Buscar

Módulo Percepção - Problema 4 - Embriologia, Anatomia e Fisiologia do Ouvido/Audição

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Thaís Pires 
1 
Problema 4 
1. Embriologia da orelha 
Orelha Externa – pavilhão auricular + meato acústico externo e camada externa da membrana timpânica; Orelha 
Média – contém os 3 ossículos auditivos, que conectam membrana interna do tímpano à janela oval; Orelha Interna 
– órgão vestibulococlear = labirinto ósseo 
Desenvolvimento Orelha Interna – primeira estrutura a se desenvolver da orelha → início da 4ª semana – por 
influência da notocorda e do mesoderma paraxial, um espessamento da ectoderme da superfície aparece em ambos 
os lados do mielencéfalo (caudal do rombencéfalo), sendo chamado de PLACOIDE ÓPTICO → cada placoide se 
invagina, entrando no mesênquima subjacente abaixo do ectoderme – FOSSETA ÓTICA – as bordas da fosseta se 
aproximam e se fundem, formando a VESÍCULA ÓTICA (primórdio do labirinto membranoso), que perde contato 
com o ectoderma, porém surge um DIVERTÍCULO que se alonga para formar o DUCTO e os SACOS ENDOLINFÁTICOS 
→ essa vesícula possui duas regiões: PARTE UTRICULAR (dorsal – da qual surgem ducto endolinfático, utrículo e os 
ductos semicirculares) e PARTE SACULAR (ventral – da qual surgem o sáculo e o ducto coclear) 
 
A partir do labirinto membranoso primitivo (vesícula óptica), surgem 3 DIVERTÍCULOS DISCOIDAIS, sendo a sua 
parte central logo fundida → os divertículos laterais – UTRICULAR - se desenvolvem em DUCTOS SEMICIRCULARES e 
permanecem unidos ao UTRÍCULO – em cada extremidade dos ductos, surgem dilatações = AMPOLAS, que 
posteriormente formarão as CRISTAS AMPULARES (áreas receptoras especializadas) / Já da região ventral SACULAR 
parte um DIVERTÍCULO = DUCTO COCLEAR que cresce e se espiraliza para formar a CÓCLEA MEMBRANOSA → da 
conexão cóclea – com o sáculo = DUCTUS REUNIENS – a partir da parede do ducto coclear, especializam-se células 
para formar o ÓRGÃO ESPIRAL (de Corti) 
Células ganglionares do NC VIII migram pela ESPIRAL DA CÓCLEA e formam o GÂNGLIO ESPIRAL → prolongamentos 
neurais se estendem desse gânglio para o ORGÃO ESPIRAL, nas células ciliadas 
Thaís Pires 
2 
Com o crescimento do labirinto membranoso, aparecerem várias VACÚOLOS na cápsula ótica, que coalescem para 
formar o ESPAÇO PERILINFÁTICO composto por PERILINFA onde o labirinto membranoso fica suspenso / a relação 
entre o espaço perilinfático e o ducto coclear forma duas divisões: ESCALA TIMPÂNICA E VESTIBULAR / a cápsula 
ótica cartilaginosa se ossifica formando o LABIRINTO ÓSSEO → desenvolvimento máximo com 20 – 22 semanas 
Desenvolvimento da Orelha Média – a partir da primeira bolsa faríngea desenvolve-se o recesso tubotimpânico → a 
parte proximal forma a TUBA FARINGOTIMPÂNICA (tuba auditiva) e a parte distal se expande formando a 
CAVIDADE TIMPÂNICA que irá envolver os ossículos + nervos e ligamentos + corda do tímpano / já no fim do 
desenvolvimento fetal, a cavidade timpânica se expande formando o ANTRO MASTOIDEO no osso temporal / o 
MÚSCULO TENSOR DO TÍMPANO se origina do mesênquima do primeiro arco faríngeo e é inervado pelo NC 5 – 
TRIGÊMEO / o MÚSCULO ESTAPÉDIO origina-se no segundo arco faríngeo e é inervado pelo NV 7 - FACIAL 
 
