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IMPLANTE VI

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Implantodontia 
Doença e Manutenção dos Implantes 
 
 
Introdução 
 
Com o passar dos anos, novas tecnologias foram 
sendo aplicadas à Odontologia, sendo uma delas a 
instalação de implantes dentários. Isso fez com que 
ocorresse um aumento do número de implantes 
em função, ocasionando em 96% de sucesso e 
sobrevivência. Porém, isso pode levar a alterações 
na mucosa periimplantar e essas alterações 
necessitam de manutenções da saúde dos tecidos 
periimplantares. 
 
 
Falhas em Implantes 
 
Imediatas Tardias 
Preparação do leito Sobrecarga 
Contaminação bacteriana Infecções 
Falta de estabilidade 
Carregamento prematuro 
 
 
 
1. Falhas Tardias 
 
1.1 Infecções 
• Mucosite periimplantar = são reações 
inflamatórias reversíveis na mucosa 
adjacente ao implante. 
 
• Periimplantite = são reações inflamatórias 
ao redor do implante já osseointegrado e 
em função, resultando em perda de tecido 
de suporte. Pode ocorrer em 4 a 15% dos 
casos. 
 
 
Etiologia 
• Biofilme = a formação do biofilme em um 
implante é semelhante ao dente. A 
suspensão de higiene por 3 semanas leva a 
um acúmulo de biofilme e resposta dos 
tecidos semelhantes. 
 
@ODONTO.BY.GIBBS – DIREITOS AUTORAIS 
 
• A microbiota associada aos tecidos 
periimplantares saudáveis é semelhante 
aquela associada a gengiva. 
Diagnostico 
 
• Índice de placa modificado 
• Índice gengival modificado 
• Profundidade de sondagem 
• Sangramento a sondagem 
• Perda óssea radiográfica 
• Mobilidade 
• Supuração 
 
Índices 
• Placa modificado = é a quantidade de placa que 
está ao redor do implante. 
 
• Gengival modificado = tendência ao 
sangramento na margem dos tecidos 
periimplantares. 
 
 
0: ausência de sangramento / biofilme 
 
1: biofilme detectado por sonda / 
sagramento marginal após a sondagem 
 
2: biofilme visível / sangramento espontâneo 
 
3: biofilme abundante / sagramento 
generalizado. 
 
 
Sondagem 
Quando o paciente está frente a um quadro de 
mucosite moderada / severa ou periimplantite, a 
distância da sonda até o osso vai ser menor. 
 
 
Sangramento a sondagem 
• Sangramento presente após a inserção leve 
da sonda indica que há presença de lesão 
inflamatória na mucosa periimplantar. 
 
• Um sítio periimplantar sem sangramento à 
sondagem é considerado saudável e 
estável. 
 
 
Supuração 
 
• Indicativo de infecção periimplantar. 
 
• Está associado a episódios de atividade de 
destruição tecidual e indica necessidade de 
terapia antimicrobiana. 
 
• Pode estar associado a uma fístula 
 
 
 
 
Perda Óssea Radiográfica 
 
• Perda vertical = até 0,2mm durante o primeiro 
ano. É indicativo se sucesso. 
 
• Tomadas radiográficas padronizadas devem ser 
feitas após a colocação do implante para 
acompanhar a perda óssea longitudinalmente. 
 
• Alterações radiográficas só são notadas quando 
há perda de mais de 30% do osso. 
 
 
Mobilidade 
É ela quem indica a ausência de osseointegração. 
 
• Mesmo implantes que possuam 
periimplantite, podem se apresentar 
clinicamente estáveis. 
 
• Isso é fundamental para a decisão de 
manter ou remover o implante afetado. 
 
 
 
 
 
 
Mucosite Peri – Implantar 
 
É uma infecção e seu desenvolvimento é semelhante 
ao da gengivite. 
 
• Sinais clínicos, tamanho do infiltrado 
inflamatório e proporção de células 
inflamatórias semelhantes durante o 
acúmulo de placa bacteriana. 
 
• Acúmulo e composição da placa são 
similares. 
 
