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Instrumentação 14ª. Edição Marco Antônio Ribeiro Instrumentação 14ª. Edição Quem pensa claramente e domina a fundo aquilo de que fala, exprime-se claramente e de modo compreensível. Quem se exprime de modo obscuro e pretensioso mostra logo que não entende muito bem o assunto em questão ou então, que tem razão para evitar falar claramente (Rosa Luxemburg) Marco Antônio Ribeiro © 1978, 1982, 1986, 1989, 1992, 1995, 1997, 1999, 2002, 2004, 2005, 2007,2008, 2010 © Marco Antonio Ribeiro Verão 2010 Copyright © 2010 Marco Antonio Ribeiro Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Ribeiro, Marco Antonio R43m Instrumentação , por Marco Antonio Ribeiro, Salvador, BA, Editora, 2010 Bibliografia Conteúdo. Instrumentação, Especificação. CDD 620.0028 CDU 620.0028 2008- Índices para catalogo sistemático: 1. Instrumentação: Engenharia 620 2. Instrumentos: Engenharia 620 Salvador, BA, Verão 2010 Dedicado a Marcelina e Arthur , meus pais, sem os quais este trabalho não teria sido possível, em todos os sentidos. i Conteúdo INSTRUMENTAÇÃO 1 OBJETIVOS DE ENSINO 1 1. CONCEITO DE INSTRUMENTAÇÃO 1 1.1. CONCEITO E APLICAÇÕES 1 1.2. DISCIPLINAS RELACIONADAS 2 1.3. VANTAGENS E APLICAÇÕES 3 2. TIPOS DE INSTRUMENTAÇÃO 5 2.1. INSTRUMENTAÇÃO PRIMÁRIA 5 2.2. INSTRUMENTAÇÃO SECUNDÁRIA 5 2.3. INSTRUMENTAÇÃO AUXILIAR 6 2.4. INSTRUMENTAÇÃO ACESSÓRIA 6 BPCS - SISTEMA BÁSICO DE CONTROLE DE PROCESSO 7 HLCS - SISTEMA DE CONTROLE DE ALTO NÍVEL (HLCS): 7 SIS - SISTEMA INSTRUMENTADO DE SEGURANÇA: 7 SÍMBOLOS E IDENTIFICAÇÃO 8 OBJETIVOS DE ENSINO 8 1. INTRODUÇÃO 8 2. APLICAÇÕES 8 3. ROTEIRO DA IDENTIFICAÇÃO 8 3.1. GERAL 8 3.3. IDENTIFICAÇÃO FUNCIONAL 8 3.4. IDENTIFICAÇÃO DA MALHA 9 4. SÍMBOLOS 10 5. TABELAS 11 5.1. TABELA COM LETRAS DE IDENTIFICAÇÃO 12 5.2. NOTAS EXPLANATÓRIAS DE LETRAS DE IDENTIFICAÇÃO 13 6. DESENHOS 16 6.1. PARÂMETROS DO SÍMBOLO 16 6.2. ALIMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS 16 6.3. REPRESENTAÇÃO DO INSTRUMENTO 16 6.4. LINHAS ENTRE OS INSTRUMENTOS 17 6.5. BALÃO DO INSTRUMENTO 18 B.9. CONEXÕES DE SINAL DE INSTRUMENTO PARA INSTRUMENTO COMUM 19 7. MALHA DE CONTROLE 21 UM EXEMPLO DE DIAGRAMA DE INSTRUMENTO, FUNCIONAL E ELÉTRICO PARA UM PROCESSO SIMPLES 22 ESPECIFICAÇÕES 24 OBJETIVOS DE ENSINO 24 1. INFORMAÇÃO DO PRODUTO 24 1.1. PROPRIEDADE (FEATURE) 24 1.2. ESPECIFICAÇÃO 24 1.3. CARACTERÍSTICA 25 2. PROPRIEDADES DO INSTRUMENTO 25 2.1. FUNCIONALIDADE 25 2.2. ESTABILIDADE 28 2.3. INTEGRIDADE 28 2.4. ROBUSTEZ 31 2.5. CONFIABILIDADE 31 2.6. DISPONIBILIDADE 35 2.7. CALIBRAÇÃO E AJUSTE 35 2.8. MANUTENÇÃO 36 2.9. RESPOSTA DINÂMICA 37 3. ESPECIFICAÇÕES DO INSTRUMENTO 38 3.1. ESPECIFICAÇÕES DE OPERAÇÃO 38 3.2. ESPECIFICAÇÃO DE DESEMPENHO 39 3.3. ESPECIFICAÇÕES FUNCIONAIS 46 3.4. ESPECIFICAÇÕES FÍSICAS 47 3.5. ESPECIFICAÇÃO DE SEGURANÇA 47 Conteúdo ii AUTOMAÇÃO 55 1. INTRODUÇÃO 55 2. SISTEMA DIGITAL DE CONTROLE DISTRIBUÍDO (SDCD) 55 3. CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL (CLP) 56 4. CONTROLE SUPERVISÓRIO E AQUISIÇÃO DE DADOS (SCADA) 57 4.1. INTRODUÇÃO 57 4.2. COLETA DE DADOS 57 4.3.ESTAÇÃO DE OPERAÇÃO 58 4.3. PROGRAMA APLICATIVO (SOFTWARE) 59 5. PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO 60 5.1. INTRODUÇÃO 60 5.2. PROTOCOLO HART 61 5.3. FOUNDATION FIELDBUS 62 5.4. PROFIBUS 63 1. CONCEITO 63 2. TIPOS DO PROFIBUS 63 VANTAGENS DO PROFIBUS 63 5.5. ETHERNET 64 OBJETIVOS DE ENSINO 65 1. INTRODUÇÃO 65 2. MALHA DE MEDIÇÃO 65 2.1. RESULTADO DA MEDIÇÃO 65 2.2. COMPONENTES DA MALHA 66 2.3. MALHA DE MEDIÇÃO DE VAZÃO 66 Conteúdo iii 2. FUNÇÕES DOS INSTRUMENTOS 67 ELEMENTO SENSOR 69 1. CONCEITO 69 2. TERMINOLOGIA 69 3. PRINCÍPIOS DE TRANSDUÇÃO 70 4. SENSORES MECÂNICOS 70 5. SENSORES ELETRÔNICOS 70 5.1. SENSOR CAPACITIVO 71 5.2. SENSOR INDUTIVO 71 5.3. SENSOR RELUTANTE 72 5.4. SENSOR ELETROMAGNÉTICO 72 5.5. SENSOR PIEZELÉTRICO 72 5.6. SENSOR RESISTIVO 72 5.7. SENSOR POTENCIOMÉTRICO 73 5.8. SENSOR STRAIN GAUGE 73 5.9. SENSOR FOTOCONDUTIVO 73 5.10. SENSOR FOTOVOLTÁICO 73 5.11. SENSOR TERMOELÉTRICO 73 5.12. SENSOR IÔNICO 74 6. ESCOLHA DO SENSOR 74 7. CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DO SENSOR 74 CONDICIONADOR DE SINAL 75 1. CONCEITO 75 2. APLICAÇÕES 75 3. FUNÇÕES DESENVOLVIDAS 76 4. L INEARIZAÇÃO DA VAZÃO 77 4.1. INTRODUÇÃO 77 4.2. MEDIDORES LINEARES E NÃO-LINEARES 78 5. COMPENSAÇÃO 78 5.1. INTRODUÇÃO 78 5.2. CONDIÇÕES NORMAL, PADRÃO E REAL 80 5.3. COMPENSAÇÃO DA TEMPERATURA DE LÍQUIDOS 80 5.4. TOMADAS DE PRESSÃO E TEMPERATURA 80 6. TOTALIZAÇÃO DA VAZÃO 81 TRANSMISSOR 83 1. CONCEITOS BÁSICOS 83 1.1. INTRODUÇÃO 83 1.2. JUSTIFICATIVAS DO TRANSMISSOR 83 1.3. TERMINOLOGIA 84 1.4. TRANSMISSÃO DO SINAL 85 1.5. SINAIS PADRÃO DE TRANSMISSÃO 86 2. NATUREZA DO TRANSMISSOR 86 2.1. TRANSMISSOR PNEUMÁTICO 86 2.2. TRANSMISSOR ELETRÔNICO 88 3. TRANSMISSOR E MANUTENÇÃO 90 3.1. TRANSMISSOR ANALÓGICO DESCARTÁVEL 90 3.2. TRANSMISSOR ANALÓGICO CONVENCIONAL 91 3.3. TRANSMISSOR INTELIGENTE DIGITAL 91 3.4. TRANSMISSOR HÍBRIDO ANALÓGICO DIGITAL 92 4. RECEPTORES ASSOCIADOS 93 4.1. INSTRUMENTOS ASSOCIADOS 93 4.2. ALIMENTAÇÃO 93 5. SERVIÇOS ASSOCIADOS 94 5.1. ESPECIFICAÇÃO 94 5.2. INSTALAÇÃO 94 INDICADOR 95 1. CONCEITO 95 2. VARIÁVEL MEDIDA 95 3. LOCAL DE MONTAGEM 96 4. TIPO DA INDICAÇÃO 96 5. RANGEABILIDADE DA INDICAÇÃO 97 6. ASSOCIAÇÃO A OUTRA FUNÇÃO 98 7. SERVIÇOS ASSOCIADOS 98 REGISTRADOR 99 1. INTRODUÇÃO 99 2. TOPOGRAFIA 99 3. ACIONAMENTO DO GRÁFICO 100 4. PENAS 100 5. GRÁFICOS 101 6. ASSOCIAÇÃO A OUTRA FUNÇÃO 102 7. SERVIÇOS ASSOCIADOS 102 COMPUTADOR DE VAZÃO 103 1. CONCEITO 103 2. PROGRAMÁVEIS 103 3. DEDICADO 104 4. APLICAÇÕES CLÁSSICAS 104 4.1. VAZÃO DE LIQUIDO 104 4.2. VAZÃO DE GÁS COM COMPENSAÇÃO 104 4.3. SISTEMA COM 2 TRANSMISSORES 105 4.5. VAZÃO DE MASSA DE GÁS 105 5. SELEÇÃO DO COMPUTADOR 105 6. PLANÍMETRO 106 6.1. HISTÓRICO 106 6.2. MÉTODO DO PLANÍMETRO 106 6.3. GRÁFICOS CIRCULARES UNIFORMES 106 6.4. ESPECIFICAÇÃO DO PLANÍMETRO 106 Conteúdo iv CONTROLADOR 107 1. CONCEITO 107 2. COMPONENTES BÁSICOS 107 2.1. MEDIÇÃO 107 2.2. PONTO DE AJUSTE 107 2.3. ESTAÇÃO MANUAL INTEGRAL 108 2.4. UNIDADE DE BALANÇO AUTOMÁTICO 108 2.5. MALHA ABERTA OU FECHADA 108 2.6. AÇÃO DIRETA OU INVERSA 110 3. ESPECIFICAÇÃO DO CONTROLADOR 110 3.1. CONTROLADOR LIGA-DESLIGA 110 3.2. CONTROLADOR DE INTERVALO DIFERENCIAL 111 3.3. CONTROLADOR PROPORCIONAL 111 3.4. CONTROLADOR PROPORCIONAL MAIS INTEGRAL 112 3.5. CONTROLADOR PROPORCIONAL MAIS DERIVATIVO 113 3.6. PROPORCIONAL + INTEGRAL + DERIVATIVO 114 3.7. CONTROLADOR TIPO BATELADA 114 3.8. CONTROLADOR ANALÓGICO 116 3.9. CONTROLADOR DIGITAL 116 4. CONTROLADOR MICROPROCESSADO 117 4.1. CONCEITO 117 4.2. CARACTERÍSTICAS 117 VÁLVULA DE CONTROLE 119 1. INTRODUÇÃO 119 2. ELEMENTO FINAL DE CONTROLE 119 3. VÁLVULA DE CONTROLE 120 4. CORPO 120 4.1. CONCEITO 120 4.2. SEDE 121 4.3. PLUG 121 5. CASTELO 121 6. ATUADOR 122 6.1. OPERAÇÃO MANUAL OU AUTOMÁTICA 122 6.2. ATUADOR PNEUMÁTICO 122 6.3. AÇÕES DO ATUADOR 123 6.4. ESCOLHA DA AÇÃO 124 6.5. MUDANÇA DA AÇÃO 124 6.6. DIMENSIONAMENTO DO ATUADOR 124 6.7. ATUADOR E OUTRO ELEMENTO FINAL 124 7. ACESSÓRIOS 125 7.1. VOLANTE 125 7.2. POSICIONADOR 125 7.3. BOOSTER 126 8. CARACTERÍSTICA DA VÁLVULA 127 8.1. CONCEITO 127 8.2. CARACTERÍSTICAS DA VÁLVULA E DO PROCESSO 127 8.3. ESCOLHA DE CARACTERÍSTICAS 128 9. OPERAÇÃO DA VÁLVULA 129 9.1. APLICAÇÃO DA VÁLVULA 129 9.2. DESEMPENHO 129 9.3. RANGEABILIDADE 129 10. VEDAÇÃO E ESTANQUEIDADE 130 10.1. CLASSIFICAÇÃO 130 10.2. FATORES DO VAZAMENTO131 10.3. VÁLVULAS DE BLOQUEIO 131 11. DIMENSIONAMENTO 131 11.1. FILOSOFIA 131 11.2. VÁLVULAS PARA LÍQUIDOS 132 11.3. VÁLVULAS PARA GASES 132 11.4. QUEDA DE PRESSÃO NA VÁLVULA 132 14. TIPOS DE VÁLVULAS 133 14.1. VÁLVULA GAVETA 134 14.2. VÁLVULA ESFERA 135 14.3. VÁLVULA BORBOLETA 136 14.4. VÁLVULA GLOBO 137 14.5. VÁLVULA AUTO-REGULADA 138 15. VÁLVULAS ESPECIAIS 140 15.1. VÁLVULA RETENÇÃO (CHECK VALVE) 140 15.2. VÁLVULAS DE RETENÇÃO TIPO LEVANTAMENTO 141 15.3. VÁLVULAS DE RETENÇÃO ESFERA 141 15.4. VÁLVULAS DE RETENÇÃO BORBOLETA 141 15.5. VÁLVULA DE RETENÇÃO E BLOQUEIO 141 16. VÁLVULA DE ALÍVIO DE PRESSÃO 141 16.1. FUNÇÃO DO EQUIPAMENTO 141 16.2. DEFINIÇÕES E CONCEITOS 142 16.3. SOBREPRESSÃO 142 16.4. VÁLVULA DE SEGURANÇA 143 18. VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO 144 18.1. CONCEITO 144 18.2. PRECISÃO DA REGULAÇÃO 144 18.3. SENSIBILIDADE 145 18.4. SELEÇÃO DA VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO 145 18.5. INSTALAÇÃO 145 Conteúdo v 3. VARIÁVEIS DO PROCESSO 149 OBJETIVOS DE ENSINO 149 1. INTRODUÇÃO 149 2. CONCEITO 149 3. FAIXA DAS VARIÁVEIS 150 3.1. FAIXA E AMPLITUDE DE FAIXA 150 3.2. LIMITES DE FAIXA 150 3.3. FAIXA E DESEMPENHO DO INSTRUMENTO 150 PRESSÃO 151 4.1. DEFINIÇÃO 151 4.2. UNIDADES 151 4.3. TIPOS 151 4.4. MEDIÇÃO DA PRESSÃO 152 4.5. SENSORES MECÂNICOS 153 4.6. SENSORES ELÉTRICOS 154 4.7. SELO DE PRESSÃO 155 4.8. PRESSOSTATO 155 4.9. CALIBRAÇÃO DA PRESSÃO 156 TEMPERATURA 159 5.1. DEFINIÇÕES 159 5.2. UNIDADES 159 5.3. ESCALAS 160 5.4. ESCALA PRÁTICA INTERNACIONAL DE TEMPERATURA (EPIT) 160 # 161 5.5. MEDIÇÃO DA TEMPERATURA 161 5.6. TERMOPAR 164 5.7. RESISTÊNCIA DETECTORA DE TEMPERATURA (RTD) 167 5.8. ACESSÓRIOS 169 NÍVEL 172 1. INTRODUÇÃO 172 CONCEITO DE NÍVEL 172 UNIDADES DE NÍVEL 172 MEDIÇÃO DE NÍVEL 172 2. MEDIÇÃO MANUAL 173 INTRODUÇÃO 173 GERAL 173 TRENA 174 PESO DE IMERSÃO 175 3. MEDIÇÃO AUTOMÁTICA 176 INTRODUÇÃO 176 EXIGÊNCIAS METROLÓGICAS 176 5. MEDIDORES DE NÍVEL 178 MEDIDORES FAVORITOS 178 MEDIDOR COM BÓIA 178 MEDIÇÃO COM DESLOCADOR 