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AP_v2 - adm ter rodoviarios_compilado

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Administração 
de Terminais 
Rodoviários
SEST - Serviço Social do Transporte
SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
Fale Conosco
0800 728 2891
ead.sestsenat.org.br
3
Sumário
Apresentação 9
Módulo 1 11
Unidade 1 | Breve Histórico do Transporte Urbano 12
1. A Evolução do Transporte Urbano 14
2. O Surgimento do Ônibus com Tração Mecânica 16
Glossário 19
Atividades 20
Referências 21
Unidade 2 | A Dimensão do Transporte Urbano 22
1. A Importância do Transporte Urbano 24
2. Conceitos Básicos Relacionados ao Transporte Urbano 25
3. O Transporte Público Urbano 26
4. Planejamento, Gestão e Operação 28
Glossário 29
Atividades 30
Referências 31
Unidade 3 | Modos de Transporte Urbano 32
1. Classificação dos Modos de Transporte Urbano 34
1.1. Modo Privado ou Individual 34
1.2. Modo Público, Coletivo ou de Massa 34
1.3. Modo Semipúblico 35
2. Modo de Transporte Público, Coletivo ou de Massa 35
2.1. Sustentação e Dirigibilidade 36
4
2.2. Energia para a Locomoção 36
2.3. Espaço Utilizado para a Locomoção 38
Glossário 39
Atividades 40
Referências 41
Módulo 2 42
Unidade 4 | Conceitos e características do Transporte Urbano 43
1. Preferência em Semáforos 45
2. Influência do Tipo de Bilhetagem 45
3. Influência do Tipo de Parada 46
4. Operação em Comboio 46
5. Modo Ônibus 47
Glossário 50
Atividades 51
Referências 52
Unidade 5 | Linhas e Redes no Transporte Público 53
1. As Linhas do Transporte Público 55
1.1. Tipos de Linhas Quanto ao Traçado 55
1.2. Tipos de Linha Quanto à Função 56
2. As Redes no Transporte Público 57
2.1. Rede Radial 58
2.2. Rede em Malha 59
2.3. Rede Radial com Linhas Troncoalimentadas 59
2.4. Redes de Transporte Semiurbanas, Intermunicipais, Interestaduais e Internacionais 60
5
Glossário 61
Atividades 62
Referências 63
Unidade 6 | Integração no Transporte Público Urbano 64
1. A Integração no Transporte Público e sua Importância 66
2. A Integração Física 66
3. A Integração Tarifária 67
4. A Integração no Tempo 68
Glossário 70
Atividades 71
Referências 72
Módulo 3 73
Unidade 7 | Elementos dos Terminais Rodoviários 74
1. Conhecendo os Pontos de Parada de Ônibus 76
2. Terminais Rodoviários 78
Glossário 80
Atividades 81
Referências 82
Unidade 8 | Terminais Rodoviários - Classificação 83
1. Classificação dos Terminais 85
1.1. Quanto ao Modo de Transporte 85
1.2. Quanto à Organização Político - Administrativa 85
2. Caracterização Funcional do Terminal Rodoviário 86
Glossário 90
6
Atividades 91
Referências 92
Unidade 9 | Terminais Rodoviários - Instalações 93
1. Elementos Funcionais Básicos do Terminal Rodoviário 95
2. Instalações Básicas do Terminal Rodoviário 98
Glossário 100
Atividades 101
Referências 102
Módulo 4 103
Unidade 10 | Indicadores de Desempenho na Gestão de Terminais Rodoviários 104
1. A Escolha de Indicadores e Índices de Desempenho na Gestão 
de Terminais Rodoviários 106
1.1. Indicador de Infraestrutura (IE) 106
1.2. Indicador de Gerência do Terminal (GT) 108
Glossário 112
Atividades 113
Referências 114
Unidade 11 | Gestão de Terminais - gerência de viagens 115
1. A Escolha de Indicadores e Índices de Desempenho na Gestão 
de Terminais Rodoviários (Continuação) 117
1.1. Indicador de Despesas e Receitas (DR) 117
1.2. Indicador da Gerência de Viagens (GV) 119
Glossário 121
Atividades 122
Referências 123
7
Unidade 12 | Gestão de Terminais - Geração de viagens 124
1. A Escolha de Indicadores e Índices de Desempenho na Gestão 
de Terminais Rodoviários (Continuação) 126
1.1. Indicador de Geração de Viagens (GG) 126
1.2. Índice Geral de Desempenho do Terminal (IGDT) 128
2. A Qualidade nos Terminais Rodoviários 129
Glossário 131
Atividades 132
Referências 133
Módulo 5 134
Unidade 13 | Novos Modelos de Exploração de Terminais 135
1. Desafios do Financiamento da Implantação de Novos Terminais Rodoviários 137
2. Exemplo de Financiamento de Implantação do Novo Terminal 
Rodoviário de Belo Horizonte - MG 139
Glossário 143
Atividades 144
Referências 145
Unidade 14 | Acessibilidade nos Terminais 146
1. A Acessibilidade aos Terminais Rodoviários 148
2. As Adaptações e Reformas Necessárias são Complicadas e Caras? 148
3. A Adequada Sinalização 149
4. Cuidados com o Piso 149
5. Tipos de Sinalização no Piso 150
6. As Rampas 151
7. Cuidados com as Escadas 151
8
8. Corrimãos e Guarda - Corpos 152
Glossário 154
Atividades 155
Referências 156
Unidade 15 | Acessibilidade e Infraestrutura 158
1. Vagas Reservadas para Veículos 160
2. Bilheterias e Balcões de Informação 161
3. Embarque e Desembarque em Ônibus 161
4. Cuidados com Sanitários 162
5. Telefones Públicos Acessíveis 164
6. Equipamentos Eletromecânicos 165
7. Atendimento Prioritário 165
Glossário 166
Atividades 167
Referências 168
Gabarito 169
9
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) ao curso Administração de Terminais Rodoviários! 
Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de 
cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos, 
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e 
ajudar na compreensão do conteúdo. 
O curso possui carga horária total de 70 horas e foi organizado em 5 módulos e 15 
unidades, conforme a tabela a seguir.
Módulos Unidades Carga Horária
1
Unidade 1 | Breve 
Histórico do Transporte 
Urbano
5 h
Unidade 2 | A Dimensão do 
Transporte Urbano
5 h
Unidade 3 | Modos de 
Transporte Urbano 
5 h
2
Unidade 4 | Conceitos 
e Características do 
Transporte Urbano 
5 h
Unidade 5 | Linhas e Redes 
no Transporte Público
5 h
Unidade 6 | Integração no 
Transporte Público Urbano
5 h
3
Unidade 7 | Elementos dos 
Terminais Rodoviários 
5 h
Unidade 8 | Terminais 
Rodoviários de 
Passageiros – Classificação 
5 h
Unidade 9 | Terminais 
Rodoviários de 
Passageiros – Instalações
5 h
10
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas 
“Aulas Interativas”;
b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60; 
c) responder à “Avaliação de Reação”; e
d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.
Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de 
dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br ou pelo telefone 0800 72 82 891.
Bons estudos!
4
Unidade 10 | Indicadores 
de Desempenho na Gestão 
de Terminais
5 h
Unidade 11 | Gestão de 
Terminais – Gerência de 
Viagens
4 h
Unidade 12 | Gestão de 
Terminais – Gerações de 
Viagens
4 h
5
Unidade 13 | Novos 
Modelos de Exploração de 
Terminais 
4 h
Unidade 14 | 
Acessibilidade e 
Adaptações nos Terminais
4 h
Unidade 15 | 
Acessibilidade e 
Infraestrutura nos 
Terminais
4 h
Administração 
de Terminais 
Rodoviários
MÓDULO 1
12
UNIDADE 1 | BREVE HISTÓRICO 
DO TRANSPORTE URBANO
13
Unidade 1 | Breve Histórico do Transporte Urbano
Como se desenvolveu o transporte urbano? Como se deu 
o surgimento dos ônibus com tração mecânica? Por que é 
importante um gestor de terminal rodoviário de passageiros 
entender de mobilidade urbana?
Para que o gestor de terminal rodoviário de passageiro possa entender melhor o contexto 
em que está inserida a sua atividade, os conhecimentos abordados neste curso serão 
transmitidos de forma gradual, partindo-se do transporte urbano,passando pela 
infraestrutura de transportes, até chegar à gestão de terminais propriamente dita. 
Vamos dar início a esta primeira unidade com a evolução do transporte urbano para, em 
seguida, tratar do surgimento do ônibus com tração mecânica.
Fonte: www.freeimages.com
14
1. A Evolução do Transporte Urbano
De acordo com Torbi (2014) e Ferraz (2004), a história do desenvolvimento do 
transporte urbano está intrinsecamente relacionada à evolução dos núcleos urbanos. 
A explicação da relação existente entre o desenvolvimento do 
transporte urbano e a evolução dos núcleos urbanos advém do 
fato de que os meios de transporte disponíveis sempre 
exerceram e exercem grande influência na localização, no 
tamanho e nas características das cidades, bem como nos 
hábitos da população.
O crescimento e o progresso econômico e social de uma cidade dependem, sobretudo, 
das facilidades de troca de informações e produtos com outras localidades. É por isso 
que as primeiras aglomerações humanas irromperam à beira do mar e dos grandes rios 
e lagos, uma vez que o meio de transporte predominante na época eram as embarcações. 
E o desenvolvimento de outros meios de transporte — tais como o ferroviário, 
inicialmente, e, em seguida, o rodoviário e o aéreo – é que permitiu o surgimento de 
cidades distantes das rotas de navegação mais importantes.
