Buscar

Teoria e Política Macroeconômica I Lista de Exercícios 9 Felipe Moreti Bolini

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Teoria e Política Macroeconômica I – Lista de Exercícios 9 – Felipe Moreti 	Bolini
1. Compare a visão dos teóricos dos ciclos reais de negócios quanto às causas de flutuações do produto e do emprego com a visão dos economistas novo-clássicos. 
	Os teóricos dos ciclos reais de negócios acreditam que flutuações do produto e do emprego se devem a choques tecnológicos, condições ambientais, mudanças nos custos de matéria-prima importada e nas alíquotas de impostos, além das preferências dos indivíduos, de tal forma que as oportunidades da economia privada são alteradas, sobretudo pelas variáveis da oferta. Por outro lado, os novo-clássicos assumem que essas mudanças postas pelos teóricos dos ciclos reais de negócios ocorrem no longo prazo, não afetando, portanto, o curto prazo, sendo este estável e, assim, haveriam situações inusitadas no mercado monetário capazes de causar flutuações do produto e emprego. Portanto, diferente da teoria dos ciclos reais de negócios, os novo-clássicos observam as flutuações postas como causadas pela demanda.
2. Suponha que tenha havido uma mudança nas preferências em um modelo de ciclos reais de negócios de forma que o agente representativo valorize mais o lazer e menos os bens de consumo. Como o produto e o emprego seriam afetados pela mudança?
	Se a função de preferências do agente representativo agora se alterou, considerando lazer como mais importante que consumo de bens, o nível de emprego deveria se reduzir e, portanto, o produto. Nesse sentido, como a redução do produto leva a uma redução no consumo e na poupança, então os valores futuros do estoque de capital devem se reduzir, de tal forma que os níveis futuros de produto também devem ser menores. Além disso, num cenário em que as mudanças nas preferências persistem, o produto futuro tende a se reduzir ainda mais. 
3. Suponha que dados sobre salários mostrem que trabalhadores com qualificações idênticas recebem salários muito diferentes em diferentes setores. Essa diferença é consistente com o pressuposto de que o mercado de trabalho é competitivo? Ela é consistente com o modelo de salário-eficiência?
	Em um mercado de trabalho competitivo, diferenças salariais entre trabalhadores com as mesmas qualificações não devem persistir. Há alguns fatores, como características não-salariais do trabalho, ou localização, que levam a algumas pequenas diferenças. Contudo, a hipótese de salário-eficiência implica no fato de que haverão grandes diferenças, de tal forma que diferentes condições/características do trabalho levam as firmas a pagarem prêmios eficientes, visando reduzir os custos, de tal forma que os custos de não-evasão e rotatividade de trabalhadores difere entre as empresas. Assim, a existência de diferenças salariais é posta pelos novos keynesianos como uma evidência favorável à hipótese de salário-eficiência, sendo, portanto, consistente as diferenças salariais dentro do modelo.
4. Os economistas novo-clássicos acreditam que modelos macroeconômicos úteis são aqueles em que (a) os agentes otimizam e (b) os mercados se equilibram. Os modelos que surgem das pesquisas novo-keynesianas apresentam alguma dessas propriedades? Explique.
	Os modelos que emergiram das pesquisas dos novos keynesianos não mostram que os mercados se equilibram. Os keynesianos não concordam que essa premissa (de equilíbrio de mercado) seja necessária para modelos macroeconômicos úteis. Assim, os novos keynesianos visam explicar o desemprego involuntário em situações em que o mercado de trabalho não está em equilíbrio. Contudo, os modelos novo-keynesianos modelam o comportamento de otimização dos agentes. Assim, nem sempre os agentes são fornecedores individuais de mão-de-obra, nem as firmas são competitivas, na estrutura do modelo novo-clássico. Os novos keynesianos permitem competição imperfeita no mercado de produtos e, em alguns casos, no mercado de trabalho também.

Outros materiais