179 6. PRESSÃO DIFERENCIAL 181 7. MEDIÇÃO COM RADAR 184 1. INTRODUÇÃO 184 2. VANTAGENS E DESVANTAGENS 184 3. INFLUÊNCIA DO VAPOR NO RADAR 184 DISTÂNCIAS DO TANQUE 184 CALIBRAÇÃO DO RADAR 185 8. OUTROS MEDIDORES DE NÍVEL 185 7. ARQUEAÇÃO DE TANQUE 186 VAZÃO 193 1. SELEÇÃO DO MEDIDOR 193 SISTEMA DE MEDIÇÃO 193 TIPOS DE MEDIDORES 193 PARÂMETROS DA SELEÇÃO 195 PLACA DE ORIFÍCIO 200 1. INTRODUÇÃO HISTÓRICA 200 2. PRINCÍPIO DE OPERAÇÃO E EQUAÇÕES 200 3. ELEMENTOS DOS SISTEMA 202 3.1. ELEMENTO PRIMÁRIO 202 3.2. ELEMENTO SECUNDÁRIO 202 4. PLACA DE ORIFÍCIO 203 4.1. MATERIAIS DA PLACA 203 4.2. GEOMETRIA DA PLACA 203 4.3. MONTAGEM DA PLACA 204 4.4. TOMADAS DA PRESSÃO DIFERENCIAL 205 4.5. PERDA DE CARGA E CUSTO DA ENERGIA 206 4.6. PROTUSÕES E CAVIDADES 206 4.7. RELAÇÕES MATEMÁTICAS 206 4.8. FATORES DE CORREÇÃO 208 4.9. DIMENSIONAMENTO DO β DA PLACA 209 4.10. SENSORES DA PRESSÃO DIFERENCIAL 211 TURBINA 212 1. INTRODUÇÃO 212 2. TIPOS DE TURBINAS 212 2.1. TURBINA MECÂNICA 212 2.2. TURBINA CONVENCIONAL 213 DETECTORES DA VELOCIDADE ANGULAR 214 CARACTERÍSTICAS DA TURBINA 215 SINAL DE SAÍDA 215 DESEMPENHO 216 FATORES DE INFLUÊNCIA 216 SELEÇÃO DA TURBINA 217 DIMENSIONAMENTO 218 CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS 219 INSTALAÇÃO DA TURBINA 219 OPERAÇÃO 219 MANUTENÇÃO 220 CALIBRAÇÃO 220 Conteúdo vi CUIDADOS E PROCEDIMENTOS 221 DESLOCAMENTO POSITIVO 223 1. INTRODUÇÃO 223 2. PRINCÍPIO DE OPERAÇÃO 223 3. CARACTERÍSTICAS 223 4. TIPOS DE MEDIDORES 224 DISCO NUTANTE 224 LÂMINA ROTATÓRIA 225 PISTÃO OSCILATÓRIO 225 PISTÃO RECIPROCANTE 225 MEDIDOR COM ENGRENAGENS OVAIS 225 5. MEDIDORES PARA GASES 226 CALIBRAÇÃO DOS MEDIDORES DE GASES 227 6. VANTAGENS E DESVANTAGENS 227 7. CONCLUSÃO 227 CORIOLIS 229 1. INTRODUÇÃO 229 2. EFEITO CORIOLIS 229 3. RELAÇÕES MATEMÁTICAS 229 4. CALIBRAÇÃO 230 5. MEDIDOR INDUSTRIAL 230 6. CARACTERÍSTICAS 231 7. APLICAÇÕES 232 8. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO 232 9. L IMITAÇÕES 232 10. CONCLUSÃO 233 ULTRA-SÔNICO 235 1. INTRODUÇÃO 235 2. DIFERENÇA DE TEMPO 235 TEMPO DE TRÂNSITO MONOFEIXE 235 TEMPO DE TRÂNSITO MULTI-FEIXE 235 TEMPO DE TRÂNSITO NÃO INTRUSIVO OU A SECO OU CLAMP ON 236 3. EFEITO DOPPLER 236 APLICAÇÕES 237 6. INSTALAÇÃO 237 CALIBRAÇÃO 237 CONCLUSÃO 238 MAGNÉTICO 240 8.1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO 240 8.2. SISTEMA DE MEDIÇÃO 240 8.3. TUBO MEDIDOR 240 8.4. TRANSMISSOR DE VAZÃO 241 8.5. VANTAGENS 241 8.6. DESVANTAGENS E LIMITAÇÕES 241 19. CALIBRAÇÃO DE VAZÃO 242 19.1. LOCAL DA CALIBRAÇÃO 242 19.2. PROVER 242 19.3. MEDIDOR MESTRE (MASTER) 243 19.4. MÉTODO GRAVIMÉTRICO 243 19.5. MÉTODO VOLUMÉTRICO 244 19.6. BOCAL SÔNICO 244 19.7. LABORATÓRIO DE VAZÃO 244 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 247 vii Prefácio Qualquer planta nova bem projetada para produzir determinado produto sempre requer sistemas de instrumentação para fazer a medição, controle, monitoração e alarme das variáveis. A escolha correta dos sistemas pode ser a diferença entre sucesso e fracasso para uma unidade, planta ou toda a companhia. Também, como há uma rápida evolução das tecnologias e conseqüente obsolescência, periodicamente toda planta requer ampliações e modificações radicais que incluem a atualização dos seus instrumentos e seus sistemas de controle. Assim, técnicos e engenheiros que trabalham com o projeto, especificação, operação e manutenção de plantas de processo devem estar atualizados com a instrumentação e as recentes tecnologias envolvidas. O presente trabalho foi escrito como suporte de um curso ministrado a engenheiros e técnicos ligados, de algum modo, a estas atividades. Este trabalho de Instrumentação e outros de Controle de Processo, Metrologia e Automação constituem um conjunto completo para estudo e consulta. Neste trabalho, dá-se ênfase aos equipamentos e instrumentos e são apresentados qquatro grandes temas: Fundamentos, Instrumentos e Medição das Variáveis. Na primeira parte, de Fundamentos de Instrumentação, são apresentados os conceitos relacionados com Instrumentação, Símbolos e Identificação dos instrumentos analógicos e digitais; vistos os instrumentos sob a óptica de Sistemas; mostradas a evolução e as ondas da instrumentação. São apresentados os parâmetros para a Especificação correta do instrumento individual, considerando o processo, ambiente, risco e corrosão. Na parte de Funções de instrumentos, são estudados individualmente os instrumentos, considerando suas funções na malha de medição, tais como sensor, transmissor, condicionador de sinal, indicador, registrador, totalizador, computador de vazão, controlador e válvula de controle. Finalmente na terceira parte, nas Variáveis de Processo, são mostradas as tecnologias empregadas para medir as principais variáveis de processo, como Pressão, Temperatura, Vazão e Nível, que são as variáveis mais encontradas nas indústrias químicas, petroquímicas e de petróleo e gás natural. Sugestões e críticas, principalmente as destrutivas são benvidas para o contínuo melhoramento do trabalho, Endereço: Rua Carmen Miranda 52, A 903, CEP 41810-670, Fones: fixo (71) 3452-4286 e celular (71) 9979 9955 Skype: Marcotek27 e-mail: marcotek@uol.com.br site: www.marcoantonioribeiro.com.br . Marco Antônio Ribeiro Salvador, verão 2010 viii ix Autor Marco Antônio Ribeiro se formou no ITA, em 1969, em Engenharia de Eletrônica blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá. Durante quase 14 anos foi Gerente Regional da Foxboro, em Salvador, BA blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,blablablá, blablablá. Fez vários cursos no exterior, possui dezenas de artigos publicados e já ministrou mais de 500 cursos blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá. Atualmente é diretor da Tek Treinamento e Consultoria Ltda, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá que presta serviços de treinamento e consultoria nas áreas de Instrumentação, Controle, Automação, Medição, Metrologia, Qualidade e Segurança. Na vida pessoal, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá gosta de corrida, música de Beethoven, xadrez, fotografia, leitura, filmes, filhos e Cecília Leonor, sua mulher; enfim, da vida. x 1 Instrumentação Objetivos de Ensino 1. Conceituar instrumentação, distinguindo seus diferentes enfoques de fabricação, projeto, especificação, instalação, operação e manutenção. 2. Identificar as variáveis analógicas envolvidas. 3. Listar os tipos de equipamentos que podem ser beneficiados com a medição e controle de suas variáveis. 4. Determinar qual tipo de indústria possui processo onde se pode aplicar a instrumentação. 5. Listar as principais vantagens de se usar instrumentos de medição e controle. 1. Conceito de Instrumentação 1.1. Conceito e aplicações Instrumentação é um conjunto de instrumentos, equipamentos, dispositivos ou funções ou sua aplicação para o objetivo de medir, monitorar ou controlar processos industriais ou maquinas ou qualquer combinação deles. Estes instrumentos são usados para detectar, observar, medir, controlar, computar, comunicar ou processar dados e sinais de modo manual ou automático. Os enfoques da instrumentação podem ser de 1) Fabricação: construção de componentes e instrumentos. 2) Projeto: detalhamento básico e específico de sistemas equipamentos e instrumentos. 3) Especificação: estabelecimento de características físicas, funcionais e de segurança dos instrumentos. 4) Vendas: comercialização, marketing e promoção de instrumentos 5) Montagem: instalação correta dos instrumentos no local de trabalho, para que ele operem conforme o previsto. 6) Operação: monitoração do desempenho dos instrumentos e atuação manual, quando necessário, para garantir a eficiência e segurança do processo envolvido. 7) Manutenção dos instrumentos: reparo do instrumento quando inoperante, calibração e ajuste do instrumento quando o seu desempenho metro lógico o exigir. As principais funções dos instrumentos são: 1) Sensor: detecção da variável medida. 2) Indicação: apresentação do valor instantâneo da variável. 3) Condicionamento do sinal: operação de tornar mais amigável o sinal original. 4) Registro: apresentação do valor histórico e em tempo real da variável. 5) Controle: garantia de que o valor de uma variável permaneça igual, em torno ou próximo de um valor desejado. 6) Alarme:: geração de sinais para chamar a atenção do operador para condições que exijam sua interferência 7) Intertravamento: para atuar automaticamente no processo para mantê-lo seguro. As variáveis envolvidas incluem mas não se limitam a 1) Análise, que inclui composição, densidade, condutividade, turbidez, pH, umidade, consistência. 2) Nível 3) Pressão 4) Temperatura 5) Vazão 6) Vibração mecânica Os instrumentos estão associados e aplicados aos seguintes equipamentos: 1) Caldeira: equipamento para gerar vapor. 2) Reator: equipamento onde se realiza uma reação química ordenada. 3) Compressor: equipamento para mover gases. 4) Bomba: equipamento para mover líquidos. 5) Coluna de destilação: equipamento para separar diferentes produtos com diferentes pontos de ebulição. 6) Forno: equipamento para aquecer algum produto. 7) Refrigerador: equipamento para esfriar algum produto. 