 
Características Clínicas 
Aumento da profundidade de sondagem 
Ausência de perda óssea radiográfica 
Sangramento a sondagem 
 
O tratamento da mucosite consiste em orientar e 
instruir o paciente quanto à higiene oral (uso de 
escovas unitufo, escovas interproximais, uso de fio 
dental do tipo super floss), motivação do paciente e 
controle químico do biofilme (uso de digluconato 
de clorexidina 0,12% 2x ao dia por 15 dias). 
 
Além disso, pode ser feita uma limpeza mecânica 
da superfície de implantes e componentes 
protéticos (curetas plásticas ou teflon, jato de 
bircarbonato). Pode haver alterações no recontorno 
da prótese. Fazer recontorno, profilaxia e IHO. 
 
Periimplantite x Periodontite 
 
• A microbiota é bem semelhante entre essas 
duas inflamações. 
 
• Complexidade do implante como reservatório 
de bactérias. 
 
• A progressão das duas doenças é bem 
semelhante também. 
 
 
Diagnóstico Diferencial 
 
• Determinar se está ocorrendo a perda óssea, 
através da comparação radiográfica inicial x 
atual. 
 
• Características anatômicas 
 
• Forma dos tecidos ao redor do implante 
 
• Exposição do implante devido a trauma 
 
• Envolvimento das roscas do implante 
 
 
 
 
 
Periimplantite 
 
• O tratamento ainda é bastante discutido na 
literatura, mas um dos principais é a 
remoção do biofilme (causa), jato de 
bicarbonato e curetas de teflon. 
 
• Jato de bicarbonato = desintoxicação 
adequada para a neoformação óssea em 
contato direto com o implante. 
 
• Cureta de teflon = mantem a composição 
da superfície do implante, com menor 
rugosidade. 
 
 
Pode-se seguir a seguinte sequência: 
• Debridamento fechado 
• Acesso cirúrgico 
• Regeneração óssea guiada 
• Regeneração tecidual guiada 
• Antibioticoterapia 
 
Os antibióticos que podem ser utilizados são 
 
- Amoxicilina 500mg (7d) 
- Metronidazol 250mg (10d) 
 - Amoxicilina 375mg + Metronidazol 500mg (10d) 
 
 
Antibioticoterapia local 
 
- Fibras de tetraciclina 
- Gel de doxiciclina 
 
 
Tratamento da Periimplantite 
 
• Debridamento fechado = foram relatados 
apenas 6 casos onde a opção foi a realização 
desse tipo de tratamento. Associar o 
debridamento + antibioticoterapia + ajuste 
oclusal. A antibioticoterapia pode ser sistêmica 
ou local. Nesses casos, ocorrerá redução da 
infecção periimplantar, com sinal de formação 
óssea em alguns casos, apenas a curto prazo. 
 
• Em um estudo realizado por Mombelli, em 
2001, foram avaliados 30 implantes que 
possuíam periimplantite. Com isso, a opção de 
tratamento foi o debridamento mecânico + 
fibras de tetraciclina. Com isso, foi observada 
uma melhora dos sinais clínicos inicialmente e 
recorrência a inflamação e supuração a curto 
prazo. 
 
• Acesso cirúrgico = ainda como tratamento de 
periimplantite, pode ser realizado um acesso 
cirúrgico + debridamento + osteoplastia + 
retalho posicionado apicalmente. Isso fará com 
que haja melhora na condição do tecido mole. 
 
• Regeneração óssea guiada = é outra opção de 
tratamento, devendo então serem realizados os 
seguintes passos: debridamento + 
antibioticoterapia + enxerto ósseo. 
 
OBS: o enxerto pode ser autógeno, alógeno, 
xenógeno ou aloplástico. 
 
 
Regeneração Óssea Guiada 
 
• Enxerto autógeno = um estudo realizado por 
Behneke em 2000 contava com uma amostra 
de 39 implantes, 1 a 3 anos de 
acompanhamento. Foi realizado o enxerto 
autógeno e com isso, concluiu-se que houve 
uma redução na profundidade de sondagem 
(3,5 a 4mm) e houve preenchimento ósseo de 3 
a 4,3mm. Contudo, ocorreram falhas 
(deiscência em 4 implantes e ausência de 
resultados em 2 implantes). 
 
