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Módulo Percepção - Problema 3 - Sistema Nervoso Autônomo, Receptores de dor e temperaura, Potencial de Ação e Vias da Dor

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Thaís Pires 
1 Percepção 
Problema – 3 
1. Estudar o sistema nervoso autônomo 
O SN pode ser dividido em SOMÁTICO (nervoso da vida de relação – aquele que integra MA e indivíduo) aferente 
(conduz aos centros nervosos informações de receptores periféricos) e eferente (motor – integra movimentos); 
VISCERAL (inervação das estruturas viscerais – integra atividade das vísceras, estabelecendo a HOMEOSTASE) – 
visceral aferente (envia informações dos viscerorreceptores a áreas específicas do SNC) e visceral eferente (leva 
impulsos dos centros nervosos até estruturas viscerais, terminando em glândulas, músculos lisos, músculo cardíaco) 
= SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO = SISTEMA NERVOSO VISCERAL EFERENTE 
SN Somático Eferente X SN Visceral Eferente – o 
SNSeferente termina em músculo estriado esquelético, 
seguindo por 01 neurônio = motor somático (possui o 
corpo na coluna anterior) até a placa motora (integra SNC 
e órgão efetor), o que torna o movimento VOLUNTÁRIO / 
o SNVeferente/SNA termina em terminação livre nos 
músculo liso, cardíaco ou glândula, seguindo por 02 
neurônios = um dele com o CORPO CELULAR no SNC e 
outro no SNP – os corpos no SNP se agrupam e são 
denominados GÂNGLIOS → os neurônios com corpos EM 
GÂNGLIOS são NEURÔNIOS PÓS-GANGLIONARES e os com 
corpos NO SNC são NEURÔNIOS PRÉ-GANGLIONARES 
Organização do SNA – os corpos dos neurônios pré-ganglionares localizam-se na MEDULA E NO TRONCO 
ENCEFÁLICO – no tronco, se organizam formando núcleos de origem de alguns NC, como o VAGO – na ME, ocorrem 
de T1-T12; L1-L2; S2-S4 → na região toracolombar (T1-L2) os neurônios se agrupam entre a coluna anterior e 
posterior da substância cinzenta, formando uma COLUNA LATERAL – o axônio desses neurônios pré-ganglionares é 
revestido por BAINHA DE MIELINA + NEURILEMA = FIBRA PRÉ-GANGLIONAR – essa fibra termina fazendo conexão 
com um neurônio pós-ganglionar no glânglio / o corpo dos neurônios PÓS-GANGLIONARES estão nos gânglios, onde 
são revestidos por um tipo de células neurogliais = ANFICITOS – esses neurônios são MULTIPOLARES e seu axônio só 
é envolvido por NEURILEMA, sendo chamado de FIBRA AMIELÍNICA / existem áreas do SNC que controlam as 
funções viscerais → os impulsos gerados são levados por fibras especiais que fazem sinapse com o NEURÔNIOS PRÉ-
GANGLIONARES ou do tronco encefálico ou da ME – justifica a influencia de emoções nos órgãos 
SNA Simpático X Parassimpático – são divididos de acordo com diferenças anatômicas, farmacológicas e 
fisiológicas 
 Anatômicas – quanto a POSIÇÃO DOS NEURÔNIOS 
PRÉ-GANGLIONARES, o SNA simpático está localizado de T1-
L2, i.e., TORACOLOMBAR, e o parassimpático no TRONCO 
ENCEFÁLICO + S2-S4, i.e., CRÂNIOSSACRAL / quanto a 
posição do NEURÔNIOS PÓS-GANGLIONARES, o SNA 
simpático possui seus gânglios PARAVERTEBRAIS, e o 
parassimpático PRÓXIMO OU DENTRO DAS VÍSCERAS / 
quanto ao TAMANHO DAS FIBRAS PRÉ E PÓS-
GANGLIONARES (uma consequência da posição dos gânglios), 
o simpático possui PRÉ<PÓS e o parassimpático PRÉ>PÓS / 
quanto a PRESENÇA DE VESÍCULAS SINÁPTICAS, existem dois 
tipos de vesículas: GRANULARES (noradrenalina) e 
AGRANULARES (acetilcolina) – as fibras pós-ganglionares 
simpáticas possuem GRANULARES e as parassimpáticas AGRANULARES 
 Farmacológicas – essa ação diz respeito a ação de drogas nas fibras – as drogas que imitam a ação simpática 
= simpatomiméticas e a ação parassimpática = parassimpatomiméticas / A ação da FIBRA sobre o ÓRGÃO 
EFETUADOR se dá por meio de NEUROTRANSMISSORES, sendo aCh (fibra colinérgica) e NORADRENALINA (fibra 
Thaís Pires 
2 Percepção 
adrenérgica) os mais importantes / a disposição dessas fibras ocorre de forma que: PRÉ-GANGLIONAR = 
COLINÉRGICA (tanto parassimpática como simpática), PÓS-GANGLIONAR PARASSIMPÁTICA = COLINÉRGICA, PÓS 
GANGLIONAR SIMPÁTICA = ADRENÉRGICA (maioria → as de glândulas sudoríparas e vasos de músculos são 
colinérgicas) 
 Fisiológicas – diz-se que o sistema simpático tem ação contrária a do parassimpático, o que não é verdade – 
analisando a glândula salivar, percebe-se que ambos sistemas ativam a secreção salivar, sendo a saliva mais 
abundante quando estimulada pelo parassimpático → os sistemas atuam em CONJUNTO/EQUILÍBRIO na 
coordenação da atividade visceral adequando o FUNCIONAMENTO à situação a qual o organismo é submetido / a 
ação desses sistemas nos órgãos efetores depende da TERMINAÇÃO DAS FIBRAS, que é sabidamente MISTA em 
grande parte dos órgãos, com exceção das glândulas sudoríparas e os músculos eretores do pelo (apenas 
simpáticas) / quando a LOCALIZAÇÃO DA AÇÃO, percebe-se que o simpático, por possuir os gânglios próximos a 
vários órgãos, tem ação mais DIFUSA, enquanto que o parassimpático, por possui os gânglios próximos ou inseridos 
