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Priscila Behrens 2020.2 Doenças Sexualmente Transmissíveis – Linfogranuloma Venéreo Sinônimo: Linfogranuloma inguinal, Doença de Nicolas-Favre-Durand, Bubão Climático e Mula Agente etiológico: Chlamydia trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3. Histórico e Epidemiologia: • Transmissão sexual; • Doença de notificação compulsória; • Baixa incidência; • Mais frequente nos países tropicais e subtropicais da África e Ásia e sudeste dos EUA, onde o patógeno é encontrado. Quadro Clínico: • A disseminação ocorre principalmente pela via linfática regional; • A adenite pode ser bilateral, evoluir em nódulos inguinais superficiais dolorosos com bubões que frequentemente rompem a pela com exsudação de descarga purulenta; • A fistulização crônica pode permanecer períodos prolongados (fecha-se um trajeto e abrem-se outros, o aspecto assemelha-se ao de um bico de regador) – diferente do cancro mole que só tem um orifício de drenagem. • Pápula, pústula, exulceração superficial ou erosão; • Na mulher pode ser encontrado na parede vaginal posterior, no colo uterino e na fúrcula vaginal (dificultando que a paciente consiga notar); • Ocorre a formação de abscessos com fístulas. • Surge entre 1-6 semanas após a lesão de inoculação; • Unilateral em 70% dos casos • Afeta predominantemente o sistema retículo histiocitário, preferencialmente os linfonodos inguinais e ilíacos. Complicações: • Pode ocorrer uma fistula crônica retal, vaginal e vesical; • O acometimento do reto pode levar a proctite; • O contato orogenital pode causar uma glossite; Priscila Behrens 2020.2 • O processo inflamatório intenso pode levar a um quadro de estenose e fibrose na vagina e no reto; • Podem ocorrer febre, mal-estar, anorexia, emagrecimento, artralgia, sudorese noturna e meningismo; • A obstrução linfática crônica, na mulher, acarreta a chamada elefantíase genital – edema generalizado na vulva. Diagnóstico: • Predominantemente clínico, não sendo rotineira a comprovação laboratorial. • Testes diagnósticos: o Teste de fixação de complemento; o PCR; o Imunofluorescência; o Exame histopatológico; o Cultura; o Métodos Radiológicos – Linfografia (em caso de fístulas) e Enema Opaco (em caso de comprometimento intestinal). Tratamento: • Doxiciclina 100mg, VO, 12/12h por 14 – 21 dias; • Parceiros que tiveram contato sexual com a paciente nos 60 dias anteriores devem ser examinados e tratados com esquemas clássicos para infecção por clamídia (Azitromicina 1g dose única ou Doxiciclina 100mg 12/12h por 7 dias) **Gestantes: Eritromicina 500mg, VO, 4x ao dia por 14 – 21 dias.
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