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ONCOLOGIA VETERINÁRIA

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ONCOLOGIA
· Neoplasia: crescimento anormal do tecido em um tumor não responsivo aos mecanismos de controle normais e podem ser benignos (não fazem metástase) ou malignos (mais agressivos, se disseminam pelo corpo).
· Células neoplásicas diferem por apresentar:
· Proliferação descontrolada: o que gera volume nos tecidos
· Diminuição da diferenciação celular: células diferenciadas tendem a ser menos agressivas
· Alteração de comunicação e adesão celular: descontrole em relação a multiplicação celular
· Carcinogênese: série de mutações (mínimo de 3, geralmente) que a célula sofre alterando seu DNA, permitindo a proliferação desordenada, podendo sofrer influencias genéticas, ambientais e alimentares. Genes específicos podem:
· Ser ativados (oncogenes): K-ras, N-ras
· Ser inativados (genes supressores de tumores)
· Ter seus níveis de expressão alterados: ativado ou inativado mas não 100%.
· O acúmulo de mutações espontâneas ocorre de forma lenta, mas a exposição frequente a fatores de risco externos (biológicos, físicos, químicos) e hereditários aceleram a taxa de acumulação.
	
	Benigno
	Maligno
	Taxa de crescimento
	Relativamente lento
Crescimento pode cessar em alguns casos
	Frequentemente rápido
Crescimento raramente cessa
	Forma de crescimento
	Expansiva
Geralmente com limite bem definido entre tecido neoplásico e normal. Pode se tornar encapsulado.
	Invasivo
Bordos pouco definidos, células tumorais se estendem para dentro e podem se dispersar através de tecidos normais adjacentes
	Efeitos nos tecidos adjacentes
	Frequentemente mínimo
Pode causar necrose por pressão e deformidades anatômicas
	Quase sempre sério
Ulceração de tecidos superficiais e lise óssea
	Metástase
	Não ocorre
	Ocorre por via linfática ou hematógena e por dispersão transcelômica
	Efeito hospedeiro
	Comumente mínimo (pode comprometer a vida caso o tumor desenvolva-se em órgão vital, por exemplo, o cérebro)
	Frequentemente compromete a vida, em virtude da natureza destrutiva do crescimento da disseminação metastática para outros órgãos vitais
· Clínica: alguns tumores afetam determinadas espécies (sarcóide em equinos, por ex), raças (mastocitoma em boxer ou Golden), sexo e faixa etária. Muitos tem localização especifica (osteossarcoma, por ex). Muitos tem localização especifica e outras se caracterizam pelo tempo de sobrevida.
· Diagnóstico: exame físico, laboratorial (anemia e hipercalcemia), radiografias (lesões acima de 3mm de diâmetro), ultrassom (pesquisa por metástases), tomografia computadorizada, BIÓPSIA (maior importância, vai definir qual tipo de tumor).
· Tumor ósseo geralmente tem maior atividade celular centralmente, os outros tendem a ser necróticos no centro.
· Síndromes Paraneoplásicas: alterações sistêmicas que acompanham certos tipos de tumores, como:
· Hipertermia: a maioria
· Anemia: mastocitoma, carcinoma digestivo, hemangiossarcoma
· Caquexia: linfomas, osteossarcomas
· Hipercalcemia: linfossarcomas, carcinomas, leucemias mieloides
· Anormalidades de coagulação: hemangiossarcoma, mastocitoma
· Neuromiopatia: linfossarcomas, carcinomas
· Estadiamento tumoral: o “estádio” é a extensão de um tumor, envolve a avaliação do tamanho do tumor, do envolvimento dos linfonodos regionais e da presença ou não de metástase neste paciente. 
· Sistema TNM (T=tumor, N=linfonodo, M=metástase)
- Ajudar o profissional no planejamento do tratamento: gravidade da situação
- Dar alguma indicação de prognóstico
- Ajudar na avaliação dos resultados do tratamento
- Facilitar a troca de informações entre profissionais
- Contribuir para a pesquisa contínua sobre o câncer 
· Terapia antitumoral: busca a cura (TVT, tumores em graus iniciais...) ou erradicação da doença. Objetiva a manutenção da mais alta qualidade de vida pelo maior espaço de tempo.