em um único órgão, possuem ação mais LOCALIZADA → além da posição dos gânglios, percebe-se que, no 
simpático, uma fibra pré-ganglionar faz sinapse com VÁRIAS PÓS-GANGLIONARES, ocorrendo o oposto no 
parassimpático → existem, também, a DESCARGA SIMPÁTICA EM MASSA, que se dá pelo estímulo da ADRENAL, 
que funciona como gânglio, uma vez que recebe FIBRAS PRÉ-GANGLIONARES, culminando na liberação de 
ADRENALINA NA CORRENTE SANGUÍNEA / no efeito de luta ou fuga, percebe-se as ações do SIMPÁTICO: conversão 
glicogênio-glicose; aumento snague músculos estriados esqueléticos; aumento FC e coronária; vasonstrição 
digestiva; aumento PA; dilatação brônquios; dilatação pupilar; diminuição peristaltismo; fechamento esfíncteres; 
sudorese 
Anatomia SNSimpático 
Tronco Simpático – uma cadeia de GÂNGLIOS BILATERAIS 
unidos por RAMOS INTERGANGLIONARES que vão desde 
a base do crânio até o cóccix, terminando unido ao lado 
oposto / na porção cervical, há classicamente 3 ganglios: 
superior, médio e inferior – o inferior geralmente está 
fundido com o primeiro torácico, originando o GÂNGLIO 
CERVICOTORÁCICO – a quantidade de gânglios é menor 
que a de nervos espinhais pela frequente FUSÃO / Cervical 
= 3; Torácico = 10-12; Lombar = 3-5; Sacral = 4-5; Coccígea 
= 1 
Nervos Esplâncnicos – surgem da porção torácica do 
tronco simpático (embora suas fibras sejam PRÉ-
GANGLIONARES), ao nível de T5, os nervos esplâncnicos 
maior, menor e imo – tem trajeto descendente, 
atravessam o diafragma e penetram na cavidade 
abdominal, terminando nos gânglios pré-vertebrais → 
celíacos, aórtico-renais, mesentérico superior e inferior – o 
MAIOR-CELÍACO e MENOR-AÓRTICO-RENAL 
Ramos Comunicantes – unem o TRONCO SIMPÁTICO ao 
NERVOS ESPINHAIS, sendo divididos em: RAMOS 
COMUNICANTES BRANCOS, que ligam a medula ao tronco simpático, sendo constituídos de fibras PRÉ-
GANGLIONARES; e RAMOS COMUNICANTES CINZAS que ligam o tronco simpático aos nervos espinhais, sendo 
compostos por FIBRAS PÓS-GANGLIONARES amielínicas e mais cinzentas 
Filetes Vasculares e nervos cardíacos – do tronco simpático, principalmente dos gânglios pré-vertebrais, saem 
pequenos filetes nervosos que se colam a adventícia das artérias e seguem com elas até as vísceras = FILETES 
VASCULARES / do gânglio cervical superior sai o NERVO CAROTÍDEO INTERNO, que pode ramificar-se formando o 
PLEXO CAROTÍDEO INTERNO / do tronco simpático existem ainda filetes que chegam às vísceras por um caminho 
Thaís Pires 
3 Percepção 
independente das artérias, como os NERVOS CARDÍACOS SUPERIOR, MEDIO e INFERIOR que se destacam dos 
gânglios cervicais 
Localização dos Neurônios Pré-Ganglionares, Trajeto e Destino – eles emergem da coluna lateral de T1 a L2, saindo 
fibras pré-ganglionares pelas raízes ventrais, passando pelo tronco do nervo espinhal em direção ao neurônio pós-
ganglionar que pode estar: GÂNGLIO PARAVERTEBRAL NO MESMO NÍVEL (segue pelo comunicante branco); 
GÂNGLIO PARAVERTEBRAL ACIMA OU ABAIXO (segue pelos ramos interganglionares, chegando a níveis acima de 
T1 e abaixo de L2 onde não há comunicante branco); GÂNGLIO PRÉ-VERTEBRAL (onde as fibras chegam pelos nervos 
esplâncnicos, verdadeiros comunicantesbrancos longos – passam pelos gânglios paravertebrais mas não fazem 
sinapse) 
Localização dos Neurônios Pós-Ganglionares, Trajeto e Destino – os neurônios pós-ganglionares estão nos gânglios 
para ou pré-vertebrais, de onde irão partir as fibras pós-ganglionares para os músculos lisos, cardíaco e glândulas – 
para chegar até os órgãos efetores, as fibras podem seguir os seguintes trajetos: POR INTERMÉDIO DE UM NERVO 
ESPINHAL (nesse caso, as fibras voltam para o nervo pelo ramo comunicante cinzento); POR INTERMÉDIO DE UM 
NERVO INDEPENDENTE (o nervo liga diretamente o gânglio à viscera, como os cardíacos cervicais); POR 
INTERMÉDIO DE UMA ARTÉRIA (as fibras pós-ganglionares ligam-se à artéria e acompanham seu território de 
vascularização) 
Inervação Simpática da Pupila – as fibras pré-ganglionares relacionadas com a pupila se originam de neurônio em 
T1-T2 – sai pela raiz ventral, nervo espinhal, comunicante branco, tronco simpático – ascendem no tronco e 
estabelecem sinapses com os neurônios pós-ganglionares do GANGLIO CERVICAL SUPERIOR – as fibras pós-
ganglionares sobem no NERVO CAROTÍDEO e penetram no crânio com a carótida interna → nesse trajeto, as fibras 
simpáticas podem ser lesada na região torácica ou cervical, ficando a pupila do LADO DA LESÃO CONTRAÍDA por 
ação do parassimpático 
Anatomia SNParassimpático 
Lembrar que seus neurônios pré-ganglionares estão localizados no TRONCO e na MEDULA SACRAL 
Parte Craniana – é constituída por núcleos do tronco encefálico, gânglios e fibras nervosas relacionadas aos nervos 
cranianos → nucleos onde ficam os corpos celulares das fibras pré-ganglionares, que seguem para os gânglios pelos 
NERVOS CRANIANOS – nos gânglios, saem as fibras pós-ganglionares para os músculos lisos, cardíaco e glândulas / 
