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Fisiologia do crescimento normal e seus fatores determinantes

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Thaís Pires 
1 
Problema 7 
1. Descrever a fisiologia do crescimento normal e seus fatores determinantes; 
 
Importante compreender o CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO e COMPORTAMENTO normais para 
monitorar o progresso dos pcts, identificar retardos ou anormalidades de desenvolvimento e aconselhar 
os pais  além disso, importante reconhecer os fatores que AUMENTAM OU DIMINUAM os riscos, bem 
como as forças biológicas e sociais que interferem nesse processo 
 
O DESENVOLVIMENTO a nível individual de uma criança é um somatório da maturidade do sistema 
nervoso e de reações psicológicas, não sendo determinado UNICAMENTE pela GENÉTICA OU PELO 
AMBIENTE, mas por uma combinação de ambos 
 Fatores Biológicos – incluem a GENÉTICA, fatores TERATÓGENOS 
in útero, DOENÇAS PÓS-PARTO, exposição a substâncias perigosas e 
a maturação – dentre os fatores genéticos, destacam-se os GENES DA 
FAMÍLIA HOMEOBOX, que codificam proteínas que se ligam ao DNA 
e controlam a expressão de outros genes, determinando o 
CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO CELULAR 
 
 Fatores Psicológicos – a influência do ambiente de criação das crianças domina grande parte dos 
modelos de desenvolvimento  por exemplo, lactentes que ficam privados de oportunidades de vínculo 
por estarem em hospitais/orfanatos apresentam graves deficiências de desenvolvimento / Definindo-se 
VÍNCULO como a tendência que as crianças têm de procurar a proximidade dos pais durante os 
momentos de estresse, a ausência disso durante a infância poderá ser preditivo para PROBLEMAS 
COMPORTAMENTAIS FUTUROS 
 
 Fatores Sociais – Influências externas no binômio mãe-filho, como o próprio pai! A medida que os 
núcleos familiares tradicionais se tornam menos frequentes, a influência de outros membros familiares 
(e cuidadores) adquire mais importância / A famílias funcionam como sistemas, com limites, 
subsistemas, papeis, regras, enfim... naquelas famílias com SISTEMAS RÍGIDOS, a tomada de decisões 
pode ser negada às crianças, EXACERBANDO A REBELDIA – já em famílias com limites permeáveis entre 
pais e filhos, as crianças podem ser solicitadas para assumir RESPONSABILIDADES EXCESSIVAS para a 
idade / a ORDEM DO NASCIMENTO, pode exercer efeitos profundos sobre o desenvolvimento da 
personalidade / 
 
A partir desses fatores, existem alguns modelos de desenvolvimento infantil, como o TRANSICIONAL, 
que define que o ESTADO DE UMA CRIANÇA é resultado da interação BIOLÓGICAS-SOCIAIS de forma 
bidirecional  Por exemplo, uma criança prematura poderá chorar pouco e dormir muito  pais 
deprimidos receberão isso como bom comportamento  criação de um ciclo de má nutrição e 
crescimento inadequado  reforça o sentimento de fracasso parental  a subnutrição e deficiência do 
crescimento da criança pode levar a uma AGRESSIVIDADE  ASSIM, a causa da agressividade não é a 
prematuridade, mas sim a interação entre prematuridade, depressão materna, subnutrição 
 
Crianças em ambientes de pobreza estão em DUPLO PERIGO quanto ao desenvolvimento, por haver uma 
maior exposição a FATORES DE RISCO BIOLÓGICO (chumbo ambiental, subnutrição) 
 
O amadurecimento FÍSICO E NEUROLÓGICO impulsiona a criança e determina os limites inferiores para 
o SURGIMENTO de diversas capacidades, como a idade com que as crianças começam a ANDAR SEM 
APOIO, que é semelhante no mundo todo, embora haja grande variabilidade na forma de criação dos 
Thaís Pires 
2 
filhos  ou seja, a maturação esquelética e neurológica permite que haja um início da atividade, porém 
se, por exemplo, o filho for mimado, vai atrasar esse processo porque fica constantemente nos braços 
de alguém 
 