· Modalidades terapêuticas:
- Cirurgia
- Crioterapia
- Quimioterapia
- Radioterapia
- Multimodalidade: combinação de terapias
· Cirurgia para pacientes com câncer:
· Preventiva: orquiectomia, OVH
· Diagnóstica: biópsias
· Curativa: margem de segurança (normalmente de 2cm), técnica de Halsted 
· Paliativa: melhora a qualidade de vida, mas pouco interfere na expectativa de vida
· Citorredutora: reduzem as células desse tumor para as outras terapias associadas serem mais eficazes. Associada a crioterapia, radioterapia, imunoterapia ou terapia intralesional.
1. BIÓPSIA: 
· Incisional: retira-se parte do tumor
- Aspirado: citopatológico; BAF; abdominocentese (deve ter anticoagulante na seringa; dois dedos de distancia da cicatriz umbilical) ou toracocentese (entre 6º e 8º espaço intercostal, na linha intermediária das costelas)
- Imprint: citopatológico
- Bisturi: histopatológico
- Core biopsy: histopatológico
- Biópsia endoscópica: histopatológico
** Citopatológicos não são 100% seguros, podem dar diagnóstico equivocado dependendo do tumor.
· Excisional: retira-se o tumor por inteiro
- Tumores menores que 2cm de diâmetro 
** A margem de segurança é determinada pelo tipo de tumor, por isso devemos saber qual é antes da exérese
· Pós-operatório:
· Analgesia:
- Derivados de opioides
- AINES
- Corticoides quando tem muito edema PO
· Antibioticoterapia
· Bandagens
· UTI: se houver maior comprometimento sistêmico ou cirurgia muito dolorosa
· Nutrição:
- Dieta hipercalórica
- Sonda nasoesofágica, faringoesofágica, esofágica ou gástrica
** Cuidar principalmente gatos na questão da alimentação lipidose hepática
1. PAPILOMATOSE
· Cutânea ou mucosa oral (cães)
** Em gatos mais a mucosa oral, dorso da língua. Equinos mais na face.
· Pele da face, extremidade dos membros e da mama (bovinos)
· Induzida por vírus 
· As lesões regridem espontaneamente assim que a imunidade se desenvolve (de 3-6 meses após inicio das proliferações cutâneas ou de mucosa)
· Em cães geralmente com menos de 1 ano, outras espécies qualquer idade
** Tratamento vai depender da quantidade e extensão das lesões, se forem poucas e pequenas é indicado aguardar apenas, ou pressionar o papiloma pra induzir resposta imune do individuo. Se tem muitas lesões se retira os papilomas e produz auto-vacina que serão aplicadas SC semanalmente 1x/semana de 4-8 aplicações. Também pode utilizar Tuíla (fitoterápico).