os gânglios cranianos são: ciliar (relacionado com o 3º par - OCULOMOTOR); pterigopalatino (relacionado com o 7º - 
FACIAL); óptico (relacionado com o 9º par – Glossofaríngeo); submandibular (relacionado com o 7º - Facial) 
Parte Sacral – os neurônios pré-ganglionares partem de S2-S4, suas fibras saem pela parte ventral dos nervos 
sacrais, alcançam o tronco dos nervos sacrais e formam os NERVOS ESPLÂNCNICOS PÉLVICOS (também chamados 
de nervos eretores) – por meio desses nervos, inervam vísceras da cavidade PÉLVICA onde fazem sinapse nos 
GÂNGLIOS 
Plexos Viscerais 
São emaranhados de filetes nervosos, gânglios próximos das vísceras, sendo difícil de separar parassimpático e 
simpático 
Plexos da Cavidade Torácica – cardíaco, pulmonar e esofágico → fibras parassimpáticas do VAGO e simpáticas do 3 
gânglios cervicais e 6 torácicos / o cardíaco recebe sua inervação dos gânglios cervicais (embriologicamente 
justificável), convergindo na base do coração onde há a formação do plexo, com numerosos gânglios externos e 
internos (subepicárdicos, subendocárdicos) – a inervação é abundante na região do NÓ SINOATRIAL, sendo as 
fibras PARASSIMPÁTICAS CARDIOINIBIDORAS e as SIMPÁTICAS CARDIOACELERADORAS 
Plexos da Cavidade Abdominal – PLEXO CELÍACO – um plexo muito grande localizado na região profunda do 
epigástrio, adiante da aorta e na altura do tronco celíaco – nesse local estão os gânglios dos quais as fibras pós-
ganglionares se irradiam formando plexos secundários – os nervos mais importantes para a formação do plexo 
celíaco são ESPLÂNCNICOS MAIOR E MENOR e TRONCO VAGAL ANTERIOR E POSTERIOR / PLEXO ENTÉRICO – 
Thaís Pires 
4 Percepção 
localizado no interior da parede do TGI, sendo divididos em: MIOENTÉRICO e SUBMUCOSO, com controle da 
musculatura lisa intestinal – quase que considerado uma terceira divisão do SNA 
Plexos da Cavidade Pélvica – plexo hipogástrico que se distingue em superior e inferior 
Inervação da Bexiga – as fibras parassimpáticas sobem pelos NERVOS ESPLANCNICOS PELVICOS, até o cérebro onde 
manifesta a plenitude vesical → inervam o musculo detrusor da bexiga e o seu esfíncter 
2. Estudar o funcionamento dos receptores de dor e temperatura, e os circuitos neuronais relacionados 
Propriedades Gerais dos Sistemas Sensoriais – as vias sensoriais iniciam com um ESTÍMULO na forma de energia 
física sobre um RECEPTOR SENSORIAL → esse receptor CONVERTE o sinal em intracelular, que seria uma mudança 
no POTENCIAL DE MEMBRANA que segue por um neurônio sensorial até o SNC, onde pode ser consciente ou não / a 
ESTRUTURA DO RECEPTOR varia, podendo ser um NEURÔNIO SENSORIAL ÚNICO com terminações nervosas livres, 
RECEPTOR NEURAL COMPLEXO com terminações envoltas por tecido conectivo, e RECEPTORES ESPECIAIS que 
liberam neurotransmissores em neurônios / são 4 GRUPOS DE RECEPTORES – os QUIMIORRECEPTORES (respondem 
a ligantes químicos que ligam-se a eles); MECANORRECEPTORES (respondem a formas de energia mecânica – 
pressão, vibração, gravidade); TERMORRECEPTORES (respondem a temperatura) e FOTORRECEPTORES (respondem 
ao estímulo da luz) → esses receptores são POTENCIALIZADOS, i.e., aumentam sua capacidade de PERCEPÇÃO por 
meio de ESTRUTURAS ACESSÓRIAS (olho – córnea e cristalino auxiliam os neurônios da retina) 
Conversão ESTÍMULO-POTENCIAL – a TRANSDUÇÃO muitas vezes ocorre pela abertura ou fechamento de canais 
iônicos da membrana (direta ou indiretamente), o que causa uma mudança no potencial de membrana – cada 
receptor tem um ESTÍMULO ADEQUADO, que seria a forma de energia em que ele é MAIS RESPONSIVO (o que não 
significa que não responda a outros tipos) – quando há um estímulo adequado chamado de mínimo para ativar o 
receptor ele é denominado LIMIAR, que causa uma despolarização para um POTENCIAL DE AÇÃO LIMIAR 
Campo Receptivo – área que reconhece os estímulos específicos para cada receptor – o campo receptivo está 
associado com um neurônio sensorial primário que faz sinapse com um neurônio sensorial secundário DO SNC → 
algumas vezes, vários campos receptivos de um neurônio sensorial primário se sobrepõe, formando um grande 
CAMPO RECEPTIVO SECUNDÁRIO → isso geralmente ocorre quando muitos neurônios sensoriais primários 
CONVERGEM para um ÚNICO SENSORIAL SECUNDÁRIO, enviando um ÚNICO IMPULSO PRO SNC 
SNC Integrador – a informação sensorial chega a medula e segue para o SNC por vias ascendentes, entretanto 
algumas informações vão DIRETO PRO TRONCO ENCEFÁLICO VIA NERVOS CRANIANOS – a informação sensorial que 
inicia REFLEXOS VISCERAIS é integrada na MEDULA OU TRONCO, não chegando à percepção consciente / cada 
divisão do encéfalo processa um tipo de informação (cerebelo – equilíbrio; mesencéfalo – visual), que são enviadas 
para o CENTRO DE RETRANSMISSÃO + PROCESSAMENTO = TÁLAMO antes que a informação chegue ao cérebro / 
para que haja uma CONSCIÊNCIA da situação enviada pelos receptores, é necessário um LIMIAR PERCEPTIVO – esse 
limiar é frequentemente modulado, como quando você fica desligado durante uma palestra = MODULAÇÃO 
