas). Procurou-se saber como os professores estruturam as tarefas motoras em 
suas aulas. Por meio dessa estruturação, ele definirá os caminhos e as estratégias de ensino-
aprendizagem no desporto, com o objetivo de conduzir o jovem praticante, na aquisição 
progressiva da aprendizagem das habilidades motoras desportivas, para que o aluno possa ter 
garantida a sua participação nas tarefas propostas e no próprio jogo, de modo a alcançar o 
sucesso desejado, dentro das características especificas e das exigências do jogo. (AFONSO, 
2003 apud MEINEL, 1984). 
Os dados coletados nos mostram que a questão 7, que abordava a estruturação das 
tarefas motoras por meio da I.E.U., foi respondida apenas por 10% da amostra. Além disso, os 
professores em vez de responder como estruturam as tarefas motoras em suas aulas 
responderam a maneira em que conduzem suas aula metodologicamente. 
Na oitava pergunta, houve uma grande divergência de respostas. Os professores 
colocaram muitas respostas, mais nenhuma condizente ao assunto. Um professor respondeu: 
“Eu faço um aquecimento, depois uma brincadeirinha e dou uma bola de futebol, uma de 
voleibol e ás vezes, para eles não enjoarem uma raquete ou taco de bets.” 
 
Conclusão 
Os resultados evidenciam que as concepções didático-metodológicas de ensino, 
valorizadas pelos professores, causam diferentes impactos na estruturação e condução da 
prática das tarefas motoras e das atividades, durante a aula de Educação Física . Os conteúdos 
e as tarefas de aula são selecionados e estruturados de acordo com a vontade dos professores 
em alguns casos, pois muitos planejam as aulas, juntos com seus alunos. 
Por meio das pesquisas feitas, conclui-se que os professores de educação física da 
regional do Cajuru em Curitiba, na sua maioria não pensam em uma formação continuada, 
talvez, por causa dos baixos salários da classe. Não foi apontada nenhuma especialização em 
iniciação esportiva, prejudicando o desenvolvimento da criança, não seguindo nenhuma 
literatura para uma melhor aprendizagem e desenvolvimento motor dos seus alunos. 
 1226 
Os professores não se preocupam em estruturar suas aulas, adequadamente. O que 
detectou foi professor soltando, a bola para as crianças, sem ao menos preocupar-se com que 
estava ocorrendo. 
A iniciação esportiva nas escolas é um dever que cabe aos professores de Educação 
Física, em suas aulas. E, para tornar nossos alunos aptos à prática desportiva o professor pode 
optar por varias metodologias. 
Assim sugere-se a utilização da metodologia da Iniciação Esportiva Universal que 
apresenta uma filosofia de atuação adequada á melhor compreensão da atividade física, da 
educação física e da iniciação esportiva, a partir de pesquisas, nas áreas da coordenação e da 
aprendizagem motora e dos treinamentos técnicos e táticos. 
 
REFERÊNCIAS 
 
AFONSO, A. CARLOS; O conhecimento do treinador a respeito das metodologias de 
ensino e do treinador do voleibol na formação.Tese de Doutorado, Portugal, Universidade 
do Porto, 2003. 
 
ALVES, F. WANDERSON; A formação continuada e o desenvolvimento profissional do 
professor: paradigmas, saberes e práticas nos cursos de especialização em educação 
física escolar. Universidade Estadual de Goiás. Goiás, 2006. CDD. 20.ed. 378.124. 
 
FREIRE, B. JOÃO; SCAGLIA, J. ALCIDES; Educação como pratica corporal. São Paulo: 
Scipione, 2003. 
 
GALLAHUE, L. DAVID; OZMUN C. JOHN; Compreendendo o desenvolvimento motor 
Bebês, Crianças, Adolescentes e Adultos. Editora Phorte – 3. ed. São Paulo 2002. 
 
GRAÇA, AMÂNDIO; Os como e os quandos no ensino dos jogos. Revista portuguesa dos 
jogos desportivos. Universidade do Porto, 1995. 
 
GRECO, J. PABLO; BENDA, N. RODOLFO; Iniciação esportiva universal: 1. Da 
aprendizagem motora ao treinamento técnico. Editora UFMG, Belo Horizonte, 1998. 
 
HURTADO, G.G. JOHANN; O ensino da Educação física: uma abordagem metodológica. 
Prodil – 3. ed. Porto Alegre, 1988.

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