2. TVT (TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL)
· Neoplasia vegetativa e esfoliativa (células redondas)
· Animais errantes
· Mais fêmeas do que machos (porque macho pode contaminas várias fêmeas) 
· Transplantação de células no coito
· Vulva, vagina, pênis, prepúcio, cavidade nasal, mucosa oral, baço, tecido subcutâneo (TS e baço por via linfática)
· Quimioterapia
- Vincristina 0,7mg/m2 – semanalmente (7 aplicações no máximo)
- Vimblastina 2mg/m2 – semanalmente (5 aplicações)
- Doxorrubicina 30mg/m2 – 21 x 21 dias (4 aplicações)
** Não se associam os quimioterápicos 
3. LINFOMA (Linfossarcoma ou Linfoma maligno)
· Neoplasia hematopoiética mais comum em cães representando 80 a 90% desses tumores
· Tumor de células linfóides
· Linfonodos aumentados de volume
· Animais de meia idade
· Forma multicêntrica mais comum:
- Mediastinal (acúmulo de liquido)
- Alimentar (mucosa intestinal; diarréias)
- Cutâneo
- Extranodal (em qualquer local do corpo)
** Mediastinal e alimentar mais comum em gatos FELV positivos; diagnosticados apenas por biópsia
· Quimioterapia:
- Poliquimioterapia
· Doxorrubicina
· Ciclofodfamida
· Vincristina
· 5\fluoracila
· Prednisona
** Cirurgia não é indicada, apenas para diagnóstico
4. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (ESPINOCELULAR)
· Tumor cutâneo mais comum
· Animais mais velhos
· Pode ocorrer em qualquer local da pele (tende a áreas sem pigmentos)
· Crescimento friável, papilar e erosivo
· Ocorre em decorrência da exposição à luz UV, inicia desenvolvendo dermatite actínica (pele fica mais rosada e pelos mais escuros, um pouco de secreção serosa)
· Tumor localmente invasivo e infiltrativo
· De pele produz metástases lentamente. No leito ungueal (unhas) ou na cavidade oral é mais agressivo. Quanto mais posterior na cavidade oral, mais agressivo ele é, menor a expectativa de vida do paciente.
· Terapia cirúrgica, quimioterápicae radioterápica
** Em tumores pequenos podemos usar exclusivamente a radio
5. MASTOCITOMA
· Tumor de mastócitos
· Tumor cutâneo comum em cães, até 20% dos tumores (em gatos não é tão agressivo)
· Ocorre em qualquer idade (média 8 anos), sem predileção por sexo
· Nódulo dérmico solitário e de crescimento lento
· O grau de diferenciação celular, índice de mitose e invasão dos tecidos adjacentes (grau I, II e III)
** Tutor relata que aumenta e diminui de volume. Sempre que desgranula mastócitos ele aumenta, depois tende a diminuir.
· Metástases no fígado, baço, rins e pele
· Ocorre liberação de histamina
· Terapia cirúrgica se adm antihistaminicos no pré-operatório
· Cirurgia com 3cm de margem de segurança (muito infiltrativo)
· Grau II e III associar quimioterapia
6. OSTEOSSARCOMA
· Crescimento rápido, invasivo e destrutivo
** Lise óssea, edema difuso no membro, muita dor, paciente com dificuldade de apoiar o membro, animal se alimenta bem mas continua emagrecendo, fraturas patológicas em casos graves
· Tem predileção pela região metafisária dos ossos longos (próximo a articulações)
· Metástases presentes no momento do diagnóstico
· Metástases pulmonar, rins, fígado, baço e esqueleto
· Nos gatos é menos agressivo, com taxa de metástases de 20%
· Pode ocorrer no esqueleto axial (cabeça, coluna, costelas e pelve) com características menos agressivas
· Terapia cirúrgica associada a quimioterápica
** Cirurgia não interfere no curso da doença sem a quimio
7. NEOPLASIA MAMÁRIA
I. CADELA
· 52% de todas as neoplasias
· 50-70% são malignos
· Hormônio-dependente 50-60% dos malignos e 70% dos benignos
· Idade de 6-12 anos
· 66% nas mamas inguinais
· Metástase em pulmão, fígado, linfonodos, rins, baço, parede torácica e abdominal
· 25-50% apresentam metástase ao exame clínico
· Sarcoma mais metastático que carcinoma
· Carcinoma inflamatório tem pobre prognóstico, pois é extremamente agressivo e causa infarto nos vasos linfáticos, faz edema, ulcera a pele, dor ao toque e formam placas na parede abdominal das fêmeas, tem evolução de 60 a 90 dias até o óbito do paciente. Não tem mais como tratar.