INIBITÓRIA, que ocorre ao nível dos NEURÔNIOS SENSORIAIS SECUNDÁRIOS 
Propriedades do Estímulo – então feita a transdução de um tipo de energia em potencial de membrana como o 
centro integrador irá distinguir um estímulo de DOR de TEMPERATURA, já que tudo virou potencial? Para isso, 
mesmo após a transdução, algumas características do estímulo são mantidas: 
MODALIDADE - quais neurônios foram ativados e onde suas vias terminam no cérebro – CÓDIGO DE LINHA 
ROTULADA 
LOCALIZAÇÃO – Se uma área do córtex está relacionada ao tato na mão, em uma cirurgia, caso haja o estímulo 
dela, é sentido como um tato na mão → a dor do membro fantasma é uma hiperatividade de neurônios secundários 
na medula / a informação auditiva difere pois não localiza o som, mas calcula sua distância / a localização é 
AGUÇADA pelo fenômeno da INIBIÇÃO LATERAL, a qual o neurônio sensorial secundário mais estimulado inibe os 
adjacente que foram pouco estimulados, dando um contraste de informação) 
INTENSIDADE E DURAÇÃO – a intensidade não pode ser calculada por um único potencial de ação de um 
receptor, mas pelo o NÚMERO DE RECEPTORES ATIVADOS e a FREQUENCIADE CADA POTENCIAL DE AÇÃO – 
Thaís Pires 
5 Percepção 
quando o estímulo ultrapassa o LIMIAR, o neurônio inicia a disparar potenciais de ação – quanto maior o estímulo, 
maior o potencial de ação e mais longo, isso porque ele atinge uma DESPOLARIZAÇÃO MÁXIMA 
Sensibilidade Somática = tato, propriocepção, temperatura e nocicepção (dor e prurido) – os receptores desses 
estímulos são encontrados tanto na pele como nas vísceras → a LOCALIZAÇÃO da sinapse entre o NEURÔNIO 
SENSORIAL PRIMÁRIO E O SECUNDÁRIO varia com o receptor → nocicepção + temperatura + tato grosseiro fazem 
sinapse no momento em que entram na medula espinhal – já o tato fino (propriocepção) faz sinapse no bulbo / 
partindo agora dos NEURÔNIOS SENSORIAIS SECUNDÁRIOS, todos, em algum ponto, irão CRUZAR A LINHA MÉDIA, 
sendo a informação do lado esquerdo processada no direito / já no TÁLAMO, os NEURÔNIOS SENSORIAIS 
TERCIÁRIOS fazem conexão com o córtex somatossensorial, tornando a dor e a temperatura conscientes 
 Córtex Somatossensorial – parte do cérebro que reconhece os onde tratos sensoriais ascendentes se 
originam, uma vez que CADA VIA SENSORIAL TEM UMA REGIÃO CORRESPONDENTE NO CÓRTEX – e quanto mais 
sensível a região corporal, maior a sua área no córtex → isso, entretanto, não é fixo – se uma região do corpo é mais 
utilizada, sua respectiva região no córtex é desenvolvida → cegos – pontas dos dedos / membro fantasma – a 
reorganização do córtex imperfeita, causando DOR 
Receptores de Temperatura – são extremidades nervosas livres que terminam nas camadas subcutâneas da pele – 
eles existem tanto em receptores para o frio e receptores para o calor (estimulados de 37°-45° - além disso, os 
receptores de dor são ativados) / o campo receptivo deles tem 1mm de diâmetro, sendo dispersos ao longo do 
corpor → a proporção receptores de frio e de calor não é igual, uma vez que existe MUITO MAIS DE FRIO do que de 
calor, isso porque o corpo humano frequentemente está acima da temperatura do ambiente / entr 20-40 graus, os 
receptores se adaptam lentamente, fora disso, não se adaptam pq pode caudar danos 
Nociceptores – são receptores que NÃO ESTÃO LIMITADOS A PELE e respondem a ESTÍMULOS NOCIVOS que podem 
causar ou tem potencial de causar dano ao tecido, podendo ser químico, mecânico ou térmico – a ativação desses 
receptores tem como resposta as AÇÕES DE PROTEÇÃO → a possíveis sensações após a ativação de um nociceptor 
são DOR E PRURIDO 
 A DOR NOCICEPTIVA é mediada por TERMINAÇÕES LIVRES cujos canais iônicos são sensíveis a estímulos 
químicos, mecânicos e térmicos → os canais de membranas RECEPTORES VANILOIDES respondem a lesão por 
CALOR, assim como a CAPSAICINA (substância química) causa a sensação de queimação 
 A ATIVAÇÃO DO NOCICEPTOR é modulada pela liberação de substâncias químicas locais de células lesadas, 
como K, HISTAMINA e PROSTAGLANDINAS – essas substâncias que também medeiam a resposta inflamatória 
ATIVAM OU SENSIBILIZAM os nociceptores, DIMINUINDO SEU LIMIAR DE ATIVAÇÃO → dor inflamatória = aumento 
da sensibilidade a dor / após ativados, eles podem ativar duas vias: RESPOSTA PROTETORA REFLEXA (integrada na 
ME) e VIA ASCENDENTE PARA O CÓRTEX CEREBRAL (dor ou coceira) → a resposta protetora reflexa é um REFLEXO 
DE RETIRADA 
 Os sinais aferentes são levados para o SNC por meio de 3 tipos de fibras sensoriais primárias: FIBRAS Aβ, AϬ 
e FIBRAS C, sendo a dor a sensação mais comum conduzida por essas fibras – quando a HISTAMINA ativa o subptipo 
C, há a sensação de PRURIDO – embora as vias superiores da coceira não sejam bem entendidas, elas são 
ANTAGONISTAS DAS VIAS DA DOR, i.e., quando sente-se coceira e coça, gera uma sensação leve de dor que 
interrompe a coceira → a MORFINA alivia a dor, mas pode causar coceira como efeito colateral 
A dor, embora seja SUBJETIVA, pode ser divida de acordo com a intensidade e localização: DOR RÁPIDA – uma dor 
