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Thaís Pires 1 Problema 4 1. Embriologia da orelha Orelha Externa – pavilhão auricular + meato acústico externo e camada externa da membrana timpânica; Orelha Média – contém os 3 ossículos auditivos, que conectam membrana interna do tímpano à janela oval; Orelha Interna – órgão vestibulococlear = labirinto ósseo Desenvolvimento Orelha Interna – primeira estrutura a se desenvolver da orelha → início da 4ª semana – por influência da notocorda e do mesoderma paraxial, um espessamento da ectoderme da superfície aparece em ambos os lados do mielencéfalo (caudal do rombencéfalo), sendo chamado de PLACOIDE ÓPTICO → cada placoide se invagina, entrando no mesênquima subjacente abaixo do ectoderme – FOSSETA ÓTICA – as bordas da fosseta se aproximam e se fundem, formando a VESÍCULA ÓTICA (primórdio do labirinto membranoso), que perde contato com o ectoderma, porém surge um DIVERTÍCULO que se alonga para formar o DUCTO e os SACOS ENDOLINFÁTICOS → essa vesícula possui duas regiões: PARTE UTRICULAR (dorsal – da qual surgem ducto endolinfático, utrículo e os ductos semicirculares) e PARTE SACULAR (ventral – da qual surgem o sáculo e o ducto coclear) A partir do labirinto membranoso primitivo (vesícula óptica), surgem 3 DIVERTÍCULOS DISCOIDAIS, sendo a sua parte central logo fundida → os divertículos laterais – UTRICULAR - se desenvolvem em DUCTOS SEMICIRCULARES e permanecem unidos ao UTRÍCULO – em cada extremidade dos ductos, surgem dilatações = AMPOLAS, que posteriormente formarão as CRISTAS AMPULARES (áreas receptoras especializadas) / Já da região ventral SACULAR parte um DIVERTÍCULO = DUCTO COCLEAR que cresce e se espiraliza para formar a CÓCLEA MEMBRANOSA → da conexão cóclea – com o sáculo = DUCTUS REUNIENS – a partir da parede do ducto coclear, especializam-se células para formar o ÓRGÃO ESPIRAL (de Corti) Células ganglionares do NC VIII migram pela ESPIRAL DA CÓCLEA e formam o GÂNGLIO ESPIRAL → prolongamentos neurais se estendem desse gânglio para o ORGÃO ESPIRAL, nas células ciliadas Thaís Pires 2 Com o crescimento do labirinto membranoso, aparecerem várias VACÚOLOS na cápsula ótica, que coalescem para formar o ESPAÇO PERILINFÁTICO composto por PERILINFA onde o labirinto membranoso fica suspenso / a relação entre o espaço perilinfático e o ducto coclear forma duas divisões: ESCALA TIMPÂNICA E VESTIBULAR / a cápsula ótica cartilaginosa se ossifica formando o LABIRINTO ÓSSEO → desenvolvimento máximo com 20 – 22 semanas Desenvolvimento da Orelha Média – a partir da primeira bolsa faríngea desenvolve-se o recesso tubotimpânico → a parte proximal forma a TUBA FARINGOTIMPÂNICA (tuba auditiva) e a parte distal se expande formando a CAVIDADE TIMPÂNICA que irá envolver os ossículos + nervos e ligamentos + corda do tímpano / já no fim do desenvolvimento fetal, a cavidade timpânica se expande formando o ANTRO MASTOIDEO no osso temporal / o MÚSCULO TENSOR DO TÍMPANO se origina do mesênquima do primeiro arco faríngeo e é inervado pelo NC 5 – TRIGÊMEO / o MÚSCULO ESTAPÉDIO origina-se no segundo arco faríngeo e é inervado pelo NV 7 - FACIAL Desenvolvimento da Orelha Externa - o MEATO ACÚSTICO EXTERNO se desenvolve a partir da extremidade dorsal do primeiro sulco faríngeo → as células ECTODÉRMICAS do fundo do meato se proliferam formando o TAMPÃO DO MEATO – com o desenvolvimento, as células centrais desse meato se degeneram formando a CAVIDADE DO MEATO ACÚSTICO EXTERNO A face externa da membrana timpânica primitiva é formada pela PRIMEIRA MEMBRANA FARÍNGEA, que é aquela que divide o primeiro sulco faríngeo da primeira bolsa faríngea – a medida que se