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Priscila Behrens 2020.2 Doenças Sexualmente Transmissíveis – Herpes Vírus Significado do Termo: Deriva do latim herpein, que significa rastejar, arrastar, referindo-se ao fato de ocasionarem infecções crônicas, latentes e recorrentes. Microbiologia: • Família: Herpesviridae; • Gênero: Simplexvírus; • Espécies: Human herpesvírus 1 e 2 • DNA Vírus • Principal responsável pelo quadro de herpes genital Epidemiologia: • 22% dos adultos nos EUA estão infectados pelo HSV-2, corresponde à aproximadamente 45 milhões de pessoas; • Estima-se que mais de 1 milhão de casos novos/ano; • É a DST ulcerativa mais frequente na sociedade; • O risco de transmissão do HSV-2 anual entre os casais é de 16% do homem para a mulher e de 6% da mulher para o homem. Transmissão: • Predominantemente pelo contato sexual, principal HSV-2; • Também pode ocorrer pelo contato orogenital; • Pode ocorrer de forma vertical: intrauterino e neonatal (se as lesões da mãe estiverem ativas). Patogenia: • O HSV inicia a infecção através de membranas mucosas ou rupturas na pele; • O vírus se replica nas células da lesão e infecta o neurônio que inerva a região, chegando aos gânglios sacrais; • Período de incubação: 2-26 dias, com média de 7 dias; • Primoinfecção é assintomática em 75% dos casos; • Quando a primoinfecção é sintomática, é muito exagerada e pode causar febre. O tipo 1 é mais frequente na cavidade oral e o tipo 2 na cavidade genital, mas não impede de encontrarmos os dois tipos em uma única cavidade por conta do sexo oral. Priscila Behrens 2020.2 Quadro Clínico: • Hiperemia que evolui para vesículas que se agrupam e se rompem formando exulceração dolorosa seguida de cicatrização; • O vírus migra pela raiz nervosa até alorja-se num gânglio neural profundo, onde permanece latente até a recidiva seguinte; • Os pródromos caracterizam-se por ardor, prurido, formigamento e adenomegalia que podem anteceder a erupção cutânea; • Em 50% dos casos, há presença de adenopatia inguinal dolorosa bilateral; • Cervicite herpética pode estar associada a corrimento vaginal aquoso; • Podem ocorrer: o Gengivoestomatite herpética; o Ceratoconjuntivite herpética; o Meningoencefalite herpética • Após a infecção genital primária por HSV-2, 90% dos pacientes desenvolvem novos episódios nos primeiros 12 meses por reativação do vírus. Fatores de Recorrência: • Febre; • Exposição à radiação UVA-UVB e a temperaturas extremas; • Traumatismo; • Menstruação; • Estresse físico e/ou emocional; • Antibioticoterapia prolongada; • Imunodeficiência. Manifestações que não são comuns Priscila Behrens 2020.2 Complicações: • Meningite asséptica; • Retenção urinária por mielite transversa ou disfunção do SNA - em casos raros; • Disseminação cutânea e visceral (fígado, pulmão e meninges) – também casos raros; **Gestantes: podem ocorrer complicações obstétricas e ceratoconjuntivite neonatal. Diagnóstico: • É praticamente clínico (anamnese e exame físico); • Detecção direta do HSV em culturas de tecido; • Modificações citológicas no Papanicolau e podem ser identificadas em esfregaços corados pelo método de Tzanck-corados pelo Giemsa; • Sorologia anti-HSV. Tratamento: • Alívio da dor com analgésicos e antiinflamatorios; • Tratamento local: o Solução fisiológica ou água boricada a 3% para limpeza das lesões, evitando a ação de possíveis bactérias oportunistas; o Creme local com cicatrizantes; • Tratamento com drogas antivirais: o Aciclovir 400mg, VO, 8/8h por 7-10 dias; o Famciclovir 250mg, VO, 8/8h por 7-10 dias; o Valaciclovir 1g, VO, 12/12h por 7-10 dias.
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