· Castração diminui chances em:
- 0,05% antes do 1º cio
- 8% antes do 2º cio
- 26% antes do 3º cio
II. GATA
· 17% de todas as neoplasias
· 80-90% são malignos
· Idade entre 10-14 anos
· Mais no siamês
· Mamas torácicas
· Poucos receptores a progesterona
· Maioria adenocarcinoma
· Hiperplasia mamária – estrógeno exógeno (acomete mais fêmeas entre 1-2 anos de idade com histórico de medicação anti-cio; as vezes acometem todas as glândulas mamárias. Trata-se com castração e lesões tendem a regredir, senão serão retiradas cirurgicamente)
· Castração antes do 1º ano 0,6% de chance
· Diagnóstico:
- Anamnese: tempo decorrido, aspecto físico, secreção (muitas vezes indicativo de malignidade), nº e regularidade de cios, gestações (não interfere), pseudocieses e uso de contraceptivos
- Exame clínico: palpar mamas, linfonodos regionais (axilares e inguinal), edema difuso (possível carcinoma inflamatório)
- Raio X e US: procurar metástases; tórax nódulos > 3mm no RX (inferior a isso não detecta)
** Metástase pulmonar tende a ser milhar (várias lesões)
· Drenagem linfática:
- Linfonodos axilares:
· M1
· M2
· M3
- Linfonodos inguinais:
· M4
· M5
** Eventualmente pode existir comunicação entre M3 e M4, por isso quando há nódulo em M3 a indicação é remover toda a cadeia mamária
** Técnica cirúrgica não influencia no aparecimento de novos nódulos, mas podem surgir nódulos em mamas que não foram retiradas, por isso é indicado retirar toda a cadeia
· Tratamento:
- Remoção cirúrgica:
· Nodulectomia (Lumpectomia na mama): pequenos nódulos (menor que 2cm), móveis e que não estejam junto ao mamilo 
· Mamectomia: retirada de uma mama com nódulo no centro, aderido
· Mastectomia regional: + de 1 glândula drenando para o mesmo linfonodo
· Mastectomia radical uni ou bilateral: remove toda a cadeia mamária, em gatas mais indicada. Bilateral em situações especificas, quando não consegue remover só uma cadeia, difícil fechamento da lesão na região torácica. 
- Remoção de linfonodo:
· Axilar: se comprometido, sempre em gatas
· Inguinal: se citologia indicar algo ou quando se remove M5
- Suprimento sanguíneo:
· M1 e M2: intercostal, torácica interna e torácica caudal
· M2 e M3: epigástrica cranial superficial
· M4 e M5: epigástrica caudal superficial
· Técnica:
- Incisão elíptica na volta da mama ou da cadeia que será removida, incidindo pele e TS, chegando na fáscia
- Divulsão romba dos tecidos. Mama não é aderida no TS.
- Ligadura da epigástrica caudal superficial e pudendo
- Remoção das mamas
- Hemostasia de vasos com pinças ou vasotorção
- Aproximação dos tecidos com PIS
- Dermorrafia pode ser com intradérmica ou PIS ou sultan
** Quando for unilateral, inicia a incisão elíptica embaixo, acompanhando a linha média ventral pra não atingir a cadeia do outro lado. 
