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Módulo Percepção - Problema 10 - Ansiedade, Sistema Límbico

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Thaís Pires 
1 
Problema 10 
1. Conceituar ansiedade; 
 
Ansiedade Normal – essa ansiedade é experimentada por todo mundo, sendo 
caracterizada como uma sensação difusa, desagradável e de vaga apreensão 
que pode estar acompanhada de sintomas autonômicos (cefaleia, 
perspiração, palpitação, dor no peito, desconforto estomacal, inquietação) / 
é uma resposta normal com qualidades salva-vidas, que podem evitar dano 
corporal, dor, possível punição, ameaça ao sucesso – ela IMPELE o indivíduo 
a tomar decisões para EVITAR a ameaça ou REDUZIR as suas consequências 
principalmente por meio do AUMENTO DA ATIVIDADE SIMPÁTICA E 
PARASSIMPÁTICA (impele o indivíduo a estudar para um exame, entrar 
sorrateiramente em um local após o horário estabelecido) → de uma forma 
geral, a ansiedade normal visa EVITAR PREJUÍZOS para o indivíduo 
 Ansiedade X Medo – a ansiedade é um sinal de alerta a um perigo iminente, o que leva a vítima a 
tomar medidas para lidar com a ameaça geralmente desconhecida, interna, vaga ou conflituosa / Já o medo, 
que também é um sinal de ALERTA, é uma resposta a uma ameaça conhecida, externa, definida ou não 
conflituosa – apesar disso, o medo pode também ser proveniente de um OBJETO INCONSCIENTE, 
REPRIMIDO, INTERNO, mas projetado para um objeto EXTERNO (menino medo de cachorros latindo pois 
tem medo do pai, e associa cachorros latindo ao pai / assim, a principal diferença PSICOLÓGICA entre essas 
duas emoções é o CARÁTER SÚBITO DO MEDO (associado a alteração principalmente visuais e auditivas) e 
o CARÁTER INSIDIOSO DA ANSIEDADE (i.e., algo que parece ser inicialmente benigno, mas é essencialmente 
maligno) / Além disso, o medo envolve uma resposta adaptativa TRANSITÓRIA a um estímulo ameaçador, 
enquanto que a ansiedade é uma resposta de LONGA DURAÇÃO 
 Ansiedade X Estresse – um evento é considerado estressor de acordo com a NATUREZA DO EVENTO, 
RECURSOS, DEFESAS PSICOLÓGICAS E DOS MECANISMOS DE ENFRENTAMENTO de uma pessoa → de uma 
forma geral, isso envolve o EGO DA PESSOA, que é uma abstração coletiva em que o indivíduo percebe, 
pensa e atua sobre os acontecimentos externos e internos (desenvolve-se a partir do id e permite que seus 
impulsos sejam eficientes a partir de uma análise do meio externo) – uma pessoa com o ego em bom 
funcionamento está em EQUILÍBRIO com o meio interno e externo, já se não estiver em bom funcionamento, 
a pessoa pode enfrentar ANSIEDADE CRÔNICA / se for um desequilíbrio INTERNO (entre os impulsos do ID 
e a consciêntia) os conflitos são INTRAPSÍQUICOS OU INTRAPESSOAIS – se for EXTERNO (entre pressões do 
mundo e o ego do indivíduo) os conflitos são INTERPESSOAIS 
 
Ansiedade Patológica 
 Teoria Psicanalista – Inicialmente, Freud acreditava que a ansiedade era resultante da libido 
reprimida, porém definiu-a posteriormente como um SINAL DA PRESENÇA DE UM PERIGO NO 
INCONSCIENTE, i.e., um conflito entre desejos inconscientes com as ameaças do superego → Em resposta 
a esse conflito, o EGO se manifesta com mecanismos de DEFESA para evitar que pensamentos e sentimentos 
inconscientes EMERGISSEM para a percepção consciente – essa percepção inconsciente é realizada pela 
AMÍGDALA, responsável pelo MEDO INCONSCIENTE da ansiedade, e diversos outro FATORES SUBJACENTES 
À ANSIEDADE / Dessa forma, o tratamento dela não compreende eliminar a ansiedade, mas AUMENTAR A 
TOLERÂNCIA a ela (não existe medicamento para inibir acontecimentos externos, né?!) 
 Teoria Comportamental – postula que a ansiedade é decorrente de um acontecimento 
externo/estímulo do ambiente – Assim, uma menina que apanha do pai na infância pode sentir ANSIEDADE 
dele toda vez que o ver, além de generalizar o feito para todos os homens 
 