• Enxerto alógeno = estudo realizado por 
Gammage em 1990. A amostra consiste em 8 
implantes com acompanhamento de 1 ano. 
Houve ganho ósseo e ausência de doença. 
Porém, uma falha ocorreu, sendo ela a 
remoção necessária do enxerto em 1 caso. 
 
• Enxerto xenógeno = estudo realizado por 
diversos autores (Casarin, Muller, Meffert). 
Amostra de 4 implantes com enxerto em 
hidroxiapatita, com acompanhamento de 6 
meses a 3 anos. A outra amostra consistia em 3 
implantes com enxerto de osso bovino 
inorgânico, com acompanhamento de 6 meses 
a 1 ano. Os autores concluíram que houve 
redução da profundidade de sondagem, 
ausência de sangramento e supuração e 
retenção do enxerto no defeito.Mas não 
concluíram se foi ganho ósseo. Porém, houve 
uma falha: foi necessária a reabertura em um 
caso, em decorrência de um abscesso. 
 
 
• Enxerto aloplástico = estudo realizado por 
Carvalho em 2007. Foi enxertado vidro bioativo 
(bioglass + membrana). Concluiu-se que houve 
redução na profundidade de sondagem, 
ausência de sangramento / supuração e 
preenchimento do defeito ósseo. 
 
 
Regeneração Tecidual Guiada 
 
Estudo realizado por Goldman e outros autores. 
 
• Membranas não absorvíveis (30 implantes) 
• Membrana colágena (1 implante). 
• Acompanhamento de 5 a 8 meses 
 
Resultados = redução da profundidade de 
sondagem (1 a 4mm), redução de sangramento / 
supuração e preenchimento ósseo. 
OBS: vale ressaltar que ocorreram falhas nesse 
estudo, como por exemplo, exposição da 
membrana em 18 casos e ausência de resultados 
em 3 casos. 
 
 A regeneração tecidual guiada pode ser 
associada com a técnica de regeneração 
óssea guiada. 
 
 
Em Resumo – Periimplantite 
 
 Diagnóstico = profundidade de sondagem 
de 9mm, sangramento a sondagem e 
supuração. 
 
 Tratamento = consiste em descontaminar o 
implante com curetas e jato de bicarbonato 
+ aplicação de gel de doxiciclina. Pode ser 
feito o enxerto de osso bovino para 
preenchimento do defeito ósseo e enxerto 
de conjuntivo, para ganho de espessura da 
mucosa. Além disso, a antibioticoterapia 
pode ser associada (sistêmica → 
amoxicilina 500mg + metronidazol 250mg 
3x ao dia por 3 semanas). 
 
 
 
 
Terapia de Suporte 
 
“É obrigatório que o tecido ao redor dos implantes 
seja monitorado em intervalos regulares para se 
descobrir o aparecimento de complicações 
biológicas e interferir no processo de doença em 
um estágio precoce” 
 
• As condições de higiene oral do paciente 
devem ser avaliadas antes mesmo da colocação 
dos implantes, uma vez que poderá determinar 
o tipo de prótese, pôntico, como também 
contra indicar essa colocação. 
 
• A manutenção de biofilme por 3 meses leva a 
uma progressão apical da mucosite, ou seja, 
pode iniciar a periimplantite. 
 
 
• Função do paciente = realizar o controle 
correto e adequado do biofilme (o índice de 
placa modificado deve ser menor do que 20%). 
Para isso, deve-se utilizar escova interdental ou 
apropriadas para a região + uso de fita ou fio 
dental. 
 
• Função do dentista = conferir a eficácia do 
controle do biofilme, conferir alterações 
inflamatórias, conferir problemas como supra 
estrutura solta, parafusos quebrados, áreas 
com sensibilidade dolorosa. Avaliar os aspectos 
radiográficos e oclusão / estabilidade dos 
implantes. 
Considerações Finais 
 
• O tratamento da mucosite periimplantar 
consiste em IHO e debridamento mecânico. 
 
• Tratamento da periimplante consiste em 
debridamento mecânico, controle da infecção e 
correção dos defeitos periimplantares. 
 
 
 
• Ainda são necessários estudos para determinar 
melhor tratamento para mucosite e 
periimplantite. 
 
 
 
• Pacientes implantados devem sempre ser 
inclusos em programa de terapia de suporte.

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