Alterações da maturação geram desafios comportamentais em épocas previsíveis, como a REDUÇÃO DA 
VELOCIDADE DO CRESCIMENTO e das NECESSIDADES DO SONO por volta dos 2 anos de idade, que gera 
preocupação acerca da perda de apetite e da recusa pela soneca da tarde 
 O processo de MATURAÇÃO, além de apresentar mudanças físicas no tamanho, proporções 
corporais e força física, manifesta-se por TRANSFORMAÇÕES HORMONAIS  a diferenciação sexual 
somática e neurológica, obviamente, é um processo in útero 
 
Estatísticas para a descrição do crescimento e desenvolvimento – cotidianamente, o termo NORMAL é 
utilizado como sinônimo de sadio – estatisticamente falando, “normal” significa uma SÉRIE DE VALORES EM 
UMA DISTRIBUIÇÃO NORMAL que descreve uma CURVA DE GAUSS  se no eixo X está a variável 
quantidade (altura, idade) e no eixo Y está a frequência (número de crianças com essa altura ou idade), o 
gráfico tem formato de SINO e, em uma curva ideal, o pico corresponde à MÉDIA ARITMÉTICA da amostra 
 
O crescimento pode ser DIDATICAMENTE dividido em diversas fases, mas mantém PADRÃO SEMELHANTE 
na maioria dos indivíduos – A velocidade de crescimento, elevada no primeiro ano de vida, desacelera 
gradualmente e atinge valores estáveis por volta dos 4 anos de idade – um novo período de elevada 
velocidade de ganho ocorre durante a puberdade 
 
 A herança genética e os componentes do eixo GH-IGF são fatores importantes para a fisiologia 
desse processo 
 Interação com hormônios DA TIREOIDE, A INSULINA, HORMÔNIOS SEXUAIS, portanto a 
deficiência deles causa crescimento e desenvolvimento anormal 
 DIETA ADEQUADA, que inclui proteínas, ingestão calórica suficiente, vitaminas e minerais, 
principalmente os aminoácidos essenciais 
 AUSÊNCIA DE ESTRESSE CRÔNICO, uma vez que o cortisol proveniente do córtex da suprarrenal 
tem efeitos catabólicos que inibem o crescimento, então crianças submetidas a estresse crônico 
podem apresentar uma FALHA NO CRESCIMENTO, que consiste em uma lentificação dele 
 
 Regulação Hormonal do Crescimento – os hormônio que compõe o 
sistema GH-IFG (hormônio do crescimento e fatores de crescimento semelhantes 
a insulina) constituem a VIA FINAL de atuação dos fatores que interferem no 
crescimento – o GH é produzido pelos SOMATOTROFOS DA HIPÓFISE ANTERIOR 
e é secretado em PULSOS, principalmente nas fases 3 e 4 do sono, com meia vida 
de 20 mins  a AMPLITUDE E A QUANTIDADE de GH nos pulsos é determinada 
pela IDADE, aumentando durante a PUBERDADE e decaindo na vida ADULTA / No 
sangue, o GH está circulante ligado a uma PROTEINA LIGADORA DO HORMÔNIO 
DO CRESCIMENTO, o que protege o GH de ser filtrado pelos rins, aumentando a 
sua meia vida! 
A secreção hipofisária de GH tem controle HIPOTALÂMICO, exercido pelo GHRH 
(hormônio liberador de GH), somatostatina (hormônio inibidor do hormônio do 
crescimento), e pela grelina  o GHRH e a grelina atuam em RECEPTORES 
ESPECÍFICOS acoplados a proteína G, enquanto a SOMATOSTATINA faz ação 
inibitória 
Thaís Pires 
3 
Os tecidos-alvo para o GH incluem células ENDÓCRINAS e NÃO ENDÓCRINAS  o GH atua como trófico 
para a liberação de FATORES DE CRESCIMENTO SEMELHANTES À INSULINA pelo fígado, que fazem FB- tanto 
no hipotálamo como na adeno-hipófise, diminuindo a liberação de GH 
O GH e os IGFs são ANABÓLICOS para as proteínas, promovendo a sua síntese, bem como no CRESCIMENTO 
ÓSSEO – os IGFs atuam principalmente no crescimento das cartilagens  enquanto o GH RECRUTA células 
para a diferenciação celular, o IGF determina a HIPERPLASIA E HIPERTROFIA dessas células 
 ATENÇÃO – com o fim do crescimento ósseo no final da adolescência, o GH não aumenta mais a 
estatura, mas continuam atuando nas CARTILAGENS e nos TECIDOS MOLES  Caso, na fase adulta, haja 
uma hipersecreção de GH, pode desenvolver ACROMEGALIA 
 