Todavia, a dimensão das cidades estava condicionada 
a dois fatores: a capacidade de obter alimentos e 
combustíveis – por meio de produção própria ou do 
deslocamento a outras aglomerações; e a distância 
máxima que as pessoas podiam percorrer a pé para 
trabalhar e realizar outras atividades concernentes 
à vida urbana.
Tomando como base o fato de que a maioria das 
viagens com destino à área central das cidades 
eram realizadas a pé, com velocidade de caminhada 
de 4 km/h, em um tempo máximo de viagem de 20 
minutos, chegamos à conclusão de que a distância 
do centro a que, em tese, as primeiras cidades 
poderiam chegar era de cerca de 1,3 km.
Fonte: www.freeimages.com
15
Com o advento dos primeiros ônibus, as cidades puderam desenvolver-se um pouco 
mais. Não pelo fato de que a velocidade desses veículos fosse muito maior – era de, 
aproximadamente, 5 km/h –, mas sim porque não precisar despender esforço físico 
permitia deslocamentos mais longos.
Os bondes puxados por cavalos – os quais se locomoviam à velocidade em torno de 7 
km/h – transformaram, novamente, a possibilidade de crescimento das aglomerações 
humanas. O bonde elétrico, por sua vez – com velocidade de cerca de 15 km/h – 
revolucionou, peremptoriamente, o crescimento das cidades, as quais podiam chegar 
a 7,5 km de raio de extensão.
Não obstante, vieram os ônibus e os automóveis — que se 
deslocavam a velocidades maiores – fazendo as cidades 
crescerem ainda mais. Além disso, destaca-se que também 
contribuíram para o desenvolvimento das cidades o trem 
suburbano e o metrô, bem como a implantação de vias 
expressas, em que os veículos podem se locomover a velocidades 
muito maiores do que nas vias comuns.
Em relação ao uso do solo urbano, houve a influência do tipo de transporte. Quando o 
deslocamento era realizado a pé ou se valendo de animais, as cidades eram pequenas 
e densas. Com os bondes, as cidades começaram a se desenvolver ao longo das linhas, 
porque as pessoas procuravam morar próximo, e ter os seus negócios nas redondezas, 
das vias férreas. 
Com os trens suburbanos, teve início a ocupação não uniforme do uso do solo, 
prevalecendo a concentração de moradias e atividades próximas às áreas das estações. 
Com os ônibus e os automóveis, houve mudanças positivas e negativas. As positivas 
estão relacionadas à permeabilidade do espaço urbano ao automóvel e ao ônibus, 
permitindo a ocupação dos vazios deixados pelo bonde e pela ferrovia e adensando 
mais uniformemente o tecido urbano. Já as mudanças negativas dizem respeito à 
expansão da mancha urbana de forma irracional, provocando baixas densidades de 
ocupação e, dessa forma, deteriorando a eficiência econômica da infraestrutura viária 
e dos serviços públicos, assim como do próprio transporte urbano.
16
Outro ponto importante é que o transporte público suscitava a 
concentração de atividades comerciais e de serviços na área 
central das cidades, uma vez que era aonde os passageiros 
chegavam por meio de viagens diretas, sem transbordos. Com a 
utilização do automóvel, a descentralização das cidades foi 
bastante favorecida. Dessa forma, apareceram os shopping 
centers um pouco mais afastados dos centros. Além disso, tal 
descentralização permitiu um pequeno alívio para a falta de 
estacionamentos nas regiões centrais do comércio tradicional.
Entretanto, o crescente uso do automóvel acarretou problemas variados para as 
aglomerações humanas: congestionamentos, acidentes, poluição atmosférica, 
desumanização dos espaços devido às grandes áreas destinadas a vias e 
estacionamentos, baixa eficiência econômica em face da necessidade de grandes 
investimentos no sistema viário e ao espraiamento das cidades.
Atualmente, os congestionamentos atingiram níveis alarmantes, 
a tal ponto de a velocidade de deslocamento do ônibus ou do 
automóvel, em várias grandes cidades brasileiras, ser menor do 
que a velocidade dos bondes empregados no passado.
2. O Surgimento do Ônibus com Tração Mecânica
Consoante Torbi (2014) e Ferraz (2004), no século XIX, foram realizadas diversas 
tentativas para movimentar os ônibus com propulsão mecânica – a propulsão a vapor 
foi uma delas. Contudo, a tentativa exitosa ocorreu em 1890, quando os primeiros 
ônibus movidos a gasolina começaram a circular em algumas cidades da Alemanha, 
França e Inglaterra.
17
Qual a origem da palavra ônibus? Várias das designações têm 
origem em omnibus — significando “para todos” em latim. Este 
termo foi usado, desde o século XIX, para designar um tipo de 
transporte coletivo de passageiros puxado a cavalo, usado nas 
grandes cidades do mundo, com características e funções muito 
semelhantes aos transportes coletivos atuais. A partir da 
utilização da propulsão mecânica, começa-se a adotar a forma 
ônibus.
Por volta de 1920, iniciou-se a operação dos primeiros ônibus movidos a óleo diesel, 
começando pela Alemanha, depois indo para a Inglaterra. Uma ocorrência interessante 
é que, nessa época, as rodas dos ônibus deixaram de ser de borracha maciça e mudaram 
para pneus com câmaras de ar.
Com isso, o ônibus passou a suceder o bonde no transporte urbano devido às seguintes 
vantagens: 
• Menor custo, visto que não necessita de subestações de energia elétrica, trilhos 
e cabos elétricos; 
• Flexibilidade nas rotas em face da possibilidade de desvio de trechos de vias 
públicas bloqueadas por incidentes ou execução de serviços; e 
• Maior confiabilidade, em razão de as interrupções no sistema de energia elétrica 
não interromperem todo o transporte.
Com o galgar do tempo, diversas inovações 
tecnológicas foram incorporadas aos ônibus, até 
culminar nos modelos dos ônibus modernos, os quais 
constituem o principal modo de transporte público 
urbano empregado, atualmente, ao redor do mundo 
(NTU, 2016).
Não se pode olvidar, é claro, do ônibus elétrico – 
também denominado de trólebus. Ele teve grande 
importância no transporte urbano no período entre 
1920 e 1950, sendo que a primeira linha regular data 
de 1901, em Paris, na França.
Fonte: www.freeimages.com
18
Nos Estados Unidos, por exemplo, a utilização do trólebus iniciou-se, de forma mais 
intensa, em 1925, principalmente com o aproveitamento da rede elétrica dos bondes.
Em diversos países do mundo, o apogeu dos trólebus ocorreu nas cercanias de 1950. 
Nas décadas seguintes, muitos dos sistemas foram desativados. 
Diversos fatorescontribuíram para o declínio do uso do 
trólebus, entre eles: a rigidez das rotas; o custo de operação 
superior ao do ônibus a diesel; a menor confiabilidade em 
relação aos ônibus a diesel; a massificação do uso do automóvel.
Resumindo
A explicação da relação existente entre o desenvolvimento do transporte 
urbano e a evolução dos núcleos urbanos advém do fato de que os meios 
de transporte disponíveis sempre exerceram, e ainda exercem, grande 
influência na localização, no tamanho e nas características das cidades, 
bem como nos hábitos da população.
Atualmente, os congestionamentos atingiram níveis alarmantes, devendo-
se priorizar os meios de transporte coletivo – tais como os ônibus – em 
detrimento dos automóveis.
Com o passar do tempo, diversas inovações tecnológicas foram incorporadas 
aos ônibus, até culminar nos modelos dos ônibus modernos, os quais 
constituem o principal modo de transporte público urbano empregado, 
atualmente, ao redor no mundo.
19
Glossário
Apogeu: o mais alto grau, o ponto culminante. 
Concernentes: que possui algum tipo de relação com; relativo: o argumento 
concernente ao estudo proposto.
Galgar: caminhar, perpassar, dando grandes passos.
Gradual: que aumenta ou diminui por grau: ordem gradual. 
Intrinsecamente: que faz parte da essência; que é característico, próprio.
Irromperam: Invadir; entrar com ímpeto ou violentamente: os alunos irromperam na 
sala.
Peremptoriamente: de maneira decisiva, de modo categórico.
20
Marque a alternativa correta: 
(1) As rodas dos primeiros ônibus eram fabricadas de 
borracha maciça e mudaram para pneus com câmaras de ar.
( ) Certo ( ) Errado
(2) O ônibus passou a suceder o bonde no transporte urbano 
devido às seguintes vantagens:
( ) Menor custo, visto que não necessita de subestações de 
energia elétrica, trilhos e cabos elétricos.
( ) Flexibilidade nas rotas em face da possibilidade de desvio 
de trechos de vias públicas bloqueadas por incidentes ou 
execução de serviços.
( ) Maior confiabilidade, em razão de as interrupções 
no sistema de energia elétrica não interromperem todo o 
transporte.
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
(3) Com o advento dos primeiros ônibus, as cidades puderam 
desenvolver-se um pouco mais. Não pelo fato de que a 
velocidade desses veículos fosse muito maior, mas porque 
a não necessidade de esforço físico permitia deslocamentos 
mais longos.
( ) Certo ( ) Errado
(4) O crescente uso do automóvel acarretou variados 
problemas para as aglomerações humanas, exceto:
( ) Congestionamentos
( ) Acidentes
( ) Poluição atmosférica
( ) Humanização dos espaços urbanos
Atividades
21
Referências
ABNT. NBR 9050:2015 — Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e 
equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ABETRAN. Associação Brasileira de Educação de Trânsito. Disponível em: <www.
abetran.org.br>. Acesso em janeiro de 2016. 
ABRATI. Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros. 
Disponível em: <www.abrati.org.br>. Acesso em janeiro de 2016. 