Desenvolvimento da Orelha Externa - o MEATO ACÚSTICO EXTERNO se desenvolve a partir da extremidade dorsal 
do primeiro sulco faríngeo → as células ECTODÉRMICAS do fundo do meato se proliferam formando o TAMPÃO DO 
MEATO – com o desenvolvimento, as células centrais desse meato se degeneram formando a CAVIDADE DO MEATO 
ACÚSTICO EXTERNO 
A face externa da membrana timpânica primitiva é formada pela PRIMEIRA MEMBRANA FARÍNGEA, que é aquela 
que divide o primeiro sulco faríngeo da primeira bolsa faríngea – a medida que se desenvolve, o mesênquima cresce 
entre essas duas estruturas, se diferenciando em FIBRAS COLÁGENAS da membrana timpânica / de forma geral, a 
membrana timpânica se origina de 3 fontes: ECTODERMA 1º sulco faríngeo, ENDODERMA recesso tubotimpânico, 
MESODERMA do 1º e 2º arcos faríngeos 
A AURÍCULA/PAVILHÃO AUDITIVO se desenvolve de 6 PROLIFERAÇÕES MESENQUIMAIS do 1º e 2º arcos faríngeos -
as PROEMINÊNCIAS AURICULARES ficam ao redor do 1º SULCO FARÍNGEO e, a medida que o pavilhão cresce, se 
fundem 
O LÓBULO DA ORELHA é a última parte a se desenvolver, sendo o pavilhão formado inicialmente na base do 
pescoço e, com o desenvolvimento da mandíbula, deslocado para a posição final 
A inervação varia de acordo com o arco faríngeo de início → 1º Arco Faríngeo (ramo mandibular do trigêmeo); 2º 
Arco Faríngeo (ramos cutâneos do plexo cervical, principalmente nervos pequeno occipital e grande auricular + 
pequena contribuição sensitiva do nervo facial 
Thaís Pires 
3 
2. Identificar as estruturas anatômicas e histológicas da orelha 
Orelha Externa – pavilhão auditivo (capta o som) + meato acústico externo (conduz o som) 
O Pavilhão é uma estrutura irregular recoberta por pele fina que contém várias elevações e depressões, sendo 
constituído de CARTILAGEM ELÁSTICA – a CONCHA é a depressão mais funda – a margem elevada da orelha é a 
HÉLICE – o lóbulo não cartilagíneo consiste em tecido fibroso, gordura e vasos sanguíneos – o TRAGO é uma 
projeção linguiforme superposta a ABERTURA DO MEATO ACÚSTICO EXTERNO / Irrigação – artérias auricular 
posterior e temporal superficial; Inervação – ramos auriculotemporal e auricular magno 
MEATO ACÚSTICO EXTERNO – canal da orelha que segue pela parte timpânica do osso temporal até a membrana 
timpânica – a porção LATERAL do canal tem trajeto sigmoide e é cartilagíneo revestido pela pele contínua com a 
orelha + GLÂNDULAS SEBÁCEAS E CERUMINOSAS do tecido subcutâneo produzem cerume / os dois terços mediais 
são ÓSSEOS e revestidos por pele fina e contínua com a camada 
externa da membrana timpânica 
A MEMBRANA TIMPÂNICA é fina, oval, semitransparente, sendo uma 
divisória entre meato acústico externo e cavidade timpânica – possui 
uma face CONCAVA quando analisada pela otoscopia, causada pela 
tensão do cabo do martelo em sua superfície no UMBIGO DA 
MEMBRANA TIMPÂNICA / acima do cabo do martelo, a membrana 
não possui o folheto medial, delimitando a PARTE FLÁCIDA da 
membrana / a camada média do tímpano é formada por FIBRAS 
COLÁGENAS + ELÁSTICAS E FIBROBLASTOS – a camada externa tem 
fibras dispostas radialmente e a interna circularmente 
Orelha Média / Cavidade Timpânica = ossículos + estapédio e tensor do tímpano + nervo corda + plexo timpânico / 