8) Condicionador de ar: equipamento para manter a temperatura e a umidade relativa do ar ambiente dentro de determinados limites estabelecidos. Instrumentação 2 As indústrias que utilizam os instrumentos de medição e de controle do processo, de modo intensivo e extensivo são: 1) Química 2) Petroquímica 3) Refinaria de petróleo 4) Gás e óleo 5) Dutos e Terminais 6) Têxtil 7) Fertilizante 8) Papel e celulose 9) Alimentícia 10) Farmacêutica 11) Cimento 12) Siderúrgica 13) Mineração 14) Nuclear 15) Hidrelétrica 16) Termelétrica 17) Tratamento d'água e de efluentes 1.2. Disciplinas relacionadas O projeto completo do sistema de controle de um processo envolve vários procedimentos e exige os conhecimentos dos mais diversos campos da engenharia, tais como: 1) Mecânica dos fluidos, para a especificação de bombas, dimensionamento de tubulações, disposição de bandejas da coluna de destilação, dimensionamento de trocadores de calor, especificação de bombas e compressores. 2) Transferência de calor, para a determinação da remoção do calor dos reatores químicos, pré-aquecedores, caldeiras de recuperação e dimensionamento de condensadores. 3) Cinética das reações químicas, para o dimensionamento dos reatores, escolha das condições de operação (pressão, temperatura e nível) e de catalisadores, 4) Termodinâmica, para o calculo da transferência de massa, do número e da relação das placas de refluxo e das condições de equilíbrio do reator. 5) Informática para a operação de sistemas de controle que usam computadores digitais como interface humano-máquina. 6) Telecomunicação para aplicar em redes de comunicação que interligam sistemas digitais separados por pequenas e grandes distancias. 7) Estatística para a estimativa das incertezas associadas com as medições e o desenvolvimento de técnicas para determinar e minimizar estas incertezas dos instrumentos e das medições em uso industrial, garantindo sua precisão e exatidão. 8) Aritmética para expressar corretamente os resultados da medição, com o número correto de algarismos significativos, havendo coerência e conformidade com as especificações metrológicas dos instrumentos da malha de medição. 9) Legislação, normas técnicas e boas práticas, para atender exigências legais e contratos comerciais entre comprador e vendedor de produtos em transferência de custódia. Esses conhecimentos auxiliam na escolha e na aplicação do sistema de controle automático associado ao processo. Os modelos matemáticos, as analogias e a simulação do processo são desenvolvidos e dirigidos para o entendimento do processo e sua dinâmica e finalmente para a escolha do melhor sistema de controle. Fig. 1.2. Vista de uma área industrial A especificação dos instrumentos requer o conhecimento dos catálogos dos fabricantes e das funções a serem executadas, bem como das normas, leis e regulamentações aplicáveis. A manutenção dos instrumentos exige o conhecimento dos circuitos mecânicos, pneumáticos e eletrônicos dos instrumentos, geralmente fornecidos pelos fabricantes dos instrumentos. Para a manutenção da instrumentação pneumática exige-se a habilidade manual e uma paciência bovina para os ajustes de elos, alinhamento de foles, estabelecimento de ângulos retos entre alavancas, colocação de parafusos em locais quase inacessíveis. A manutenção dos instrumentos eletrônicos requer o conhecimento da eletrônica básica, do funcionamento dos amplificadores operacionais e atualmente das técnicas digitais. O fabricante correto fornece os circuitos eletrônicos e os diagramas de bloco esquemáticos dos instrumentos. Para a sintonia do controlador e o entendimento dos fenômenos relativos ao amortecimento, à oscilação e à saturação é útil o conhecimento rigoroso dos conceitos matemáticos da integrale da Instrumentação 3 derivada. A analise teórica da estabilidade do processo requer uma matemática transcendental, envolvendo a função de transferência, os zeros e os pólos de diagramas, as equações diferenciais, a transformada de Laplace e os critérios de Routh- Hurwitz. Fig. 1.2. Vista da Sala de Controle 1.3. Vantagens e Aplicações Nem todas as vantagens da instrumentação podem ser listadas aqui. As principais estão relacionadas com a qualidade e com a quantidade dos produtos, fabricados com segurança e sem subprodutos nocivos. Há muitas outras vantagens. O controle automático possibilita a existência de processos extremamente complexos, impossíveis de existirem apenas com o controle manual. Um processo industrial típico envolve centenas e até milhares de sensores e de elementos finais de controle que devem ser operados e coordenados continuamente. Como vantagens, o instrumento de medição e controle 1) não fica aborrecido ou nervoso, 2) não reclama, 3) não fica distraído ou atraído por pessoas bonitas, 4) não assiste a um jogo de futebol na televisão nem o escuta pelo rádio, 5) não pára para almoçar ou ir ao banheiro, 6) não fica cansado de trabalhar, 7) não tem problemas emocionais, 8) não abusa seu corpos ou sua mente, 9) não tem sono, 10) não folga do fim de semana ou feriado, 11) não sai de férias, 12) não reivindica aumento de salário. Porém, como desvantagens, o instrumento 1) sempre apresenta erro de medição 2) opera adequadamente somente quando estiver nas condições previstas pelo fabricante, 3) requer calibrações e ajustes periódicos, para se manter exato 4) requer manutenção corretiva, preventiva ou preditiva, para que sua precisão se mantenha dentro dos limites estabelecidos pelo fabricante e 5) é provável que algum dia ele falhe e pela lei de Murphy, esta falha geralmente acontecerá na pior hora possível e poderá acarretar grandes complicações. Qualidade do Produto A maioria dos produtos industriais é fabricada para satisfazer determinadas propriedades físicas e químicas. Quanto melhor a qualidade do produto, menores devem ser as tolerâncias de suas propriedades. Quanto menor a tolerância, maior a necessidade dos instrumentos para a medição e o controle automático. Os fabricantes executam testes físicos e químicos em todos os produtos feitos ou, pelo menos, em amostras representativas tomadas aleatoriamente das linhas de produção, para verificar se as especificações estabelecidas foram atingidas pela produção. Para isso, são usados instrumentos tais como indicadores de densidade e viscosidade, espectrômetros de massa, analisadores de infravermelho, cromatógrafos e outros. Os instrumentos possibilitam a verificação, a garantia e a repetitividade da qualidade dos produtos. Atualmente, o conjunto de normas ISO 9000 exige que os instrumentos que impactam a qualidade do produto tenham um sistema de monitoração, onde estão incluídas a manutenção e calibração documentada deles. Instrumentos analíticos são a base da obtenção de produtos dentro de suas especificações desejadas. Quantidade do Produto As quantidades das matérias primas, dos produtos finais e das utilidades devem ser medidas e controladas para fins de balanço do custo e do rendimento do processo. Também é freqüente a medição de produtos para venda e compra entre plantas diferentes. Os instrumentos de indicação, registro e totalização da vazão e do nível fazem a aquisição confiável dos dados através das medições de modo continuo e preciso. Os instrumentos asseguram a quantidade precisa e exata das substâncias transferidas, compradas e vendidas. Instrumentação 4 Fig. 1.4. Instrumentos de medição de nível Economia do Processo O controle automático economiza energia, pois elimina o superaquecimento de fornos, de fornalhas e de secadores. O controle de calor está baseado geralmente na medição de temperatura e não existe nenhum operador humano que consiga sentir a temperatura com a precisão e a sensitividade do termopar ou da resistência. Instrumentos também permitem a realização de reações químicas em quantidades estequiométricas e econômicas. Os instrumentos garantem a conservação da energia e a economia do processo . Fig. 1.5. Instrumentação aplicada à indústria Ecologia Na maioria dos processos, os produtos que não são aproveitáveis e devem ser jogados fora, são prejudiciais às vidas animal e vegetal. A fim de evitar este resultado nocivo, devem ser adicionados agentes corretivos para neutralizar estes efeitos. Pela medição do pH dos efluentes, pode se economizar a quantidade do agente corretivo a ser usado e pode se assegurar que o efluente esteja não agressivo. Os instrumentos garantem efluentes limpos e inofensivos. Segurança da Planta O processo deve ter alarme e proteção associados ao sistema de medição e controle. O alarme é realizado através das mudanças de contatos elétricos, monitoradas pelos valores máximo e mínimo das variáveis do processo. Os contatos dos alarmes podem atuar (ligar ou desligar) equipamentos elétricos, dispositivos sonoros e luminosos. É útil o uso do sistema de desligamento automático ou de trip do processo. Deve-se proteger o processo, através de um sistema lógico e seqüencial que sinta as variáveis do processo e mantenha os seus valores dentro dos limites de segurança, ligando ou desligando os equipamentos e evitando qualquer seqüência indevida que produza condição perigosa. Fig. 1.6. Planta industrial Muitas plantas possuem uma ou várias áreas onde podem estar vários perigos, tais como o fogo, a explosão, a liberação de produtos tóxicos. Haverá problema, a não ser que sejam tomados cuidados especiais na observação e no controle destes fenômenos. Hoje são disponíveis instrumentos que podem detectar a presença de concentrações perigosas de gases e vapores e o aparecimento de chama em unidades de combustão. Finalmente, todos os instrumentos que são instalados em áreas que contenham gases, pós ou fibras explosivas ou incendiárias devem ter proteções adicionais, para que sua presença no local não aumente o risco de explosão ou incêndio no local. Os instrumentos protegem vidas humanas, meio ambiente e equipamentos Instrumentação 5 2. Tipos de instrumentação A instrumentação pode ser classificada como primária, secundária, auxiliar ou acessória para responsabilizar identidades funcionais e malha e símbolos. 