Na infância, a deficiência do GH leva ao NANISMO, podendo ser um problema de síntese do GH ou dos 
receptores de GH / No extremo oposto, a hipersecreção de GH na infância leva ao GIGANTISMO 
 
No tecido alvo, o GH age SINERGICAMENTE com os hormônios tireoidianos para a síntese proteica e o 
desenvolvimento do sistema nervoso – Crianças com hipotireoidismo não tratado (cretinismo) não crescem 
com uma estatura normal, mesmo com uma quantidade normal de GH / Além dos hormôniostireoidianos, 
a insulina participa desse processo FORNECENDO GLICOSE 
 
2. Descrever a avaliação do crescimento; 
 
O acompanhamento do crescimento pediátrico é habitualmente realizado por meio da obtenção de medidas 
antropométricas e da interpretação delas  para essa obtenção, é importante que todas as medidas sejam 
obtidas de forma CORRETA, com certa sistematização 
 Medidas Antropométricas 
 Peso – é relativamente fácil e constitui-se de uma técnica NÃO-INVASIVA e BEM ACEITA pelas 
mães / De 0 a 23 meses, as crianças devem ser pesadas na BALANÇA PEDIÁTRICA, que podem ser mecânicas 
ou eletrônicas, e que possuem GRANDE PRECISÃO (com divisões de 10g ou 5g), com limite máximo de 16kg 
/ As crianças devem estar DESPIDAS, SENTADAS OU DEITADAS 
Após os 24 meses, a pesagem é feita em BALANÇAS PLATAFORMAS, que possuem divisão de 100g ou menos 
– A criança deve estar de costas para a balança, descalça, com o mínimo possível de roupas, no centro da 
plataforma, posição ortostática 
 
Após a obtenção do peso, o acompanhamento se dá pela CONSTRUÇÃO de uma curva de crescimento e da 
COMPARAÇÃO dos dados obtidos com os referenciais populacionais  PORÉM, o peso pode ser avaliado 
individualmente por meio dessa tabela / Além desse método, pode utilizar algumas FÓRMULAS que 
permitem o cálculo do peso aproximado com a idade 
Thaís Pires 
4 
 Geralmente o peso DOBRA com 4-5 meses, TRIPLICA com 12 meses e QUADRUPLICA com 2 anos 
 Estatura – entre 0 a 23 meses avalia-se o COMPRIMENTO da criança com o auxílio de uma 
RÉGUA ANTROPOMÉTRICA sobre uma superfície plana  a cabeça da criança deve ser apoiada contra a 
parte fixa do equipamento, as nádegas e os calcanhares devem estar em contato com a superfície a qual o 
antropômetro está apoiado , os joelhos devem ser pressionados para baixo com uma das mãos do 
examinador  SÃO NECESSÁRIOS DOIS EXAMINADORES para essa medida 
Após 24 meses, deve ser medida a ALTURA da criança preferencialmente com o ESTADIÔMETRO DE PAREDE 
– para a sistematização da técnica, importante que os CALCANHARES, OMBROS e as NÁDEGAS estejam em 
contato com o antropômetro; as porções internas dos ossos dos calcanhares e a parte interna dos joelhos 
devem se tocar; os pés unidos devem formar um ângulo reto com as pernas  existe uma diferença de 0,7 
cm entr e a estatura de uma criança EM PÉ E DEITADA, podendo haver a subtração ou somatório de ajuste 
Obs: Ao contrário do peso, a estatura é uma medida que não se altera muito facilmente, sendo, portanto, 
um bom parâmetro para a avaliação global do crescimento da criança, pois é CUMULATIVO, PROGRESSIVO 
e NÃO SOFRE REGRESSÕES 
 