aguda e localizada, que é transmitida rapidamente para o SNC por meio de FIBRAS Aβ – a DOR LENTA – uma dor 
difusa e imprecisa, é transmitida por FIBRAS C → pode-se distinguir o tempo das duas quando MAIS DISTANTES 
FOREM DO SNC, como quando bate o dedo do pé, primeiro há uma dor aguda e localizada = RÁPIDA e depois uma 
dor surda e latejante = LENTA // as fibras cruzam a linha média e enviam sinais para o tálamo, onde podem se 
Thaís Pires 
6 Percepção 
conectar com o SISTEMA LÍMBICO e com o HIPOTÁLAMO, justificando a dor emocional e reações neurovegetativas a 
dor (náuseas, vômito, sudorese) 
A dor pode ser INIBIDA em situações de emergências – nesses casos, os INTERNEURÔNIO INIBITÓRIOS estão ativos 
na medula, impedindo o envio pela VIA ASCENDENTE – as FIBRAS C provenientes dos nociceptores fazem sinapse 
com os interneurônios inibitórios, assim, quando ativadas por um estímulo doloroso, as fibras C SIMULTANEAMENTE 
EXCITAM A VIA ASCENDENTE e BLOQUEIAM A INIBIÇÃO, enviando o sinal da dor para o SNC / na TEORIA DO 
CONTROLE DO PORTÃO as FIBRAS Aβ ajudam a controlar a dor, uma vez que fazem sinapse com os neurônios 
inibitórios AUMENTANDO A SUA INIBIÇÃO → no caso em que chegam estímulos concomitantes de C E FIBRAS Aβ 
há uma INIBIÇÃO PARCIAL da via ascendente da dor 
A dor VISCERAL frequentemente é mal localizada e pode ser sentida em áreas LONGES DO LOCAL DO ESTÍMULO = 
DOR REFERIDA – ela é assim chamada porque vários neurônios sensitivos primários podem convergir para um 
ÚNICO TRATO ASCENDENTE, assim, como os impulsos VISCERAIS são difícieis de ser localizados e ascendem pelo 
mesmo caminho que outros SOMÁTICOS, o cérebro não consegue distinguir a sua origem visceral, sendo 
interpretado como DOR SOMÁTICA → infarto – dor no braço 
A DOR PATOLÓGICA/NEUROPÁTICA é aquela crônica em que a sensação é exagerada para a quantidade de 
nociceptores ativados, refletindo uma LESÃO NO SN → neuropatia diabética 
FÁRMACOS ANALGÉSICOS podem atuar tanto nos nociceptores, como o ÁCIDO ACETIL-SALICÍLICO que inibe as 
prostaglandinas e, portanto, impede a diminuição do limiar de ativação, e a MORFINA, um analgésico opioide que 
age nos RECEPTORES OPIOIDES DO SNC (fisiologicamente respondem a moléculas opioides endógenas, como 
endorfina, encefalinas e dinorfinas), bloqueando a PERCEPÇÃO DA DOR pela DIMINUIÇÃO DA LIBERAÇÃO DE 
NEUROTRANSMISSORES dos neurônios primarios 
3. Estudar os potenciais de ação (geração e transmissão) e as sinapses neuronais 
Potencial de Ação – nada mais é do que a MUDANÇA RÁPIDA de característica tudo-ou-nada do POTENCIAL DE 
MEMBRANA, seguida pelo retorno ao potencial de REPOUSO → para que essa mudança ocorra, é necessária a 
abertura ou fechamento dos CANAIS IÔNICOS, sendo o potencial propagado do início do axônio até o fim com a 
mesma FORMA E AMPLITUDE 
 Assim como todas as células, o neurônio possui POTENCIAL DE REPOUSO de -70mV, porém possui 
capacidade de alterar seu potencial RAPIDAMENTE em resposta ao estímulo apropriado – as respostas, dependendo 
se há ADIÇÃO DE CARGA + OU -, são, respectivamente, DESPOLARIZAÇÃO e HIPERPOLARIZAÇÃO / a distância que 
vai ser percorrida pelos sinais depende da proporção entre RESISTÊNCIA DA MEMBRANA (isolamento) e a 
RESISTÊNCIA AXIAL DO CITOPLASMA DO AXÔNIO (condutor central) = CTE DE COMPRIMENTO – quanto maios a 
proporção, i.e., quanto maior a resistência da membrana, MENOR SERÁ A CORRENTE PERDIDA PELA MEMBRANA, 
melhor será o funcionamento do axônio como um cabo e maior a DISTÂNCIA PERCORRIDA → além disso, há a 
interferência do DIÂMETRO DA FIBRA, que, quanto maior, irá diminuir tanto Rm como Ra, mas diminui Ra 
exponencialmente, AUMENTANDO AINDA MAIS A CTE COMPRIMENTO 
Resposta Passiva – aquela em que há despolarização ou hiperpolarização da membrana sem mudança de suas 
propriedades (resistência e capacitância), portanto não permitindo uma transmissão do impulso por uma distância 
significativa = CONDUÇÃO PASSIVA 
Resposta Local – agora se a corrente despolarizante for um pouco MAIOR, o estímulo é capaz de acionar os CANAISDE NA+ sensíveis a voltagem, permitindo a ENTRADA DE NA+ e ALTERAÇÃO DA RESISTÊNCIA DA MEMBRANA → 
esses fenômenos causam uma maior despolarização = RESPOSTA LOCAL – ela difere da passiva por causa 
ALTERAÇÕES NA MEMBRANA, porém continua não se PROPAGANDO, I.E., não causando POTENCIAL DE AÇÃO 
Resposta Supraliminar = Potencial de Ação – é obtido quando aplica-se uma corrente de despolarização MAIOR 
QUE O LIMIAR, que seria a voltagem da membrana a qual há 50% de chances de ser gerado um potencial de ação – 
quanto às respostas sublimiares, difere pois: o potencial de ação é uma resposta AMPLA em que há uma INVERSÃO 
DA POLARIDADE DA MEMBRANA; ele se propaga por toda a extensão da fibra mantendo a sua AMPLITUDE E 
Thaís Pires 
7 Percepção 
FORMA; mesmo que haja uma corrente com voltagem muito acima do limiar, o potencial de ação não se altera, uma 
vez que segue i princípio do TUDO-OU-NADA! 