** Se ficar muito espaço morto na região axilar, pode colocar um dreno passivo (Penrose)
- Colocar o material retirado no formol e enviar para histopatológico
· Pós-operatório:
- Analgésicos (derivados de opioides)
- Bandagens (se tiver dreno)
- Dreno de penrose
- Pontos, remoção com 10 dias
- Raio X 30 dias, 3 meses, 6 meses e após anual
· Complicações:
- Dor, inflamação, hemorragia, seroma, infecção, necrose isquêmica, deiscência, auto traumatismo, edema de membro, recorrência do tumor
** Cuidar com hemorragias pois algumas pacientes podem desenvolver CID pela cirurgia ser muito extensa
· TERAPIAS ADJUVANTES NO TRATAMENTO DO CÂNCER 
I. Diagnóstico da neoplasia:
· Sempre realizar o histopatológico
· Associar as características clinicas do tumor com a histopatologia
· Aspirado dos linfonodos regionais ou histopatologia
· RX e/ou ecografia (avaliar agressividade da lesão)
· Tomografia, cintilografia (estadiamento)
II. Avaliação ou monitoramento do paciente:
· Presença de patologias concomitantes (pra saber se tratamento pode ser completo ou mais restritivo)
· Síndromes paraneoplásicas
· Estado nutricional (pacientes oncológicos podem estar caquéticos ou não; se caquéticos precisa ajustar a alimentação para ganhar peso)
· Exames laboratoriais
- Hemograma
- Função renal
- Função hepática
III. Manutenção do paciente oncológico:
· Terapia de apoio:
- Controle da dor
· Meloxicam
· Cetoprofeno
· Medetomidina
- Evitar o vômito
· Metoclopramida
· Andocetron
· Dolacetron
- Não deixar paciente com fome
· Se estiver com dificuldade de ingesta, colocar sonda para alimentação
· Fornecer estimulante de apetite se necessário
IV. Nutrição do paciente canceroso:
- Alimento de alta palatabilidade
- Rico em carboidratos
- Adaptação de sondas se necessário
· Nasogástrica
· Faringogástrica
· Esofágica
· Gástrica
- Alimentação parenteral (adm nutrientes intravenosos) em situações extremas
V. Escolha da terapia adjuvante:
- Tipo de tumor (importante saber qual é)
- Terapêutica cirúrgica ou não (se tumor está inteiro ou só residual)
- Tumor presente
- Metástase
- Condições clínicas do paciente
- Desejo do proprietário
· QUIMIOTERAPIA
· Uso de drogas citotóxicas no tratamento de neoplasias
· Objetivos:
- Erradicar a tumoração (TVT, tumores de mama)
- Elevar a expectativa de vida (linfoma, mieloma, osteossarcoma, hemangiossarcoma)
- Dar qualidade de vida ao paciente
- Controle da doença
· Considerações:
- Diagnóstico da neoplasia (SEMPRE encaminhar tumor para análise!)
- Avaliação e monitoramento do paciente (paciente tem condições de receber a quimio?)
- Nutrição do paciente
- Escolha do protocolo quimioterápico (baseado no diagnóstico da neoplasia e no que a literatura indica naquela situação)
- Tempo de duração do tratamento (relacionado com o tipo de tumor, estadiamento do tumor naquele paciente, estado físico e escore corporal do paciente)
- Manipulação segura dos quimioterápicos (sempre manipular com luvas)
- Resistência (alguns quimios tem chance maior de desenvolver resistência) 
· Escolha do protocolo quimioterápico:
- Usar medicamentos efetivos isoladamente (mesmo se associar dois, cadaum deles deve ser efetivos isoladamente)
- Usar medicamentos com diferentes mecanismos de ação (que danifiquem a célula neoplásica em diferentes fases da divisão celular)
- Usar medicamentos com diferentes graus de toxicidade (o de base será o mais eficaz contra aquele tumor, os outros terão uma eficácia menor e toxicidade menor)
- Usar esquema terapêutico intermitente (fazer um intervalo entre as quimios, para que o organismo do paciente se recupere)
- Ter diagnóstico histológico da neoplasia
- Ter a compreensão biológica do tumor (saber qual a forma que esse tumor se comporta no paciente)
· Tempo de duração do tratamento:
- Um único agente quimioterápico
· Semanalmente (Vincristina) (TVT, mastocitoma...)