 Perímetro Cefálico – é capaz de refletir de forma 
indireta o crescimento cerebral nos primeiros DOIS ANOS DE 
VIDA – é uma informação valiosa nos primeiros meses de vida 
para a identificação dos DESVIOS DO DESENVOLVIMENTO 
NEUROLÓGICO / é medido passando uma fita métrica do 
ponto mais elevado do occipital até a glabela 
 
 
 
 
 
 
 
Thaís Pires 
5 
3. Identificar os fatores culturais ligados ao crescimento; 
 
Assim, o crescimento das crianças depende da ação de diversos elementos socioeconômicos e culturais e do efeito 
significante da hereditariedade. Está claro que se um indivíduo ou uma população vive em ambiente satisfatório, os 
genes terão a oportunidade de expressar seu máximo potencial. 
 
Child development is a DYNAMIC, INTERACTIVE PROCESS. Every child is UNIQUE in interacting with the 
world around them, and what they invoke and receive from others and the environment also shapes how 
THEY THINK AND BEHAVE. Children growing up in different cultures RECEIVE SPECIFIC INPUTS FROM THEIR 
ENVIRONMENT. For that reason, there’s a vast array of cultural differences in children’s beliefs and 
behaviour 
 
 Comunicação – We know from research on adults that LANGUAGES FORGE HOW PEOPLE THINK AND 
REASON. Moreover, the CONTENT AND FOCUS of what people talk about in their conversations also vary 
across cultures. As early as infancy, mothers from different cultures talk to their babies differently. German 
mothers tend to focus on their infants’ needs, wishes or them as a person. Mothers of the African tribal 
group Nso, on the other hand, focus more on social context. This can include the child’s interactions with 
other people and the rules surrounding it 
This early exposure affects the way children are forming their SELF IMAGE AND IDENTITY. For example, in 
Western European and North American countries, children tend to describe themselves around their 
unique characteristics – such as “I am smart” or “I am good at drawing”. In Asian, African, Southern 
European and South American countries, however, children describe themselves more often around their 
relationship with others and social roles. Examples of this include “I am my parents’ child” or “I am a good 
student” 
 
Parents in different cultures also play an important role in moulding children’s behaviour and thinking 
patterns. Typically, PARENTS ARE THE ONES WHO PREPARE THE CHILDREN TO INTERACT WITH WIDER 
SOCIETY 
 
Cultural differences in interactions between adults and children also influence how a child behaves socially. 
For instance, in Chinese culture, where parents assume much responsibility and authority over children, 
parents interact with children in a more authoritative manner and demand obedience from their children. 
Children growing up in such environments are more likely to comply with their parents’ requests, even when 
they are reluctant to do so. 
 
By contrast, Chinese immigrant children growing up in England behave more similarly to English children, 
who are less likely to follow parental demands if unwilling. 
 
4. Compreender a apresentação de gráficos de crescimento como forma de apresentação de padrões 
e de acompanhamento do crescimento. 
 