localizada na parte petrosa do osso temporal, sendo dividida em duas partes: cavidade timpânica propriamente dita 
e o recesso epitimpânico / essa cavidade é ligada à faringe pela tuba auditiva na região ANTEROMEDIAL e às células 
mastoideas pelo ANTRO MASTÓIDEO 
 Parede tegmental/Teto – formada por uma fina lâmina de osso = TEGME TIMPÂNICO, que separa a 
cavidade timpânica da dura-máter 
 Assoalho/Parede Jugular – formada por uma lâmina de osso que separa da jugular interna 
 Parede Lateral/Membranácea – quase totalmente formada pela membrana do tímpano, superiormente 
formada pela parede lateral do recesso epitimpânico 
 Parede Medial/Labiríntica – separa média-interna – é marcada pelo promontório da parede labiríntica, 
formado pela parte inicial da cóclea, e pela janela oval e redonda 
 Parede Posterior/Mastóidea – 
conectada superiormente ao mastoide pelo 
ádito ao antro mastoideo + o canal para o 
nervo facial desde entre parede posterior e 
o antro 
 Parede Anterior/Carótida – separa 
cavidade timpânica do canal carótico + 
superiormente tem a ABERTURA DA TUBA 
AUDITIVA e o CANAL PARA O TENSOR DO 
TÍMPANO 
Tuba Auditiva – une cavidade timpânica a nasofaringe – terço POSTEROLATERAL = ósseo e o resto é cartilagíneo – 
revestida por túnica mucosa contínua tanto com a cavidade timpânica quanto com a nasofaringe – como há 
aposição das porções cartilagíneas da tuba, é necessário que o VENTRE DO MÚSCULO LEVANTADOR VÉU PALATINO 
se contraia longitudinalmente abrindo uma parede, enquanto o MÚSCULO TENSOR DO VÉU PALATINO traciona a 
Thaís Pires 
4outra→ esses músculos são do PALATO MOLE – por isso precisa-se deglutir para que essa estrutura seja elevada – 
Isso é importante porque o tímpano não vibra livremente, a menos que a pressão em ambas as suas superfícies seja 
a mesma 
Ossículos da Audição – cadeia móvel de pequenos ossos desde a membrana timpânica até a janela do vestíbulo 
(janela oval) que liga até o VESTÍBULO DO LABIRINTO ÓSSEO → esses ossículos são um dos primeiros a se ossificar 
por completo e são revestidos pela TÚNICA MUCOSA da 
cavidade timpânica, sem possuir um PERIÓSTEO 
OSTEOGÊNICO 
 Martelo – fixa-se à membrana timpânica pelo 
umbigo da memb. Timpânica pelo CABO DO MARTELO – 
o COLO do martelo está localizado na parte FLÁCIDA DA 
MEMBRANA próximo ao NERVO CORDA DO TÍMPANO e 
a CABEÇA DO MARTELO no recesso epitimpânico, que 
se articula com a BIGORNA 
 Bigorna – articula-se com martelo e estribo – 
formada por um corpo e dois ramos (curto e longo) → o 
corpo está no RECESSO EPITIMPÂNICO se articulando 
com a cabeça do martelo – o RAMO LONGO está 
paralelo ao cabo do martelo e sua extremidade articula-
se com o ESTRIBO pelo PROCESSO LENTICULAR 
 Estribo – menor ossículo – tem cabeça, dois 
ramos e uma base – cabeça-bigorna base-janela oval → 
por a base ser MUITO MENOR do que a membrana 
timp., a força vibratória do estribo é x10, com 
AMPLITUDE menor 
Músculo Tensor do Tímpano – curto e originado da porção superior da parte CARTILAGÍNEA DA TUBA, se inserindo 
no CABO DO MARTELO – puxa-o medialmente, tensionando a membrana timpânica, o que evita lesões caso seja 
exposto a sons muito altos → inervado pelo NERVO MANDIBULAR 
