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Thaís Pires 1 Percepção Problema 2 1. Estudar a anatomia macroscópica do telencéfalo e do diencéfalo DIENCÉFALO + TELENCÉFALO = CÉREBRO = PROSENCÉFALO – embora estejam unidos, os componentes do cérebro apresentam CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS → o telencéfalo se desenvolve sentindo LATERAL-POSTERIOR, constituindo os HEMISFÉRIOS CEREBRAIS, encobrindo quase completamente o DIENCÉFALO (localizado MÉDIO- INFERIOR) Diencéfalo = tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo → todos com relação com o 3º VENTRÍCULO → é a cavidade do diencéfalo, que se comunica com o 4º ventrículo pelo AQUEDUTO CEREBRAL e com os VENTRÍCULOS LATERAIS pelos FORAMES INTERVENTRICULARES (de Monro) Em um corte sagital mediano, as PAREDES LATERAIS DO 3º VENTRÍCULO são expostas, mostrando a existência de uma DEPRESSÃO = SULCO HIPOTALÂMICO que vai desde o aqueduto cerebral até o forame interventricular → esse sulco delimita SUPERIORMENTE – TÁLAMO e INFERIORMENTE – HIPOTÁLAMO / unindo os dois tálamos, há uma estrutura em ponte na cavidade ventricular, a ADERÊNCIA INTERTALÂMICA / no ASSOALHO do 3º ventrículo, há, sentido antero-posterior, o QUIASMA OPTICO, INFUNDÍBULO, TÚBER CINÉREO e CORPOS MAMILARES / a parede POSTERIOR do ventrículo é formada pelo EPITÁLAMO, acima do sulco hipotalâmico – partido do epitálamo, partem de cada lado um feixe de fibras nervosas = ESTRIAS MEDULARES DO TÁLAMO (onde se insere a TELA CORIÓIDE), que forma o TETO DO 3º VENTRÍCULO → partindo dessa tela corioide, o PLEXOS CORIOIDES se invaginam na luz ventricular e são contínuos com os plexos corioides dos ventrículos laterais pelos forames interventriculares / a parede ANTERIOR é formada pela LÂMINA TERMINAL que se dispõe entre o quiasma óptico e a comissura anterior Tálamo – duas massas volumosas de substância CINZENTA de forma OVOIDE em PAR dispostas de cada lado do diencéfalo, que possui diversos NÚCLEOS / na extremidade ANTERIOR, há uma eminência = TUBÉRCULO ANTERIOR DO TÁLAMO, que tem como função delimitar os forames interventriculares / na extremidade POSTERIOR, que é maior que a anterior, possui uma grande eminência – PULVINAR que se projeta nos corpos geniculados lateral e medial → o medial (via auditiva) o lateral (via óptica) e ambos podem ser chamados como constituintes do METATÁLAMO / a porção LATERAL DA FACE SUPERIOR faz parte do assoalho do 3 ventriculo, portanto é revestido por tecido ependimario / a face LATERAL é separada do TELENCÉFALO por uma CÁPSULA INTERNA, que é um compacto feixe de fibras que liga córtex cerebral-centros subcorticais / a face INFERIOR do tálamo é contínuo com o hipotálamo e subtalamo Thaís Pires 2 Percepção Hipotálamo – área pequena localizada abaixo do TÁLAMO – suas estruturas são aquelas localizadas nas paredes LATERAIS do 3º ventrículo abaixo do sulco hipotalâmico e aquelas do assoalho: CORPOS MAMILARES, QUIASMA ÓPTICO, TÚBER CINÉREO e INFUNDÍBULO / de acordo com suas estruturas, é dividido em regiões de NÚCLEOS: região QUIASMÁTICA, TUBERAL, MAMILAR todas no eixo CRANIOCAUDAL Epitálamo – limita POSTERIORMENTE o 3º ventrículo ACIMA DO SULCO HIPOTALÂMICO – possui a GLÂNDULA PINEAL (glândula endrócrina que repousa sobre o teto do mesencéfalo – liberação de melatonina) – a fixação ANTERIOR da pineal se dá por dois feixes transversais de fibras que cruzam o plano mediano = COMISSURA POSTERIOR E DAS HABÊNULAS (habênulas controlam os níveis de dopamina na via mesolímbica, área do prazer) → a posterior situa-se no ponto de ligação do aqueduto cerebral ao 3º ventrículo, sendo o LIMITE entre msencéfalo e diencéfalo; a das habênulas interpõe-se entre os TRÍGONOS DA HABÊNULA, que estão entre a pineal e o tálamo / a tela corioide do 3 ventrículo insere-se lateralmente nas estrias medulares do tálamo e posteriormente das habênulas, FECHANDO O TETO DO 3º VENTRÍCULO Subtálamo – zona de transição entre DIENCÉFALO e TEGUMENTO DO MESENCÉFALO – não se relaciona com o 3 ventriculo, uma vez que está ABAIXO DO TÁLAMO