 
Thaís Pires 
2 
 
 
2. Fisiologia das emoções – Sistema límbico e SNA; 
 
Razão X Emoção – razão e emoção são OPERAÇÕES MENTAIS acompanhadas de uma experiência interior 
característica, sendo capazes de ORIENTAR O COMPORTAMENTO e REALIZAR AJUSTES FISIOLÓGICOS 
necessários – enquanto que o exercício da emoção quase se confunde com suas manifestações fisiológicas, 
o exercício da razão não necessariamente possui repercussões orgânicas 
 
Emoção – é uma experiência SUBJETIVA acompanhada de MANIFESTAÇÕES FISIOLÓGICAS e 
COMPORTAMENTOS DETECTÁVEIS – Assim, nos seres humanos, a descrição do COMPONENTE SUBJETIVO 
da emoção é de difícil acesso, uma vez que é único para cada indivíduo, porém é possível analisar as suas 
MANIFESTAÇÕES ORGÂNICAS E COMPORTAMENTAIS, além de realizar o REGISTRO DA ATIVIDADE 
CEREBRAL / as emoções são importantes para a SOBREVIVÊNCIA DO INDIVÍDUO (caso de vida ou morte – 
um predador só sobrevive se manifestar agressão – uma presa precisa do medo para se afugentar), 
SOBREVIVÊNCIA DA ESPÉCIE (na idade reprodutiva, agressividade para competição pela fêmea) e 
COMUNICAÇÃO SOCIAL 
 Tipos de Emoções – elas podem ser classificadas em pares opostos (alegria/tristeza; amor/ódio) ou 
em outras em que não há opostos (encantamento, agonia, desprezo, desespero) → por isso há uma tentativa 
de classificação em VALOR POSITIVO, i.e., aquelas emoções suscitadas por comportamentos que tendem a 
ser repetidos para obter a emoção positiva, ou VALOR NEGATIVO, i.e., aquelas que o comportamento visa 
a eliminá-la – de uma forma geral, ambas possuem um REFORÇO, que é ou estímulo positivo ou negativo 
que resulta na motivação por PROLONGAR OU INTERROMPER A EMOÇÃO, sendo classificado como 
incondicionado ou condicionado 
As emoções podem ser classificadas ainda em PRIMÁRIAS, SECUNDÁRIAS e EMOÇÕES DE FUNDO – as 
primárias são aquelas inatas e independentes de fatores culturais (alegria, tristeza, medo, nojo, raiva, 
surpresa; as secundárias ou morais são aprendidas pelo contexto sociocultural (culpa, vergonha, orgulho); 
emoções de fundo são estados gerais de bem-estar ou mal-estar, ansiedade, depressão, i.e., são sentidas 
por um CERTO PERÍODO DE FORMA CONTÍNUA 
 