Base Iônica dos Potenciais de Ação – o potencial de ação resulta de alterações sucessivas na condutância da 
membrana plasmática com relação aos íons SÓDIO e POTÁSSIO → 
lembrar que o K está extra e o Na intra – o potencial depende as 
tendências opostas do GRADIENTE DE NA para levar ao Pot.Repouso 
de Na+ e do GRADIENTE DE K para levar ao Pot.Repouso de K+ / o 
AUMENTO RÁPIDO da corrente e do gradiente de sódio desloca o 
potencial de membrana na direção do Pot.Repouso de Na+, porém 
não chega a ele, pois os canais de sódio são rapidamente FECHADOS, 
diminuindo corrente e gradiente de Na → além disso, não atinge 
Pot.Repouso de Na porque há um AUMENTO GRADUAL DE 
CORRENTE E GRADIENTE DE K, se opondo a despolarização → esse K 
irá causar o retorno para o potencial de repouso → após a 
despolarização, há uma HIPERPOLARIZAÇÃO causada pela elevação 
de GK E IK, sem, entretanto, atividade de Na+ 
Canais Iônicos e Compotas – tanto o de Na+ como o de K+ são canais sensíveis a VOLTAGEM, sendo o seu estado de 
abertura dependente da voltagem de membrana – oscilam, espontaneamente, entre os estados de CONDUTÂNCIA 
ABERTO OU FECHADO, nos controlados por voltagem, o tempo em que permanecem em cada estado de 
condutância varia com o POTENCIAL DE MEMBRANA / a característica EXPLOSIVA da despolarização ocorre pois o s 
UMA DAS COMPOTAS dos canais de SÓDIO é sensível a despolarização, então quanto mais despolarizada está a 
membrana, mais canais são aberto, maior a corrente de sódio e maior a despolarização → FB + → ao chegar no 
ápice da despolarização, existe COMPOTA DO CANAL DE SÓDIO QUE INATIVA QUANTO MAIOR A 
DESPOLARIZAÇÃO, o que causa uma diminuição na corrente de Na+ / concomitante, os CANAIS DE VAZAMENTO DE 
K permitem a corrente de K ou, ainda, os CANAIS SENSÍVEIS A VOLTAGEM COM 1 COMPOTA QUE ABRE NA 
DESPOLARIZAÇÃO 
Inativação pela Voltagem – os canais de Na inativados após o pico de despolarização só podem ser ativados quando 
houver uma REPOLARIZAÇÃO com retorno para o POTENCIAL DE REPOUSO DA MEMBRANA 
Período Refratário - é o período o qual a célula, mesmo que receba uma corrente muito elevada, não consegue 
gerar um segundo potencial de ação → isso ocorre pois os canais de Na estão INATIVADOS e esperando a próxima 
repolarização para sua abertura / no período FINAL do potencial de ação, a célula pode gerar outro potencial, porém 
necessita de um ESTÍMULO MUITO MAIOR QUE O NORMAL → PERÍODO REFRATÁRIO RELATIVO 
Condução do Potencial de Ação – os axônios do neurônios motores do corno ventral da ME conduzem os potenciais 
de ação do corpo celular para as fibras musculares / ao contrário da RESPOSTA SUBLIMIAR, a condução do potencial 
não possui decréscimo, senão não chegaria até a extremidade do axônio → por isso, o impulso elétrico deve se 
AUTORREGENERAR a medida que percorre a fibra, então o potencial de ação, além de CONDUZIDO, é PROPAGADO! 