limitado pela capsula interna – devido a proximidade ao mesencéfalo, algumas estruturas são comuns aos dois, como núcleo rubro, substância negra e a formação reticular Telencéfalo – compreende DOIS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS E A LÂMINA TERMINAL DA PORÇÃO INF DO 3º VENTRICULO – os dois hemisférios são unidos por uma faixa de FIBRAS COMISSURAIS = CORPO CALOSO e possuem cavidades, os ventrículos LATERAIS DIREITO E ESQUERDO / cada hemisfério possui 3 POLOS – FONTRAL, OCCIPITAL E PARIETAL; 3 FACES – DORSOLATERAL/CONVEXA, MEDIAL/PLANA, INFERIOR/BASE DO CÉREBRO Sulcos e giros – os sulcos são responsáveis por delimitar os giros cerebrais, aumentando a superfície cerebral SEM AUMENTO DE VOLUME → cerca de 2/3 do córtex cerebral estão “escondidos” nos sulcos / vários sulcos são INCONSTANTES e não recebem denominação, enquanto outros são mais CONSTANTES e recebem denominações especiais que ajudam a DELIMITAR OS LOBOS E ÁREAS CEREBRAIS / em cada hemisfério, os sulcos mais importante são: LATERAL (de sylvius) e CENTRAL (de Rolando) Lateral – inicia na base do cérebro, que dirige-se para a face dorsolateral onde irá se dividir em ramos: ASCENDENTE, ANTERIOR e POSTERIOR → o ascendente e anterior são CURTOS e penetram no lobo FRONTAL; o posterior é LONGO e dirige-se para TRÁS/CIMA terminando no LOBO PARIETAL → separa o LOBO TEMPORAL do FRONTAL e PARIETAL Thaís Pires 3 Percepção Central – percorre OBLIQUAMENTE A FACE DORSOLATERAL DO HEMISFÉRIO, separando os lobos FRONTAL e PARIETAL – inicia na face medial do hemisfério e dirige-se para FRENTE/BAIXO em direção ao ramo POSTERIOR do sulco lateral → ao lado desse sulco, existem dois giros paralelos (um anterior e outro posterior): GIRO PRÉ-CENTRAL (motricidade) E PÓS-CENTRAL (sensibilidade) Os sulcos ajudam a delimitar os LOBOS CEREBRAIS, que são nomeados de acordo com o osso do crânio com que se relaciona! Lobos FRONTAL, TEMPORAL, PARIETAL e OCCIPITAL – a ÍNSULA está localizada profundamente ao sulco lateral, não possuindo relação com os ossos do crânio – essa divisão anatômica não corresponde a divisão FUNCIONAL (exceto no occipital) Frontal – acima do sulco lateral e adiante do sulco central; Occipital – seu limite anterior é o sulco parietoccipital, que o separa do lobo parietal + seu limite dorsolateral é uma linha imaginária entre a terminação do parietoccipital e a incisura pré-occipital na borda ínfero-lateral; Temporal – do meio da linha imaginária parte uma outra linha imaginária em direção ao ramo posterior do sulco lateral, limitando o temporal do parietal FACE DORSOLATERAL – também chamada de convexa – maior das faces e relaciona-se como todos os ossos cranianos Lobo Frontal – são identificados em sua superfície 3 SULCOS PRINCIPAIS – sulco pré-central (paralelo ao central); sulco frontal superior (inicia na porção superior do sulco pré-central e dirige-se perpendicular a ele); sulco frontal inferior (parte da porção inferior do sulco pré-central segue pra frente e baixo) → entre o sulco lateral e o sulco pré-central está o GIRO PRÉ-CENTRAL, principal área motora do cérebro / acima do sulco frontal superior na face medial do cérebro há o GIRO FRONTAL SUPERIOR / entre o sulco frontal superior e o inferior há o GIRO FRONTAL MEDIO / abaixo do sulco frontal inferior o GIRO FRONTAL INFERIOR, que é dividido pelos ramos anterior e ascendente do sulco lateral em 3 partes: orbital, triangular e opercular → o giro frontal inferior do hemisfério esquerdo se chama ÁREA DE BROCA = área de linguagem Thaís Pires 4 Percepção Lobo Temporal – na face dorsolateral do cérebro 2 SULCOS PRINCIPAIS – sulco temporal superior (dirige-se para trás paralelamente ao ramo posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal); sulco temporal inferior (paralelo ao sulco temporal superior, formado por 2 ou mais partes descontínuas) / entre sulco lateral e temporal superiorhá o GIRO TEMPORAL SUPERIOR – afastando-se os labios do sulco lateral, percebe-se que o seu assoalho é o giro temporal superior – na região posterior