desenvolve, o mesênquima cresce entre essas duas estruturas, se diferenciando em FIBRAS COLÁGENAS da membrana timpânica / de forma geral, a membrana timpânica se origina de 3 fontes: ECTODERMA 1º sulco faríngeo, ENDODERMA recesso tubotimpânico, MESODERMA do 1º e 2º arcos faríngeos A AURÍCULA/PAVILHÃO AUDITIVO se desenvolve de 6 PROLIFERAÇÕES MESENQUIMAIS do 1º e 2º arcos faríngeos - as PROEMINÊNCIAS AURICULARES ficam ao redor do 1º SULCO FARÍNGEO e, a medida que o pavilhão cresce, se fundem O LÓBULO DA ORELHA é a última parte a se desenvolver, sendo o pavilhão formado inicialmente na base do pescoço e, com o desenvolvimento da mandíbula, deslocado para a posição final A inervação varia de acordo com o arco faríngeo de início → 1º Arco Faríngeo (ramo mandibular do trigêmeo); 2º Arco Faríngeo (ramos cutâneos do plexo cervical, principalmente nervos pequeno occipital e grande auricular + pequena contribuição sensitiva do nervo facial Thaís Pires 3 2. Identificar as estruturas anatômicas e histológicas da orelha Orelha Externa – pavilhão auditivo (capta o som) + meato acústico externo (conduz o som) O Pavilhão é uma estrutura irregular recoberta por pele fina que contém várias elevações e depressões, sendo constituído de CARTILAGEM ELÁSTICA – a CONCHA é a depressão mais funda – a margem elevada da orelha é a HÉLICE – o lóbulo não cartilagíneo consiste em tecido fibroso, gordura e vasos sanguíneos – o TRAGO é uma projeção linguiforme superposta a ABERTURA DO MEATO ACÚSTICO EXTERNO / Irrigação – artérias auricular posterior e temporal superficial; Inervação – ramos auriculotemporal e auricular magno MEATO ACÚSTICO EXTERNO – canal da orelha que segue pela parte timpânica do osso temporal até a membrana timpânica – a porção LATERAL do canal tem trajeto sigmoide e é cartilagíneo revestido pela pele contínua com a orelha + GLÂNDULAS SEBÁCEAS E CERUMINOSAS do tecido subcutâneo produzem cerume / os dois terços mediais são ÓSSEOS e revestidos por pele fina e contínua com a camada externa da membrana timpânica A MEMBRANA TIMPÂNICA é fina, oval, semitransparente, sendo uma divisória entre meato acústico externo e cavidade timpânica – possui uma face CONCAVA quando analisada pela otoscopia, causada pela tensão do cabo do martelo em sua superfície no UMBIGO DA MEMBRANA TIMPÂNICA / acima do cabo do martelo, a membrana não possui o folheto medial, delimitando a PARTE FLÁCIDA da membrana / a camada média do tímpano é formada por FIBRAS COLÁGENAS + ELÁSTICAS E FIBROBLASTOS – a camada externa tem fibras dispostas radialmente e a interna circularmente Orelha Média / Cavidade Timpânica = ossículos + estapédio e tensor do tímpano + nervo corda + plexo timpânico / localizada na parte petrosa do osso temporal, sendo dividida em duas partes: cavidade timpânica propriamente dita e o recesso epitimpânico / essa cavidade é ligada à faringe pela tuba auditiva na região ANTEROMEDIAL e às células mastoideas pelo ANTRO MASTÓIDEO Parede tegmental/Teto – formada por uma fina lâmina de osso = TEGME TIMPÂNICO, que separa a cavidade timpânica da dura-máter Assoalho/Parede Jugular – formada por uma lâmina de osso que separa da jugular interna Parede Lateral/Membranácea – quase totalmente formada pela membrana do tímpano, superiormente formada pela parede lateral do recesso epitimpânico Parede Medial/Labiríntica – separa média-interna – é marcada pelo promontório da parede labiríntica, formado pela parte inicial da cóclea, e pela janela oval e redonda Parede Posterior/Mastóidea – conectada superiormente ao mastoide pelo ádito ao antro mastoideo + o canal para o nervo facial desde entre parede posterior e o antro Parede