22
UNIDADE 2 | A DIMENSÃO DO 
TRANSPORTE URBANO
23
Unidade 2 | A Dimensão do Transporte Urbano
Por que o transporte urbano é tão importante para o tecido 
urbano? Quais os principais motivos de viagem no transporte 
urbano? Quais as funções desse tipo de transporte? 
Uma das formas de irrigar o complexo tecido das cidades é por meio do transporte urbano. 
Sem um adequado planejamento, gestão e operação, tal tecido pode não mais realizar 
suas funções e entrar em colapso.
Nesta unidade, abordaremos a importância do transporte urbano, conceitos básicos, 
características do transporte público urbano, planejamento, gestão e operação.
Fonte: www.pixabay.com
24
1. A Importância do Transporte Urbano 
Para Torbi (2014) e Vasconcellos (2013), a caracterização da qualidade de vida de uma 
sociedade e, por conseguinte, do seu grau de desenvolvimento econômico e social, 
depende das características dos sistemas de transporte de passageiros, ou seja, da 
facilidade de deslocamento de pessoas.
Da mesma forma, pode-se dizer que o nível de desenvolvimento econômico e social 
dessa sociedade está atrelado às características dos sistemas de transporte de cargas, 
isto é, às facilidades de deslocamento de mercadorias.
As atividades comerciais, industriais, educacionais e de lazer – que são imprescindíveis 
à vida nas cidades contemporâneas – somente são praticáveis com o deslocamento 
de pessoas e mercadorias. Com isso, o transporte urbano é tão importante para a 
qualidade de vida da sociedade quanto os serviços de abastecimento de água, coleta 
de esgoto, suprimento de energia elétrica, educação, saúde e segurança pública.
Você já parou para pensar a respeito da mobilidade urbana?
A mobilidade é o elemento fundamental que permite o 
desenvolvimento urbano. Quando se proporciona a mobilidade 
adequada para todas as classes sociais, pode-se dizer que há 
uma ação essencial no processo de desenvolvimento econômico 
e social das cidades.
Em todos os países do globo, os temas associados à oferta de 
um transporte urbano apropriado estão sempre presentes nos 
debates sociais, já que a maioria da população vive nas cidades.
No Brasil, por exemplo, de acordo com o IBGE (2014), mais de 
80% da população habita as cidades. Com isso, dos cerca de 
202 milhões de habitantes da nação, 161 milhões utilizam os 
sistemas de transporte urbano. E este número tende a crescer 
todo ano, com o aumento da população economicamente ativa. Fonte: www.freeimages.com
25
Um dos fatos que também fundamentam a importância do transporte urbano está 
embasado em seus custos. O custo de transporte nas grandes cidades constitui uma 
parcela expressiva da matriz de custos urbanos. Eles englobam o investimento, a 
manutenção e a operação de todo o sistema viário – vias, obras de arte especiais e 
correntes (viadutos, pontes, túneis, trevos, drenagens), sinalizações, equipamentos de 
controle e fiscalização, bem como das vias específicas de transporte público e de todos 
os veículos públicos e privados.
Para se ter uma ideia, somente o custo do transporte público 
coletivo em algumas grandes cidades supera o custo de outros 
serviços públicos básicos, tais como o abastecimento de água, 
coleta de esgoto, o suprimento de energia elétrica e a iluminação 
pública.
2. Conceitos Básicos Relacionados ao Transporte Urbano 
Transporte, de forma simplificada, pode ser entendido como o 
deslocamento de pessoas e mercadorias.
O termo transporte urbano é utilizado para designar os 
deslocamentos de pessoas e mercadorias realizados nas 
cidades (FERRAZ, 2004).
Para Torbi (2014) e a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP, 2016), os 
motivos de viagem que levam as pessoas a se deslocarem são variados, tais como: 
trabalho, estudo, compras, lazer e outras necessidades específicas (banco, órgãos 
públicos, tratamento de saúde). Por sua vez, o deslocamento de carga nas cidades 
ocorre pelos seguintes motivos: coleta de lixo, entrada de insumos nas fábricas e 
obras, saída de produtos acabados das fábricas, entrada e saída de mercadorias de 
estabelecimentos comerciais, movimentação de terra, transporte de mudanças, entre 
outros.
26
Mas, para que haja a movimentação de pessoas e de cargas, existem os denominados 
modos de transporte, que representam a modalidade ou a maneira de se efetuar o 
deslocamento. Encontram-se vários modos de transporte de passageiros no meio 
urbano: a pé, de bicicleta, montados em animal, em veículo tracionado por animal, com 
motocicleta ou congêneres, de carro, de van, de ônibus, por trem, bonde, embarcação, 
helicóptero, entre outros. Já o transporte de cargasnas cidades, pode ser realizado 
por: caminhões, camionetas e congêneres, carros, vans, veículos tracionados por 
animal etc.
Outro conceito que se deve ter em mente diz respeito à relação existente entre os 
modos de transporte e o tamanho das cidades. Mas, por que isso? 
O tamanho da cidade determina, na maior parte dos casos, o 
modo de locomoção dos seus habitantes.
Com isso, pode-se constatar que em:
• Cidades muito pequenas: o deslocamento é realizado, sobretudo, a pé e de 
bicicleta;
• Cidades de porte médio: predominam as bicicletas, carros, transporte coletivo 
por ônibus;
• Cidades grandes: observam-se, além dos outros modos, o uso de ônibus maiores 
(articulados ou biarticulados) e metrô.
3. O Transporte Público Urbano 
Já conhecido o transporte urbano, foca-se, agora, no transporte público urbano, em 
especial no transporte público coletivo, em que inúmeras pessoas são transportadas 
juntas em um mesmo veículo.
27
Certamente, você deve estar se perguntando quais são as funções do transporte 
coletivo urbano. Nessa linha de raciocínio, consoante Ferraz (2004) e a Associação 
Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU, 2016), podem ser elencadas as 
suas principais funções:
• Aspecto social e democrático: representa um modo de transporte motorizado, 
seguro e cômodo e acessível às pessoas de baixa renda, assim como uma 
importante alternativa para quem não pode dirigir (crianças, adolescentes, 
idosos, deficientes) ou para quem prefere não dirigir.
• Aspecto de substituição do modo de transporte: o transporte coletivo urbano 
pode substituir o uso do automóvel, visando à melhoria de qualidade de vida 
por meio da redução de poluição ambiental, congestionamentos e acidentes de 
trânsito.
• Aspecto de uso do solo: contribui para tornar mais racional tanto a ocupação 
quanto o uso do espaço urbano, fazendo as cidades mais humanizadas e eficientes 
quanto ao transporte.
• Aspecto econômico: as atividades econômicas da maioria das cidades se realizam 
em função do transporte público, visto que é o meio usado por grande parte dos 
clientes e empregados do comércio, da área de serviços e da indústria.
Com isso, é possível deduzir que o transporte público urbano é essencial para a 
vitalidade econômica, a justiça social, a qualidade de vida e a eficiência das cidades 
modernas.
Transporte passa a ser direito social na Constituição Federal
Em outubro de 2014, a sociedade brasileira obteve uma 
importante conquista. Após passar por duas votações em cada 
uma das casas do Congresso Nacional, a proposta de inclusão 
do transporte na lista de direitos sociais da Constituição Federal 
foi aprovada por unanimidade. Agora, a mobilidade urbana 
ganha destaque no artigo 6º, ao lado de educação, saúde, 
alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência 
social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos 
desamparados.
28
4. Planejamento, Gestão e Operação 
Na lição de Torbi (2014) e Ferraz (2004), a experiência, em linhas gerais, aponta no 
sentido de que a operação do transporte público urbano deve ser realizada por 
empresas privadas, sendo que o planejamento e a gestão – incluindo a regulamentação, 
administração, fiscalização e programação da operação – pelo poder público.
As empresas privadas mostram, na maioria dos casos, maior eficiência em relação às 
empresas públicas, sendo, com isso, mais apropriadas à realização da operação do 
transporte público. Já o seu planejamento e a gestão devem ser realizados pelo governo 
municipal, uma vez que o transporte coletivo urbano apresenta grande influência na 
qualidade de vida, na justiça social, na ocupação e uso do solo, nas atividades comerciais 
e, enfim, na eficiência econômica das cidades.
Do outro lado, a ausência de planejamento e gestão prejudica a eficiência e a qualidade 
do transporte coletivo, degrada a qualidade de vida da comunidade e é capaz de levar 
os operadores a uma competição predatória, causando a desordem econômica e legal 
do sistema.
Resumindo
O custo dos transportes públicos têm um peso expressivo nas contas dos 
municípios. Em algumas grandes cidades, ele supera o custo de outros 
serviços públicos básicos, tais como o abastecimento de água, coleta de 
esgoto, o suprimento de energia elétrica e a iluminação pública.
As atividades econômicas da maioria das cidades se desenvolvem em função 
do transporte público, tendo em vista que é o meio usado por grande parte 
dos clientes e empregados do comércio, da área de serviços e da indústria.
Lembre-se que, a partir de outubro de 2014, a mobilidade urbana entrou 
no rol dos direitos sociais dos cidadãos brasileiros.
29
Glossário
Atrelado: que está preso por alguma coisa.
Colapso: falência, esgotamento.
Rol: lista; relação mais ou menos detalhada.
Suprimento: ação ou efeito de suprir; auxílio, adição, suplemento.
Unanimidade: todos estão de acordo, pensamentos iguais, ideias iguais, concordância.
30
Marque a alternativa correta:
(1) O tamanho da cidade determina, na maior parte dos 
casos, o modo de locomoção dos seus habitantes.