Teoria das Emoções 
 James e Lange – Propuseram que as emoções NÃO EXISTEM SEM MANIFESTAÇÕES FISIOLÓGICAS E 
COMPORTAMENTAIS, sendo essas manifestações as causadoras da EXPERIÊNCIA SUBJETIVA DA EMOÇÃO, 
i.e., a percepção das manifestações que causa o estado emocional (ficamos tristes porque choramos) → 
posteriormente isso foi dado como apenas uma INFLUÊNCIA e não uma determinação / experimento em 
que foi pedido para que um indivíduo realizasse uma mímica facial semelhante a 
de medo (sem que soubesse) e percebeu-se que houveram ALTERAÇÕES 
FISIOLÓGICAS correspondentes à emoção (atores fazem isso normalmente para 
tornarem a atuação mais real) 
 Cannon-Bard – se opuseram a outra teoria uma vez que as MESMAS 
MANIFESTAÇÕES FISIOLÓGICAS podem estar presentes em emoções diferentes, 
propondo que o causador da emoção e dos comportamentos era o SNC 
 Papez – ao invés de buscar uma única estrutura responsável pelo 
complexo das emoções, postulou que haveria um CIRCUITO responsável pelo 
sentimento, pelas reações comportamentais e pelos ajustes fisiológicos = 
CIRCUITO DE PAPEZ = SISTEMA LÍMBICO → conjunto de estruturas localizadas, 
em grande parte, na FACE MEDIAL DOS HEMISFÉRIOS e no DIENCÉFALO / 
Originalmente esse circuito compreendia = CÓRTEX CINGULADO, HIPOCAMPO, 
Thaís Pires 
3 
HIPOTÁLAMO, NÚCLEOS ANTERIORES DO TÁLAMO – como o córtex cingulado possui projeções para 
diversas outras regiões CORTICAIS, seria esse o componente SUBJETIVO das emoções 
Ao circuito original foi adicionada a AMÍGDALA, que é uma espécie de botão de disparo e modulador da 
experiência emocional / O hipotálamo é a estrutura responsável pelas MANIFESTAÇÕES FISIOLÓGICAS que 
acompanham as emoções por meio do SIST. NERVOSO AUTÔNOMO / Quanto ao HIPOCAMPO, percebe-se 
que ele não tem papel crucial na expressão emocional, mas sim na CONSOLIDAÇÃO DA MEMÓRIA de caráter 
emocional 
 
 Medo – pode ser do tipo rápido e passageiro 
(quando o estímulo é cessado rapidamente – som alto) 
ou lento e duradouro (estímuloameaçador que 
permanece nas redondezas ou estímulo virtual – não 
presente, mas pode acontecer) → os estímulos que 
produzem o medo podem ser: INCONDICIONADOS, i.e., 
o medo é produzido por si só, independente do contexto; 
CONDICIONADOS, aqueles estímulos que inicialmente 
era inócuos, porém, após uma associação com situações 
ameaçadoras, podem ser caracterizados como avisos de 
que algo perigoso irá acontecer 
Neurobiologia do Medo – se dá por grande parte das 
estruturas originais do circuito de Papez e por outras não 
associadas a ele → a AMÍGDALA, que funciona como 
botão de disparo, está localizada no lobo temporal e 
possui diversos núcleos que podem ser divididos em 3 
grupos distintos: 
 Grupo Basolateral – bem desenvolvido em humanos – recebe extensas projeções dos SISTEMAS 
SENSORIAIS – áreas associativas visuais e auditivas dos lobos occipital e temporal e áreas associativas 
MULTISSENSORIAIS do lobo parietal → esse grupo da amigdala é responsável por receber os ESTÍMULOS 
CAUSADORES DO MEDO / Dentre as fibras EFERENTES, esse grupo manda projeções para o GRUPO CENTRAL 
→ o elo de saída do complexo do medo 
 Grupo Central – os axônios que saem dele estabelecem conexões com o HIPOTÁLAMO e os NÚCLEOS 
BULBARES envolvidos, ambos, com as MANIFESTAÇÕES FISIOLÓGICAS DO MEDO + com a área GRÍSEA 
PERIAQUEDUTAL do mesencéfalo que organiza as reações comportamentais correspondentes 
 Grupo Corticomedial – recebe projeções do BULBO e do CÓRTEX OLFATÓRIO, estando envolvido 
com o comportamento sexual 
Os estímulos mais SIMPLES e rápidos (sons súbitos) chegam à amigdala diretamente pelas VIAS SENSORIAIS, 
com participação do tálamo, já os estímulos mais COMPLEXOS e lentos (medo condicionado) são primeiro 
ANALISADOS PELO CÓRTEX (auditivo, visual) para depois chegarem à amigdala → os estímulos MUITO 
COMPLEXOS, aquele em que uma SITUAÇÃO social provoca medo ou ansiedade são veiculados pelo CÓRTEX 
CINGULADO E PRÉ-FRONTAL 
 Resumo do circuito do medo – os estímulos para o medo chegam à amigdala pelo: TECTO 
MESENCÉFALO, TÁLAMO SENSORIAL, CÓRTEX ASSOCIATIVO, REGIÕES PRÉ-FRONTAIS, CINGULADAS / 
depois de filtradas no grupo basolateral, as informações passam para o central que seguem para o 
HIPOTÁLAMO (ativar os circuitos do SNA, sistema endócrino e imunológico), GRÍSEA PERIAQUEDUTAL 
(ativas os núcleos e vias descendentes motoras) e TRONCO ENCEFÁLICO (ativar sistemas ascendentes 
difusos) → o fator SUBJETIVO do medo está relacionado com a interação AMÍGDALA-CÓRTEX 
Esse circuito também envolve o MEDO CONDICIONADO que nada mais é do que um tipo de MEMÓRIA 
IMPLÍCITA – o medo pode perpassar por uma RACIONALIDADE (córtex pré-frontal), o que permitiria uma 
Thaís Pires 
4 
contenção do medo, por exemplo, em ambientes públicos → isso ocorre pela diminuição da ativação da 
amigdala, i.e., o córtex pré-frontal atua como um INIBIDOR/MODULADOR da amigdala 
Ansiedade e Estresse – nesse caso, os ajustes fisiológicos extrapolam o âmbito do SNA, entrando no 
endócrino e imunitário 
 
