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CAPÍTULO 10 O QUE É SOCIEDADE MODERNA? MONTESQUIEU: OS TRÊS PODERES P. 228 2º ANOS PROFESSORA: VALDENISE MORAIS MONTESQUIEU Barão de La Brède e de Montesquieu, conhecido como Montesquieu foi um político, filósofo e escritor francês. Aristocrata, filho de família nobre, nasceu no dia 18 de Janeiro de 1689 e cedo teve formação iluminista com padres oratorianos. Revelou-se um crítico severo e irônico da monarquia absolutista, bem como do clero católico. Adquiriu sólidos conhecimentos humanísticos e jurídicos, mas também frequentou em Paris os círculos da boêmia literária. Ficou famoso pela sua teoria da separação dos poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais, inclusive a Constituição Brasileira. TEORIA FILOSÓFICA E POLÍTICA DE MONTESQUIEU • Montesquieu foi um crítico do absolutismo e do catolicismo, que através de suas influências abusavam da posição social, dominando os homens e ocultando a sua capacidade de raciocínio. • Aspirante da liberdade, foi um dos primeiros sociólogos e cientistas políticos a tentar descobrir as conexões existentes entre as leis e a realidade social de cada grupo. CLASSIFICOU AS LEIS EM DOIS TIPOS: • as leis naturais, feitas por Deus, regem a natureza, são perfeitas e indiscutíveis; • as leis instituídas pelo homem, chamadas “leis positivas”, que seriam apenas uma modalidade da lei, mas deveriam buscar expressar as necessidades do povo. “O ESPÍRITO DAS LEIS” • Para Montesquieu, não existia uma forma de governo que servisse para qualquer povo em qualquer época. Assim, para desenvolver um sistema político efetivo, diversos aspectos deveriam ser analisados, como o desenvolvimento econômico-social e o fatos geográficos do país. • Em “O Espírito das Leis” (1748), sua maior obra, o filósofo tenta esclarecer o que é necessário e indispensável na relação lógica entre as diferentes instituições políticas e sociais que as leis fundamentam. • Montesquieu considerava que cada uma das três formas de governo era baseada por um princípio: • o republicano (governo do povo) baseia-se na virtude; “Quando, na república, o povo em conjunto possui o poder soberano, trata-se de uma Democracia. Quando o poder soberano está nas mãos de uma parte do povo, chama-se uma Aristocracia.” • o monárquico (governo de um só) baseia-se na honra; “Os poderes intermediários, subordinados e dependentes, constituem a natureza do governo monárquico, isto é, daquele onde um só governa com leis fundamentais.” • o despótico baseia-se no medo. “Resulta da natureza do poder despótico que o único homem que o exerce faça-o da mesma forma ser exercido por um só. Um homem para o qual seus cincos sentidos dize incessantemente que ele é tudo e que os outros não são nada é naturalmente preguiçoso, ignorante, voluptuoso.” https://www.guiaestudo.com.br/democracia Doutrina dos três poderes • Executivo: órgão responsável pela administração do território, declarar paz ou guerra, enviar embaixadores e estabelecer segurança; • Legislativo: órgão responsável por produzir, corrigir e revogar as leis; • Judiciário: órgão responsável pela fiscalização do cumprimento das leis, como julgar e punir crimes. PRINCIPAIS OBRAS Proficiente leitor e escritor, divulgou suas ideias por meio de muitas obras, das quais se destacam: •Cartas Persas (1721) •Considerações sobre as Causas da Grandeza dos Romanos e de sua Decadência (1734) •O Espírito das Leis (1748) FRASES • “O estudo foi para mim o remédio soberano contra os desgostos da vida, não havendo nenhum desgosto de que uma hora de leitura me não tenha consolado.” • “As conquistas são fáceis de fazer, porque as fazemos com todas as nossas forças; são difíceis de conservar, porque as defendemos só com uma parte das nossas forças.” • “Se quiséssemos ser apenas felizes, isso não seria difícil. Mas como queremos ficar mais felizes do que os outros, é difícil, porque achamos os outros mais felizes do que realmente são.” • “A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios.” • “Sempre vimos boas leis, que fizeram com que uma pequena república crescesse, transformarem-se depois num peso para ela, depois de grande.” • “É preciso saber o valor do dinheiro: os pródigos não o sabem e os avaros ainda menos.”
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