Músculo Estapédio – no interior da eminência piramidal, uma proeminência oca na parede posterior da caixa 
timpânica – seu tendão entra na cavidade e se insere no COLO DO ESTRIBO, tracionando-o posteriormente → 
impede o movimento excessivo → inervado pelo NERVO FACIAL 
Orelha Interna – contém o órgão VESTIBULOCOCLEAR – labirinto membranáceo com endolinfa está suspenso no 
labirinto ósseo cheio de perilinfa por meio de ligamentos 
Labirinto ósseo – composto por cóclea, vestíbulo e canais 
semicirculares contidos na CÁPSULA ÓTICA da parte 
petrosa do osso temporal 
 Cóclea – parte em forma de concha que contém o 
DUCTO COCLEAR (relacionada a audição) – para realizar as 
voltas e formar o CANAL ESPIRAL DA CÓCLEA, é necessário 
de um eixo ósseo, o MODÍOLO, que contém canais para os vasos sanguíneos e para a distribuição do nervo coclear 
/ a base da cóclea produz o PROMONTÓRIO DA PAREDE LABIRÍNTICA na cav timpânica e comunica-se com o 
ESPAÇO SUBARACNOIDEO superior ao forame jugular por meio do AQUEDUTO DA CÓCLEA + possui a JANELA DA 
CÓCLEA/REDONDA fechada pela membrana timpânica secundária (permite a saída das vibrações que entraram) 
 Vestíbulo – pequena câmara oval que contém o UTRÍCULO e o SÁCULO e partes do aparelho do equilíbrio 
(labirinto vestibular) → apresenta a JANELA OVAL que se conecta com a base do estribo / é contínuo com a cóclea, 
os canais semicirculares e com a fossa posterior do crânio pelo AQUEDUTO DO VESTÍBULO, que dá passagem ao 
DUCTO ENDOLINFÁTICO 
Thaís Pires 
5 
 Canais Semicirculares – se comunicam com o vestíbulo, localizados posteriossuperiormente a ele, onde se 
abrem – possuem uma dilatação = AMPOLA ÓSSEA 
Labirinto Membranáceo – formado 
por uma série de sacos e ductos 
comunicantes suspensos no labirinto 
ósseo – ele contém ENDOLINFA 
(semelhante ao líquido intracelular), 
que difere da PERILINFA ADJACENTE 
(líquido extracelular) / é dividido em 
LABIRINTO VESTIBULAR (utrículo e 
sáculo) E COCLEAR (ducto coclear) / o 
LIGAMENTO ESPIRAL do canal da 
cóclea fixa o DUCTO COCLEAR ao 
canal espiral da cóclea / os ductos 
semicirculares abrem-se no 
UTRICULO por meio de 5 aberturas, que comunica-se com o SÁCULO pelo DUCTO UTRICULOSSACULAR, do qual se 
origina o DUCTO ENDOLINFÁTICO (se expande em uma bolsa cega = SACO ENDOLINFÁTICO) – o sáculo é contínuo 
com DUCTO COCLEAR pelo ducto reuniens / tanto o utrículo como o sáculo possuem regiões especializadas do 
epitélio, as MÁCULAS, que possuem células ciliadas inervadas por fibras da divisão do vestibulococlear 
 
 Ductos Semicirculares – cada ducto possui uma ampola em sua extremidade que possui uma área sensitiva= 
CRISTA AMPULAR, que detecta movimentos da endolinfa na ampola pela movimentação da cabeça 
 Ducto Coclear – tubo espiral fechado em uma extremidade – firmemente suspenso pelo ligamento espiral 
entre o canal coclear e a lâmina espiral / o ducto coclear divide o canal em dois CANAIS CONTÍNUOS no ápice da 
cóclea, o HELICOTREMA – a perilinfa do vestíbulo passa pela RAMPA VESTIBULAR no canal da cóclea, que 
atravessam o helicotrema chegando a RAMPA DO TÍMPANO que se conecta com a membrana timpânica secundária 
/ o TETO DO DUCTO COCLEAR é formado pela membrana vestibular e o ASSOALHO DO DUCTO pela lamina basilar, 