Anterior/Carótida – separa cavidade timpânica do canal carótico + superiormente tem a ABERTURA DA TUBA AUDITIVA e o CANAL PARA O TENSOR DO TÍMPANO Tuba Auditiva – une cavidade timpânica a nasofaringe – terço POSTEROLATERAL = ósseo e o resto é cartilagíneo – revestida por túnica mucosa contínua tanto com a cavidade timpânica quanto com a nasofaringe – como há aposição das porções cartilagíneas da tuba, é necessário que o VENTRE DO MÚSCULO LEVANTADOR VÉU PALATINO se contraia longitudinalmente abrindo uma parede, enquanto o MÚSCULO TENSOR DO VÉU PALATINO traciona a Thaís Pires 4outra→ esses músculos são do PALATO MOLE – por isso precisa-se deglutir para que essa estrutura seja elevada – Isso é importante porque o tímpano não vibra livremente, a menos que a pressão em ambas as suas superfícies seja a mesma Ossículos da Audição – cadeia móvel de pequenos ossos desde a membrana timpânica até a janela do vestíbulo (janela oval) que liga até o VESTÍBULO DO LABIRINTO ÓSSEO → esses ossículos são um dos primeiros a se ossificar por completo e são revestidos pela TÚNICA MUCOSA da cavidade timpânica, sem possuir um PERIÓSTEO OSTEOGÊNICO Martelo – fixa-se à membrana timpânica pelo umbigo da memb. Timpânica pelo CABO DO MARTELO – o COLO do martelo está localizado na parte FLÁCIDA DA MEMBRANA próximo ao NERVO CORDA DO TÍMPANO e a CABEÇA DO MARTELO no recesso epitimpânico, que se articula com a BIGORNA Bigorna – articula-se com martelo e estribo – formada por um corpo e dois ramos (curto e longo) → o corpo está no RECESSO EPITIMPÂNICO se articulando com a cabeça do martelo – o RAMO LONGO está paralelo ao cabo do martelo e sua extremidade articula- se com o ESTRIBO pelo PROCESSO LENTICULAR Estribo – menor ossículo – tem cabeça, dois ramos e uma base – cabeça-bigorna base-janela oval → por a base ser MUITO MENOR do que a membrana timp., a força vibratória do estribo é x10, com AMPLITUDE menor Músculo Tensor do Tímpano – curto e originado da porção superior da parte CARTILAGÍNEA DA TUBA, se inserindo no CABO DO MARTELO – puxa-o medialmente, tensionando a membrana timpânica, o que evita lesões caso seja exposto a sons muito altos → inervado pelo NERVO MANDIBULAR Músculo Estapédio – no interior da eminência piramidal, uma proeminência oca na parede posterior da caixa timpânica – seu tendão entra na cavidade e se insere no COLO DO ESTRIBO, tracionando-o posteriormente → impede o movimento excessivo → inervado pelo NERVO FACIAL Orelha Interna – contém o órgão VESTIBULOCOCLEAR – labirinto membranáceo com endolinfa está suspenso no labirinto ósseo cheio de perilinfa por meio de ligamentos Labirinto ósseo – composto por cóclea, vestíbulo e canais semicirculares contidos na CÁPSULA ÓTICA da parte petrosa do osso temporal Cóclea – parte em forma de concha que contém o DUCTO COCLEAR (relacionada a audição) – para realizar as voltas e formar o CANAL ESPIRAL DA CÓCLEA, é necessário de um eixo ósseo, o MODÍOLO, que contém canais para os vasos sanguíneos e para a distribuição do nervo coclear / a base da cóclea produz o PROMONTÓRIO DA PAREDE LABIRÍNTICA na cav timpânica e comunica-se com o ESPAÇO SUBARACNOIDEO superior ao forame jugular por meio do AQUEDUTO DA CÓCLEA + possui a JANELA DA CÓCLEA/REDONDA fechada pela membrana timpânica secundária (permite a saída das vibrações que entraram) Vestíbulo – pequena câmara oval que contém o UTRÍCULO e o SÁCULO e partes do aparelho do equilíbrio (labirinto vestibular) → apresenta a JANELA OVAL que se conecta com a base do estribo / é contínuo com a cóclea, os canais semicirculares e com a fossa posterior do crânio pelo AQUEDUTO DO VESTÍBULO, que dá passagem ao DUCTO ENDOLINFÁTICO