 Raiva – emoção que determina o comportamento de AGRESSÃO/ATAQUE do tipo ofensivo ou 
defensivo – está relacionada com o medo porque pode estar presente logo após ele 
 Assim como no medo, o COMPLEXO AMIGDALOIDE é o botão de disparo da raiva e o 
hipotálamo é a sua via de saída para as reações correspondentes → a conexão da amigdala central para 
hipotálamo POSTERIOR MEDIAL com a GRISEA PERIAQUEDUTAL é a responsável pelo comportamento de 
ATAQUE DEFENSIVO (medo), já pelo HIPOTÁLAMO POSTERIOR LATERAL há conexão com a ÁREA 
TEGMENTAR VENTRAL define o comportamento OFENSIVO da raiva / essa divisão funcional hipotálamo 
lateral e medial não se deve ter como absoluta, uma vez que o grupo medial possui controle ENDÓCRINO, 
que é responsável pela influência hormonal no comportamento agressivo por meio de RECEPTORES PARA 
ANDROGENIOS → não se sabe se o fator sexo masculino possui maior agressividade pela influencia 
endócrina/biológica ou as sociais, uma vez que há um estímulo social para a agressão masculina 
 Serotonina e Raiva – os neurônios do locus ceruleus possuem papel de MODULAÇÃO do gatilho que 
é a amigdala – quando há serotonina na fenda sináptica, há um bloqueio dos comportamentos agressivo – 
RAZÃO CONTROLA A EMOÇÃO – os impulsos agressivos são refreados em nome da boa educação, diálogo 
/ quando em situação de pouca serotonina, não há como refrear o ataque, o que justificaria o 
comportamento agressivo de indivíduos com depressão 
 