do assoalho é atravessada por giros transversais = GIRO TEMPORAL TRANSVERSO (audição)/ entre sulco temporal superior e inferior há o GIRO TEMPORAL MEDIO / abaixo do sulco temporal inferior há o GIRO TEMPORAL INFERIOR Lobos Parietal e Occipital – o parietal apresenta 2 SULCOS PRINCIPAIS – o sulco pós-central (quase paralelo ao central); sulco intraparietal (muito variável, perpendicular ao pós-central e se estende ao lobo occipital) / entre o pós-central e o central fica o GIRO PÓS-CENTRAL (área sensitiva) / o sulco intraparietal separa o LOBULO PARIETAL SUPERIOR DO INFERIOR, descrevendo os giros SUPRAMARGINAL e ANGULAR / o occipital apresenta muitas irregularidades Ínsula – afastando os lábios do sulco lateral, observa-se uma AMPLA FOSSA no fundo = ÍNSULA – lobo cerebral que cresce menos que os demais, sendo recoberto pelos outros lobos – tem forma CÔNICA e apresenta os SULCO CIRCULAR DA ÍNSULA, CENTRAL, GIROS CURTOS E LONGOS DA ÍNSULA FACE MEDIAL – para visualizá-la é necessário um corte sagital mediano, expondo o diencéfalo e as formações do telencéfalo INTER-HEMISFÉRICAS Thaís Pires 5 Percepção Corpo Caloso, fórnix, septo pelúcido – o corpo caloso é a maior das comissuras inter-hemisféricas e é composto por muitas fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano e penetram na substância branca UNINDO AS ÁREAS SIMÉTRICAS DO CÓRTEX → ele aparece como uma lâmina branca arqueada dorsalmente, o TRONCO DO CORPO CALOSO, que se dilata posteriormente no ESPLÊNIO DO CORPO CALOSO e se flete anteriormente em direção à base do cérebro para formar o JOELHO DO CORPO CALOSO – se afila formando ROSTRO DO CORPO CALOSO que termina na comissura posterior / na região da comissura anterior, a LÂMINA TERMINAL também une os hemisférios / abaixo do esplênio do corpo caloso, arqueando-se em direção à comissura anterior está o FÓRNIX, feixe de fibras que não pode ser visto em toda sua extensão no sagital → contém 2 METADES LATERAIS E SIMÉTRICAS que se unem no CORPO DO FÓRNIX e se afastam em COLUNAS DO FÓRNIX anteriormente (terminam nos corpos mamilares) e RAMOS DO FÓRNIX posteriormente Lobo Occipital – na face medial do cérebro, apresenta 2 SULCOS IMPORTANTES – sulco calcarino (inicia abaixo do esplênio do corpo caloso com um trajeto arqueado em direção ao polo occipital – seus lábios constituem a área visual); sulco parietoccipital (muito profundo – separa o parietal do occipital) → entre esses dois sulcos está o CÚNEUS (giro complexo) / abaixo do calcarino o GIRO OCCIPITOTEMPORAL MEDIAL / Lobos Frontal e Parietal – na face MEDIAL do cérebro – sulco do corpo caloso (começa abaixo do rosto do corpo caloso, contorna o tronco e o esplênio onde continua com o sulco do hipocampo no temporal); sulco do cíngulo (paralelo ao sulco do corpo caloso, sendo separado desse pelo GIRO DO CÍNGULO) – saindo do sulco do cíngulo em direção a margem superior do cérebro há o SULCO PARACENTRAL que junto ao RAMO MARGINAL delimita o LOBULO PARACENTRAL (anterior e posterior do lóbulo – área motora e sensitiva da perna e pés) FACE INFERIOR – pode ser dividida em duas regiões: a do lobo frontal que repousa sobre a fossa anterior do crânio e a do lobo temporal (muito maior) que repousa na fossa média do crânio Lobo Temporal – contém 3 sulcos longitudinais que vão da borda lateral para a medial – occipito-temporal (lateralmente limitado pelo sulco temporal inferior, formando o GIRO TEMPORAL INFERIOR, que quase sempre forma a borda do hemisfério – medialmente esse sulco se limita com o colateral, formando o GIRO OCCIPITO- TEMPORAL LATERAL); colateral (inicia próximo ao polo occipital e dirige-se para frente, delimitando, junto ao sulco Thaís Pires 6 Percepção calcarino, o GIRO OCCÍPIO-TEMPORAL-MÉDIO e o GIRO PARA-HIPOCAMPAL cuja porção anterior se curva em torno do sulco do hipocampo formando o ÚNCUS); do hipocampo (origina-se na região do esplênio do corpo caloso, onde continua com o sulco do corpo caloso em direção ao lobo temporal) Lobo Frontal – apresenta o SULCO OLFATÓRIO profundo e de direção