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Resumo do capítulo 4 - Modelo Keynesiano Simples de Determinação da Renda a Curto Prazo (o Lado Real)

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Resumo do livro Manual de Macroeconomia: Básico e Intermediário de LOPES, L. M. e VASCONCELLOS, M. A. Referente ao capítulo 4 – Modelo Keynesiano Simples de Determinação da Renda a Curto Prazo (o Lado Real).
Com a grande depressão dos anos 30 a teoria clássica não conseguiu explicar o que estava acontecendo mesmo havendo uma queda nos salários o desemprego crescia chegando a alcançar um elevado grau de 25% em 1933, sendo este um quarto da força de trabalho sem qualquer emprego mesmo se submetendo a salários extremamente baixos. Sendo assim perceptível que o mercado não iria conseguir reorganizar a economia.
	Para Keynes, o empresário escolhe quanto de mão de obra contratar e quanto produzir e se baseia na expectativa de quanto irá vender, defrontando-se com duas curvas que são: -Oferta agregada, diz respeito a renda que o empresário precisa para oferecer uma certa quantidade de trabalho; refletindo condições de custos marginais crescentes e a ampliação do emprego eleva a renda necessária para o empresário.–Demanda agregada, está relacionado a renda que o empresário espera receber por ter oferecido uma certa quantidade de empregos; esta reflete expectativas dos empresários sobre o volume de gastos dos consumidores e dos demais empresários. 
	Sobre o mercado de trabalho que foi descrita pela teoria clássica, apenas é admitida por Keynes a curva que iguala o salário real à produtividade marginal do trabalho (a demanda do trabalho). O nível de emprego é determinado no mercado de bens e serviços pelas expectativas dos empresários. Quando é determinado o nível de emprego, o salário real se ajustará para igualar-se a produtividade marginal do trabalho que será compatível com o referido emprego. Sendo essa a função da curva de demanda do trabalho. Segundo Keynes, os trabalhadores lutam por salários nominais e não por salários reais, pois os nominais eles possuem controle. A produtividade marginal do trabalho é decrescente, dessa forma as ampliações de empregos são seguidos por uma diminuição no salário real, sendo anticíclico o comportamento dos salários reais, mas não é essa redução que induz o crescimento do emprego e do produto.
	O Princípio da Demanda Efetiva contrapõe-se a Lei de Say e com a hipótese da flexibilidade de preços e salários da teoria clássica. Os principais componentes da demanda são o consumo e o investimento. Keynes dizia que quando há um aumento do consumo quando a renda cresce, mas não na mesma proporção, onde este valor é influenciado por inúmeros fatores. Já o investimento está relacionado ao interesse do empresário no retorno desse capital investido. O empresário decide investir ao confrontar o valor do fluxo de receita esperada contra o custo de realiza-lo, e esse negócio só será concretizado se o mesmo identificar diante da confrontação a taxa sendo superior a taxa de juros, que corresponde ao custo de se obter o financiamento necessário ou a imobilização para o investimento; caso contrário, não ocorrerá esse investimento.
 O problema que Keynes apresenta em relação a isso é de que Eficiência Marginal do Capital é muito instável, pois esta é calculada sobre as expectativas dos empresários, sendo perceptível que é muito difícil se basear no futuro, pois não se sabe o que pode acontecer. Dessa forma o investimento sofre oscilações que impactam o nível de demanda agregada e atividade econômica. Em relação a estabilização da economia, Keynes propôs uma intervenção do Estado por meio de gastos públicos que podem compensar a falta de demanda privada, incentivando também os investimentos com a redução das cargas tributarias etc. 
	A ideia básica do modelo é de que o produto (renda) é determinado pela demanda agregada, e não existe restrições pelo lado da oferta para a expansão do produto. Nesse modelo os preços são constantes e a variável de ajuste é a quantidade, onde as empresas produzem apenas o necessário para entender a demanda. Diferente do modelo clássico que caracterizava-se pela oferta agregada vertical de pleno-emprego (inelástica a preços), o modelo keynesiano a oferta agregada é infinitamente elástica em relação aos preços (oferta agregada horizontal). O comportamento dos estoques não seguem o planejamento dos empresários, podendo ocorrer mudanças nas condições de mercado. Os preços não desempenham papel no ajustamento econômico, que se dá pelo movimento de estoques.
	O investimento pode ser decomposto em duas partes: -Investimento voluntário ou planejado (intencional), correspondendo a aquisição de bens de capital pelas empresas e a variação pretendida no nível de estoques. – Investimento involuntário ou não planejado, que diz respeito a variações no nível de estoque decorrentes de erros na previsão do nível de produção realizados pelas empresas.
	Segundo a teoria keynesiana, o consumo aumenta conforme o aumento da renda, só que em menor magnitude, partindo dessa visão o mesmo relata como acontece o consumo autônomo da sociedade; este corresponde ao consumo onde mesmo que a renda do indivíduo seja zero, ela ainda existe. Um exemplo é quando este consumo é financiado por ajuda de terceiros ou venda de ativos previamente acumulados. Já a propensão marginal de consumir é a parcela da renda destinada ao consumo, quanto cresce o consumo, a partir de aumentos de renda. Da mesma forma que o consumo aumenta conforme a renda, com a poupança acontece o mesmo, pois o aumento da poupança é a parcela da renda não direcionada ao consumo. Com tudo também temos propensão marginal a poupar, que mostra quanto se dar o aumento da poupança quando a renda aumenta a unidade.
		No modelo keynesiano de curto prazo, o investimento é um elemento apenas de demanda agregada. Sua influência sobre a produção agregada dá-se a longo prazo, após a sua maturação. A condição de equilíbrio continua sendo a de produto igual a demanda, só que agora a última é acrescida do investimento. Assim, a renda de equilíbrio será dada pela seguinte expressão: Y=C+I. 
Segundo o multiplicador de gastos uma variação nos gastos autônomos induz uma variação na renda superior à variação inicial nos gastos. 
	No ciclo de estoques, ele nos dar um exemplo onde a empresa tem que manter um percentual do valor da demanda agregada em estoques, com o intuito de atender eventuais falta de produtos. Ao ajustar o produto com a nova situação de equilíbrio este não se dar instantaneamente, pois quando eleva-se a demanda há uma queda de estoques. Assim produzirão mais para repor estoque e atender uma demanda maior. Haverá um momento em que o produto passará o nível de equilíbrio, ocasionando um acúmulo de estoque. A renda irá permanecer acima do equilíbrio por um período, podendo causar uma superação do nível de estoque efetivo desejado, levando uma reversão na produção, para desovar os estoques acumulados.
	O governo adquire bens e serviços junto com o setor privado, oferece bens e serviços, transfere renda por meio de políticas assistenciais, previdência social, seguro-desemprego, pagamento de juros etc. e se financia através da arrecadação de impostos. O o gasto público estimula a renda por elevar os gastos autônomos. A junção da arrecadação e dos gastos públicos chama-se orçamento público que tem como intuito avaliar o impacto total do setor público sobre o nível de renda. A introdução do setor externo é o último item a ser estudado pelo modelo keynesiano. Assim como no caso do governo, a introdução do resto do mundo acrescenta um elemento de demanda, as exportações, e um elemento de vazamento de renda, as importações.
Vaneilma Fernandes Noronha

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