Thaís Pires 5 Canais Semicirculares – se comunicam com o vestíbulo, localizados posteriossuperiormente a ele, onde se abrem – possuem uma dilatação = AMPOLA ÓSSEA Labirinto Membranáceo – formado por uma série de sacos e ductos comunicantes suspensos no labirinto ósseo – ele contém ENDOLINFA (semelhante ao líquido intracelular), que difere da PERILINFA ADJACENTE (líquido extracelular) / é dividido em LABIRINTO VESTIBULAR (utrículo e sáculo) E COCLEAR (ducto coclear) / o LIGAMENTO ESPIRAL do canal da cóclea fixa o DUCTO COCLEAR ao canal espiral da cóclea / os ductos semicirculares abrem-se no UTRICULO por meio de 5 aberturas, que comunica-se com o SÁCULO pelo DUCTO UTRICULOSSACULAR, do qual se origina o DUCTO ENDOLINFÁTICO (se expande em uma bolsa cega = SACO ENDOLINFÁTICO) – o sáculo é contínuo com DUCTO COCLEAR pelo ducto reuniens / tanto o utrículo como o sáculo possuem regiões especializadas do epitélio, as MÁCULAS, que possuem células ciliadas inervadas por fibras da divisão do vestibulococlear Ductos Semicirculares – cada ducto possui uma ampola em sua extremidade que possui uma área sensitiva= CRISTA AMPULAR, que detecta movimentos da endolinfa na ampola pela movimentação da cabeça Ducto Coclear – tubo espiral fechado em uma extremidade – firmemente suspenso pelo ligamento espiral entre o canal coclear e a lâmina espiral / o ducto coclear divide o canal em dois CANAIS CONTÍNUOS no ápice da cóclea, o HELICOTREMA – a perilinfa do vestíbulo passa pela RAMPA VESTIBULAR no canal da cóclea, que atravessam o helicotrema chegando a RAMPA DO TÍMPANO que se conecta com a membrana timpânica secundária / o TETO DO DUCTO COCLEAR é formado pela membrana vestibular e o ASSOALHO DO DUCTO pela lamina basilar, onde se encontra o ÓRGÃO ESPIRAL (DE CORTI) que é coberto por MEMBRANA TECTÓRIA → o órgão espiral contém CÉLULAS PILOSAS cujas extremidades estão inseridas na parte gelatinosa Histologia ducto – o epitélio receptor da audição está no ÓRGÃO ESPIRAL, que é sustentado por um CÉLULAS DE SUSTENTAÇÃO COLUNARES abaixo de uma FILEIRA DE CÉLULAS CILIADAS INTERNA e DUAS EXTERNAS, que são as CÉLULAS RECEPTORAS / no ápice das células, os ESTEREOCILIOS estão em uma MEMRBANA TECTÓRIA GELATINOSA e na sua base há conexão com as FIBRAS DO NERVO COCLEAR, cujos corpos celulares estão no GÂNGLIO ESPIRAL na lâmina espiral óssea e no modíolo → as células ciliadas internas e externas possuem 3 ESTEREOCILIOS de tamanho crescente Thaís Pires 6 3. Descrever a fisiologia da audição e do equilíbrio As partes PERIFÉRICAS das vias auditiva e vestibular tem componentes em comum no LABIRINTO ÓSSEO E MEMBRANOSO, que usam células ciliadas como transdutores mecânicos e transmitem informações ao SNC pelo NC 8 → já no SNC, o processamento dessas informações segue VIAS DISTINTAS Audição – o SOM é produzido por ondas de compressão ou descompressão transmitidas pelo AR ou qualquer outro meio elástico – cada TOM PURO é formado por FREQUÊNCIA (ciclos/segundo = hertz), AMPLITUDE e FASE, sendo que os NATURAIS são em sua maioria vários tons puros / A orelha humana é sensível a tons puros com frequências de 20 a 20.000 Hz Orelha – auxilia na localização do som, sendo o meato acústico externo o responsável por conduzir as ondas até a membrana timpânica – o movimento da membrana faz com que os ossículos empurrem a base do estribo contra a janela oval, deslocando a PERILINFA da RAMPA VESTIBULAR – a onda de pressão é transmitida pela MEMBRANA BASILAR da cóclea para a RAMPA TIMPÂNICA, empurrando a janela redonda / a membrana timpânica e a cadeia de ossículos atuam como EQUALIZADOR DE IMPEDÂNCIA (transmissão de ondas sonoras por um