anteroposterior – medialmente ao sulco olfatório há o GIRO RETO→ o resto da face inferior do lobo frontal é composto por SULCOS e GIROS ORBITÁRIOS / essas estruturas estão relacionadas a olfação = RINENCÉFALO / o bulbo olfatório é uma dilatação ovoide de substância cinzenta que continua posteriormente com o TRATO OLFATÓRIO, ambos no sulco olfatório – recebe filamentos do I NC, que atravessam orifícios da lâmina crivosa do etmoide em direção a mucosa nasal Thaís Pires 7 Percepção VENTRÍCULOS LATERAIS – direito e esquerdo – possuem cavidades revestidas de EPÊNDIMAS e LCR¸se comunicam com o 3 ventrículo pelo FORAME INTERVENTRICULAR – exceto por isso, o ventrículo é completamente fechado / os ventrículos laterais possuem uma morfologia de PARTE CENTRAL + 3 CORNOS → os que se projetam no lobo frontal, occipital e temporal são, respectivamente, ANTERIOR, POSTERIOR e INFERIOR – com exceção do inferior, todos tem o teto formado pelo CORPO CALOSO Corno Anterior – localizado adiante do forame interventricular, sua parede medial é vertical e constituída do SEPTO PELÚCIDO que o separa do ventrículo contralateral – o assoalho é constituído pela CABEÇA DO NÚCLEO CAUDADO – o teto e o limite anterior são formados pelo corpo caloso Parte Central – estende-se depois do forame interventricular até o esplênio do corpo caloso, onde se bifurca em CORNO POSTERIOR E INFERIOR, região chamada de TRÍGONO COLATERAL – teto corpo caloso / lateral septo pelúcido Corno Posterior – estende-se dentro do lobo occipital e termina posteriormente em ponta – quase toda a totalidade das paredes é composta por fibras do corpo caloso Corno Inferior – faz uma curva inferiormente e depois anteriormente em direção ao polo temporal – teto formado pela substância branca – apresenta a cauda do núcleo caudado, que na extremidade tem uma discreta eminência arredondada = CORPO AMIGDALOIDE (relacionada com sensações – medo) / o assoalho do corno inferior apresenta 2 eminências = EMINÊNCIA COLATERAL E O HIPOCAMPO Organização Interna dos Hemisférios Cerebrais – segue a organização suprassegmentar = substância cinza externamente e branca internamente, que possui os NÚCLEOS DA BASE Núcleos da Base – aglomerados de neurônios na base do cérebro Núcleo Caudado – massa alongada e volumosa de substância cinzenta que se relaciona em toda a sua extensão com os VENTRÍCULOS LATERAIS – a extremidade anterior dilatada corresponde a CABEÇA DO NÚCLEO CAUDADO – o CORPO DO NUCLEO CAUDADO no assoalho da parte central do ventrículo – CAUDA DO NÚCLEO CAUDADO estende-se até a região inferior do ventrículo Thaís Pires 8 Percepção Núcleo Lentiforme – não aparece proximo aos ventrículos – profundo no interior dos hemisférios – é dividido em PUTÂMEN E GLOBO PÁLIDO → somado ao núcleo caudado forma o CORPO ESTRIADO DORSAL Claustrum – delgada caota de massa cinzenta entre o córtex da ínsula e o núcleo lentiforme Corpo Amigdaloide – polo temporal do hemisfério cerebral Centro Branco Medular – formado por FIBRS MIELÍNICAS de PROJEÇÃO (unem córtex – centros subcorticais) e ASSOCIAÇÃO (cortical – cortical) – as de PROJEÇÃO/INTER- HEMISFÉRICAS se dispõe em dois feixes: FÓRNIX e a CÁPSULA INTERNA (a maioria das fibras que relacionam-se com o cortex – formam um feixe compacto que separa o núcleo lentiforme do caudado e do tálamo – acima desses núcleos a cápsula forma a COROA RADIADA) - dentre as de ASSOCIAÇÃO, existem aquelas que atravessam o plano mediano para unir os hemisférios = comissuras encefálicas = corpo caloso, comissura anterior e do fórnix – e aquelas intra-hemisféricas, divididas em CURTAS = ARQUEADAS (associam áreas vizinhas do córtex,como dois giros) e LONGAS (unem em fasciculos – do cíngulo, longitudinal superior, longitudinal inferior, unciforme) 2. Estudar as meninges e o líquor Meninges – envolvem o SNC – dura, aracnoide, pia – funcionam como proteção dos centros nervosos – Dura-Máter – mais superficial e resistente por possuir fibras colágenas – essa dura mater difere da espinhal por conter dois folhetos INTERNO e EXTERNO, sendo somente