2.1. Instrumentação primária Instrumentação primária consiste de equipamentos e dispositivos para medir, monitorar, controlar ou calcular e suas funções inerentes e funções de programa que incluem, mas não são limitadas a, transmissores, registradores, controladores, válvulas de controle, equipamentos de segurança e controle auto-atuados e funções de programa de aplicação que requerem ou permitem ao usuário atribuir identificações. A instrumentação primária é a mais importante, pois é essencial à operação prevista da planta. Os instrumentos de display estão localizados na sala de controle, mas recebem sinais de informação do processo e atuam nos instrumentos também montados na área industrial. Fig. 1.1. Instrumentação primária, montada no painel de leitura Fig. 1.2. Instrumentação primária, montada na área industrial (campo) 2.2. Instrumentação secundária Instrumentação secundária consiste de equipamentos e dispositivos de medição, monitoração e controle que incluem, mas não são limitados a, visores de nível, manômetros, termômetros e reguladores de pressão. A instrumentação secundária serve como reserva auxiliar para o operador. A instrumentação scundária consiste de instrumentos indicadores locais, instalados próximos do processoe são utilizados apenas quando o operador vai à área industrial. Todas as indicações de campo são também apresentadas na sala de controle, com maior precisão e melhor conforto. Quando apropriado, os instrumentos auxiliares podem ser montados em painéis auxiliares na área industrial acessíveis ao operador. Nos diagramas P&I, a instrumentação secundária é mostrada e identificada como: FG – visor de vazão LG – visor de nível PG ou PI – indicador local de pressão (manômtro) TG ou TI – indicador local de temperatura (termômetro) Fig. 1.3. Instrumentação auxiliar de campo Fig. 1.4. Instrumentação secundária em painel auxiliar de campo tatiana.conceicao Realce tatiana.conceicao Realce tatiana.conceicao Realce tatiana.conceicao Realce Instrumentação 6 2.3. Instrumentação auxiliar Instrumentação auxiliar consiste de equipamentos e dispositivos que medem, controlam ou calculam e que são necessários para a operação efetiva da instrumentação primária ou secundária, elas incluem, mas não são limitados a, equipamentos de cálculo, purgadores, sistemas de manipulação de amostra e conjuntos de filtro-regulador de ar de instrumentos, válvulas solenóides. A instrumentação auxiliar é basicamente a família dos instrumentos condicionadores de sinal, que melhoram a apresentação do sinal para sua finalidade. Exemplos de instrumentação auxiliar: os fazedores de conta para a compensação de pressão e temperatura na medição de vazão volumétrica de gás. A instrumentação auxiliar também inclui dispositivos de otimização da instrumentação acessória, como filtros e reguladores de pressão da alimentação dos instrumentos pneumáticos, reguladores da tensão da fonte de alimentação elétrica dos instrumentos eletrônicos. Purgadores servem para retirar condensado de gases e eliminadores de ar servem para tirar gases de líquidos, tornando a vazão monofásica. Os sistemas de condiconamento de amostras são outro exemplo de instrumentação auxiliar, pois permitem a retirada correta da amostra e o seu condicionamento para a medição de análise. Na medição de vazão com gerador de pressão diferencial é utilizado o distribuidor (manifold) que consiste em um conjunto de 3 ou 5 válvulas, que servem para bloqueio, quando se quer retirar o receptor de pressao diferencial e uma valvula central que serve para tornar as pressões iguais, quando se quer zerar o transmissor de pressão diferencial. Os componenentes da instrumentacao auxiliar, tais como, computador de sinal e relé conversor, válvulas solenóides, condicionador de amostra de análise, são identificados pela variável medida/inicializada e a função saída/ativa [Y], com o Y definido ao lado do símbolo. Fig. 1.6. Instrumentação auxiliar Fig. 1.7. Instrumentação acessória: conjunto distribuidor e potes de selagem 2.4. Instrumentação acessória Instrumentação acessória consiste de equipamentos e dispositivos que não medem ou controlam, mas são necessários para a operação efetiva do sistema de medição, monitoração ou controle, elas incluem, mas não são limitadas a tubos retos para medição de vazão, retificadores e condicionadores de vazão e potes de selagem. Na medição de vazão volumétrica de gases e líquidos, o uso de tubos de vazão torna a medição mais precisa. Estes tubos tem já uma dimensão calculada para atender as exigências de trecho reto a montante e jusante do sensor, possuem melhor acabamento pois são feitos de material mais nobre (aço carbono ou até aço inoxidável) e sua geometria garante a coincidência da linha de centro do sensor de vazão e da tubulação. Retificador de vazão é um acessório que elimina as perturbações na vazão provocadas por curvas, válvulas, sensores intrusivos na tubulação, reduções e variações de tamanho da tubulação. O condicionador de vazão também faz tudo isso e também desenvolve plenamente o perfil de velocidade do fluido cuja vazão está sendo medida. Tais acessórios são necessários e usados quando a geometria da estação de medição não possui os trechos retos exigidos pelas normas. Outro acessório de instrumentação, muito utilizado em plataformas ou em locais onde se requer a substituição freqüente da placa de orifício de medição de vazão, é o porta-placa. O porta placa permite a retirada e troca de placa de orifício, sem a parada do processo e sem vazamentos. Os acessórios de Instrumentação, tais como tubo de medição de vazão, purgadores, conjuntos filtro- reguladores pneumáticos, potes de selagem, podem ou não ser mostrados explicitamente no diagrama e serão tagueados no índice de Instrumento ou no diagrama, com o Tag Número/Identificação do Instrumento do instrumento que eles servem, seguido por uma palavra ou frase que descreve sua Instrumentação 7 função, por exemplo: [PT-*23 PURGADOR] ou com um Tag Número/Identificação do Instrumento como um componente da malha: [PX-*23] com uma nota fora do balão ou na seção de notas do desenho descrevendo seu uso. Atribuir um número de tag para um acessório: 1. Significa que ele deve ser listado em um índice de instrumento. 2. Não significa que ele deva ser mostrado em um P&ID. 3. Signficica que ele deve ser tagueado em um P&ID, se mostrado. Os métodos de identificação escolhidos para o projeto devem ser documentados nas recomendações e normas de engenharia e projeto do Proprietário ou Usuário e na folha de legenda do desenho ou documento. Fig. 1.8. Retificador de vazão Fig. 1.8. Condicionador de vazão Fig. 1.8. Porta-placa BPCS - Sistema Básico de Controle de Processo Instrumentação e sistema que são instalados para monitorar e controlar operações de produção normais usados mas não limitados a combinações de simples monitores de malha pneumática e eletrônica e controladores, controladores lógico programáveis e sistemas de controle distribuídos. Um BPCS é necessário para operar uma planta ou processo. HLCS - sistema de controle de alto nível (HLCS): Um sistema que fornece sofisticação acima do BPCS. Suas funções são tipicamente baseadas em computador de processo ou equipamento de mais alto nível que interage com o processo pela manipulação de pontos de ajuste no BPCS. (Por exemplo, funções de controle no HLCS incluem, mas não estão limitada a controle estatístico de processo e controle preditivo antecipatório). Um HLCS não é necessário para operar uma planta ou processo. SIS - sistema instrumentado de segurança: Um sistema composto de sensores, resolvedores de lógica e elementos finais de controle com o objetivo de levar o processo para um estado seguro quando condições pré-determinadas forem violadas. Fig. 1.10. Sistemas de instrumentação 8 Símbolos e Identificação Objetivos de Ensino 1. Mostrar as normas, aplicações da simbologia e identificação dos instrumentos na indústria. 2. Apresentar os parâmetros para a identificação completa e correta dos instrumentos, quanto a local, filosofia, variável, função e modificadores de instrumentos analógicos e digitais. 3. A partir de uma descrição, elaborar um diagrama P&I (Processo & Instrumentos). 4. A partir de um P&I, descrever de modo completo e correto os equipamentos e instrumentos envolvidos. 1. Introdução A simbologia de instrumentação analógica e digital, compartilhada e integral, distribuída e centralizada se baseia nas seguintes normas: 1. ABNT 03.004, NBR 8190, 1983: Simbologia de Instrumentação. 2. ISA S5.1, Instrumentation Symbols and Identification, 1984 3. ISA S5.3, Graphic Symbols for Distributed Control/Shared Display Instrumentation, Logic and Computer Systems, 1983 2. Aplicações Os símbolos de instrumentação são encontrados principalmente em 1. Fluxogramasde processo e de engenharia, 2. Desenhos de detalhamento de instrumentação instalação, diagramas de ligação, plantas de localização, diagramas lógicos de controle, listagem de instrumentos, 3. Painéis sinópticos e semigráficos na sala de controle, 4. Diagramas de telas de vídeo de estações de controle. 