Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Semiologia do Nervo facial e glândulas salivares · Anatomia do nervo facial: Possui função mista: motora e sensitiva. - Fibras motoras: inervaram os músculos faciais. - Fibras parassimpáticas (sensitivas): inervaram as glândulas sublinguais, submandibulares e lacrimais. Além de mandar fibras aferentes para o paladar (2/3 da língua) e aferentes somáticas para a orelha e MAE. Junção pontomedular: núcleo facial, ele fica na ponte e recebe na sua porção inferior os núcleos corticais bilateralmente. E a sua outra porção superior é unilateralmente. - via motora - via sensitiva: é feita pelo nervo intermédio . Que depois emerge no ângulo cerebelopontino e adentra o meato acústico interno com o vestibulococlear. Canal facial (Falópio): - Mede cerca de 33 mm, dado pelo segmento labiríntico, timpânico e mastoideo. - Nervo petroso maior: emerge do forame lacerum e inervar as glandulas lacrimais e palatinas. - Corda do tímpano: emerge da membrana timpânica da orelha media. Une-se ao nervo lingual e inerva 2/3 anteriores da língua. Trajetória do nervo facial: - Ele emerge do forame estilomastoide, passa pela glândula parótida que se divide em polo superficial e profundo. - Ramificação do nervo facial: 1- Temporo-facial: ramo frontal, oftálmico e zigomático. 2- Cervico-facial: ramo mandibular e cervical. · Anatomia das glândulas salivares: - Salivares maiores: parótidas (1), submandibulares (2) e sublinguais. - Salivares menores: possuímos de 600-1000 glândulas. Que estão distribuídos por todo o trato aerodigestivo as glândulas salivares menores. Unidade secretora da glândula salivares é o acino podendo ser serosa ou mucosa, que tem a ver com o pH da saliva entre outros. Além disso tem as células mioepiteliais que designam uma pressão de drenagem para as glândulas. Glândulas parótidas possui passando pelo seu meio o nervo facial – pars otis (frente da orelha). - É desenvolvido pelo epitélio ectodermico boca primitiva a partir da 6ª semana. - Dividida em lobo superior e profundo . - 20% da saliva é produzida pela parótida e serosa ajudando na digestão. Já a submandibular é mais mucosa e tem mais a função de revestimento. · Anatomia das glândulas submandibulares: - também tem um ducto principal chamado de Ducto de Wharton que drena ela. - Saliva mais espessa e mucosa, podendo ter produção de cálculos chamados de calculitos. - Saliva mista: ela produz uma saliva serosa e mucosa, sendo responsável por 70% da produção salivar. · Anatomia das sublinguais: - Possuem um agrupamento de 8 -30 glândulas. Possuindo um ducto principal chamado de Ductos de Rivius e Bartholin. - Localizadas na mucosa anterior do soalho da boca. - Produzem uma saliva rica em mucina: com função de lubrificação da cavidade oral. · Sinais e sintomas relacionados ao nervo facial: Nervo facial: - Funções motoras pela inspeção: pelo movimento dos mm das face ou orbita. - alterações do paladar: onde a alteração estará mais relacionado ao nervo sublingual. - Hiperacusia: alteração relacionada ao nervo do tímpano. - Exame das funções: glândula lacrimal, salivação (xerostomia). - Diferenciar a alteração periférica ou central: · O facial sai do córtex motor e inerva varias estruturas. Os núcleos envolvidos tem do terço superior e inferior. com isso, a semiologia da paralisia facial, e a face paralisada para saber se é central ou periférica vamos avaliar a área paralisada com o lobo frontal e o terço inferior da face. - Ramo temporal e zigomático possui um núcleo de inervação bilateral. -> Lesão central: o paciente tera movimentação da testa (franzir), em caso de movimento a lesão e não do restante. - paralisia é contralateral à lesão. Onde geralmente a lesão é supranuclear com movimento dos músculos frontais. - possíveis causas seram: AVE, tumor ou abscessos. -> Lesão periférica: - paralisia dos músculos frontais de modo homolateral. Atingindo toda a hemiface. Lesão sempre do mesmo lado da lesão, pois será depois da degustação das pirâmides. - possíveis causas seram: idiopática ou viral. - Lesões localizadas: testar os vários ramos do nervo facial, com paralisia unilateral quando comparado ao outro lado. · Ramo temporal: ramo mais fácil de ocorrer uma lesão. Por ter uma topografia mais superficial. Podendo ser devido a trauma