o interno contínuo com a ME + difere por não possuir um espaço EPIDURAL – o externo se adere firmemente aos óssos do crânio, comportando-se como PERIÓSTEO que NÃO POSSUI CAPACIDADE OSTEOGÊNICA, uma vez que a formação de um calo ósseo poderia causar irritação do Thaís Pires 9 Percepção tecido nervoso → esse folheto externo é extremamente VASCULARIZADO (artéria meníngea média – ramo da maxilar interna) e INERVADO – toda a sensibilidade craniana está situada na dura mater e nos vasos Em algumas regiões os folhetos interno e externo se desprendem para formar PREGAS que dividem a cavidade craniana → foice do cérebro (vertical e mediano – hesmiferios), tenda do cerebelo (septo transversal – entre os lobos occipital e cerebelo – divide a cavidade em SUPRA E INFRATENTORIAL), foice do cerebelo (divisão em hemisférios), diafragma da sela (lamina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica) / esse desprendimento dos folhetos pode formar CAVIDADES DA DURA MATER, como o CAVO TRIGEMINAL que contém o gânglio trigeminal, já outras cavidades são revestidas por endotélio e contém sangue, como os SEIOS DA DURA-MÁTER Os SEIOS DA DURA são cavidades VENOSAS revestidos de endotélio – a maioria possui secção triangular e suas paredes são mais rígidas que a das veias – o sangue proveniente das VEIAS DO ENCÉFALO e do GLOBO OCULAR é drenado para os seios e pois para a JUGULAR INTERNA → os seios se comunicam com a veias na superfície externa pelas VEIAS EMISSÁRIAS que percorrem os forames nos ossos do crânio Seios venosos da ABÓBADA - Seio Sagital Superior (percorre a margem de inserção da foice do cérebro); Seio Sagital Inferior (na margem livre da foice e termina no seio reto); Seio Reto (na união entre a foice do cérebro e a tenda do cerebelo); Seio Transverso (par – ao longo da inserção da tenda do cerebelo no osso occipital); Seio Sigmoide (forma de S – continuação do transverso até o forame jugular); Seio Occipital (pequeno e irregular – ao longo da inserção da foice do cerebelo) Seios venosos da BASE – Seio Cavernoso (um dos mais importantes – em cada lado do corpo do esfenoide – recebe o sangue das veias oftálmicas superior e central da retina – é atravessado pela via carótida interna + troclear, oculomotor, ramo oftálmico do facial, abducente); Seios Intercavernosos (unem os dois cavernosos); Seio Esfenoparietal; Seio Petroso Superior (drena para o sigmoide); Seio Petroso Inferior (drena pra veia jugular interna), Plexo Basilar Aracnoide – membrana delicada e justaposta a dura-mater, possuindo um espaço virtual entre elas, o ESPAÇO SUBDURAL, que contém líquido para lubrificação / separando-se da pia-mater, há o espaço SUBARACNOIDEO que contém LCR e é contínuo com a ME – na conexão com a pia, existem as TRABÉCULAS ARACNÓIDEAS que permitem a fixação entre elas Thaís Pires 10 Percepção Cisternas Subaracnoidea – como a pia-máter adere-se firmemente aos sulcos e giros do cérebro, a profundidade do espaço subaracnóideo é variável, formando as CISTERNAS SUBARACNOIDEAS que contém maior quantidade de LCR Cisterna cerebelo-medular (ocupa região inferior do cerebelo, teto do 4 ventrículo e face dorsal do bulbo, liga-se com o 4 ventriculo – utilizada na PUNÇÃO SUBOCCIPITAL); Cisterna Pontina (ventral a ponte); Cisterna Interpeduncular (fossa interpeduncular); Cisterna Quiasmática (adiante do quiasma óptico); Cisterna Superior (dorsalmente ao mesencéfalo, entre cerebelo e esplênio do corpo caloso); Cisterna da Fossa Lateral do Cérebro Granulaçoes Aracnóideas – em algumas regiões, a aracnoidea emite divertículos para os seios da dura-máter, as chamadas GRANULAÇÕES ARACNOIDEAS – o liquor e o sangue estão separados por uma camada de endotélio e da aracnoide, onde há ABSORÇÃO DO LIQUOR para o sangue por vacúolos / algumas granulações muito grandes podem calcificar, formando os Corpos de Pacchioni Pia-Máter – a mais interna das meninges, aderindo intimamente a superfície do encéfalo e acompanhando seus sulcos profundamente, onde recebe numerosos PROLONGAMENTOS dos astrócitos do tecido