3. Roteiro da identificação 3.1. Geral Cada instrumento ou função a ser identificada é designado por um conjunto alfanumérico, chamado de tag. A parte de identificação da malha correspondente ao número e é comum a todos os instrumentos da mesma malha. O tag pode ainda ter sufixo para completar a identificação. O número da malha do instrumento pode incluir o código da informação da área . Por exemplo, os tags TIC 500-103 e TIC 500-104 são de dois Controladores Indicadores de Temperatura, ambos da área 500 e os números seqüenciais são 103 e 104. Uma identificação típica é mostrada na Fig. 1.1. Fig. 1.1. Números de tag 3.3. Identificação funcional A identificação funcional do instrumento ou seu equivalente funcional consiste de letras da Tab. 2.5 e inclui uma primeira letra, que é a variável do processo medida ou de inicialização. A primeira letra pode ter um modificador opcional. Por exemplo, PT é o transmissor de pressão e PDT é o transmissor de pressão diferencial. A identificação funcional do instrumento é feita de acordo com sua função e não de sua construção. Assim, um transmissor de pressão diferencial para medir nível tem o tag LT (transmissor de nível) e não o de PDT, transmissor de pressão diferencial. Embora o transmissor seja construído e realmente meça a pressão diferencial, seu tag depende de sua aplicação e por isso pode ser LT, quando mede nível ou FT, quando mede vazão. Outro exemplo, uma chave atuada por pressão ligada à saída de um transmissor pneumático de nível tem tag LS, chave de nível e não PS, chave de pressão. O tag também não depende da variável manipulada, mas sempre da variável inicializada ou medida. Assim, uma válvula que manipula a vazão de Símbolos e Identificação 9 saída de um tanque para controlar nível, tem tag de LV ou LCV e não de FV ou FCV. Quando há somente duas letras, a segunda letra é a função do instrumento. FT é o tag de um transmissor (T) de vazão (F). Também a segunda letra, que corresponde a função do instrumento, pode ter um ou mais modificadores. FIA é o tag de um indicador de vazão, com alarme. Alarme é o modificador da função indicação. Também pode se detalhar o tipo de alarme, p. ex., FIAL é o tag de um indicador de vazão com alarme de baixa. O tag pode ter modificador da variável (primeira letra) e da função (segunda letra). Por exemplo, PDIAL é um indicador de pressão diferencial (modificador de pressão) com alarme (modificador do indicador) de baixa (modificador do alarme). Quando o tag possuir várias letras, pode-se dividi- lo em dois tags. O instrumento é simbolizado por dois balões se tangenciando e o tag por ser, por exemplo, TIC-3 para o controlador indicador de temperatura e TSH-3 para a chave manual associada ao controlador. Fig. 2.1. Painel sinóptico com simbologia Todas as letras de identificação de instrumentos são maiúsculas. Por isso, deve-se evitar usar FrC para controlador de relação de vazões e usar FFC, controlador de fração de vazões. As funções de condicionamento de sinal ou de computação matemática (+. -, x, ÷, √), comparação (<, =, >, <>), lógica (OR, AND) e conversão (i/p, p/i) devem ter os símbolos ao lado do balão, para esclarecer a função executada. 3.4. Identificação da malha A identificação da malha geralmente é feita por um número, colocado ao final da identificação funcional do instrumento associado a uma variável de processo. Esta numeração não está na norma, mas se baseia em bom senso ou códigos locais da empresa. A numeração pode ser serial ou paralela. Numeração paralela começa de 0 ou 1 para cada variável, TIC-100, FIC-100, LIC-100 e AI-100. Numeração serial usa uma única seqüência de números, de modo que se tem TIC-100, FIC-101, LIC-102 e AI-103. A numeração pode começar de 0, 1 ou qualquer outro número conveniente, como 101, 1001, 1201. Quando a malha tem mais de um instrumento com a mesma função, geralmente a função de condicionamento, deve-se usar apêndice ou sufixo ao número. Por exemplo, se a mesma malha de vazão tem um extrator de raiz quadrada e um transdutor corrente para pneumático, o primeiro pode ser FY- 101-A e o segundo, FY-101-B. Quando se tem um registrador multiponto, com n pontos, é comum numerar as malhas como TE-18-1, TE-18-2, TE-18-3 até TE-18-n. Quando um registrador tem penas dedicadas para vazão, pressão, temperatura, seu tag pode ser FR-2, PR-5 e TR-13. Se ele registra três temperaturas diferentes, seu tag pode ser TR-7/8/9. Acessórios de instrumentos, como purgador, regulador de pressão, pote de selagem e poço de temperatura, que às vezes nem é mostrado explicitamente no diagrama, precisam ser identificados e ter um tag, de acordo com sua função e deve ter o mesmo número da malha onde é utilizado. Esta identificação não implica que o acessório deva ser representado no diagrama. Também pode usar o mesmo tag da malha e colocando-se a palavra de sua função, como selo, poço, flange, purga. Há acessório que possui letra correspondente na norma, como W para poço (well) termal. Alguns projetistas usam pequenas diferenças de tag para distinguir válvulas auto controladas (reguladoras) de válvulas convencionais que recebem o sinal do controlador. Assim, a válvula auto controlada de temperatura tem tag de TCV e a válvula convencional de TV . Fig. 2.1. Painel sinóptico com simbologia Símbolos e Identificação 10 4. Símbolos A norma ISA 5.1 ilustra os símbolos que pretendem representar a instrumentação nos diagramas e desenhos. Ela mostra métodos de simbologia e identificação. Os símbolos indicam os vários instrumentos ou as várias funções aplicadas nos modos típicos. Este uso não implica, porém, que as aplicações ou designações dos instrumentos ou funções sejam restritas deste modo. Nenhuma inferência deve ser tomada que a escolha de qualquer esquema de ilustração constitua a recomendação para o método ilustrado de medição ou controle. Quando forem mostrados vários símbolos alternativos sem um estabelecimento de preferência, a seqüência relativa de símbolos não implica em preferência. O balão (bubble) pode ser usado para identificar símbolos diferentes, tais como válvulas de controle, quando tal identificação for desejável. Nestes casos, a linha conectando o balão ao símbolo do instrumento é desenhada próxima ao símbolo, mas não tocando nele. Em outros casos, o balão serve para representar o próprio instrumento. Um símbolo diferente cuja relação ao restante da malha é facilmente aparente do diagrama, deve ser individualmente simbolizado no diagrama. Por exemplo, uma flange de placa de orifício ou um válvula de controle que é parte de um sistema maior não precisa ser mostrada com um tag número no diagrama. Também, onde há um elemento primário conectado a outro instrumento em um diagrama, é opcional o uso de um símbolo para representar o elemento primário no diagrama. Uma breve explicação pode ser colocada junto ao símbolo ou linha para esclarecer a função de um item. Por exemplo, as notações de 20-60 kPa e 60-100 kPa junto às linhas de sinal para duas válvulas operando em faixa dividida (split range), tomadas juntos com os símbolos para os modos de falha, permitem completar o entendimento do objetivo. Do mesmo modo, quando duas válvulas são operadas em um modo divergente ou convergente de um sinal comum, as notações de 20 – 100 kPa ou 100-20 kPa junto com os modos de falha, permitem entender a função. Os tamanhos dos balões de identificação e os outros símbolos mostrados sãoos tamanhos geralmente recomendados; porém, os tamanhos ótimos podem variar dependendo do tamanho do diagrama final, dependendo do número de caracteres colocados na identificação do instrumento. Os tamanhos de outros símbolos podem ser selecionados como apropriados para acompanhar os símbolos de outros equipamentos no diagrama. Além das exigências gerais de desenho para simplicidade e legibilidade, os símbolos pode ser desenhados em qualquer orientação. Assim, as linhas de sinal em um diagrama entrando ou saindo de uma parte apropriada de um símbolo podem ter qualquer ângulo. Porém, os designadores do bloco de função da Tabela da norma e os tags números devem sempre ser desenhados com a orientação horizontal. Setas direcionais devem ser adicionados às linhas de sinal quando for necessário esclarecer a direção do fluxo de informação. O uso criterioso de tais setas em desenhos complexos irá facilitar o entendimento do sistema. As alimentações elétrica, pneumática, hidráulica ou outras para um instrumento não precisam ser mostradas, a não ser que seja essencial para um entendimento da operação do instrumento ou da malha. Fig. 2.2. Tela de operação com símbolos de instrumentos Em geral, uma linha de sinal é suficiente para representar as interligações entre dois instrumentos em uma fluxograma, mesmo que fisicamente eles sejam interligados por mais de uma linha. A seqüência em que os instrumentos ou funções de uma malha são conectadas em um diagrama deve refletir a lógica funcional ou o fluxo de informação, embora este arranjo não necessariamente corresponde à seqüência da conexão do sinal. Assim, uma malha eletrônica usando sinais analógicos de tensão requer fiação paralela, enquanto uma malha usando sinais analógicos de corrente requer interligação em série. Porém, o diagrama nos dois casos deve ser desenhado como se todos os fios fossem em paralelo, para mostrar as inter-relações funcionais claramente enquanto mantendo a apresentação independente do tipo de instrumentação finalmente instalada. As Símbolos e