( ) Certo ( ) Errado
(2) Em cidades muito pequenas, o deslocamento é realizado, 
sobretudo, pelos seguintes modos de transporte listados, 
exceto:
( ) A pé
( ) Bicicletas
( ) Automóveis
( ) Metrô
(3) O transporte coletivo urbano pode substituir o uso do 
automóvel, visando à melhoria de qualidade de vida por meio 
do crescimento da poluição ambiental, congestionamentos 
e acidentes de trânsito.
( ) Certo ( ) Errado
(4) Entre as funções do transporte coletivo urbano, podem 
ser elencadas:
( ) O aspecto social e democrático
( ) O aspecto de substituição de modo de transporte
( ) O aspecto de uso do solo
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
31
Referências
ABNT. NBR 9050:2015 — Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e 
equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ABETRAN. Associação Brasileira de Educação de Trânsito. Disponível em: <www.
abetran.org.br>. Acesso em janeiro de 2016. 
ABRATI. Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros. 
Disponível em: <www.abrati.org.br>. Acesso em janeiro de 2016. 
ANP. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Disponível em: 
<www.anp.org.br>. Acesso em janeiro de 2016. 
32
UNIDADE 3 | MODOS DE 
TRANSPORTE URBANO 
33
Unidade 3 | Modos de Transporte Urbano 
Como se dá a classificação dos modos de transporte urbano? 
Quais as principais características do modo de transporte 
público coletivo? Por que a energia é um tema tão importante 
para a locomoção nas cidades?
Um dos modos do transporte urbano – que é o transporte público coletivo – está 
intrinsecamente relacionado aos terminais rodoviários de passageiros. Isso ocorre porque 
é este modo de transporte que faz surgir a necessidade dos terminais e é responsável pela 
sua alimentação e distribuição.
Nesta unidade, estudaremos a classificação dos modos de transporte urbano e o modo de 
transporte público coletivo.
Fonte: blog.opovo.com.br
34
1. Classificação dos Modos de Transporte Urbano
De acordo com Torbi (2014), a NTU (2016) e Ferraz (2004), os modos de transporte 
urbano de passageiros podem ser classificados em três grandes grupos, a saber: 
privado ou individual; público, coletivo ou de massa; e semipúblico.
1.1. Modo Privado ou Individual
Nesse modo de transporte urbano, os veículos são dirigidos por um dos usuários, o 
qual pode selecionar, em regra, o trajeto e o horário de partida. Isso denota que existe 
flexibilidade de uso do espaço e tempo. Em geral, o transporte é realizado de porta a 
porta e podem existir pequenas distâncias a serem vencidas a pé para completar asviagens. 
No modo de transporte privado ou individual, a capacidade do 
veículo é pequena e sua posse pode ser momentânea, no caso 
de ser emprestado ou ser utilizado a serviço.
Constituem exemplos do modo de transporte privado: a pé, bicicleta, motocicleta e 
congêneres, automóveis, vans, caminhonetes, montado em animal e veículo de tração 
animal.
1.2. Modo Público, Coletivo ou de Massa
Nesse caso, os veículos são de propriedade de empresas que operam em rotas 
predefinidas e horários programados. Não há tanta flexibilidade de uso do espaço e 
tempo, sendo que o transporte não se caracteriza por ser porta a porta, visto que, 
35
por vezes, é necessário caminhar distâncias consideráveis para completar as viagens. 
A capacidade dos veículos é relativamente grande, e a viagem, compartilhada por 
considerável número de viajantes.
Constituem exemplos do modo de transporte público: ônibus, bonde, trem suburbano 
e metrô.
1.3. Modo Semipúblico
Nessa condição, os veículos são de propriedade de uma empresa ou de um indivíduo, 
e podem ser usados por grupos de indivíduos ou por qualquer pessoa, apresentando 
trajeto e horários adaptáveis às necessidades dos usuários. Com isso, mostra 
características intermediárias entre os modos de transporte privado e público. 
Constituem exemplos do modo de transporte semipúblico: táxi, mototáxi, carona 
programada, lotação, veículo fretado e alugado.
Tendo em vista os objetivos deste curso, a seção seguinte focará as características dos 
modos de transporte público, culminando no modo ônibus.
2. Modo de Transporte Público, Coletivo ou de Massa
Nesta seção, serão retratadas algumas características do modo de transporte público, 
tais como: sustentação e dirigibilidade, energia para a locomoção, espaço utilizado. As 
outras características — preferência em semáforos, tipo de bilhetagem, tipo de parada 
e operação em comboio – serão vistas na próxima unidade.
36
2.1. Sustentação e Dirigibilidade
Para Torbi (2014), Ferraz (2004) e Vasconcellos (2000), há, basicamente, dois tipos 
de tecnologia empregados no transporte público urbano: veículos sobre pneus que 
rodam em vias pavimentadas ou não – a exemplo dos ônibus – e veículos sobre rodas 
de aço apoiadas em trilhos – como os bondes e trens.
Para os veículos sobre pneus, as alterações de direção são feitas por meio do giro do 
volante pelo condutor. Nos veículos sobre trilhos, eles são guiados pelo contato do 
friso da roda com a parte interna do boleto do trilho.
Decerto, você está se perguntando: quais as vantagens e desvantagens?
As vantagens do transporte sobre trilhos em relação ao 
transporte sobre pneus são as seguintes: menor consumo de 
energia, devido ao fato de a resistência ao movimento ser 
menor no rolamento da roda de aço sobre o trilho; dirigibilidade 
automática; maior vida útil dos veículos. No entanto, existem 
desvantagens: elevados custos de implantação e manutenção; 
impossibilidade de os veículos saírem da rota, para desviar de 
acidentes próximos ou para possibilitar serviços imediatos de 
manutenção da via.
2.2. Energia para a Locomoção
Nos ensinamentos de Torbi (2014), ANTP (2016) e Ferraz 
(2004), as fontes energéticas mais utilizadas na tração dos 
veículos de transporte coletivo público são o óleo diesel e a 
energia elétrica. Também são empregados, embora em escala 
menor, o gás natural, o biodiesel, o álcool, a gasolina, as 
baterias elétricas e até o hidrogênio. 
Fonte: www.shutterstock.com
37
Os veículos sobre trilhos – bondes e trens – empregam, em sua maioria, a energia 
elétrica como fonte de propulsão.
Os ônibus, em sua maior parcela, usam o óleo diesel como combustível. Ressalta-se 
que a utilização de gás natural nesses veículos vem aumentando, tendo em vista a 
necessidade de redução da poluição ambiental. 
O óleo diesel comercializado em todo o Brasil contém 7% de 
biodiesel. Esta regra foi estabelecida pelo Conselho Nacional 
de Política Energética (CNPE) em novembro de 2014, e 
aumentou de 5% para 7% o percentual obrigatório de mistura 
de biodiesel ao óleo diesel. A contínua elevação do percentual 
de adição de biodiesel ao diesel demonstra o sucesso do 
Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel e da 
experiência acumulada pelo Brasil na produção e no uso em 
larga escala de biocombustíveis.
O biodiesel é um combustível produzido a partir de óleos 
vegetais ou de gorduras animais. Dezenas de espécies vegetais 
presentes no Brasil podem ser usadas na produção do biodiesel, 
entre elas soja, dendê, girassol, babaçu, amendoim, mamona e 
pinhão-manso (ANP, 2016).
Também, existem os ônibus híbridos (diesel-elétrico): a energia é produzida por um 
motor propelido a óleo diesel, gás ou outro combustível que aciona um gerador elétrico, 
o qual, por seu turno, faz operar um motor elétrico e canaliza a energia não utilizada 
para ser armazenada em baterias ou outro dispositivo, para aproveitamento posterior. 
A vantagem dessa tecnologia consiste na redução do consumo de combustível e 
na emissão de poluentes, cujos valores são distintos para cada tipo de substância 
contaminante.
38
2.3. Espaço Utilizado para a Locomoção
Para Torbi (2014), ANTP (2016) e Ferraz (2004), em função do espaço disponível à 
locomoção dos veículos destinados ao transporte público coletivo urbano, é possível 
observar as seguintes situações:
• Movimento em vias junto com o tráfego geral;
• Movimento em vias em faixas exclusivas, ou seja, uma separação parcial;
• Movimento em vias em canaletas, ou seja, segregação total; e
• Movimento em vias específicas e isoladas, no nível do solo, subterrâneas ou 
aéreas.
Qual o objetivo do emprego de faixas exclusivas e canaletas?
O objetivo é aumentar a velocidade e a capacidade do 
deslocamento dos ônibus ou veículos sobre trilhos.
Não se pode esquecer de algumas soluções – aparentemente 
mais radicais e utilizadas em grandes cidades – como destinar 
algumas ruas somente para os veículos de transporte coletivo 
ou, ainda, toda uma área na região central das cidades.
39
Resumindo
No modo de transporte público, a capacidade dos veículos é relativamente 
grande, e a viagem, compartilhada por considerável número de viajantes.
Há, basicamente dois tipos de tecnologia empregados no transporte 
público: os veículos sobre pneus (ônibus) e veículos sobre rodas de aço 
apoiadas em trilhos (trens).
A escolha das fontes energéticas utilizadas no modo de transporte público 
tem grande importância, uma vez que está relacionada diretamente com 
os custos de transporte, bem como com os aspectos ambientais da cidade.
Glossário
Congêneres: característico ou pertencente ao mesmo gênero, espécie, variedade.
Considerável: que deve ser levado em conta. Importante.
Intermediárias: que está no meio.
Repercute: o mesmo que: ecoa, entoa, impressiona, reflete, repete, ressoa.
Segregação: separar, afastar, isolar, apartar.