meio), isso porque o meato acústico conduz as ondas sonoras, mas o responsável pela TRANSDUÇÃO NEURONAL delas é o líquido da cóclea → a equalização depende da PROPRÇÃO ÁREA MEMBRANA/JANELA OVAL e do SISTEMA DE ALAVANCAS DOS OSSÍCULOS Já na ORELHA INTERNA, a endolinfa presente no ducto coclear tem um potencial POSITIVO, causando uma GRANDE DDP entre a membrana das células ciliadas na membrana basilar (cerca de 140mV - já que -70mV a célula e +80 mV o líquido) – essas células ciliadas são o ÓRGÃO DE CORTI que é responsável pela TRANSDUÇÃO NEURONAL, sendo composto de 3 fileiras de células ciliadas externas, 1 fileira interna, membrana tectorial gelatinosa e diversos tipos de células de sustentação → os estereocílios (imóveis) estão em contato com a MEMBRANA TECTORIAL GELATINOSA e são inervados por ramos aferentes do coclear do NC VIII que partem do gânglio espiral → 90% das fibras aferentes se dirigem para as CÉLULAS Thaís Pires 7 INTERNAS, sendo essas responsáveis pela maior parte da informação auditiva processada → cerca de 10 fibras aferentes/1 célula interna/ as células da fileira externa são responsáveis por fibras EFERENTES (fibras olivococleares) originadas na OLIVA SUPERIOR DO TRONCO CEREBRAL, que controlam o TAMANHO DESSAS CÉLULAS, influenciando no modo de percepção do som / quando há uma transmissão de ondas a partir da janela oval, cria-se uma DDP entre a RAMPA VESTIBULAR E A TIMPÂNICA, deslocando a membrana basilar + tectorial e consequentemente o órgão de Corti → essa movimentação permite o dobramento dos cílios / se for distanciando do modíolo – curva os cílios na direção do maior estereocílio → DESPOLARIZANDO / movimento aproximando do cílio – curva para o menor → HIPERPOLARIZA Transdução Sonora – a resposta rápida de transdução sonora baseia-se na capacidade de abertura dos canais iônicos de K pela ligação dos estereocilios um ao outro → o influxo de K despolariza a membrana (influxo consequente da DDP causada pela endolinfa) + a entrada de Ca+ pode culminar na ligação de íon ao canal aberto de K e modulá-lo → esses eventos mudam o potencial de membrana da célula ciliada, sendo chamado agora de POTENCIAL MICROFÔNIO COCLEAR, i.e., um evento ondulatório que tem a mesma frequência do estímulo acústico Quando despolarizadas, as células ciliadas liberam NEUROTRANSMISSOR EXCITATÓRIO (provavelmente glutamato) que forma um POTENCIAL GERADOR NAS FIBRAS COCLEARES AFERENTE – como cada célula ciliada forma um potencial gerador, extracelularmente isso é reconhecido como POTENCIAL DE AÇÃO COMPOSTO / nem todas as fibras aferentes são disparadas, isso depende da LOCALIZAÇÃO da fibra, que se organiza de acordo com a FREQUÊNCIA SONORA, uma vez que essa variável de ativação depende da distancia da MEMBRANA BASAL, que varia a TENSÃO E LARGURA – o local de deslocamento máximo a qualquer frequência está a 29mm do estribo Assim, as diversas partes da membrana basilar têm frequências de ressonâncias diferentes, com base na largura e tensão dela – sua tensão é maior na base da cóclea, atingindo a VIBRAÇÃO MÁXIMA NA ALTA FREQUÊNCIA e no ápice a vibração máxima em BAIXA FREQUÊNCIA Fibras Nervosas Cocleares – ramo coclear do vestíbulo coclear – suas células são bipolares mielinizadas com o corpo celular no gânglio espiral → o disparo máximo de uma fibra aferente coclear é definido por uma frequência sonora específica = FREQUÊNCIA CARACTERÍSTICA – isso é avaliado por uma CURVA DE SINTONIA que marca o limiar de ATIVAÇÃO da fibra nervosa por frequências sonoras diferentes, bem como a INIBIÇÃO! Os estímulos acústicos enviados pelas fibras neurais são CODIFICADOS com relação a DURAÇÃO (da atividade