Identificação 11 interligações corretas são esperadas serem mostradas em um outro diagrama adequado. O grau de detalhe a ser aplicada a cada documento é inteiramente definido pelo usuário. Os símbolos e designações na norma podem mostrar tanto equipamento como função. Esquemas e artigos técnicos usualmente contêm simbologia e identificação muito simplificadas. Fluxogramas de processo usualmente são menos detalhados que fluxogramas de engenharia. Os fluxogramas de engenharia podem mostrar todos os componentes em linha mas podem diferir de um usuário a outro na quantidade de detalhes mostrados em linha. Em qualquer caso, deve haver consistência em cada aplicação. Os termos simplificado, conceitual e detalhado aplicados na norma foram escolhidos para representar um cruzamento de uso típico. Cada usuário deve estabelecer o grau de detalhes que satisfaz os objetivos do documento específico ou esquema sendo gerado. É uma prática comum para os fluxogramas de engenharia omitir os símbolos do sistema de intertravamento que são realmente necessários para um sistema funcionar, principalmente quando simbolizando sistemas de intertravamento elétrico. Por exemplo, uma chave de nível pode ser mostrada como desligando uma bomba ou chaves separadas de vazão e pressão podem ser mostradas como atuando uma válvula solenóide ou outro dispositivo de intertravamento. Nos dois casos, os relés elétricos auxiliares e outros componentes podem ser considerados detalhes a serem mostrados em outro lugar. Por causa das diferenças entre display e controle compartilhados e funções de computador serem geralmente confundidas, quando escolher símbolos para representá-los, o usuário deve confiar nas definições do fabricante, uso em uma determinada industria e no julgamento pessoal. Fig. 2.2. Tela de operação com símbolos de instrumentos 5. Tabelas As tabelas têm o objetivo de definir certos blocos de identificação e sistema de representação simbólica usados na norma de um modo conciso e facilmente referido. Tabela 1, Letras de Identificação, junto com as Notas para a Tabela 1, definem e explicam os designadores de letra individual usados como identificadores funcionais de acordo com as regras da seção de Identificação Funcional. Tabela 2, Combinações Típicas de Letras, tenta facilitar a tarefa de escolher combinações aceitáveis de letras de identificação. Tabela 3, Blocos de Função – Designações de função, é uma adaptação do método SAMA (Scientific Apparatus Manufactures Association) de diagramar funções. Dois usos básicos são encontrados nestes símbolos: 1. Como blocos de função individuais em diagramas conceituais 2. Como flags que designam funções executadas por balões em desenhos mais detalhados. Um terceiro uso é uma combinação dos primeiros dois e é encontrado em sistemas de controle compartilhados, onde, por exemplo, a linha do sinal da variável medida entra em um bloco de função raiz quadrada que é desenhado junto com o controlador compartilhado. Duas omissões serão notadas: o símbolo SAMA para Transferência e este para um Gerador de Sinal Analógico. Desde que o uso principal da norma ISA 5.1, de Simbologia, requer identificação a ser associada com um símbolo, é conveniente usar o balão HIC (controlador manual) para um gerador de sinal analógico e um HS (chave manual) com ou sem um balão de relé para uma função transferência. Sistemas Digitais 12 5.1. Tabela com Letras de Identificação Símbolos e Identificação 13 5.2. Notas explanatórias de Letras de Identificação As seguintes notas, indicadas na Tabela 4 por parêntesis são para serem usadas como uma ajuda no entendimento dos significados das letras quando eles forem usadas em certas posições nas Letras de Identificação da Malha ou Identificações Funcionais. (1) Primeiras Letras são uma Variável Medida ou Inicializada e, se necessário, uma combinação de uma Variável Medida ou Inicializada e um Modificador de Variável que serão referidos pelo significado combinado. (2) Os significados específicos dados para as Variáveis Medidas ou Inicializadas [ A], [B], [E], [F], [H], [I], [J], [K], [L], [P], [Q], [R], [S], [ T], [U], [V], [W], [Y] e [Z] não serão modificados. (3) A Variável Medida ou Inicializada análise, [A] será usada para todos os tipos de composição de fluido do processo e análise de propriedade física. O tipo de analisador e para analisadores de componente de fluido os componentes de interesse serão definidos fora do balão de tagueamento. a) Variáveis Medidas/Inicializadas “Escolha do Usuário” [C], [D] e [M] são atribuídas para identificar análise de condutividade, densidade e umidade, respectivamente, quando isto para prática comum do usuário. (4) A Variável Medida ou Inicializada análise, [A] não será usada para identificar vibração ou outros tipos de analises mecânicas ou de maquinas, que serão identificadas pela Variável Medida/Inicializada vibração ou análise mecânica [V]. (5) As letras “Escolha do Usuário”[C], [D], [M], [N] e [O] que cobrem significados repetitivos não listados que podem ter nenhum significada como uma Variável Medida ou Inicializada e outra como Letra Sucessiva serão definidas somente uma vez. Por exemplo, [N] pode ser definida como “módulo de elasticidade” como uma Variável Medida/Inicializada e “osciloscópio” como uma Função Leitura/Passiva. (6) Variável Medida/Inicializada multivariável [U] identifica um instrumento ou malha que requerer muitos pontos de medição ou outras entrada para gerar uma ou múltiplas saídas, tal como um PLC que usa múltiplas medições de pressão e temperatura para regular o chaveamentode múltiplas válvulas liga-desliga. (7) Variável Medida/Inicializada vibração ou análise mecânica [V] é usada para executar a função na monitoração de maquina que a Variável Medida/Inicializada análise [A] executa na monitoração do processo e exceto para vibração, é esperado que a variável de interesse seja definida fora do balão de identificação. (8) A Primeira Letra ou Letra Sucessiva para equipamentos ou funções não classificados [X] para significados não repetitivos que são usados somente uma vez ou para uma extensão limitada pode ter qualquer número de significados que serão definidos fora do balão de identificação ou por uma nota no documento. Por exemplo, [XR- 2] pode ser um registrador de stress e [XX-4] pode ser um osciloscópio de stress. (9) Variável Medida/Inicializada evento, estado ou presença [Y] é para ser usada quando as respostas de controle ou monitoração não são acionadas pelo tempo ou programa de tempo, mas acionadas por eventos, presença ou estado. (10) Combinações de Variável Medida/Inicializada e Modificador de Variável serão selecionadas de acordo de como a propriedade sendo medida é modificada ou mudada. (11) Variáveis medidas diretamente que serão consideradas como Variável Medida/Inicializada para Numeracao de Malha serão incluídas não são limitadas a: a) Diferencial [D] – pressão [PD] ou temperatura [TD]. b) Totalização [Q] – totalizador de vazão [FQ], quando medido diretamente, tal como por um medidor de deslocamento positivo. c) Eixo X, eixo Y ou eixo Z [X], [Y] ou [Z] – vibração [VX], [VY] e [VZ], força [WX], {WY] pi [WZ] ou posição [ZX], [ZY] ou [ZZ]. (12) Derivada ou calcula de outras variáveis medidas diretamente que não devem ser consideradas como Variável Medida/Inicializada ou Numeração de Malha incluirão mas não estão limitados a: a) Diferença [D] – temperatura [TD] ou peso {WD]. b) Relação [F] – Vazão {FF], pressão [PF] ou temperatura [TF]. c) Taxa de variação de tempo [K] – pressão [PK], temperatura [TK] ou peso [WK]. (13) Modificador de Variável tempo ou programa de tempo [K] em combinação com uma Variável Medida/Inicializada significa uma taxa de variação de tempo da variável medida ou inicializada; [WK] representa uma malha de variação de perda de peso. (14) Modificador de Variável segurança [S] é tecnicamente não uma variável medida diretamente mas é usada para identificar elementos primário e final com proteção de emergência auto-atuada somente quando usada em conjunção com Variável Medida/Inicializada vazão [F], pressão [P] ou temperatura [T]. E por causa da natureza crítica de tais equipamentos, [FS, PS e TS] deve ser considerada como Variável Medida/Inicializada em todos os Símbolos e Identificação 14 esquemas de construção de Número de Identificação de Malha. a) Válvula de segurança de vazão [FSV] se aplica a válvulas usadas para proteger contra excesso de vazão de emergência ou perda de vazão. Válvula de segurança de pressão [PSV] e válvula de segurança de temperatura [TSV] se aplicam a válvulas usadas para proteger contra condições de emergência de pressão e temperatura. Isso se aplica independente da construção ou modo de operação da válvula colocada na categoria de válvula de segurança, válvula de alivio ou válvula de alivio e segurança. b) Uma válvula de pressão auto-atuada que evita operação de um sistema de fluido em uma pressão maior que a desejada pelo alivio do fluido do sistema é uma válvula de controle de pressão a montante [PCV], mesmo se a válvula não é para ser usada normalmente. Porém, esta válvula é projetada como válvula de segurança de pressão [PSV] se ela protege contra condições de emergência perigosas para o pessoal ou equipamento que não são esperados subir normalmente. c) Disco de ruptura de pressão [PSE] e link fusível [TSE] se aplica a todos os sensores ou elementos primários usados para proteger contra condições de emergência de