40
Marque a alternativa correta:
(1) No modo de transporte privado ou individual, a capacidade 
do veículo é pequena e sua posse pode ser momentânea, no 
caso de ser emprestado ou ser utilizado a serviço.
( ) Certo ( ) Errado
(2) São características do modo de transporte semipúblico, 
exceto:
( ) Os veículos podem ser de propriedade de uma empresa.
( ) Apresenta trajeto e horários não adaptáveis às 
necessidades dos usuários.
( ) Pode ser usado por grupos de indivíduos ou por qualquer 
pessoa.
( ) Apresenta características intermediárias entre os modos 
de transporte privado e público. 
(3) As faixas exclusivas e canaletas têm o objetivo de 
aumentar a velocidade e a capacidade do deslocamento dos 
ônibus ou veículos sobre trilhos.
( ) Certo ( ) Errado
(4) Em função do espaço disponível à locomoçãodos veículos 
destinados ao transporte público coletivo urbano, é possível 
observar os seguintes movimentos:
( ) Em vias junto com o tráfego geral
( ) Em vias em faixas exclusivas, ou seja, uma separação 
parcial
( ) Em vias em canaletas, ou seja, segregação total
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
41
Referências
ANP. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Disponível em: 
<www.anp.org.br>. Acesso em janeiro de 2016.
ANTP. Associação Nacional de Transportes Públicos. Disponível em: <www.antp.org.
br>. Acesso em janeiro de 2016.
BRASIL. Lei n° 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão 
de motorista, entre outros. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em janeiro 
de 2016. 
______. Lei n° 12.619, de 30 de abril de 2012. Dispõe sobre o exercício da profissão de 
motorista, entre outros. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em janeiro de 
2016. 
Administração 
de Terminais 
Rodoviários
MÓDULO 2
43
UNIDADE 4 | CONCEITOS 
E CARACTERÍSTICAS DO 
TRANSPORTE URBANO 
44
Unidade 4 | Conceitos e Características do 
Transporte Urbano 
Como se dá a preferência do transporte público coletivo em 
semáforos? Como o tipo de bilhetagem e o tipo de parada 
influenciam no sistema de transporte público coletivo de 
passageiros? Quais as principais características dos ônibus?
Nada adianta ter um terminal rodoviário de passageiros moderno e confortável se os 
demais aspectos do sistema de transporte público coletivo não atuarem no sentido de 
promover o desempenho operacional necessário.
Nesta unidade, daremos continuidade ao estudo das principais características do transporte 
público, enlaçando a preferência em semáforos, a influência do tipo de bilhetagem e do 
tipo de parada no desempenho operacional, a operação em comboio e os aspectos do 
transporte por meio de ônibus.
Fonte: www.pixabay.com
45
1. Preferência em Semáforos
De acordo com Torbi (2014), NTU (2016) e Ferraz (2004), com o objetivo de aumentar 
a velocidade e a capacidade dos coletivos de passageiros, é dada a eles a preferência 
nos cruzamentos semaforizados.
Em linhas troncais das grandes cidades maiores, operadas com 
veículos de maior tamanho ou em comboio, a prioridade pode 
ser total com os semáforos abrindo quando os coletivos se 
aproximam – que são identificados a distância por rede de 
sensoreamento.
Ainda nas interseções semaforizadas, existem outras formas de preferência menos 
radicais, tais como: alocação dos tempos de semáforo aberto com base na estatística do 
número de passageiros, e não de veículos, e a coordenação de semáforos consecutivos 
tendo por base a velocidade dos coletivos.
2. Influência do Tipo de Bilhetagem
Com o intuito de aumentar a velocidade e a capacidade dos modos de transporte 
coletivo urbano, deve-se atentar ao tipo de bilhetagem a ser utilizado no sistema. O 
sistema de bilhetagem pode ser: venda de passagem dentro dos veículos e venda de 
passagens fora dos veículos, em estações ou pontos de venda apropriados. 
Atualmente, a bilhetagem eletrônica, por meio da utilização de 
cartões magnéticos pré-carregados, tem sido a forma mais 
utilizada nas cidades de porte médio e grande, permitindo, 
inclusive, a integração tarifária com outras linhas de ônibus, e 
até com outros modos de transporte (metrô).
46
A escolha da estratégia mais eficaz reduz, consideravelmente, o tempo despendido 
nas operações de embarque e desembarque dos passageiros.
3. Influência do Tipo de Parada
O tipo de parada também influencia no desempenho operacional do transporte 
coletivo urbano. Por exemplo, nos corredores em que se opera um grande número de 
ônibus, é aconselhável que os locais de parada sejam dotados de várias baias, ou de uma 
extensão linear de estacionamento capaz de permitir o embarque e o desembarque 
simultâneo de coletivos de linhas diferentes.
Com essa prática, é possível reduzir o tempo gasto nas paradas e, ainda, aumentar a 
capacidade de transporte.
4. Operação em Comboio
A operação em comboio visa aumentar a velocidade e a capacidade dos modos de 
transporte coletivo urbano. É comum no modo ferroviário, cujos veículos circulam com 
vários carros engatados.
No modo ônibus, esse procedimento tem sido empregado em algumas cidades grandes 
— os corredores devem possuir baias dispostas linearmente nas paradas, evitando-se 
entradas e saídas independentes. 
No caso de uma única linha operando no corredor, os comboios são, relativamente, 
simples de serem ordenados. Entretanto, para duas ou mais linhas, os comboios devem 
ser conformados de acordo com o destino de cada linha, a fim de evitar perda de tempo 
com o deslocamento dos passageiros nas plataformas de embarque.
47
5. Modo Ônibus
Certamente, você já se deparou com a observação de que os veículos do transporte 
público – como é o caso dos ônibus — que se deslocam junto com o tráfego geral, 
precisam ter dimensões compatíveis com a geometria das vias no que concerne à 
largura das faixas e aos raios das curvas.
Por isso, em linhas gerais, respeitadas as diferenças entre fabricantes, os ônibus sem 
articulação apresentam largura entre 2,4 e 2,6 m e comprimento entre 6,5 (micro-
ônibus) e 13 m (ônibus convencionais). E, com a utilização de articulações para realizar 
curvas, é possível operar com veículos de maior dimensão: os ônibus articulados, em 
geral, possuem 18 m de comprimento, enquanto os biarticulados têm 24 m.
A Portaria DENATRAN no 60/2008 apresenta as composições 
homologadas para o transporte de passageiros, destacando os 
ônibus convencionais, articulados e biarticulados, o peso 
máximo por eixo ou conjunto de eixos e o comprimento máximo 
permitido.
Além do comprimento, que é um dos elementos para a determinação da capacidade, 
há de se saber que os ônibus são produzidos com diferentes características, tais como: 
suspensão, caixa de câmbio, número de portas e posição do motor.
A suspensão pode ser, basicamente, de dois tipos: com molas (sistema convencional) e 
a ar comprimido, o qual propicia maior conforto aos viajantes por absorver melhor os 
impactos verticais decorrentes das irregularidades nas vias.
A caixa de câmbio apresenta-se de duas formas: comum, que submete o motorista à 
troca frequente de marchas, e automática, que não obriga a troca manual de marchas, 
colaborando com o trabalho do condutor.
Com relação ao número de portas, nos ônibus comuns, verifica-se que são de duas e 
três portas.
48
Destaca-se que a existência de uma porta a mais nos ônibus 
comuns traz maior comodidade aos passageiros, favorecendo o 
desembarque e, nas estações fechadas, também o embarque.
Os ônibus articulados e biarticulados apresentam um maior número de portas. Quando 
operam em faixas segregadas do lado esquerdo da via junto ao canteiro central, em 
que estão as estações de embarque e desembarque, os coletivos são equipados com 
portas do lado esquerdo. Se os coletivos também utilizam vias em que o embarque e 
desembarque são realizados pelo lado direito, então são construídos com portas dos 
dois lados.
A localização do motor na parte dianteira apresenta a vantagem de ajudar o processo 
de refrigeração, uma vez que o ar é canalizado diretamente sobre o mesmo, contudo, 
atrapalha a circulação dos usuários e causa um grande desconforto ao motorista e aos 
usuários que se sentam próximo, devido ao ruído e calor. Por isso, a tendência é o 
emprego do motor na parte traseira ou lateral dos ônibus.
Um aspecto importante relacionado aos ônibus é a altura da plataforma. 
Quanto mais baixa a plataforma do ônibus, maior a comodidade 
dos usuários e mais ágeis são as operações de embarque e 
desembarque. Nos ônibus articulados e biarticuladosque 
trafegam em linhas troncais com paradas em estações, as 
alturas das plataformas dos coletivos e das estações devem ser 
iguais, a fim de facilitar o embarque e o desembarque. Alguns 
ônibus mais modernos podem abaixar a sua plataforma nas 
paradas, mediante mecanismo hidráulico específico.
O número de assentos somado à quantidade de pessoas que podem viajar em pé 
determina a capacidade dos coletivos. 
Em regra, a quantidade de pessoas que podem viajar em pé é obtida multiplicando-se o 
valor da área livre disponível pelo número máximo de passageiros por metro quadrado.
49
Você sabia que a taxa máxima de passageiros em pé por metro quadrado admitida 
nos ônibus depende da qualidade do transporte? Nos países desenvolvidos, em que 
a qualidade em regra é determinante, são adotadas taxas inferiores a 4 pax/m². Já 
nos países em desenvolvimento, em que o custo baixo constitui um critério relevante, 
são usadas taxas superiores a 5 pax/m². E é bom ressaltar que, durante as operações, 
muitas vezes tais valores são superados, colocando-se mais de 10 pax/m²!