/ no caso da DESPOLARIZAÇÃO EXPLOSIVA, ela é importante para que áreas adjacentes também atinjam o LIMIAR e 
gerem POTENCIAL DE AÇÃO – assim, essas áreas permitem que o impulso chegue a áreas mais DISTANTES gerando 
novos potenciais → essa AUTORREGENERAÇÃO compreende o processo de despolarização sempre suficiente para 
atingir áreas adjacentes e se prolongar com a MESMA AMPLITUDE E FORMA 
Local do Potencial – caso fosse gerado no meio do axônio, o potencial seguiria bidirecional – no neurônio, ele é 
gerado no segmento PROXIMAL DO AXÔNIO, local com MAIOR CONCENTRAÇÃO DE CANAIS DE SÓDIO e, portanto, 
MENOR LIMIAR → além disso, essa localização permite que o sentido seja unidirecional, isso porque mesmo que um 
potencial inicie no meio do axônio, a membrana do segmento proximal estará em PERÍODO REFRATÁRIO ABSOLUTO 
Efeitos do Diâmetro da Fibra na Velocidade de Condução – nas fibras amielínicas, a velocidade de condução é 
proporcional a raiz quadrada do diâmetro, i.e., quanto maior o diâmetro, maior a velocidade de condução / 
entretanto, o aumento do diâmetro aumenta a SUPERFÍCIE DA MEMBRANA PLASMÁTICA 
Thaís Pires 
8 Percepção 
 Mielinização – nos vertebrados, muitas fibras são revestidas por mielina (SNP – células de schwann e SNC – 
oligodendrócitos), o que altera as propriedades ELÉTRICAS DO CITOPLASMA – a velocidade de uma fibra mielinizada 
é muito maior que uma não mielinizada de mesmo diâmetro / as camadas que formam a mielina isolam a fibra, 
aumentando a RESISTÊNCIA DA MEMBRANA PLASMATICA e, consequentemente, a CONSTANTE DE 
COMPRIMENTO, i.e., o impulso é transmitido muito mais rápido e com menor perda de sinal / além disso, o 
aumento da distância entre as cargas INTERNAS E EXTERNAS acaba DIMINUINDO A CAPACITÂNCIA, o que permite 
que a DESPOLARIZAÇÃO OCORRA MAIS RAPIDAMENTE → quanto a despolarização, ela é RESTRITA AOS NODOS DE 
RANVIER, uma vez que os canais de Sódio estão somente aí (os outros locais estão totalmente envoltos por mielina, 
não expondo a membrana plasmática), e a REPOLARIZAÇÃO também, o que dá o nome de CONDUÇÃO SALTATÓRIA 
para os impulsos em fibras mielínicas 
 Consequências Funcionais da Mielinização – a rápida velocidade de condução permite que os reflexos 
ocorra mais RAPIDAMENTE – além disso, o período refratário relativo dessas fibras é muito menor, isso porque 
existem poucos canais de k nos NODOS DE RANVIER, diminuindo o tempo em PÓS-HIPERPOLARIZAÇÃO / 
desmielinização = ESCLEROSE MÚLTIPLA 
Codificação Sensorial – para que o SN entenda a informação que chegou por meio de potencial de ação, a energia 
contida no estímulo deve ser convertida em EVENTO NEURAL / a TRANSDUÇÃO SENSORIAL é o processo que 
permite ao receptor sensorial responder de forma útil a um ESTÍMULO, i.e., permite que um evento mecânico, 
químico, térmico cause um potencial de ação por ativação de canais iônicos, caso ele seja um ESTÍMULO 
SUPRALIMIAR 
Sinapses – o local de contato de um neurônio com as terminações axônicas de outro em uma JUNÇÃO 
INTERCOMUNICANTE = SINAPSES INTERNEURAIS / são divididas quanto a morfologia e ao modo de funcionamento: 
 Sinapse Elétrica – são raras em vertebrados, porém importantes para a SINCRONIZAÇÃO DA ATIVIDADE 
NEURAL – ocorrem do ACOPLAMENTO IÔNICO de dois neurônios, i.e., do CONTATO de dois canais iônicos, sendo 
um de cada neurônio, projetados no espaço INTERCELULAR / essa comunicação não é 
POLARIZADA/UNIDIRECIONAL, ou seja, os íons e moléculas fluem nos DOIS SENTIDOS → essa sinapse existe no 
CENTRO RESPIRATÓRIO DO BULBO, o que permite o disparo sincronizado dos neurônios ali localizados 
 Sinapse Química – grande maioria das sinapses interneuronais e todas as sinapses neuroefetuadoras são 
químicas, i.e., a transmissão da informação depende da liberação de substâncias químicas, os 
NEUROTRANSMISSORES / entre os neurotransmissores conhecidos, há a ACETILCOLINA; aminoácidos como a 
GLICINA, GLUTAMATO, ÁCIDO GAMA-AMINO-BUTÍRICO e as monoaminas DOPAMINA, NORADRENALINA, 
ADRENALINA, SEROTONINA e HISTAMINA, bem como peptídeos SUBSTÂNCIA P → são notoriamente 
POLARIZADAS, i.e., existe um neurônio com o neurotransmissor, o NEURÔNIO PRÉ-SINÁPTICO,em VESÍCULAS 
SINAPTICAS: agranulares (acetilcolina ou aminoácido); granulares pequenas (monoaminas); granulares grandes 
(monoaminas e/ou monopeptídeos); opacas grandes (peptídeos) 
 Sinapse Química Interneuronal – uma terminação AXÔNICA entrando em contato com QUALQUER OUTRA 
PARTE DE UM NEURÔNIO → sinapses axodendríticas, axossomáticas ou axoaxônicas / nas sinapses em que o axônio 
é o elemento PRÉ-SINAPTICO os contatos não se fazem apenas pela sua ponta dilatada = botão terminal, mas 
também por BOTÕES SINAPTICOS DE PASSAGEM localizados ao longo da arborização / as terminações axônicas de 
alguns neurônios, como os monoaminérgicos, são VARICOSAS, com dilatações simétricas e regulares onde estão as 
VESÍCULAS → axoaxônica / uma sinapse contém: elemento pré-sinaptico + elemento pós-sinaptico (com receptores) 
+ fenda sináptica + membrana pré e pós sináptica /// na membrana pré-sinaptica, há uam organização de 
PROJEÇÕES DENSAS formando a DENSIDADE PRÉ-SINAPTICA, que guia a saída das vesículas → na membrana pós-
sinaptica em aposição, há a DENSIDADE PÓS-SINAPTICA, que compreende os diversos elementos de RECEPÇÃO DOS 
NEUROTRANSMISSORES 
 Sinapse Química Neuroefetuadora – envolve os axônios dos nervos periféricos e um CÉLULA EFETUADORA 
não neuronal – se a conexão ocorre com um MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO, é uma sinapse química 