nervoso = MEMBRANA PIO-GLIAL / a pia dá resistência aos órgãos nervosos que são muito moles + acompanha os VASOS que penetram o tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a parede externa dos ESPAÇOS PERIVASCULARES → esses espaços contém LCR, amortecendo o efeito pulsador dos vasos Liquor – 100-150mL - fluido AQUOSO E INCOLOR que ocupa os espaços subaracnóideos e os ventrículos, tendo como função primordial a PROTEÇÃO MECÂNICA das estruturas do SNC, uma vez que, pelo princípio de Pascal, qualquer pressão será dissipada por todos os pontos do líquido – como todo o SNC está envolto pela subaracnoide, todo o SNC está imerso no LCR – torna os órgãos muito mais LEVES pelo princípio de Arquimedes, diminuindo a possibilidade de trauma do encéfalo por contato com os ossos do crânio Citologicamente, possui mais CLORETO que o sangue, porém possui menos PROTEINAS – é renovado totalmente a cada 8h pela produção nos PLEXOS CORIOIDES / o LCR é produzido tanto pelos PLEXOS CORIOIDES como pelas CÉLULAS EPENDIMÁRIAS, sendo ativamente secretado pelo TRANSPORTE ATIVO DE NA CL + certa quantidade de ÁGUA – os plexos estão presentes no ventrículos laterais e no teto do 3 e 4 ventrículo, sendo os laterais os maiores filtradores → laterais produzem – forames interventriculares – 3 ventrículo – aqueduto cerebral – 4 ventrículo – aberturas laterais ESPAÇO SUBARACNÓIDEO / sua absorção ocorre nas granulações aracnoideas, seguindo pra circulação sistêmica – como a maior absorção ocorre no SEIO SAGITAL SUPERIOR, a circulação do LCR ocorre no sentido caudal – cranial // na ME, a reabsorção ocorre nas granulações próximas as RAÍZES DOS NERVOS ESPINHAIS / a MOVIMENTAÇÃO DO LIQUOR ocorre tanto pela absorção + produção como pela pulsação de artérias Funções: manutenção de um meio químico estável no sistema ventricular (mesmo quando há alteração no plasma sanguíneo), excreção de produtos tóxicos do metabolismo (durante o sono, os espaços intersticiais aumentam 60%), veiculo de comunicação entre áreas do SNC (hormônios hipotálamos podem agir sobre regiões ventriculares) Hidrocefalia – aumento quantidade e pressão de liquor – dilatação ventrículos e compressão tecido nervoso contra o arcabouço ósseo – se criança, permite a conformação dos ossos, causando grande dilatação da cabeça – Hidrocefalia comunicante (aumento produção ou deficiência absorção, em processos patológicos do plexo corioide ou das granulações) + Hidrocefalia não-comunicante (obstruções no trajeto do liquor) Thaís Pires 11 Percepção 3. Estudar as barreiras encefálicas São dispositivos que impedem ou dificultam a passagem de SUBSTÂNCIAS entre o SANGUE E TECIDO NERVOSO (hematoencefálica – que também existe na medula) ou entre o SANGUE e o LIQUOR (hematoliquórica) Hematoencefálica - As barreiras estão localizadas nos CAPILARES DO SNC – são formadas pelo endotélio e uma membrana basal muito fina + por fora, os pés vasculares dos ASTRÓCITOS formam uma camada no entorno do capilar → além dessas estruturas, algumas características próprias dos capilares do SNC que não estão nos demais contribuem para a barreira: as células endoteliais são unidas por junções oclusivas, não existem fenestrações, são raras as vesículas pinocitóticas Hematoliquórica – localiza-se nos PLEXOS CORIOIDES, mas seus capilares não participam da barreira – o epitélio ependimário que reveste os plexos possui junções oclusivasque unem as células próximo a superfície ventricular, impedindo a passagem de macromoléculas Funções das Barreiras – mecanismo de proteção do encéfalo contra agentes que PODERIAM LESÁ-LO OU ALTERAR SEU FUNCIONAMENTO, como agentes tóxicos, neurotransmissores liberados na corrente sanguínea (adrenalina) + mecanismo de SELEÇÃO para a entrada de substâncias importantes para o funcionamento cerebral, como GLICOSE E AMINOÁCIDOS Permeabilidade da Barreira – essa permeabilidade não é constante em todas as áreas, uma vez que certos fármacos agem em determinados locais e não em outros – no início do desenvolvimento, os capilares neurais possuíam