Em linhas gerais, os micro-ônibus empregados no transporte público urbano têm 
capacidades que variam de 25 a 50 passageiros, dependendo do comprimento e 
do arranjo interno. Os ônibus convencionais apresentam capacidade de 60 a 105 
passageiros (nos que têm 15 m de comprimento, tal capacidade eleva-se para até 
140 usuários). Os ônibus articulados possuem espaço para até 180 usuários e os 
biarticulados, para até 240 usuários.
Assista, no link indicado, a um vídeo sobre as facilidades da 
bilhetagem eletrônica para os passageiros: 
<https://www.youtube.com/watch?v=7CwLW17fMzY>
Resumindo
Nada adianta ter um terminal rodoviário de passageiros moderno e 
confortável se o restante do sistema de transporte público coletivo não 
funciona. É necessário que os demais aspectos do sistema de transporte 
público coletivo atuem no sentido de promover o desempenho operacional 
adequado à população.
A bilhetagem eletrônica tem sido a forma mais utilizada nas cidades de 
porte médio e grande, permitindo inclusive, integração tarifária com outras 
linhas de ônibus e até outros modos de transporte (metrô).
Quanto mais baixa a plataforma do ônibus, maior a comodidade dos 
usuários e mais ágeis são as operações de embarque e desembarque.
50
Glossário
Coletivo: que abrange várias pessoas ou coisas.
Comboio: conjunto organizado de veículos de transporte sob a guarda de uma escolta.
Simultânea: que se faz ou se realiza ao mesmo tempo (ou quase) que outra coisa.
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Marque a alternativa correta:
(1) A existência de uma porta a mais nos ônibus comuns traz 
maior comodidade aos passageiros, favorecendo o 
desembarque e, nas estações fechadas, também o embarque.
( ) Certo ( ) Errado
(2) Para duas ou mais linhas, os comboios de ônibus devem 
ser conformados de acordo com:
( ) A preferência dos usuários
( ) O destino de cada linha
( ) A preferência dos cobradores
( ) Não há necessidade de conformação dos ônibus.
(3) Nos ônibus articulados e biarticulados que trafegam 
em linhas troncais com paradas em estações, as alturas das 
plataformas dos coletivos e das estações não necessitam 
ser iguais, a fim de facilitar o embarque e o desembarque.
( ) Certo ( ) Errado
(4) Com relação às características dos ônibus, pode-se 
afirmar que, exceto:
( ) A suspensão pode ser, basicamente, de molas e a ar 
comprimido.
( ) A caixa de câmbio pode ser automática.
( ) O número de portas é fixo, sendo duas portas para cada 
veículo.
( ) A localização do motor na parte dianteira apresenta a 
vantagem de ajudar o processo de refrigeração.
Atividades
52
Referências
BRASIL. Lei n° 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão 
de motorista, entre outros. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em janeiro 
de 2016. 
______. Lei n° 12.619, de 30 de abril de 2012. Dispõe sobre o exercício da profissão de 
motorista, entre outros. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em janeiro de 
2016. 
______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. 
Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em janeiro de 2016. 
CRISTO, F. Psicologia e trânsito: Reflexões para pais, educadores e (futuros) 
condutores. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012.
53
UNIDADE 5 | LINHAS E REDES 
NO TRANSPORTE PÚBLICO
54
Unidade 5 | Linhas e Redes no Transporte Público 
Quais são os tipos de linhas do transporte público? Como estão 
organizadas as redes no transporte público? O que diferencia as 
redes urbanas das redes interestaduais? 
Cada tipo de terminal rodoviário de passageiros apresenta características distintas em 
função das linhas e das redes de transporte em que está inserido. Um terminal urbano não 
serviria tão bem ao usuário do transporte interestadual ou internacional de passageiros 
e vice-versa.
Nesta unidade, falaremos sobre as linhas e as redes do transporte público.
Fonte: www.freeimages.com
55
1. As Linhas do Transporte Público
De acordo com a ANTP (2016), Torbi (2014) e Ferraz (2004), as linhas do transporte 
público urbano podem ser classificadas segundo o traçado e a sua função, como será 
visto a seguir.
1.1. Tipos de Linhas Quanto ao Traçado
Consoante o traçado, as principais linhas de transporte público urbano podem ser dos 
seguintes tipos.
• Radial: linha que conecta a área central (caracterizada pela grande concentração 
de atividades comerciais e de serviços) a outra região do município (um ou mais 
bairros).
• Diametral: linha que une duas regiões, passando pela zona central da cidade.
• Circular: linha que liga várias regiões da cidade, compondo um circuito fechado, 
com a zona central localizada mais ou menos no centro do círculo.
Por vezes, utilizam-se linhas circulares passando pela área 
central. São utilizados pares de linhas circulares girando em 
sentidos opostos, a fim de se diminuir a distância e o tempo das 
viagens.
• Interbairros: linha que conecta duas ou mais regiões da cidade sem passar pela 
área central, atendendo, por meio de viagens diretas, a um ou mais polos de 
atração importantes.
• Local: linha na qual o itinerário localiza-se totalmente dentro de uma região da 
cidade, também com o intuito de atender, mediante viagens diretas, a um ou 
mais polos de atração.
56
Além da classificação descrita acima, é imprescindível que o gestor de terminal 
rodoviário tenha em mente os outros tipos de linha que vão além dos limites de uma 
cidade e, é claro, associam-se a terminais rodoviários de características distintas:
• Semiurbana: linha que transpõe os limites de uma Unidade da Federação (Estado 
ou Distrito Federal).
A linha é dita semiurbana em ligações com extensão igual ou 
inferior a 75 km. Exemplo: DF e a sua região de Entorno (ligações 
entre Brasília – DF e Águas Lindas de Goiás; Brasília – DF e Santo 
Antônio do Descoberto – GO, entre outras).
• Intermunicipal: linha que une dois municípios dentro do mesmo Estado.
• Interestadual: linha que conecta cidades de diferentes Estados.
• Internacional: linha que ultrapassa os limites do território nacional.
1.2. Tipos de Linha Quanto à Função
No que diz respeito à função, as linhas de transporte público urbano são classificadas 
da seguinte forma.
• Convencional: linha que possui a maior capilaridade.
A linha convencional executa, simultaneamente, as funções de 
recolhimento dos passageiros na região de origem, transporte 
da origem ao destino e distribuição na região do destino.
57
• Troncal: linha que funciona em corredor onde há forte concentração de 
demanda, com a função principal de realizar o transporte de uma região a outra 
do município.
• Alimentadora: linha que funcionacaptando passageiros em uma determinada 
região da cidade e entregando-os em estação da linha troncal, distribuindo-os na 
região em que atende.
• Expressa: linha que opera com poucas paradas intermediárias ou sem nenhuma, 
a fim de aumentar a velocidade operacional e reduzir o tempo de viagem. 
• Especial: linha que opera somente em horários pré-determinados — normalmente 
em horários de pico ou durante eventos especiais.
• Seletiva: linha que opera serviço complementar ao transporte coletivo 
convencional, apresentando por vezes preço maior e qualidade melhor. 
Constituem exemplos os ônibus ou micro-ônibus executivos que, em regra, 
transportam somente pessoas sentadas, conectando uma região do município à 
sua zona central, terminais rodoviários de bairro, estações de trem e aeroporto.
Para as linhas de transporte que transcendem os limites 
urbanos, estas podem possuir algumas funções semelhantes às 
verificadas nas linhas urbanas. Por exemplo, no segmento 
semiurbano e intermunicipal podem ocorrer as funções de uma 
linha convencional, expressa, especial e seletiva. Já nos 
segmentos interestadual e internacional, a função convencional 
da linha está ligada ao recolhimento dos passageiros em um 
dado terminal de passageiros (rodoviária), e sua entrega no 
terminal de destino.
2. As Redes no Transporte Público
Para a ANTP (2016), Torbi (2014) e Ferraz (2004), existem, basicamente, três 
configurações para as redes de transporte público urbano, a saber: radial, em malha, e 
radial com linhas troncoalimentadas. Cada uma será detalhada a seguir.
58
2.1. Rede Radial
Nesse tipo de configuração, cada uma das regiões 
não centrais é interligada à área central mediante 
uma ou mais linhas. Com isso, as viagens com 
origem ou destino à área central são operadas sem 
a necessidade de transbordo. Já as viagens entre 
quaisquer outras zonas requerem transbordo, à 
exceção dos casos em que a mesma linha passa pelas 
zonas de origem e destino.
Uma estratégia que auxilia bastante a reduzir a necessidade de 
transbordo na rede do tipo radial é o emprego de linhas 
diametrais, obtidas com a união de duas linhas radiais.
Tendo em vista que, na maioria das cidades, ocorre uma significativa densidade de 
atividades comerciais e de serviços na zona central, a rede do tipo radial é a mais 
empregada.
Nas cidades grandes, em que há maior descentralização de 
atividades, a fim de diminuir a necessidade de transbordos nas 
viagens entre bairros, a rede do tipo radial é modificada, 
incluindo-se as chamadas linhas circulares, ao redor da região 
central, e linhas interbairros, conectando duas regiões não 
centrais. 
Quais os benefícios dessa operação? Além de aumentar 
o número de viagens diretas, sem transbordo, as linhas 
circulares e interbairros ajudam a reduzir a concentração 
de ônibus e passageiros na zona central congestionada e, 
consequentemente, nos terminais rodoviários centrais.
Rede Radial
Centro
59
2.2. Rede em Malha
A configuração do tipo rede em malha é constituída, 
em regra, por dois ou mais conjuntos de rotas 
paralelas, aproximadamente perpendiculares entre 
si, apresentando o formato de grade.