onde se encontra o ÓRGÃO ESPIRAL (DE CORTI) que é coberto por MEMBRANA TECTÓRIA → o órgão espiral 
contém CÉLULAS PILOSAS cujas extremidades estão inseridas na parte gelatinosa 
 Histologia ducto – o epitélio receptor da audição está no ÓRGÃO ESPIRAL, que é sustentado por um 
CÉLULAS DE SUSTENTAÇÃO COLUNARES abaixo de uma FILEIRA DE CÉLULAS CILIADAS INTERNA e DUAS EXTERNAS, 
que são as CÉLULAS RECEPTORAS / no ápice das células, os ESTEREOCILIOS estão em uma MEMRBANA TECTÓRIA 
GELATINOSA e na sua base há conexão com as FIBRAS DO NERVO COCLEAR, cujos corpos celulares estão no 
GÂNGLIO ESPIRAL na lâmina espiral óssea e no modíolo → as células ciliadas internas e externas possuem 3 
ESTEREOCILIOS de tamanho crescente 
Thaís Pires 
6 
 
3. Descrever a fisiologia da audição e do equilíbrio 
As partes PERIFÉRICAS das vias auditiva e vestibular tem componentes em comum no LABIRINTO ÓSSEO E 
MEMBRANOSO, que usam células ciliadas como transdutores mecânicos e transmitem informações ao SNC pelo NC 
8 → já no SNC, o processamento dessas informações segue VIAS DISTINTAS 
Audição – o SOM é produzido por ondas de compressão ou descompressão transmitidas pelo AR ou qualquer outro 
meio elástico – cada TOM PURO é formado por FREQUÊNCIA (ciclos/segundo = hertz), AMPLITUDE e FASE, sendo 
que os NATURAIS são em sua maioria vários tons puros / A orelha humana é sensível a tons puros com frequências 
de 20 a 20.000 Hz 
 Orelha – auxilia na localização do som, sendo o meato acústico externo o responsável por conduzir as ondas 
até a membrana timpânica – o movimento da membrana faz com que os ossículos empurrem a base do estribo 
contra a janela oval, deslocando a PERILINFA da RAMPA VESTIBULAR – a 
onda de pressão é transmitida pela MEMBRANA BASILAR da cóclea para a 
RAMPA TIMPÂNICA, empurrando a janela redonda / a membrana 
timpânica e a cadeia de ossículos atuam como EQUALIZADOR DE 
IMPEDÂNCIA (transmissão de ondas sonoras por um meio), isso porque o 
meato acústico conduz as ondas sonoras, mas o responsável pela 
TRANSDUÇÃO NEURONAL delas é o líquido da cóclea → a equalização 
depende da PROPRÇÃO ÁREA MEMBRANA/JANELA OVAL e do SISTEMA 
DE ALAVANCAS DOS OSSÍCULOS 
Já na ORELHA INTERNA, a endolinfa presente no ducto coclear tem um 
potencial POSITIVO, causando uma GRANDE DDP entre a membrana das 
células ciliadas na membrana basilar (cerca de 140mV - já que -70mV a 
célula e +80 mV o líquido) – essas células ciliadas são o ÓRGÃO DE CORTI 
que é responsável pela TRANSDUÇÃO NEURONAL, sendo composto de 3 
fileiras de células ciliadas externas, 1 fileira interna, membrana tectorial 
gelatinosa e diversos tipos de células de sustentação → os estereocílios 
(imóveis) estão em contato com a MEMBRANA TECTORIAL GELATINOSA e 
são inervados por ramos aferentes do coclear do NC VIII que partem do 
gânglio espiral → 90% das fibras aferentes se dirigem para as CÉLULAS 
Thaís Pires 
7 
INTERNAS, sendo essas responsáveis pela maior parte da informação auditiva processada → 
cerca de 10 fibras aferentes/1 célula interna/ as células da fileira externa são responsáveis 
por fibras EFERENTES (fibras olivococleares) originadas na OLIVA SUPERIOR DO TRONCO 
CEREBRAL, que controlam o TAMANHO DESSAS CÉLULAS, influenciando no modo de 