 Emoções Positivas – ao contrário das negativas, pouco se sabe sobre as positivas – estudos com 
eletrodos na ÁREA SEPTAL demonstraram que ratos tornavam-se viciados em acionar o estímulo elétrico da 
própria região septal → estudos mais recentes mostraram que o HIPOTÁLAMO LATERAL, ÁREA TEGMENTAR 
VENTRAL e os NÚCLEOS PONTINOS DORSAIS também causariam essa autoestimulação compulsiva / Quanto 
as emoções positivas, é importante diferenciar A VIVÊNCIA POSITIVA e o COMPORTAMENTO INDUZIDO 
POR ELA (paladar de uma comida – comer compulsoriamente) – assim, a sensação de prazer provém 
geralmente de alguma FONTE DE ESTIMULAÇÃO SENSORIAL, por isso que nem todo mundo sente prazer 
com o mesmo estímulo (a maioria sente prazer com doces, mas algumas não) 
Neurobiologia – os principais participantes das emoções positivas são PEPTÍDEOS OPIOIDES e a DOPAMINA 
que, quando pingados no NÚCLEO ACUMBENTE e no GLOBO PÁLIDO VENTRAL causariam as reações 
HEDÔNICAS (prazerosas) → há, também, uma grande densidade de RECEPTORES OPIOIDES DO TIPO µ 
nesses dois núcleos / Já no que diz respeito aos aspectos RACIONAIS DAS EMOÇÕES, há o envolvimento das 
regiões CORTICAIS = CÓRTEX INSULAR, CINGULADO ANTERIOR E ORBITOFRONTAL / Quanto a DOPAMINA, 
percebeu-se que é o neurotransmissor ligante da ÁREA TEGMENTAR VENTRAL DO MESENCÉFALO – 
NÚCLEOS DA BASE, sendo chamada de VIA MESOLÍMBICA que está fortemente relacionada com o processo 
de COMPORTAMENTOS CONSUMATÓRIOS (ao invés da vivência emocional do prazer) 
 
3. Mecanismo de ação dos ansiolíticos. 
 
O mecanismo de ação dos ansiolíticos é de SEDAÇÃO LEVE com consequente diminuição da ansiedade 
 
Benzodiazepínicos – ação ANSIOLÓTICA, anticonvulsionante, miorrelaxante → importante entender que o efeito 
HIPNÓTICO pode ser consequência da ação ANSIOLÍTICA, que inibiu mecanismos que causavam insônia, como a 
ansiedade – Além disso, nos benzo, a DOSE HIPNÓTICA está muito próxima a dose ANSIOLÍTICA, razão pela qual não 
há como utilizá-las apenas como ansiolíticas sem que não haja um efeito hipnótico 
 
Thaís Pires 
5 
 Mecanismo de Ação – deprimem a atividade elétrica na 
FORMAÇÃO RETICULAR, causando o efeito hipnótico sedativo e uma 
diminuição no nível de alerta → essas substâncias DEPRIMEM O SISTEMA 
LÍMBICO, principalmente o NÚCLEO AMIGDALÓIDE, justificando sua 
atuação ansiolítica – essa depressão ocorre pela POTENCIALIZAÇÃO DO 
GABA, uma vez que a ligação desse benzodiazepínico ao receptor 
GABAérgico produz um efeito alosterico de AUMENTO DA AFINIDADE DO 
RECEPTOR PARA GABA E BENZOS, aumentando a CONDUTÂNCIA DE 
CLORO pelo aumento da FREQUÊNCIA DE ABERTURA do canal → 
HIPERPOLARIZAÇÃO 
 
 
Ação → sabe-se que o GABA é um neurotransmissor do SNC, sendo 
POTENCIALIZADA a sua ação inibitória em todos os NÍVEIS DO NEUROEIXO (ME, hipotálamo, hipocampo, substância 
negra, córtex cerebelar e cerebral) / os BENZODIAZEPÍNICOS aumentam a EFICIÊNCIA da inibição GABAergica, por 
regulação ALOSTÉRICA, i.e., eles não substituem o GABA → assim, quando ligados ao receptor, permitem a CORRENTE 
DE CLORETO com consequente HIPERPOLARIZAÇÃO – esse aumento da condutância dos canais de cloreto é reflexo 
do AUMENTO DA FREQUÊNCIA das aberturas / os BARBITÚRICOS também potencializam a ação do GABA no SNC, 
mas não por aumento da frequência de abertura dos canais, mas sim pelo AUMENTO DA DURAÇÃO DA ABERTURA 
DOS CANAIS regulados por GABA – esses barbitúricos são MENOS SELETIVOS na suaação, uma vez que deprimem as 
ações do GLUTAMATO (excitatório) pela ligação ao receptor AMPA e agem nas MEMBRANAS NÃO-SINAPTICAS → 
por isso possui capacidade de ANESTESIA CIRÚRGICA COMPLETA e DEPRESSÃO ACENTUADA

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