É indicada para os municípios em que não é tão 
forte a concentração de atividades na zona central, 
isto é, as atividades comerciais e de serviços estão 
espalhadas no meio urbano. Com isso, é possível ir 
de um local a outro realizando um único transbordo, 
sem passar pela área central.
A rede em malha é viável em cidades bastante densas e com 
alto índice de utilização do transporte público, onde as linhas 
possam apresentar frequências aceitáveis.
2.3. Rede Radial com Linhas Troncoalimentadas
Nessa configuração, as redes são formadas por 
linhas-tronco ao longo dos corredores de maior 
demanda, operadas com modos de transporte 
de maior capacidade e velocidade (metrô, ônibus 
articulado ou biarticulado em vias dedicadas), e 
conectadas em várias estações localizadas ao longo 
do percurso com linhas alimentadoras operadas por 
ônibus convencionais ou micro-ônibus.
Rede em Malha
Centro
Rede Radial com Linhas Troncoalimentadas
Centro
60
Uma estratégia aconselhada para as redes troncoalimentadas é 
realizar a conexão de diversas linhas alimentadoras com a linha-
tronco na mesma estação, a fim de propiciar também, a 
integração física e tarifária entre elas, e contribuir com a 
mobilidade na região de abrangência dessas linhas.
Outra alternativa consiste na possibilidade de, em vez de se operar com apenas uma 
linha por corredor no sistema troncoalimentado, poderem funcionar linhas troncais 
que conectem diretamente algumas das principais regiões do município, ocorrendo, 
com isso, a superposição de linhas troncais no mesmo corredor. Isso reduz o número 
de transbordo dos passageiros, evitando a necessidade de transferência entre duas 
linhas troncais e reduzindo o tempo de viagem.
2.4. Redes de Transporte Semiurbanas, Intermunicipais, 
Interestaduais e Internacionais
As redes de transporte semiurbanas e intermunicipais se comportam, na maioria 
dos casos, como ligações diretas entre origem e destino, valendo-se de terminais 
rodoviários mais centrais e podendo apresentar ou não paradas intermediárias em 
estações, ao longo do percurso. Agora, quando se observa espacialmente uma região 
de municípios com forte movimento de pessoas e mercadorias, entre eles destacando-
se algum município central, com preponderância econômica sobre os demais, pode-se 
observar uma rede que se aproxima do tipo radial em torno desse município.
Para os segmentos interestaduais e internacionais, a regra válida para a conformação dos 
pontos ou municipalidades a serem atendidas depende de prévio estudo de demanda, 
que identificará os perfis dos usuários, os veículos e serviços mais recomendados, bem 
como o tipo de infraestrutura (estações) ao longo da rota.
61
Resumindo
Para implantar as instalações físicas, sistema operacional e a forma de 
exploração dos espaços de um terminal rodoviário, é necessário estar 
atento ao contexto de linhas e rede em que o terminal estará inserido.
Uma estratégia de operação para as linhas circulares é fazer o seu tráfego 
passar pela área central. Com isso, são utilizados pares de linhas circulares 
girando em sentidos opostos, a fim de diminuir a distância e o tempo das 
viagens.
Para as redes troncoalimentadas, aconselha-se realizar a conexão de 
diversas linhas alimentadoras com a linha-tronco na mesma estação, a fim 
de propiciar, também, a integração física e tarifária entre elas, e contribuir 
com a mobilidade na região de abrangência dessas linhas.
Glossário
Abrangência: aquilo que abrange, que inclui, que abarca. É uma palavra usada para 
descrever algo que possui um amplo domínio, que se estende por várias direções.
Demanda: é a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir 
por um preço definido em um dado mercado, durante um dado período de tempo.
Opostos: indicar algo que é contrário, inverso.
Superposições: impressão simultânea num mesmo pedaço de filme de duas imagens 
fotografadas separadamente, ou o efeito resultante dela; sobreimpressão.
62
Marque a alternativa correta: 
(1) A linha não convencional executa simultaneamente 
as funções de recolhimento dos passageiros na região de 
origem, transporte da origem ao destino e distribuição na 
região do destino.
( ) Certo ( ) Errado
(2) Consoante o traçado, as principais linhas de transporte 
público urbano podem ser dos seguintes tipos, exceto:
( ) Radial
( ) Interestadual
( ) Diametral
( ) Circular
(3) A rede em malha é viável em cidades bastante densas e 
com altos índices de utilização do transporte público, a fim 
de que as linhas possam apresentar frequências aceitáveis.( ) Certo ( ) Errado
(4) No que diz respeito à função, as linhas de transporte 
público urbano podem ser classificadas de várias formas:
( ) Convencional
( ) Troncal
( ) Alimentadora
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
63
Referências
CRISTO, F. Psicologia e trânsito: Reflexões para pais, educadores e (futuros) 
condutores. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012.
D’AGOSTO, M. A. Transporte, Uso de Energia e Impactos Ambientais. Rio de Janeiro: 
Campus, 2015.
DENATRAN. Manual de Direção Defensiva. Disponível em: <www.denatran.gov.br>. 
Acesso em janeiro de 2016.
64
UNIDADE 6 | INTEGRAÇÃO NO 
TRANSPORTE PÚBLICO URBANO 
65
Unidade 6 | Integração no Transporte Público 
Urbano
Quais os benefícios da integração no transporte público de 
passageiros? O que caracteriza a integração física? E as 
integrações tarifárias e temporárias? 
Se não houvesse a integração no transporte público de passageiros, muito provavelmente, 
deveríamos ter o número de veículos praticamente duplicado, os tempos de viagem seriam 
maiores e os terminais – principalmente de integração – perderiam a sua função.
Nesta unidade, abordaremos a integração no transporte público de passageiros e sua 
importância, bem como as integrações físicas, tarifárias e temporais.
Fonte: www.freeimages.com
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1. A Integração no Transporte Público e sua Importância
Para a ANTP (2016), a NTU (2016), Torbi (2014) e Ferraz (2004), basicamente há os 
seguintes tipos de integração no transporte público de passageiros: a física, a tarifária 
e a que ocorre no tempo. 
Qual a importância da integração no transporte público de 
passageiros? 
A integração permite os seguintes benefícios: aumento da 
acessibilidade às diferentes áreas da cidade atendida pela 
rede de transporte; redução de custos e tempos de viagem; 
racionalização dos serviços de transporte; flexibilidade para o 
passageiro; contribuição para a redução da poluição ambiental.
Contudo, quando não há aumento da quantidade de passageiros 
pagantes, a receita total diminui quando comparada com a 
situação sem integração. Isso repercute em reajuste tarifário e 
necessidade de subsídios.
2. A Integração Física
De acordo com a NTU (2016), Torbi (2014) e Ferraz (2004), a integração física pode ser 
intermodal, quando a transferência de passageiros acontece entre veículos de modos 
diferentes, ou intramodal, quando a transferência ocorre no mesmo modo.
É o terminal de passageiros que proporciona a integração física do transporte público 
urbano, semiurbano, intermunicipal, interestadual e internacional. Pode-se dizer que 
ocorre a integração física entre duas ou mais linhas de transporte público quando os 
veículos param em um mesmo local, possibilitando que os viajantes realizem a troca de 
veículos – ou transbordo – sem necessidade de percorrer grandes extensões.
67
Ponto de transferência ou transbordo: é o local em que a 
transferência de passageiros de um veículo para outro ocorre 
em um ponto convencional de parada de ônibus ou de veículos 
leves sobre trilhos (VLT).
Estação de transferência ou de transbordo: é o local em que a 
transferência de passageiros de um veículo para outro ocorre 
em uma estação, de qualquer modalidade de transporte.
Em linhas gerais, os pontos de parada em que se realizam os transbordos são dotados 
de infraestrutura bem simples, com cobertura e bancos, a fim de que os viajantes se 
protejam do tempo enquanto aguardam o próximo veículo.
Por outro lado, nos lugares em que é grande o volume de passageiros e de veículos, a 
infraestrutura é maior, dotada de cobertura e algumas facilidades, tais como sanitários, 
bebedouros de água, lanchonetes, lojas, telefones públicos, entre outros – assinalando 
uma estação de transferência.
3. A Integração Tarifária
Para os mesmos autores citados, a integração tarifária advém do fato da não 
necessidade de novo pagamento por parte dos usuários para realizarem o transbordo 
entre veículos de linhas distintas ou apenas pagarem um valor adicional bem menor do 
que o preço normal das passagens para completar a viagem.
Qual é o objetivo da integração tarifária?
O objetivo primordial diz respeito à promoção da justiça social no sistema de transporte 
público, reduzindo as discriminações geográficas e econômico-sociais, principalmente 
em relação aos usuários de baixa renda.
68
Além disso, a integração tarifária intervém na democratização do espaço urbano, tendo 
em vista que, com a oportunidade de deslocamento na cidade mediante o pagamento 
do valor correspondente a uma passagem, ou pouco mais do que isso, aumentam-se as 
possibilidades de trabalho, estudo, lazer, entre outras.
A integração tarifária entre diferentes linhas de transporte público urbano, efetuada 
ou não pelo mesmo modo pode ser executada mediante estações fechadas ou por 
meio da utilização de bilhetes magnéticos ou cartões inteligentes (com tags). A 
integração tarifária pode ocorrer, em alguns casos, por meio de transporte gratuito em 
uma das linhas – comumente, em uma linha alimentadora com integração física a uma 
linha principal.
Alguns sistemas mais modernos de integração tarifária 
empregam a bilhetagem eletrônica, que consiste de um 
controlador microprocessado – chamado de validador – no 
interior dos coletivos e acionado por bilhete magnético ou 
cartão inteligente. Com isso, se o passageiro tiver de realizar 
uma segunda viagem dentro do intervalo prefixado para 
integração, o validador do segundo coletivo não debitará do 
saldo do usuário, ou debitará um valor menor, de acordo com 
a linha.