percepção do som / quando há uma transmissão de ondas a partir da janela oval, cria-se uma 
DDP entre a RAMPA VESTIBULAR E A TIMPÂNICA, deslocando a membrana basilar + 
tectorial e consequentemente o órgão de Corti → essa movimentação permite o 
dobramento dos cílios / se for distanciando do modíolo – curva os cílios na direção do maior 
estereocílio → DESPOLARIZANDO / movimento aproximando do cílio – curva para o menor 
→ HIPERPOLARIZA 
 Transdução Sonora – a resposta rápida de transdução sonora baseia-se na capacidade de 
abertura dos canais iônicos de K pela ligação dos estereocilios um ao outro → o influxo de K 
despolariza a membrana (influxo consequente da DDP causada pela endolinfa) + a entrada de 
Ca+ pode culminar na ligação de íon ao canal aberto de K e modulá-lo → esses eventos 
mudam o potencial de membrana da célula ciliada, sendo chamado agora de POTENCIAL 
MICROFÔNIO COCLEAR, i.e., um evento ondulatório que tem a mesma frequência do 
estímulo acústico 
Quando despolarizadas, as células ciliadas liberam NEUROTRANSMISSOR EXCITATÓRIO (provavelmente glutamato) 
que forma um POTENCIAL GERADOR NAS FIBRAS COCLEARES AFERENTE – como cada célula ciliada forma um 
potencial gerador, extracelularmente isso é reconhecido como POTENCIAL DE AÇÃO COMPOSTO / nem todas as 
fibras aferentes são disparadas, isso depende da LOCALIZAÇÃO da fibra, que se organiza de acordo com a 
FREQUÊNCIA SONORA, uma vez que essa variável de ativação depende da distancia da MEMBRANA BASAL, que 
varia a TENSÃO E LARGURA – o local de deslocamento máximo a qualquer frequência está a 29mm do estribo 
Assim, as diversas partes da membrana basilar têm frequências de ressonâncias 
diferentes, com base na largura e tensão dela – sua tensão é maior na base da cóclea, 
atingindo a VIBRAÇÃO MÁXIMA NA ALTA FREQUÊNCIA e no ápice a vibração máxima 
em BAIXA FREQUÊNCIA 
 
Fibras Nervosas Cocleares – ramo coclear do vestíbulo coclear – suas células são bipolares mielinizadas com o corpo 
celular no gânglio espiral → o disparo máximo de uma fibra aferente coclear é definido por uma frequência sonora 
específica = FREQUÊNCIA CARACTERÍSTICA – isso é avaliado por uma CURVA DE 
SINTONIA que marca o limiar de ATIVAÇÃO da fibra nervosa por frequências sonoras 
diferentes, bem como a INIBIÇÃO! Os estímulos acústicos enviados pelas fibras 
neurais são CODIFICADOS com relação a DURAÇÃO (da atividade sonora) e a 
INTENSIDADE (quantidade de atividade neural e número de fibras ativadas) → em 
baixas frequências, as fibras conseguem emitir um CICLO DE IMPULSO na mesma 
baixa frequência da onda sonora = PHASE LOCKING – em altas frequências, isso não é 
possível, então, para uma interpretação correta do SNC, há uma soma das várias fibras 
aferentes com os ciclos correspondentes → TEORIA DA FREQUÊNCIA DA AUDIÇÃO 
 
Thaís Pires 
8 
Via Auditiva Central – as fibras auditivas cocleares fazem sinapse com os neurônios do NÚCLEOS COCLEARES 
DORSAL E VENTRAL – desses núcleos, partem neurônios para as vias auditivas centrais: alguns CRUZAM para o lado 
CONTRALATERAL e ascendem via LEMNISCO LATERAL; outros conectam-se a núcleos ispsilaterais, como o NÚCLEO 
OLIVAR SUPERIOR que se projeta para os LEMNISCOS LATERAIS → os lemniscos laterais terminam nos COLÍCULOS 