· Ciclos de 21 dias (Doxorrubicina) (drogas mais agressivas)
- Agentes combinados
· Ciclos de 21 dias (aplica uma droga uma semana, na seguinte outra droga, e na terceira semana faz intervalo terapêutico, depois recomeça)
· Ciclos de 28 dias (uma droga na primeira semana, outra na segunda, outra na terceira e intervalo na quarta, depois reinicia o ciclo na semana seguinte)
- Repetição dos ciclos
· 4 a 6 vezes
** Depende do tumor e das condições clínicas do paciente
· Manipulação segura dos quimioterápicos:
- Contenção adequada do animal (tutor pode ficar presente pro animal ficar mais tranquilo)
- Se uso intravenoso, preferencialmente na veia cefálica com catéter (drogas com adm mais prolongada) ou scalp (drogas adm em bolus)
- Catéter acoplado a torneira de três vias e ao equipo de fluidoterapia com solução fisiológica 125ml (quimioterápico vai ser diluído na solução)
- Administração lenta, monitoramento do paciente (não pode haver extravasamento perivascular)
- Continuar com fluidoterapia após administração da droga (por 5 a 10 minutos, dependendo do quimioterápico utilizado)
- Desembalar cuidadosamente
- Não comer, beber ou fumar na sala de preparo/administração
- Sala bem ventilada, se necessário cabine de fluxo laminar vertical
- Usar luvas de látex, óculos de policarbonato, máscara cirúrgica ou com cartão ativado, avental de manga comprida de algodão, avental plástico
- Consultar as bulas quanto às orientações em caso de derramamento
- Administração intravenosa, assegurar-se de que o animal esteja bem contido e o vaso bem acessado
- Separar e identificar o lixo
** Tumores benignos respondem pobremente a quimioterapia
· BIOLOGIA CELULAR: PROLIFERAÇÃO TUMORAL
· G1: inicia após a mitose, é uma fase pós-mitótica. Assegura a síntese de RNAm para as proteínas necessárias às células.
· S: corresponde à síntese de DNA, é a fase de duplicação do DNA
· Metotrexato e 5-fluorouracil: inibição competitiva da síntese do DNA, náusea, vômito, mielossupressão, necrose renal. 5-fluoro causa neurotoxicidade em gatos (NÃO USAR). 
· METROTREXATO:
· Análogo do ácido fólico
· Bem absorvido pelo TGI
· Distribuição por todos os tecidos, exceto SNC
· Excreção renal
· Ácido folínico pode reverter os efeitos adversos do metotrexato
· 5-FLUOROURACIL:
· Análogo pirimidínico
· Absorção imprevisível pelo TGI
· Distribuido por todos os tecidos, inclusive SNC
· Metabolizado pelo fígado
· Carcinomas do TGI são muito usados
· Agentes alquilantes (Ciclofosfamida): previne replicação celular pela interferência no DNA, náusea, vomito, diarreia, alopecia, mielossupressão, cistite hemorrágica (não tem infecção, é descamação da mucosa vesical, deve se interromper o quimio pois pode causar fibrose na parede da bexiga e ela perde a capacidade de contração).
· Bem absorvida pelo TGI, pode ser adm VO
· Bem distribuída pelos tecidos, exceto SNC
· Metabolizada no fígado
· Excretada pelo rim em 48-72h
· Estimular a diurese após adm para não causar tantos danos a bexiga
· Cisplatina e Carboplastina: inibição competitiva da síntese de DNA, náusea, vomito, insuficiência renal, mielossupressão, ototoxicidade. Cisplatina NÃO deve ser utilizada em gatos, causam lesões pulmonares e morte imediata.
· CISPLATINA:
· Não absorvida pelo TGI
· Excretada pelos rins
· Gato: toxicidade pulmonar, edema pulmonar, dispnéia aguda e morte
· Estimular a diurese após adm
· Carcinomas e sarcomas respondem bem
· CARBOPLATINA:
· Mecanismo de ação semelhante ao da cisplatina
· Menos tóxica que a cisplatina
· Estimular diurese após adm
· Carcinomas variados
· Sarcomas de tecidos moles (gatos)
· G2: fase pré-mitótica. Síntese de RNAm para proteínas do fuso acromático.
· Doxorrubicina (antibiótico): destroem o DNA celular e previnem replicação, causa urticária, mielossupressão, distúrbios GI (princip náusea), cardiomiopatia em cães (dose-dependente; importante acompanhar FC do paciente a cada 10 minutos por 2h após a adm, se a FC baixar de 60 bpm se adm atropina) e nefropatia em gatos.