temporal, cirurgias de pele, etc. · Ramo zigomático: perda do tônus do orbicular da pálpebra inferior. · Ramo bucal: paralisia do bucinador e do orbicular superior da boca. · Ramo marginal da mandíbula: paralisa o lábio inferior e mento. Faz uma alça na mandíbula. Pega bastante o musculo depressor do lábio. · Ramo cervical: inerva o platisma (m. do pescoço) e ECM. · Sinais e sintomas relacionadas das glândulas: Anamnese: - Historia de radioterapia: tumores benignos e C.A mucoepidermoide. Com uma latência de 15 a 20 anos. - Historia de EpsteinBarr: tumor de whartin e linfomas primários, que se predispõe devido a exposição ao vírus. - Massas de crescimento lento - Dor é rara e não sugere malignidade: infecções, hemorragias e crescimento cístico. Exame físico: - Aumento cístico e linfoproliferativo: relação com HIV, e principalmente na glândula parótida. - Infecção purulenta aguda da glândula: pode ser devido a DM e pacientes críticos. - Inflamação crônica das glândulas: episódios repetidos de dor, que agravam com alimentação. Relacionados a períodos de remissão de semanas a meses. - Hipertrofias de glândulas salivares: muitas vezes não significa problema, alguns medicamentos pode causar isso, como: isoproterenol, etambutol, fenotiazida e compostos iodados. Mas em alguns casos pode ser também fibroglandulares. - Redução secreção salivar: existem drogas (analgésico, anticonvulsivantes,) podem desenvolver a xerostomia. Outras causas com redução de salivação é radioterapia, estresse, etc. Exame clinico: - Glândulas salivares: · Função nervo facial, hipoglosso, lingual (perguntar sobre o paladar e sensibilidade da linga). · Massa aderida a planos profundos. · Linfadenopatia cervical · Ulcerações mucosas - Inspeção: É importante ver: Aumento uniforme ou multilobulado, com ou sem sinais flogisticos ou presença de orifícios. - palpação externa e palpação intraoral/bimanual: É importante analisar: Realizar a compressão glandular para analisar dor, mobilidade, consistência, lesões circunvizinhas. Associação com linfonodos cervicais analisando seus fatores flogisticos. - teste da função salivar · Caxumba: é uma parotidite viral (paramyxovirus), cuja prevenção é através de vacinação. - Sintomas: febre, cefaleia, fadiga e anorexia seguida de parotidite, - Prevalência: crianças em idade escolar e adultos jovens. - Transmissão: gotículas respiratórias e fomites. - Incubação: 6- 18 dias - Surtos esporádicos: ambientes fechados, vacinados e não vacinados. - Manifestações clinicas:; período de contagio é 3 dias antes do sintomas ate 9 dias após o sintomas. Geralmente é autolimitada, possui recuperação em semanas. Onde geralmente tem aumento da glândula saliva em geral após 48 horas. Apresentando hiperemia e edema de parótida, uni ou bilateral. Mas possui assintomáticos em 15 – 22% em adultos. - Exame físico: · Edema e apagamento do ângulo da mandíbula · Orifício stennon edemaciado e hiperemiado · Leucopenia, linfocitose e aumento da amilase. - Complicações: · Orquite: acontece em 15 -30% na adolescência. Cursando com dor e edema do testículo e escroto. A questão da infertilidade é muito rara. · Neurologicas: meningite, encefalite, surdez e Guillain-barré. · Meningite: meningite asséptica em cerca de 1-10% dos pacientes. Sendo a complicação neurológica mais comum. Cursando com cefaleia, febre baixa e rigidez de nuca. - Diagnóstico: · Analisar a exposição epidemiológica do município, observar as manifestações clinicas típicas como febre, anorexia etc. · Precaução respiratória · Laboratorio: detecção vírus por PCR – Swab oral no orifício ducto stennon ou dosagem de IgG e IgM após 4 semanas. · Sialadenite: são cálculos de glândulas salivares. - Fatoresde risco: desidratação, diuréticos, trauma, etc. - Mais de 90% dos casos estão localizada na submandibular. - Quadro clinico: dor, edema e hiperemia com alimentação. Na palpação do assoalho da boca apresentara a dor e na inspeção o orifício de wharton estará obstruído. - Exames complementares: diagnostico incerto, complicações. Além disso, solicitar a US. - Tratamento: geralmente é o conservador como hidratação, ordenha do ducto, antiinflamatorios para dor e sialogogos (induz a contração da glândula – limao). - Infecções secundarias: pode ser tratado com ATB. - Casos persistentes: é indicado a cirurgia.
Compartilhar