INFERIORES – os neurônios dos coliculos se projetam para o NÚCLEO GENICULADO MEDIAL do tálamo, de onde 
partem fibras para o CÓRTEX AUDITIVO nos GIROS TEMPORAIS TRANSVERSOS 
Organização do Sistema Auditivo Central – assim 
como na cóclea, as estruturas centrais possuem 
uma faixa de melhor frequência para resposta, 
que seria o mapa tonotópico – esses mapas 
foram encontrados nos núcleos cocleares, 
complexo olivar superior, colículo inferior, corpo 
geniculado medial e córtex auditivo / acima dos 
núcleos cocleares, a maioria dos neurônios 
respondem aos estímulos dos dois ouvidos = 
CAMPOS RECEPTIVOS BINAURAIS – esse 
fenômeno contribui para a LOCALIZAÇÃO do 
som, uma vez que avalia a DIFERENÇA NO 
TEMPO de chegada do som nos dois ouvidos e a DIFERENÇA DE INTENSIDADE, atividade realizada pelos NÚCLEOS 
OLIVARES SUPERIORES / no CÓRTEX auditivo PRIMÁRIO, há a formação de COLUNAS DE ISOFREQUÊNCIAS (vários 
neurônios de mesma frequência tonotópica) e colunas que se alternam, as COLUNAS DE SOMAÇÃO (mais 
responsivos a informações binaurais) E SUPRESSÃO (mononaural, i.e., um ouvido dominante) – lesões bilaterais do 
córtex auditivo afetam a capacidade de distinguir frequência ou intensidade do som e a localização, mas as lesões 
unilaterais tem pouco efeito → a discriminação na frequência ocorre ao nível de COLÍCULO INFERIOR → surdez 
unilateral (lesão aparato ou ao núcleo coclear, mas não no SNC) 
Sistema Vestibular – detecta acelerações angulares e lineares da cabeça e, consequentemente, estimulam 
movimentos na cabeça e nos olhos para estabilizar a imagem na 
retina e permitir que o corpo reajuste a postura para manter o 
equilíbrio 
 Estrutura Vestibular – os canais semicirculares de um 
lado da cabeça estão em correspondência COPLANAR com os 
canais do outro lado, o que permite que o epitélio sensorial atue 
de forma coordenada em ambos os lados → a ampola de cada 
canal possui um epitélio sensorial chamado CRISTA AMPULAR – 
esse epitélio é inervado pelas FIBRAS AFERENTES DO NERVO 
VESTIBULAR componente do NC VIII / assim como a cóclea, cada 
célula ciliada vestibular possui estereocílios no ápice, 
destacando-se um cílio grande o QUINOCÍLIO – esses cílios estão 
imersos em uma estrutura gelatinosa, a CÚPULA, que oclui a luz 
da ampola → como está imersa na endolinfa, há a sua DEFLEXÃO quando ocorre 
aceleração, o que consequentemente DOBRA OS CÍLIOS 
Os epitélios sensoriais dos órgãos otolíticos são as MÁCULAS (utriculares e saculares) 
– as células ciliadas com estereocilios e quinocílios estão ENCRUSTADAS no epitélio 
que reveste a mácula, tendo os cílios em contato com uma MASSA GELATINOSA que 
contém OTÓLITOS (pedras de carbonato de cálcio) → o conjunto da massa 
gelatinosa + otólitos = MEMBRANA OTOLÍTICA 
 Inervação epitélio sensorial – os corpos celulares das fibras aferentes do 
ramo vestibular estão no gânglio de Scarpa 
Thaís Pires 
9 
Transdução Vestibular – semelhante ao da cóclea – quando os estereocílios se dobram na direção do quinocílio, há 
DESPOLARIZAÇÃO e quando é se afastando do quinocílio, há HIPERPOLARIZAÇÃO – a célula ciliada libera 
NEUROTRANSMISSOR EXCITATÓRIO (glutamato ou aspartato) pela abertura de canais de Ca+ - para a fibra aferente 