fenestrações, que foram cessadas por ação dos pés vasculares dos astrócitos → assim, nos fetos e recém-nascidos, a barreira é MAIS FRACA PERMEÁVEL A SUBSTÂNCIAS – icterícias no recém nascido são mais graves que no adulto pois há a passagem de bilirrubina que é neurotóxica, causando as manifestações neurológicas Órgãos Circunventriculares – são regiões em que a barreira não existem, estando localizadas em volta do 3 e 4 ventrículos – funcionalmente, elas são divididas em RECEPTORES DE SINAIS QUÍMICOS ou SECRETORES DE HORMÔNIOS // A GLÂNDULA PINEAL secreta melatonina e a eminência média da neuro-hipófise transporta hormônios do hipotálamo pra neuro-hipofise // o órgão subfornicial está envolvido com a detecção de ANGIOTENSINA 2, enviando informações para o hipotálamo que regula a volemia pela sede – o ÓRGÃO VASCULAR DA LÂMINA TERMINAL está no hipotálamo e detecta o aumento da pressão osmótica no sangue, estimulando sede e secreção de antidiuréticos – ÁREA POSTREMA sensível a sinais químicos do sangue, como a CCK 4. Estudar a vascularização do cérebro Por ser um tecido NOBRE e altamente ESPECIALIZADO, o cérebro exige para o seu metabolismo um suprimento CTE e ELEVADO DE GLICOSE E OXIGÊNIO, i.e., a atividade funcional do cérebro depende da OXIDAÇÃO DE CARBOIDRATOS e não pode ser sustentada por metabolismo ANAERÓBICO – a parada da circulação cerebral por mais de 10 SEGUNDOS leva o indivíduo a PERDA DA CONSCIÊNCIA e a partir de 5 minutos, aparecem LESÕES IRREVERSÍVEIS (a primeira área lesada é o neocórtex e a última o centro respiratório do bulbo – AVC hemorrágicos ou isquêmicos) Fluxo Sanguíneo Cerebral – muito elevado, perdendo apenas para RINS e CORAÇÃO – é definido pelas variáveis PA, PV e Resistência cerebrovascular (RCV), sendo diretamente proporcional a DDP entre PA-PV e inversamente a RCV // a RCV depende dos seguintes fatores: PIC (aumenta a rcv), condição da parede vascular (arteriosclerose aumenta rcv), viscosidade do sangue, calibre dos Thaís Pires 12 Percepção vasos cerebrais (o CO2 possui ação vasodilatadora) / o FSC varia, ainda, de acordo com a ÁREA CEREBRAL, sendo as áreas ricas em SINAPSES as de maior FSC e com o ESTADO FUNCIONAL DA REGIÃO, i.e., se um foco luminoso é colocado a frente de um animal, percebe-se que há AUMENTO FSC NO CORTEX VISUAL (esse aumento de FSC permitiu a localização de diversas funções cerebrais) – o aumento do SC ocorre por ajustes feitos ao nível das ARTERÍOLAS, uma vez que há a liberação de CO2 e óxido nítrico, aumentando o calibre vascular Vascularização Arterial do Encéfalo – o encéfalo é irrigado pelas artérias CARÓTIDAS INTERNAS E VERTEBRAIS, que se originam no pescoço, não dando nenhum vaso muito importante, assim são ESPECIALIZADAS PARA IRRIGAÇÃO DO CÉREBRO – na BASE DO CRÂNIO essas artérias formam o POLÍGONO DE WILLIS, de onde partem as principais artérias para a vascularização, ou seja, o encéfalo, ao contrário dos diversos órgãos, não possui um HILO DE ENTRADA VASCULAR, permitindo que entrem em diversos PONTOS DA SUPERFÍCIE → as artérias cerebrais também são morfologicamente diferentes – possuem PAREDES FINAS – túnica média com menos musculatura, e túnica elástica interna é mais espessa e tortuosa, fatores que tornam esses vasos mais propensos a hemorragias / basicamente há um sistema complexo de circulação intracraniana INDEPENDENTE da extracraniana Artéria Carótida Interna – ramo de bifurcação da carótida comum no pescoço, a carótida interna penetra na cavidade craniana pelo CANAL CAROTÍDEO DO OSSO TEMPORAL, atravessa o SEIO CAVERNOSO descrevendo no plano vertical um S = SIFÃO CAROTÍDEO, penetrando na DURA E ARACNOIDE e no início do SULCO LATERAL divide- se em seus dois ramos terminais ARTÉRIAS CEREBRAIS MÉDIA E ANTERIOR / além dos ramos terminais, a carótida interna dá origem a ARTÉRIA OFTÁLMICA, COMUNICANTE POSTERIOR, CORIÓIDEA ANTERIOR Artérias Vertebral e Basilar – as artérias vertebrais direita e esquerda se destacam das RESPECTIVAS ARTÉRIAS SUBCLÁVIAS, subindo no pescoço pelos FORAMES TRANSVERSOS das VÉRTEBRAS