As medidas citadas, isoladamente, são pouco importantes, na verdade o valioso é interpretar esses dados 
no contexto da IDADE, SEXO e outras variáveis antropométricas da criança  construir ÍNDICES 
ANTROPOMÉTRICOS, como a estatura/peso para a idade, peso para a estatura, IMC por idade ... 
Esses referenciais antropométricos são representados na forma de TABELAS ou GRÁFICOS e reproduzem os 
diferentes valores normais de várias medidas corporais variando por idade e sexo 
 
Thaís Pires 
6 
Pontos de Corte de Referência – os pontos de corte dos índices antropométricos podem ser apresentados 
sob a forma de PERCENTIL e/ou ESCORE-Z 
 Percentil – nesse tipo de distribuição, os valores obtidos para qualquer um dos parâmetros avaliados 
são ordenados de forma crescente, como se fossem 100 valores – cada percentil indica a posição que aquele 
valor ocupa na distribuição ordenada dos valores normais / o PERCENTIL 50 é a mediana da série de valores 
crescentes, estando metade das crianças acima e a outra metade abaixo desse ponto – quanto mais próximo 
do percentil 50, mais frequentes os valores, quanto mais extremos, mais raros 
Os gráficos de crescimento das curvas da OMS trazem os percentis 3, 15, 50, 85, 97 
 Escore-Z- outra forma de comparar uma medida antropométrica 
com uma população – Esse escore mede a distância em DESVIO PADRÃO 
que a medida se encontra da MÉDIA da população de mesma IDADE E SEXO 
Um escore-Z POSITIVO indica que a medida do indivíduo é maior que a 
média da população de referência, enquanto o escore-Z NEGATIVO 
corresponde a um valor MENOR QUE A MÉDIA – o escore-Z NULO significa que está na média! 
 
Curvas de Crescimento de Referência 
 Existem inúmeros referenciais antropométricos – a OMS lançou em 2006 as curvas para a avaliação 
das crianças de 0 a 5 anos, e, em 2007, para crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos 
 
Thaís Pires 
7 
 Classificação Nutricional 
 Critério de Gómez – baseia-se na comparação do peso apresentado pela criança em relação 
ao PERCENTIL 50 para a sua idade e sexo  é considerada normal a criança cujopeso for superior a 90% 
do percentil 50 – a partir desse critério, pode se classificar am DESNUTRIÇÃO LEVE/1º GRAU; 
DESNUTRIÇÃO MODERADA/2º GRAU; DESNUTRIÇÃO GRAVE/3º GRAU 
Desvantagens: é necessário colher a idade da criança para realizar a medida; há um percentual de falsos 
positivos (indivíduos de baixa estatura são considerados desnutridos); não permite diferenciar desnutrição 
aguda de crônica 
 Classificação de Waterlow-Batista – baseia-se na avaliação de dois índices: ESTATURA POR 
IDADE (E/I) e PESO POR ESTATURA (P/E), sendo a estatura e o peso comparados também com aquela 
considerada IDEAL para a idade e o sexo / Além de dizer se a criança é ou não desnutrida, essa classificação 
permite avaliar a DURAÇÃO DO PROCESSO, i.e., se é agudo ou crônico 
Uma criança EUTRÓFICA deve ter P/E maior que 90% do peso considerado adequado para a estatura e a 
E/I superior a estatura ideal para a idade 
 
 
 
Thaís Pires 
8 
Acompanhamento de Crescimento – O acompanhamento sistemático do crescimento de uma criança é um 
dos PRINCIPAIS EIXOS da consulta pediátrica / As várias medidas obtidas vão sendo colocadas como 
pontos em um gráfico a cada consulta, que serão unidos formando uma linha  o MS preconiza que os 
seguintes aspectos sejam considerados na curva 
 A curva de crescimento de uma criança com crecimento adequado tende a seguir um 
traçado paralelo à linha verde, seja acima, seja abaixo dela 
 Qualquer mudança rápida nessa tendência da curva (desvio para cima ou para baixo do 
traçado normal) deve ser investigado 
 Um traçado horizontal indica que a criança não está crescendo 
 Um traçado que cruza uma linha de escore-Z pode indicar risco 
Se, por qualquer que seja o motivo, o acompanhamento é somente do PESO DA CRIANÇA, devem ser 
avaliados: 
 Na primeira medição, observar a posição do peso em relação aos pontos de corte superior e 
inferior 
 Nas medições seguintes, observar a posição e o sentido do traçado

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