neuroefetuadora somática, composta por placas motoras ligadas ao neurônio motor somático que conecta-se na 
região anterior da ME – se a conexão ocorre com um MUSCULO LISO, CARDÍACO OU CÉL. GLANDULARES, é uma 
Thaís Pires 
9 Percepção 
junção neuroefetuadora VISCERAL, composta por terminações livres de um neurônio motor visceral = NEURÔNIO 
SNA cujo corpo está nos GÂNGLIOS 
 Mecanismo da Transmissão Sináptica – quando o impulso chega a membrana pré-sinaptica, há uma 
pequena mudança no potencial de membrana que permite a ABERTURA DOS CANAIS DE CALCIO com sua 
consequente entrada no neurônio pré – isso permite o processo de EXOCITOSE, o qual a membrana das vesículas 
com neurotransmissores se funde com a membrana pré-sináptica → para balancear esse aumento de membrana, o 
processo inverso, ENDOCITOSE, ocorre concomitantemente com a internalização de vesículas com a membrana 
(inibidores seletivos da recaptação de serotonina inibem os receptores pré-sinapticos que fazem a endocitose) / 
depois de liberado o neurotransmissor na fenda sináptica, ele liga-se aos RECEPTORES PÓS-SINÁPTICOS, que pode 
ser um canal iônico, permitindo a entrada de íons no seu interior, causando DESPOLARIZAÇÃO OU 
HIPERPOLARIZAÇÃO, dependendo da concentração desse íon no interior ou exterior do axônio / Ex: o receptor do 
GABA está associado a um canal de CLORO, abrindo-o quando há ligação – entrada de cloro pra célula com 
hiperpolarização → esses receptores que ABREM quando há ligação do neurotransmissor são chamados de 
IONOTRÓPICOS / existem também receptores que se combinam com o neurotransmissor formando, por meio de 
diversas reações químicas, um SEGUNDO MENSAGEIRO, sendo o mais frequente o AMPc, que causa mudanças na 
célula pós-sináptica 
 Inativação do Neurotransmissor – é necessário que o neurotransmissor não permaneça muito tempo na 
fenda sináptica, pois pode torná-la excitada ou inibida por um longo período / a remoção do neurotransmissor pode 
ser feita por ação ENZIMÁTICA (acetilcolinesterase – acetato e colina – colina é ressintetizada em aCh) / no caso das 
monoaminas, o principal mecanismo de inibição é a RECAPTAÇÃO pela membrana pré-sináptica → já no citoplasma 
do neurônio pré-sináptico, a monoamina pode ser bombeada para as vesículas recicladas (na endocitose) e parte é 
metabolizada pela monoamina-oxidase (MAO) 
4. Estudar as grandes vias aferentes da dor 
Grandes Vias – são aquelas que levam aos centros SUPRASSEGMENTARES impulsos nervosos originados em 
RECEPTORES PERIFÉRICOS / grosseiramente, é uma união entre RECEPTOR – CÓRTEX / toda grande via é composta 
por: 
 Receptor – uma terminação nervosa sensível ao estímulo que caracteriza a via – a conexão desse receptor, 
por meio de fibras sensitivas, a certas áreas do córtex permite o reconhecimento da sensibilidade 
 Trajeto Periférico – compreende um nervo ESPINHAL ou CRANIANO e um gânglio sensitivo anexo 
 Trajeto Central – no SNC, as fibras aferentes se agrupam em FEIXES (tratos, fascículos, lemniscos) de acordo 
com a sua função 
 Área de Projeção Cortical – os feixes podem seguir para o córtex CEREBRAL ou CEREBELAR – no cerebral, a 
informação torna-se consciente e constitui a sensibilidade – no cerebelar, não é consciente e é utilizada para 
integração motora 
Nas vias inconscientes (cerebelares), a cadeira de transmissão até o córtex se dá por DOIS NEURÔNIOS (l e ll) – nas 
vias conscientes (cerebrais), são TRÊS NEURÔNIOS 
 Neurônio I – localizado FORA DO SNC em um GÂNGLIO SENSITIVO – é um neurônio sensitivo com 
prolongamentos central e periférico 
 Neurônio ll – localizado na COLUNA POSTERIOR DA ME ou em NÚCLEOS DO TE – seus axônios cruzam 
prontamente a linha mediana entrando na formação de um TRATO OU LEMNISCO 
 Neurônio lll – localizado no tálamo e envia projeções pro CÓRTEX → neurônio da consciência 
As vias da DOR e TEMPERATURA são ou NEOESPINOTALÂMICA (trato neoespinotalâmico lateral) ou a 
PALEOESPINOTALÂMICA (trato espinoreticular) 
 Via Neoespinotalâmica – via clássica de dor aguda em pontada – 95% cruza – Neurônios l → localizado nos 
gânglios espinhais das raízes dorsais, por onde seguem com os nervos espinhais até uma terminação livre (receptor) 
Thaís Pires 
10 Percepção 
– seu prolongamento central penetra na medula e termina na COLUNA DORSAL, onde faz sinapse com os Neurônios 
ll → seus axônios cruzam o plano mediano e ganham o funículo contralateral, ascendendo cranialmente para 
constituir o TRATO ESPINOTALÂMICO LATERAL – no nível da ponte, suas fibras unem-se a do trato espinotalâmico 
ANTERIOR, constituindo o LEMNISCO LATERAL que termina no tálamo fazendo sinapse com os Neurônios lll → 
localizados no núcleo ventral posterolateral, emitem ramos para a área SOMESTÉSICA DO CÓRTEX = GIRO PÓS-
CENTRAL 
 Via Paleoespinotalâmica – maior número de nervos que a neoespinotalâmica – crônica e difusa, i.e., sem 
organização SOMATOTÓPICA (homunúculo) - Neurônios l → do mesmo jeito que a neoespinotalâmica - Neurônios ll 
→ também estão na coluna posterior, porém suas fibras se dirigem para os funículos IPSILATERAIS E 
CONTRALATERAIS, ascendendo cranialmente onde forma o TRATO ESPINORETICULAR – sobe junto ao 
espinotalâmico lateral e faz sinapse com os Neurônios lll → estão na formação reticular, dando origem as fibras 
RETICULOTALÂMICAS que terminam nos núcleos do GRUPO MEDIAL DO TÁLAMO, que se projetam para VARIOS 
LOCAIS DO CÓRTEX, inclusive para a AMIGDALA → componente afetivo da dor

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