CERVICAIS – perfuram a membrana atlantoccipital, dura-máter e a aracnoide, entrando no crânio pelo FORAME MAGNO, seguindo pela face VENTRAL DO BULBO e, ao nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir a ARTÉRIA BASILAR / as artérias vertebrais dão origem as DUAS ARTÉRIAS ESPINHAIS POSTERIORES e a ARTÉRIA ESPINHAL, que vascularizam a medula – originam também as ARTÉRIAS CEREBELARES INFERIORES POSTERIORES, CEREBRAIS POSTERIORES DIREITA E ESQUERDA, CEREBELAR SUPERIOR, CEREBELAR INFERIOR ANTERIOR, DO LABIRINTO, RAMOS PONTINOS Polígono de Willis – anastomose arterial na base do cérebro, onde circunda o quiasma óptico e o túber cinéreo – é formado pelas porções proximais das ARTÉRIAS CEREBRAIS ANTERIOR, MÉDIA e POSTERIOR + pela ARTÉRIA COMUNICANTE ANTERIOR + COMUNICANTES POSTERIOR DIREITA E ESQUERDA / as artérias comunicantes anastomosam as cerebrais, entretando é uma ANASTOMOSE POTENCIAL, pois não há passagem de sangue do carotídeo para o vertebral/ as artérias cerebrais ANTERIOR MEDIA E POSTERIOR dão ramos CORTICAIS E CENTRAIS – os corticais dirigem-se paracortex e a substância branca subjacente e os centrais emergem da porção proximal de cada uma das artérias cerebrais e das comunicantes, vascularizando o diencéfalo, núcleos da base e cápsula interna Território Cortical das Três Artérias cerebrais – ao contrário dos ramos profundos, os corticais realizam anastomoses, que, entretanto, não são capazes de manter uma circulação colateral em caso de obstrução Artéria Cerebral Anterior – ramo da carótida interna – segue para adiante e cima curva o joelho do corpo caloso e ramifica-se na face medial de cada hemisfério desde o LOBO FRONTAL – SULCO PARIETOCCIPITAL / sua obstrução causa paralisia e diminuição da sensibilidade do MI contralateral a lesão GIROS PRÉ E PÓS-CENTRAL Artéria Cerebral Média – principal ramo da carótida interna – acompanha o sulco lateral em toda a sua extensão, distribuindo ramos em grande parte da FACE DORSOLATERAL → áreas MOTORAS, SOMESTÉSICA, BROCA – OBSTRUÇÕES nessa artéria causam paralisia e diminuição da sensibilidade no lado contralateral (exceto no MI) + graves distúrbios de linguagem Thaís Pires 13 Percepção Artéria Cerebral Posterior – ramo da artéria basilar – contornam o pedúnculo cerebral, percorrem a face inferior do lobo temporal, ganhando o occipital – irriga a área visual CAUSA cegueira em uma parte do campo visual Vascularização Venosa do Encéfalo – de uma forma geral, as veias do encéfalo não acompanham as artérias, sendo MAIS CALIBROSAS que elas – essas veias drenam para os SEIOS DA DURA-MÁTER que caem nas jugulares internas → os seios da dura também se comunicam com as VEIAS EXTRACRANIANAS pelas veias emissárias / as paredes venosas são MUITO FINAS e praticamente desprovidas de musculatura, sendo a regulação da CIRCULAÇÃO VENOSA feita por: aspiração da cavidade torácica, força da gravidade, pulsação das artérias → essa circulação é MUITO LENTA, uma vez que o LEITO VENOSO é muito maior que o arterial / as veias da circulação encefálica compreendem o SISTEMA VENOSO SUPERFICIAL e PROFUNDO Superficial – constituído por veias que drenam o CÓRTEX E SUBSTANCIABRANCA SUBJACENTE que se anastomosam na superfície do cérebro formando os TRONCOS VENOSOS = VEIAS CEREBRAIS SUPERFICIAIS que desembocam nos seios da dura-máter – dividem-se em VEIAS CEREBRAIS SUPERFICIAIS SUPERIORES E INFERIORES → Superiores – provém da face medial e da metade superior da face dorsolateral de cada hemisfério, desembocando no seio sagital superior / Inferiores → provem da metade inferior da face dorsolateral de cada hemisfério e da face inferior, terminando nos seios da base (petroso e cavernoso) Profundo – constituído por veias que drenam o DIENCÉFALO, GRANDE PARTE DO CENTRO MEDULAR – a mais importante veia é a CEREBRAL MAGNA para qual converge quase todo o sangue venoso profundo – tem paredes finas e é facilmente rompida – essa veia é IMPAR e formada pela confluência das veias CEREBRAIS INTERNAS
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