· Não absorvida pelo TGI
· Distribuída por todos os tecidos, exceto SNC
· Metabolizado pelo fígado e excretado pela bile e pelas fezes
· Pode causar reação de hipersensibilidade, adm corticosteróides e anti-histamínico (urticaria e edema de face)
· Carcinomas e sarcomas muito responsivos (linfomas e osteossarcomas)
· M: última fase ou mitose. O DNA se divide em duas partes iguais para cada célula.
· Vincristina e Vimblastina: ruptura do fuso acromático. Neurotoxicidade (incoord motora, confusão mental, POUCO COMUM), alopecia droga-dependente (comum em poodles, shih tzu...), afecção GI (náusea, vômitos, diarreia), mielossupressão (leve na maioria dos animais)
· Não absorvidas pelo GI
· Administração IV, é vesicante (causa dano tecidual extenso onde tiver drenamento; se houver extravasamento coloca-se gelo para diminuir a necrose tecidual)
· Metabolizadas pelo fígado e excretadas pela bile (eliminada pelas fezes; CUIDADO com manipulação)
· Vimblastina menos neurotóxica
· Ação sobre linfomas, carcinomas e sarcomas e mastocitomas (vimblastina) e TVT (vincristina)
· Ao fim do ciclo, as células podem iniciar novo ciclo, se manter em fase quiescente (G0) ou entrar em morte celular. Células tumorais sempre iniciam um novo ciclo.
· Necrose ou Apoptose: necrose por envelhecimento celular e apoptose corresponde a morte celular programada, quando ocorre falha na formação da célula a p53 bloqueia o ciclo e permite o reparo, quando não é possível ocorre apoptose.
** Muitas neoplasias ocorrem por falha da p53
· Hormônios (Prednisona, Prednisolona):
· Auxiliam em drogas de fase não especifica 
· Diminuem o numero de linfócitos circulantes
· Aumentam o numero de células vermelhas (interessante pcts com anemia)
· Glicocorticóides de ação intermediária
· Neoplasias linforreticulares (tbm granulomas eosinofílicos)
· Causam imunossupressão, úlceras pépticas, síndrome de Cushing
· Droga adjuvante em vários protocolos terapêuticos 
· COMPLICAÇÕES DURANTE O TRATAMENTO
· Extravasamento da droga (se extravasar no SC se usa gelo, se na pele do paciente se lava abundante com água e sabão)
· Perda de pelos (normalmente relacionadas a alcaloides da vinca, mas é droga-dependente)
· Reações cutâneas (se forem pequenas segue com a quimio, se for exarcebada se suspense aquela droga) 
· Anafilaxia (para de usar a droga e usa o corticoide pra inibir os sinais clínicos)
· Intoxicações (suspender a droga e tratar o paciente)
· Desconforto (é comum, náusea, perda de apetite...)
· TEMPO DE TRATAMENTO
· Respeitar os ciclos
· Continuado mesmo após a remissão dos sintomas (exceção Vincristina no TVT)
· Temporariamente suspenso se a contagem dos leucócitos estiver abaixo de 3000/mm³ (adm droga que estimule a produção de granulócitos, Filgastrin é o mais utilizado. Se voltar a diminuir, suspende-se o uso deste quimioterápico) ou se contagem de plaquetas estiver abaixo de 50.000/mm³
· Suspender terapia se outros sintomas estiverem comprometendo a vida do animal!
· RESISTÊNCIA
· Primária ou adquirida:
- Diminuição da permeabilidade celular (Doxorrubicina e Vimblastina)
- Diminuição da quantidade de fármaco captado pela célula (Metotrexato)
- Ativação insuficiente do fármaco (Fluorouracil)
- Maior concentração da enzima alvo (Citarabina)
- Utilização de vias metabólicas alternativas (Metotrexato)
** Todas estas drogas citadassão as que geralmente os tumores apresentam resistência a elas.
· CRIOCIRURGIA
· Temperaturas devem ser inferiores a -20ºC para funcionar
· Nitrogênio líquido -196ºC 
· Morte celular no descongelamento
** Funciona bem para tumores cutâneos e subcutâneos. Cavitários não possuem indicação.
** No ânus é o local mais importante para usar a crioterapia, pois é menor a chance de danificar o esfíncter anal e o animal ficar incontinente. 