sonora) e a INTENSIDADE (quantidade de atividade neural e número de fibras ativadas) → em baixas frequências, as fibras conseguem emitir um CICLO DE IMPULSO na mesma baixa frequência da onda sonora = PHASE LOCKING – em altas frequências, isso não é possível, então, para uma interpretação correta do SNC, há uma soma das várias fibras aferentes com os ciclos correspondentes → TEORIA DA FREQUÊNCIA DA AUDIÇÃO Thaís Pires 8 Via Auditiva Central – as fibras auditivas cocleares fazem sinapse com os neurônios do NÚCLEOS COCLEARES DORSAL E VENTRAL – desses núcleos, partem neurônios para as vias auditivas centrais: alguns CRUZAM para o lado CONTRALATERAL e ascendem via LEMNISCO LATERAL; outros conectam-se a núcleos ispsilaterais, como o NÚCLEO OLIVAR SUPERIOR que se projeta para os LEMNISCOS LATERAIS → os lemniscos laterais terminam nos COLÍCULOS INFERIORES – os neurônios dos coliculos se projetam para o NÚCLEO GENICULADO MEDIAL do tálamo, de onde partem fibras para o CÓRTEX AUDITIVO nos GIROS TEMPORAIS TRANSVERSOS Organização do Sistema Auditivo Central – assim como na cóclea, as estruturas centrais possuem uma faixa de melhor frequência para resposta, que seria o mapa tonotópico – esses mapas foram encontrados nos núcleos cocleares, complexo olivar superior, colículo inferior, corpo geniculado medial e córtex auditivo / acima dos núcleos cocleares, a maioria dos neurônios respondem aos estímulos dos dois ouvidos = CAMPOS RECEPTIVOS BINAURAIS – esse fenômeno contribui para a LOCALIZAÇÃO do som, uma vez que avalia a DIFERENÇA NO TEMPO de chegada do som nos dois ouvidos e a DIFERENÇA DE INTENSIDADE, atividade realizada pelos NÚCLEOS OLIVARES SUPERIORES / no CÓRTEX auditivo PRIMÁRIO, há a formação de COLUNAS DE ISOFREQUÊNCIAS (vários neurônios de mesma frequência tonotópica) e colunas que se alternam, as COLUNAS DE SOMAÇÃO (mais responsivos a informações binaurais) E SUPRESSÃO (mononaural, i.e., um ouvido dominante) – lesões bilaterais do córtex auditivo afetam a capacidade de distinguir frequência ou intensidade do som e a localização, mas as lesões unilaterais tem pouco efeito → a discriminação na frequência ocorre ao nível de COLÍCULO INFERIOR → surdez unilateral (lesão aparato ou ao núcleo coclear, mas não no SNC) Sistema Vestibular – detecta acelerações angulares e lineares da cabeça e, consequentemente, estimulam movimentos na cabeça e nos olhos para estabilizar a imagem na retina e permitir que o corpo reajuste a postura para manter o equilíbrio Estrutura Vestibular – os canais semicirculares de um lado da cabeça estão em correspondência COPLANAR com os canais do outro lado, o que permite que o epitélio sensorial atue de forma coordenada em ambos os lados → a ampola de cada canal possui um epitélio sensorial chamado CRISTA AMPULAR – esse epitélio é inervado pelas FIBRAS AFERENTES DO NERVO VESTIBULAR componente do NC VIII / assim como a cóclea, cada célula ciliada vestibular possui estereocílios no ápice, destacando-se um cílio grande o QUINOCÍLIO – esses cílios estão imersos em uma estrutura gelatinosa, a CÚPULA, que oclui a luz da ampola → como está imersa na endolinfa, há a sua DEFLEXÃO quando ocorre aceleração, o que consequentemente DOBRA OS CÍLIOS Os epitélios sensoriais dos órgãos otolíticos são as MÁCULAS (utriculares e saculares) – as células ciliadas com estereocilios e quinocílios estão ENCRUSTADAS no epitélio que reveste a mácula, tendo os cílios em contato com uma MASSA GELATINOSA que contém OTÓLITOS (pedras de carbonato de cálcio) → o conjunto da massa gelatinosa + otólitos = MEMBRANA OTOLÍTICA Inervação epitélio sensorial – os corpos celulares das fibras aferentes do ramo