em contato → na despolarização, muito neurotransmissor excitatório é liberado, aumentando a frequência dos 
impulsos na fibra – na hiperpolarização, menos transmissor é liberado, diminuindo a frequência de disparos 
Canais Semicirculares – os cílios das células estão polarizados de acordo com o eixo – nos canais semicirculares 
horizontais, os cílios estão polarizados para o utrículo, portanto uma movimentação de endolinfa no sentido do 
utrículo causaria um aumento da frequência de impulsos aferentes → quando um movimento aproxima os cílios de 
um lado, como a rotação da cabeça, o outro lado sofre o efeito oposto, o afastamento do quinocílio, causando 
despolarização → i.e., há AUMENTO DE FREQUÊNCIA em um lado e DIMINUIÇÃO DO OUTRO 
Órgãos Otolíticos – as células ciliadas dos órgãos otolíticos não estão orientadas em uma única direção, mas para 
todos os lados – no utrículo, estão polarizadas em um sentido e no sáculo em outro contrário – quando a cabeça é 
inclinada, as MEMBRANAS OTOLÍTICAS se movem e os cílios das células se deslocam na nova direção → essa 
movimentação que causa ou hiper ou despolarização 
Vias Vestibulares Centrais – pelo nervo vestibular, as fibras vestibulares aferentes (depois do gânglio de Scarpa)se 
projetam para o TRONCO ENCEFÁLICO, onde terminam nos NÚCLEOS VESTIBULARES na porção rostral do bulbo e 
caudal da ponte – as fibras aferentes de DIVERSAS PARTES do aparato vestibular terminam em núcleos vestibulares 
diferentes e também dão ramos para o cerebelo – dos núcleos vestibulares, partem FASCÍCULO LONGITUDINAL 
MEDIAL para os núcleos oculomotores (controle vestibular sobre os olhos – reflexo vestíbulo-coclear) / outras 
projeções dos núcleos vestibulares dão origem aos tratos VESTIBULOESPINAL LATERAL E MEDIAL, ativando a 
musculatura anti-gravitacional para o equilíbrio / projeções no CEREBELO, formação reticular e complexo vestibular 
contralateral e para o TÁLAMO → onde ocorre a sensação consciente 
4. Correlacionar a nasofaringe com a orelha e entender a importância dessa relação 
Drenagem – a tuba auditiva permite que não haja o ACÚMULO de secreções no interior da orelha média → por 
meio do TENSOR DO VÉU PALATINO, há drenagem para a NASOFARINGE + as células ciliadas e secretoras da 
cavidade timpânica e da tuba iniciam um movimento de CLEARENCE CILIAR em direção a nasofaringe 
No ADULTO, a tuba está em um plano de 45° do horizontal, enquanto que no recém-nascido forma 10° → permite 
uma maior passagem de bactérias da naso pra cavidade timpânica / no adulto, em repouso, a tuba mantem-se 
FECHADA protegendo do fluxo de secreções e microorganismos + alterações de pressão da faringe a todo momento 
(tosse, choro, assoar nariz) 
Um fator frequente, que pode afetar o bom desempenho da tuba auditiva, é a infecção das vias aéreas 
superiores. Nesses casos, o fluxo de ar pela tuba diminui, favorecendo a criação de pressão negativa na orelha 
média. A tuba auditiva funcionando adequadamente é imprescindível para uma cavidade timpânica saudável e 
funcional 
• Barreira para que microorganismos no geral não subam pela tuba 
• Proíbe a vocalização da nasofaringe de ir para a orelha média 
• Ajuda a dissipar a pressão do som da orelha media principalmente em sons altos

Outros materiais