pressão e temperatura. d) [S] não deverá ser usado para identificar Sistemas Instrumentos de Segurança e componentes, ver (30). (15) A forma gramatical dos significados da Letra Sucessiva será modificada quando requerido. Por exemplo, “indicar” [I] pode ser lido como “indicador” ou “indicando”; “transmitir”[T] pode ser lido como “transmissor” ou “transmitindo”. (16) Função Leitura/Passiva visor, gauge ou equipamento de vista [G] deve ser usada em vez da Função Leitura/Passiva indicar [I] para instrumentos ou equipamentos que fornecem uma visão secundaria, tal como visor de nível, indicadores locais de pressão (manômetros) e visores de vazão. (rotâmetro de purga). a) Também usada para identificar equipamentos que fornecem uma vista não calibrada de operações da planta, tal como monitores de televisão. (17) Função Leitura/Passiva indicar [I] se aplica a leitura analógica ou digital de uma medição atual ou um sinal de entrada para um instrumento físico ou uma unidade de display de vídeo de um sistema de controle distribuído. a) No caso de uma estação manual, ela será usada para o dial ou indicação do sinal de saída sendo gerado [HIC] ou [HIK]. (18) Função Leitura/Passiva varredura [J], quando usada, indicará uma leitura periódica não continua de duas ou mais Variável Medida/Inicializada da mesma ou de diferente espécie, tais como registrador multiponto de temperatura e pressão. (19) Função Leitura/Passiva lâmpada [L] identifica equipamentos ou funções que são usadas para indicar status de operação normal, tal como motor liga-desliga, posição de atuador e não deve ser usada para indicação de alarme. (20) Função Leitura/Passiva registrar [R] se aplica a qualquer meio de armazenamento de informação ou dado em papel ou em meio eletrônico permanente ou semi-permanente em uma forma facilmente recuperável. (21) Leitura/Passiva e Função Saída/Ativa multifunção [U] é usada para: a) Identificar malhas de controle que tenham mais do que as funções usuais de indicar-registrar e controlar. b) Economiza espaço em desenhos não mostrando balões tangentes para cada função. c) Uma nota descrevendo as funções múltiplas deve ser usada no desenho, se necessário para esclarecimento adicional. (22) Função Leitura/Passiva acessório [X] é usada para identificar equipamento ou dispositivos que não medem ou controlam mas são necessários para a operação adequada da instrumentação. (23) Há diferenças no significado a ser considerado quando selecionando Função Saída/Ativa para controle [C], chave [S], válvula, damper ou basculante [V] e equipamento auxiliar [Y]. a) Controlar [C] significa um equipamento automático ou função que recebe um sinal de entrada gerado por um Variável Medida/Inicializada e gera um sinal de saída variável que é usado para modular ou chavear uma válvula [V] ou equipamento auxiliar [Y] em um ponto de ajuste pré-determinado para o controle de processo ordinário. b) Chavear [S] significa um equipamento ou função que conecta, desconecta ou transfere um ou mais sinais ou circuitos pneumáticos, eletrônicos, elétricos ou hidráulicos que podem ser atuados manualmente ou automaticamente diretamente por uma Variável Medida/Inicializada ou indiretamente por um transmissor da Variável Medida/Inicializada. c) Válvula, damper ou basculante [V] significa um equipamento que modula, chavea ou liga-desliga um jato de fluido do processo após receber um sinal de Símbolos e Identificação 15 saída gerado por um controlador [C], chave [S] ou equipamento auxiliar [Y]. d) Equipamento auxiliar [Y] significa um equipamento automático ou função atuada por um sinal do controlador [C], transmissor [T], ou chave [S] que conecta, desconecta, transfere, computa ou converte sinais ou circuitos pneumático, eletrônicos, elétricos ou hidráulicos. e) É incorreto usar as letras sucessivas CV para qualquer outra coisa que uma válvula de controle auto-atuada. (24) Estação de Controle Função Saída/Ativa[K] será usada para: a) Designar uma estação de controle acessível ao operador usada com um controlador automático que não tem uma chave auto-manual acessível ao operador integral ou chave de modo de controle. b) Arquitetura dividida ou equipamento de controle de campo onde as funções do controlador estão localizadas remotamente da estação do operador. (25) Equipamentos auxiliares e funções de Função Saída/Ativa [Y] incluem, mas não são limitados a, válvulas solenóides, relés e equipamentos e funções de conversão. (26) Equipamentos auxiliares Função Saída/Ativa [Y] para computação e conversão de sinal quando mostrados em um diagrama ou desenho serão definidos fora de seus balões com um símbolo apropriado da Tabela 5.6, Blocos de Função Matemática e quando escritos em texto incluirão uma descrição da função matemática da Tabela 5.6. (27) Modificadores de Função alta [H], baixa [L] e média ou intermediaria [M], quando aplicados a posições de válvulas e outros equipamentos de abrir-fechar, são definidos como segue: a) Alta [H], a válvula está em ou se aproximando da posição totalmente aberta. Aberta [O] pode ser usado como uma alternativa. b) Baixa [L], a válvula está em ou se aproximando da posição totalmente fechada. Fechada [C] pode ser usado como uma alternativa. c) Média ou intermediaria [M], a válvula está em se movimentando ou localizada ou entre a posição totalmente aberta ou totalmente fechada. (28) Modificador de Função desvio [D], quando combinado com Função Leitura/Passiva alarme [A] ou Função Saída/Ativa chave [S] indica que a variável medida tem se afastado de um ponto de ajuste do controle do controlador mais do que um valor predeterminado. (29) Modificadores de Função alto [H] ou baixo [L] serão adicionados somente se um desvio positivo ou negativo, respectivamente, é importante. (30) Modificadores de Função alta [H], baixa [L] e média ou intermediaria [M], quando aplicados a alarmes correspondem a valores da variável medida , não a valores do sinal de alarme atuante, a não ser que seja notado diferente. a) Um alarme de alto nível derivado de um sinal de transmissor de nível com ação reversa é um LAH, mesmo que o alarme seja atuado quando o sinal cai para um valor baixo. b) Os termos serão usados em combinação, quando apropriado, para indicar níveis múltiplos de atuação da mesma medição. Por exemplo, alto [H] e alto-alto [HH], baixo e baixo-baixo [LL] ou alto-baixo [HL]. (31) Modificador de Variável [Z] é tecnicamente não uma variável medida diretamente, mas é usado para identificar os componentes do Sistema Instrumentados de Segurança. a) [Z] não será usado para identificar os equipamentos de segurança, como dito em (14). Símbolos e Identificação 16 6. Desenhos Se um dado desenho ou conjunto de desenhos usa símbolos gráficos que são similares ou idênticos em forma ou configuração e que têm diferentes significados porque eles são tomados de diferentes normas, então devem ser tomados passos adequados para evitar mal interpretação dos símbolos usados. Estes passos podem ser usados notas de esclarecimento, notas de referência, gráficos comparativos que ilustram e definem os símbolos em conflito ou outros meios convenientes. Esta exigência é principalmente crítica em casos onde os símbolos tomados de diferentes disciplinas são misturados e sua má interpretação poderia causar perigo para o pessoal ou dano ao equipamento. É recomendável que o usuário escolha ou o símbolo elétrico de linha pontilhada ou o símbolo com três traços e tenha consistência. Os símbolos binários ou discretos (liga-desliga) são disponíveis para estas aplicações onde o usuário ache isto necessário para distinguir sinais analógicos e discretos. Se, no julgamento do usuário, a aplicação não requer tal diferenciação, a linha reversa pode ser omitida dos símbolos de linha de sinal discreto. A consistência é sempre recomendada em dado conjunto de documentos. 6.1. Parâmetros do Símbolo A normalização dos símbolos e identificações dos instrumentos de medição e controle do processo, que inclui símbolos e códigos alfa numéricos, torna possível e mais eficiente a comunicação do pessoal envolvido nas diferentes áreas de uma planta: projeto manutenção, operação e processo. A simbologia correta da instrumentação deve conter os seguintes parâmetros 1. Identificação das linhas de interligação dos instrumentos, p. ex.., pneumática, eletrônica analógica e eletrônica digital 2. Determinação do local de instalação dos instrumentos, acessível ou não acessível ao operador de processo. 3. Filosofia da instrumentação, quanto ao instrumento ser dedicado a cada malha ou compartilhado por um conjunto de malhas de processo 4. Identificação (tag) do instrumento, envolvendo a variável, a função do instrumento e o numero da malha. 6.2. Alimentação dos instrumentos Todas as linhas devem ser finas em relação às linhas de tubulação do processo. A maioria absoluta dos instrumentos de medição e de controle requer alguma fonte de alimentação, que lhe forneça algum tipo de energia para seu funcionamento. Os tipos mais comuns de alimentação são a elétrica e a pneumática, porém há muitas outras disponíveis. As seguintes abreviações são sugeridas para denotar os tipos de alimentação. Opcionalmente, elas podem indicar também tipos de purga. AS Suprimento de ar (Air supply) ES Suprimento elétrico (Electric supply) GS Suprimento de gás (Gas supply) HS Suprimento hidráulico NS Suprimento de Nitrogênio SS Suprimento de Vapor (Steam supply) WS Suprimento de água (Water supply) O nível de alimentação pode ser adicionado à linha de alimentação do instrumento. Por exemplo, AS 100 kPa (alimentação pneumática de 100 kPa), ES 24 V cc (alimentação de 24 V cc para instrumento elétrico). 