** Para eficácia, é necessário congelar e descongelar o local 3 vezes
**Muitas vezes a quimioterapia ou radioterapia são feitas mesmo após a crioterapia 
** Desvantagem da crioterapia é que causa necrose tecidual, o tecido descama, produz mal cheiro, necessita-se usar pomada antibiótica para evitar infecção bacteriana
** Intervalo de 2 a 3 semanas entre cada sessão 
** O descongelamento tem que ocorrer em 1 minuto
· RADIOTERAPIA
· A radioterapia tem como objetivo destruir o tecido patológico por meio de radiação ionizante e preservar ao máximo o tecido adjacente
· Empregada pré/pós cirurgia, pré/pós/durante quimioterapia, ou ainda, como modalidade única de tratamento
** Mais frequente é associar com cirurgia ou utilizar isoladamente 
** Pré cirurgia: a radio faz uma citoredução e após é removido o tumor, evita de tirar muito tecido do paciente.
** Muito utilizada em tumores de boca e ânus, pois não causa mutilação no paciente
· Tumores pequenos
· Associada à cirurgia e quimio se forem tumores grandes
· A dose total é fracionada durante o tratamento de 6 a 7 semanas 
· A terapia pode ser realizada 5 dias, 3 dias ou 2 dias na semana
· Pode alterar a coloração do pelo no local de aplicação
** O paciente deve ser anestesiado para radioterapia
· Fatores que influenciam o efeito da radioterapia:
- Dose
- Fracionamento da dose
- Tempo de exposição
- Oxigenação dos tecidos (quanto mais oxigenado tiver o tecido, melhor será o efeito da radiação)
· IMUNOTERAPIA
· Piroxicam:
- 0,3mg/kg a cada 48h por 30 dias
- Age sobre a cox 2 presente na maioria das tumorações
- Dermatite actínica pré-carcinomatosa 
· Alfa Interferon:
- 1,5 milhão UI/m²
- Carcinoma tem resposta satisfatória
- Aplicação intralesional
- Semanal, 5 aplicações 
· TERAPIA FOTODINÂMICA
· Substância fotossensibilizadora, luz e oxigênio 
· O fotossensibilizador pelas vias tópica, intravenosa ou oral, sendo incorporado principalmente pelas células cancerosas
· Retida perinuclealmente pela célula neoplásica
** Se adm a substância fotossensibilizadora, aguarda 10 minutos e se utiliza uma luz que causa excitação dessa substancia e acarreta a formação de espécies reativas do oxigênio, levando a morte celular
· ACOMPANHAMENTO DO PACIENTE ONCOLÓGICO
· Importante conseguir avaliar e saber o status do paciente durante e após o tratamento
· Controle da dor:
- Meloxicam
- Cetoprofeno
- Tramadol
- Morfina
· Não deve passar fome
· Sempre avaliar linfonodos palpáveis 
· Exames laboratoriais periódicos: sempre antes de alguma sessão de quimio
· Radiografias e ecografias periódicos: 30d após remoção do tumor ou inicio do tratamento, depois 3 meses, depois 6 meses e por fim anualmente. Se o pct estiver em tratamento ou tiver metástases deve ser feito a cada 2 meses.
· Reiniciar a terapia se necessário
** Linfoma de linfócitos T não respondem bem a terapia, de linfócitos B sim
** Se pct tiver piora após tratamento, usar outro mais agressivo
· Nunca negligenciar sintomas
· Ser rigoroso no acompanhamento nos tempos das revisões
· Dar o máximo de informação ao tutor
· Alta só após 5 anos do inicio do tratamento
· Eutanásia se o paciente estiver sofrendo e não ter mais alternativas de tratamento

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