vestibular estão no gânglio de Scarpa Thaís Pires 9 Transdução Vestibular – semelhante ao da cóclea – quando os estereocílios se dobram na direção do quinocílio, há DESPOLARIZAÇÃO e quando é se afastando do quinocílio, há HIPERPOLARIZAÇÃO – a célula ciliada libera NEUROTRANSMISSOR EXCITATÓRIO (glutamato ou aspartato) pela abertura de canais de Ca+ - para a fibra aferente em contato → na despolarização, muito neurotransmissor excitatório é liberado, aumentando a frequência dos impulsos na fibra – na hiperpolarização, menos transmissor é liberado, diminuindo a frequência de disparos Canais Semicirculares – os cílios das células estão polarizados de acordo com o eixo – nos canais semicirculares horizontais, os cílios estão polarizados para o utrículo, portanto uma movimentação de endolinfa no sentido do utrículo causaria um aumento da frequência de impulsos aferentes → quando um movimento aproxima os cílios de um lado, como a rotação da cabeça, o outro lado sofre o efeito oposto, o afastamento do quinocílio, causando despolarização → i.e., há AUMENTO DE FREQUÊNCIA em um lado e DIMINUIÇÃO DO OUTRO Órgãos Otolíticos – as células ciliadas dos órgãos otolíticos não estão orientadas em uma única direção, mas para todos os lados – no utrículo, estão polarizadas em um sentido e no sáculo em outro contrário – quando a cabeça é inclinada, as MEMBRANAS OTOLÍTICAS se movem e os cílios das células se deslocam na nova direção → essa movimentação que causa ou hiper ou despolarização Vias Vestibulares Centrais – pelo nervo vestibular, as fibras vestibulares aferentes (depois do gânglio de Scarpa)se projetam para o TRONCO ENCEFÁLICO, onde terminam nos NÚCLEOS VESTIBULARES na porção rostral do bulbo e caudal da ponte – as fibras aferentes de DIVERSAS PARTES do aparato vestibular terminam em núcleos vestibulares diferentes e também dão ramos para o cerebelo – dos núcleos vestibulares, partem FASCÍCULO LONGITUDINAL MEDIAL para os núcleos oculomotores (controle vestibular sobre os olhos – reflexo vestíbulo-coclear) / outras projeções dos núcleos vestibulares dão origem aos tratos VESTIBULOESPINAL LATERAL E MEDIAL, ativando a musculatura anti-gravitacional para o equilíbrio / projeções no CEREBELO, formação reticular e complexo vestibular contralateral e para o TÁLAMO → onde ocorre a sensação consciente 4. Correlacionar a nasofaringe com a orelha e entender a importância dessa relação Drenagem – a tuba auditiva permite que não haja o ACÚMULO de secreções no interior da orelha média → por meio do TENSOR DO VÉU PALATINO, há drenagem para a NASOFARINGE + as células ciliadas e secretoras da cavidade timpânica e da tuba iniciam um movimento de CLEARENCE CILIAR em direção a nasofaringe No ADULTO, a tuba está em um plano de 45° do horizontal, enquanto que no recém-nascido forma 10° → permite uma maior passagem de bactérias da naso pra cavidade timpânica / no adulto, em repouso, a tuba mantem-se FECHADA protegendo do fluxo de secreções e microorganismos + alterações de pressão da faringe a todo momento (tosse, choro, assoar nariz) Um fator frequente, que pode afetar o bom desempenho da tuba auditiva, é a infecção das vias aéreas superiores. Nesses casos, o fluxo de ar pela tuba diminui, favorecendo a criação de pressão negativa na orelha média. A tuba auditiva funcionando adequadamente é imprescindível para uma cavidade timpânica saudável e funcional • Barreira para que microorganismos no geral não subam pela tuba • Proíbe a vocalização da nasofaringe de ir para a orelha média • Ajuda a dissipar a pressão do som da orelha media principalmente em sons altos
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