6.3. Representação do instrumento O instrumento completo é simbolizado por um pequeno balão circular, com diâmetro aproximado de 12 mm, embora o tamanho do símbolo possa variar de acordo com as necessidades do usuário e do tipo do documento. Os avanços nos sistemas de controle com instrumentação aplicando microprocessador, computador digital, que permitem funções compartilhadas em um único instrumento e que utilizam ligações por programação ou por elo de comunicação digital, fizeram surgir outros símbolos de instrumentos e de interligações. O usuário pode usar abreviações para numerar o painel de instrumentos (IP), console de instrumentos (CI), console de computador (CC) quando necessário para especificar a localização do instrumento ou de sua função. Símbolos e Identificação 17 6.4. Linhas entre os Instrumentos As linhas de ligações entre os instrumentos devem ser mais finas que as linhas de processo e são simbolizadas como mostrado a seguir. Símbolos e Identificação 18 6.5. Balão do Instrumento Símbolos e Identificação 19 B.9. Conexões de sinal de instrumento para instrumento comum Instrumentação pneumática discreta: Instrumentação eletrônica discreta: Display compartilhado, instrumentação de controle compartilhado: Display compartilhado, instrumentação de controle compartilhado, com diagnostico e bus de calibração na fiação de campo: Display compartilhado, controle compartilhado e instrumentação wireless: Símbolos e Identificação 20 Display compartilhado, instrumentação de controle compartilhado, sistemas principal e alternativa, sem comunicação de inter-bus: Display compartilhado, controle compartilhado, sistemas principal e alternativa, com comunicação de inter-bus:Controlador/posicionador de válvula fieldbus, transmissor e indicador: Símbolos e Identificação 21 7. Malha de controle A Fig. 2.1 ilustra como os símbolos são combinados para descrever uma determinada malha de controle. Há vários níveis de detalhamento. Na Fig. 2.1 (a), tem-se a malha com todos os detalhes e na Fig. 2.1 (b), a malha simplificada. Esta malha é de controle e indicação de pressão (PIC). O controlador é compartilhado (símbolo quadrado) e o seu ponto de ajuste é estabelecido por um computador supervisório (símbolo hexágono) através de um protocolo digital de dados compartilhados que fornece o elo de programação entre o computador e o sistema de controle compartilhado (linha com traço e circulo). O número da malha de controle é único e igual a 211, que pode indicar a 11a malha da área 200. Todos os componentes da malha possuem este mesmo número, ou seja, 1. transmissor PT 211 2. transdutor i/p PY 211 3. controlador PIC 211 O transmissor PT 211 está ligado ao processo através de uma válvula de bloqueio de ½ " (13 mm) e sente a pressão de 0 a 300 psi e gera na saída o sinal padrão de corrente eletrônica de 4 a 20 mA cc. O sinal de saída do transmissor é recebido e identificado no multiplexador do sistema compartilhado como a entrada analógica #17 (AI- 17). O controlador PIC 211 se encontra no console #2 (C-2) do sistema compartilhado e tem as funções de controle PI (proporcional e integral). O sistema compartilhado também fornece um sinal de alarme de alta (PAH) e uma variação de pressão de alta (dP/dt) desta medição. No lado da saída do controlador, o sinal que deixa o multiplexador do sistema é identificado como a saída analógica (AO-21), que também é o sinal de 20 mA cc. Este sinal eletrônico é recebido por um transdutor i/p, que o converte para o sinal pneumático de 20 a 100 kPa (0,2 a 1,0 kgf/cm2 ou 3 a 15 psi), que está montado na válvula de controle PCV 211. A válvula tem condição de falha fecha (fail close - FC) e possui um posicionador (P). O transdutor i/p requer a alimentação pneumática (AS - air supply), típica de 140 kPa (22 psi). O diagrama da Fig. 2.1 (b) mostra uma malha de controle de pressão, digital e compartilhada, PIC. (a) Representação detalhada (b) Representação simplificada Fig. 2.1. Representação detalhada de uma malha de controle de pressão (a) e a equivalente, simplificada (b). Símbolos e Identificação 22 Um exemplo de diagrama de instrumento, funcional e elétrico para um processo simples Descrição do controle do processo: Descrição do processo: Tanque periodicamente cheio com um fluido, em volumes pequenos e grandes durante períodos pequenos e longos. Descrição do controle: Sistema de controle projetado para: Pequenos volumes para longos e curtos periodos permitirão o tanque encher até um nível auto para automaticamente ligar a bomba e depois parar a bomba quando o nível estiver baixo Grandes volumes para longos períodos permitirão a bomba operar continuamente e manter um nível determinado com uma malha de controle em cascata do nível sobre a vazão. Controle da bomba é selecionado por uma chave seletora de três posições: Manual-Desligada-Auto: Método a) chave seletora na posição “Manual”. Método b) chave seletora na posição “Auto”. Bomba deverá parar a qualquer momento: Automaticamente, se o nivel baixo for atingido. Pela operação da botoeira Desligar. Colocando a chave seletora H-D-A na posição “Desligada”. Diagrama dos instrumentos e processo (P&ID) Diagrama funcional Símbolos e Identificação 23 Fig. 2.4. Fluxograma de Engenharia mostrando controle e intertravamento. Especificações 24 Especificações Objetivos de Ensino 1. Listar as propriedades do instrumento: funcionalidade e estabilidade. 2. Apresentar as principais normas de classificação mecânica do instrumento: NBR IEC e NEMA. 3. Mostrar as principais especificações metrológicas do instrumento: precsao e exatidão. 4. Listar as especificações funcionai e físicas do instrumento. 5. Mostrar as especificações de segurança relacionadas com a classificação elétrica do instrumento, apresentado as princpais técnicas de proteção Ex. 6. Apresentar os principais problemas com corrosão, mostrando as técnicas especiais para manipular fluidos difíceis, como cloro, enxofre, oxigênio e hidrogênio. 1. Informação do Produto Os fabricantes de instrumentos geralmente possuem definições para as especificações de seus produtos e como elas devem ser apresentadas. Muita coisa está mudando nos anos 90, principalmente por causa das exigências e da certificação das normas da série ISO 9000. A informação do produto é um termo genérico para qualquer atributo usado para descrever um produto e suas capacidades. É o termo mais geral usado para discutir a propriedade de um produto. A informação inclui os dados que são registrados, publicados, organizados, relacionados ou interpretados dentro de um sistema de referência de modo que tenham significado. As informações de um instrumento possui a seguinte hierarquia de termos: 1. propriedades (features) 2. especificações 3. características 1.1. Propriedade (feature) Propriedade é um atributo do produto oferecida como uma atração especial. As propriedades descrevem ou melhoram a utilidade do produto para o usuário. Uma propriedade não é necessariamente mensurável, mas ela pode ter um parâmetro associado mensurável. Se uma propriedade com um parâmetro mensurável é de interesse do usuário, uma especificação do produto descreve e quantifica esta propriedade. Por exemplo, uma interface I/O de um medidor é uma propriedade e não é mensurável, mas o filtro de banda de passagem de resolução estreita é um atributo com um parâmetro mensurável, que é a largura da faixa de passagem. As propriedades do instrumento são descritas com adjetivos e não com números. Os termos são vagos e promocionais, como 1. Qualidade superior, 2. Alta precisão, 3. Instalação simples. 4. Cápsula possui pequeno volume 1.2. Especificação A especificação é uma descrição quantitativa das características requeridas de um equipamento, máquina, instrumento, estrutura, produto ou processo. Enquanto a propriedade diz que o instrumento tem alta precisão, a especificação diz que a precisão é de ±0,1% do valor medido, incluindo linearidade, repetitividade, reprodutibilidade e histerese. Em engenharia, as especificações são uma lista organizada de exigências básicas para materiais de construção, composições de produto, dimensões ou condições de teste ou um número de normas publicadas por organizações (como ASME, API, ISA, ISO, ASTM) e muitas companhias possuem suas próprias especificações. Em inglês, é chamada abreviadamente de specs. As especificações descrevem formalmente o desempenho do produto. Uma especificação é um valor numérico ou uma faixa de valores que limita o desempenho de um parâmetro do produto. A garantia do produto cobre o desempenho dos parâmetros descritos pelas especificações. Os produtos satisfazem todas as especificações quando despachado da fábrica. Algumas especificações são somente válidas sobre um conjunto de condições externas limitado ou restrito mas em tais casos a especificação inclui uma descrição destas condições limitadas. As especificações ambientais também definem as condições que um produto pode ser submetido sem afetar permanentemente o seu desempenho ou causar estrago físico. Estas condições podem ser Especificações 25 climáticas, eletromagnéticas (como susceptibilidade eletromagnética), mecânicas, elétricas ou precondições de operação, (como tempo para
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