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Sheila Prates – 93 PPF I Restaurações Provisórias em Prótese Fixa Restaurações provisórias, transitórias ou temporárias são aquelas utilizadas em uma fase intermediária, de curto ou longo prazo, entre o tempo de preparo do dente pilar até a fixação da restauração indireta. Apesar de ser provisória, não deve ser vista como restaurações que recobrem dentes preparados ou que preenchem espaços desprovidos de dentes, mas sim, dar requisitos e cumprir funções adequadas. Requisitos ideais para restauração provisória: • Boa adaptação ao dente/marginal • Resistência ao deslocamento durante função • Resistente e se manter em boas condições • Baixa toxicidade • Estabilidade dimensional e de cor • Confortáveis e estética aceitável • Manter oclusão fisiológica • Permitir higienização oral • Superfície lisa e polida • Fácil remoção Funções • Proteção pulpar: térmico, químico e biológico • Estabilidade de posição: MD, VL, OC • Saúde periodontal: adaptação cervical, contorno (perfil emergência, forma e extensão ameia interproximal), higiene • Função mastigatória – materiais resistentes para aguentar a força mastigatória • Estética e fonética – guia e são representativas pro resultado final • Diagnóstico: forma e disposição dos dentes, DVO, posição mandibular, oclusão, suporte labial, fonética. Permite verificar o paralelismo dos preparos pois se não tiver paralelismo adequado, não há possibilidade de introdução e remoção da provisória adequadamente. Verifica a espessura adequada pro material restaurador, se a provisória ficar muito fina significa que haverá necessidade de maior desgaste da estrutura dental para adequação da espessura do material restaurador. Técnicas de confecção • Técnica direta – confeccionada diretamente na boca do paciente • Técnica indireta/direta – parte em laboratório e parte clinicamente • Técnica indireta – em laboratório Técnica Direta Técnica da “Bolinha” Manipule a resina acrílica semelhante a cor do dente, em um pote dappen. Aguarde a fase fibrilar e depois, com os dedos molhados, verifique se não há mais aderência da resina a luva. Faz então uma bolinha com a resina e adapte-a ao dente já preparado, dando formato ao dente em questão, pressionando sempre na região cervical para a resina copiar a região do término do preparo. Adapte a bolinha na vestibular e palatina. Verifique o contato interoclusal (ainda a fase plástica), ocluindo os dentes para fazer o registro e posteriormente, o desgaste. Na fase borrachoide deve-se fazer a inserção, remoção para não aderir ao dente e na fase exotérmica, deve retirar a provisória e imergir em água até a polimerização final. Após a polimerização, posicione a provisória no dente para verificar a adaptação da coroa provisória no local. Com a peça bem seca, utilize um lápis gravite para tangenciar o término do preparo e fazer a marcação nas laterais das faces mesial e distal, para marcar a região de contato interproximal. Com uma fresa max ou min cut inclinada em 45° na direção do término do preparo, remova os excessos de resina até ficar aquém a linha do grafite. Marque a altura da coroa provisória na oclusal em relação ao dente vizinho. Em visão inciso-cervical, analise a porção palatina da coroa discrepante. Marque com grafite o quanto da concavidade palatina será desgastada. Obs: caso falte material na cervical, fazer reembasamento. Nesses casos, necessita de alívio interno para que a provisória acomode a resina que será inserida. Manipular resina novamente e nas mesmas fases. Pressionar a resina nova contra a cervical recobrindo as áreas com defeito. Esperar polimerização e fazer desgastes. Acabamento e polimento – max ou mini cut, tiras de lixa, pontas de borracha, rodas de feltro... Restauração provisória única – com resina Fazer manipulação da resina e modelar de forma que dê uma conformação inicial na arcada/dentes. No final da fase plástica, fazer o registro da mordida e recortar os excessos, mas não é necessário se for forçar o corte devido alteração dimensional. Colocar a resina em água na fase exotérmica e depois de polimerizada, tangenciar a região dos términos marcando a região proximal com os dentes adjacentes. Desgaste com a fresa em 45° na cervical. Fazer a 2º inclinação de desgaste com a fresa mais paralela a parede vestibular. Marcar a oclusal/incisal para desgaste. Se precisar, fazer reembasamento. Disco dupla face faz a liberação das ameias para possibilitar a higienização. Molde de Alginato Caso inicial ainda sem preparo – manipular o alginato e faz uma moldagem do dente ainda integro. Molde será higienizado e mantido no umidificador enquanto faz o preparo do dente para receber a provisória. Depois, fazer a manipulação da resina normalmente e inserir no molde no dente que vai receber a restauração e reposiciona a moldeira com a resina na boca do paciente. A resina vai se acomodar no dente preparado com o mesmo formato do dente anteriormente existente. Aguardar polimenrização da resina. Fazer as demarcações para o desgaste analisando a provisória com a arcada, contatos interproximais, contato oclusal. Molde de silicona Manipular a silicona e moldar o dentes em questão, sem moldeira. Reservar o molde enquanto prepara os dentes. Nesse caso clínico foram retiradas as restaurações de resina que já tinham, foi feito um preparo do remanescente dental delimitando a linha do término do preparo e desobstrução parcial dos condutos radiculares para reter a coroa provisória. Nessa técnica utiliza pedaços de fios ortodônticos que são cortados e dobrados em um dos lados. O comprimento deve se extender do conduto radicular até parte da coroa do dente. A dobra fica fora do contudo para reter a resina. Na parte reta que fica dentro do conduto pode ir marcando com alicate para que também haja retenção mecânica da resina no fio. Manipula a resina e coloca no molde de silicona encaixado nos dentes preparados e reposiciona o molde a boca do paciente. A resina vai penetrar dentro do conduto, se aderindo ao fio, saindo da mesma forma do dente anterior. Fazer os desgastes onde necessita e dar o formato. Dente de estoque Selecionado e adequado para encaixar na posição, altura e espaço corretos em um dispositivo, na arcada do paciente. Colocar resina e sobrepor no dente de estoque, posiciona sobre o cilindro e aguarda a polimerização da resina. Confecciona a face paltina da coroa provisória sobre análogo do implante – fora da boca Acabamento e polimento da coroa provisória. Técnica indireta/direta • Molde de alginato ou silicona • Matriz a vácuo • Termoprocessado Molde Alginato Fazer moldagens para obter modelos iniciais do caso para montar em articulador Enceramento – corrige o que precisa mudar na forma dos dentes naturais do paciente, fazer modificações e condições desejados que o paciente precisa. O modelo após o enceramento é hidratado/umidecido em uma cuba com água, para fazer uma moldagem com alginato sobre esse modelo. A moldagem também é reservada no umidificador enquanto prepara o dente. Proseguir da mesma forma como as anteriores. Matriz a Vácuo Utiliza modelo de gesso, faz o enceramento e adequação da morfologia e reposição de dentes ausentes hidrata o modelo, molda e faz outro modelo em gesso. Fazer um orifício ao meio do modelo de gesso duplicado (auxilia no processo de acomodação) A placa de acetado vai na máquina a vácuo depois de plastificada/mole, é succionada (orifício auxilia nesse momento evitando formação de bolha). Recorta a placa na região de interesse e faz uns orificios para escape da resina. Manipula resina, insere dentro da matriz e posiciona esse conjunto na arcada, preenchendo os espaços na formato dos dentes que foram encerados. Os orificios evitam defeitos como formaçãode bolhas
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