É importante ressaltar que a escolha pelo uso do terminal 
fechado ou da bilhetagem eletrônica para implantar a 
integração tarifária depende de cada situação local. Pode-se, 
para determinados casos, ser indicado o emprego dos dois 
sistemas de integração tarifária.
4. A Integração no Tempo 
Para a NTU (2016), Torbi (2014) e Ferraz (2004), no sistema de transporte público 
urbano, existe também, a integração no tempo ou sincronizada. Nesse caso, os ônibus 
de linhas diferentes cumprem uma programação operacional – denominada de tabela 
Fonte: www.freeimages.com
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de horários ou timetable – a fim de que cheguem junto ao local de integração física, 
possibilitando aos passageiros realizarem a transferência entre os veículos sem muito 
tempo de espera.
A integração no tempo é utilizada, principalmente, em dois casos:
• Conexão de uma ou mais linhas alimentadoras com uma linha principal: muito 
empregada em cidades grandes; e
• Conexão de diversas linhas na área central de cidades menores: em que, 
normalmente, há uma estação de integração física das linhas.
Veja, no link indicado, como ocorreu a integração no transporte 
urbano da Rede Metropolitana de Goiânia – GO e as melhorias 
que tiveram de ser planejadas e realizadas no sistema de 
transporte:
<https://www.youtube.com/watch?v=0Bqn265PL0k>
Resumindo
A integração permite vários benefícios. Entre eles, destacam-se: aumento 
da acessibilidade às diferentes áreas da cidade atendida pela rede de 
transporte, redução de custos e tempos de viagem.
A integração física pode ser intermodal, quando a transferência de 
passageiros acontece entre veículos de modos diferentes, ou intramodal, 
quando a transferência ocorre no mesmo modo.
Lembre-se de que a escolha pelo uso do terminal fechado ou da bilhetagem 
eletrônica para implantar a integração tarifária depende de cada situação 
local. Para determinados casos, pode ser indicado o emprego dos dois 
sistemas de integração tarifária.
70
Glossário
Benefícios: graça, privilégio ou provento concedidos a alguém; proveito, vantagem, 
direito.
Integração: incorporação de um elemento num conjunto.Primordial: relativo a primórdio.
71
Marque a alternativa correta:
(1) Estação de transferência ou de transbordo é o local em que a 
transferência de passageiros de um veículo para outro ocorre em 
uma estação de qualquer modalidade de transporte.
( ) Certo ( ) Errado
(2) Em relação à integração no transporte público de passageiros, 
pode-se afirmar, exceto:
( ) A racionalização dos serviços de transporte é um dos seus 
benefícios.
( ) Quando não há aumento da quantidade de passageiros 
pagantes, isso não repercute em reajuste tarifário e necessidade de 
subsídios.
( ) A integração contribui para a redução da poluição ambiental.
( ) A integração permite flexibilidade para o passageiro.
(3) O objetivo primordial da integração tarifária diz respeito à 
promoção da justiça social no sistema de transporte público, 
reduzindo as discriminações geográficas e econômico-sociais, 
principalmente em relação aos usuários de alta renda.
( ) Certo ( ) Errado
(4) Com relação à integração tarifária, pode-se afirmar:
( ) A integração tarifária intervém na democratização do espaço 
urbano.
( ) Com a integração tarifária, aumentam-se as possibilidades de 
trabalho, estudo e lazer.
( ) A bilhetagem eletrônica utiliza um controlador microprocessado 
chamado de validador.
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
72
Referências
DNER. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Manual de Implantação de 
Terminais Rodoviários de Passageiros. Brasília: DNER, 1986.
DUNHAM, J.A. Simulador para Terminais Rodoviários de Passageiros Intermunicipais: 
Contribuição para a Avaliação de Desempenho de Terminais Rodoviários no 
Estado do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação de 
Engenharia. Rio de Janeiro: UFRJ, 2008.
Administração 
de Terminais 
Rodoviários
MÓDULO 3
74
UNIDADE 7 | ELEMENTOS DOS 
TERMINAIS RODOVIÁRIOS
75
Unidade 7 | Elementos dos Terminais Rodoviários 
Quais as principais características de uma parada de ônibus? 
Será que todas têm a mesma função operacional? O que 
caracteriza um terminal rodoviário de passageiros? Como se dá 
o processamento dos passageiros? Quais são as suas funções 
básicas? 
Os pontos de parada de ônibus possuem estreita relação operacional com os terminais 
rodoviários de passageiros – principalmente nos sistemas urbanos. Se não forem bem 
dimensionados e localizados, podem provocar gargalos no processamento de passageiros, 
bem como no fluxo de entrada e saída dos ônibus nos terminais.
Nesta unidade, apresentaremos as características principais dos pontos de parada de 
ônibus e iniciaremos uma introdução acerca dos terminais rodoviários de passageiros.
Fonte: www.freeimages.com
76
1. Conhecendo os Pontos de Parada de Ônibus
De acordo com Torbi (2014), NTU (2016) e Ferraz (2004), antes de se adentrar no estudo 
dos terminais rodoviários de passageiros, é importante conhecermos alguns aspectos 
de um elemento básico da infraestrutura de transporte diretamente relacionado aos 
terminais rodoviários, e pertencentes à mesma rede: os pontos de parada de ônibus.
Pontos de parada de ônibus são os locais de embarque e 
desembarque de passageiros localizados nos passeios públicos.
A identificação dos pontos de parada é realizada, normalmente, por meio de simples 
marca em postes de energia ou telefone, com ou sem colocação de placas, podendo 
ter abrigo para os usuários.
Há uma grande variedade de tipos de abrigo para o transporte coletivo de ônibus, tais 
como: abrigo de concreto pré-fabricado com banco para sentar, abrigo com cobertura 
de policarbonato e estrutura metálica e abrigo com estrutura e cobertura metálicas e 
paredes de vidro.
A distância entre paradas possui grande influência na velocidade operacional dos 
ônibus, bem como no carregamento final dos terminais rodoviários e nos seus ciclos 
operacionais. Na definição da distância entre as paradas de ônibus, é importante levar 
em conta alguns aspectos, como por exemplo, a acessibilidade (distância a percorrer), 
densidade de passageiros na plataforma e tempo de parada gasto nas operações de 
embarque e desembarque. Usualmente, adota-se uma distância entre 200 e 600 m 
para a localização das paradas de ônibus (MOLINERO e ARELLANO, 1998).
No que tange às formas de operação nos pontos de parada de ônibus, a mais comum 
consiste na parada dos ônibus de todas as linhas que passam pelo local. Quando o 
escoamento de coletivos é elevado, pode ocorrer congestionamento nos pontos de 
parada e, com isso, deve-se optar por outras estratégias de operação, tais como:
77
• Parada seletiva: os ônibus são divididos em grupos e cada grupo para apenas em 
pontos predefinidos;
• Parada de dois ou mais coletivos simultaneamente: o que também envolve 
a ampliação do comprimento das plataformas. As entradas e saídas das baias 
podem ser independentes ou não;
• Comboio de ônibus ordenados por destino: potencializando o aumento da 
eficiência operacional e reduzindo a necessidade de deslocamento dos usuários 
ao longo da plataforma.
Quanto à localização dos pontos de parada, é aconselhável que eles estejam antes de 
cruzamentos, depois de cruzamentos, ou no meio das quadras. 
Uma das vantagens dos pontos de parada próximos de 
cruzamentos é a redução no número de vagas de estacionamento 
prejudicadas, em relação à sua localização no meio das quadras, 
em face do menor espaço requisitado para os ônibus 
estacionarem. Porém, uma das desvantagens é, justamente, a 
influência dos conflitos na área de interseção.
No que diz respeito aos tipos de pontos de parada em relação à posição da guia, podem 
ser observados: a guia em posição normal, que é o caso mais típico; a guia recuada tipo 
baia; e guia avançada em relação à calçada. 
Cada tipo de posicionamento de guia apresenta vantagens e desvantagens e deve 
ser estudada sua implantação para cada caso específico. Por exemplo, o uso de guia 
recuada auxilia o tráfego normal de veículos, porém, quando o trânsito é intenso, 
atrapalha a volta dos ônibus ao fluxo de tráfego, resultando atrasos nas viagens. No 
caso da guia avançada, os principais aspectos são: o coletivo parado no ponto bloqueia 
a faixa da direita; não há grande empecilho para a volta do coletivo ao fluxo de tráfego; 
o espaço disponível para a espera dos usuários e a passagem de pedestres é maior; a 
implantação de abrigos fica mais facilitada.
78
2. Terminais Rodoviários
Terminal rodoviário é uma estrutura física e operacional 
na qual são desenvolvidas as atividades que possibilitam 
deslocamentos internos e se busca a transferência eficiente, 
eficaz e segura do passageiro do modo de transporte utilizado 
até o ponto destinado ao embarque no ônibus e vice-versa 
(SOARES, 2006).
Para Dunham (2008), o terminal rodoviário de passageiros é o principal elemento 
estruturador de uma rede de transporte rodoviário e, por conseguinte, representa 
um apoio ao sistema de transporte por meio do qual se processa a interação entre 
o indivíduo e o serviço de transporte. Pode representar o ponto inicial ou final de 
uma viagem, ou ainda, o ponto intermediário para a transferência a outro modo de 
transporte durante uma viagem. 
A figura a seguir ilustra, de forma esquemática, as principais entradas e saídas do 
processamento de passageiros em um terminal rodoviário.
Processamento em um terminal rodoviário de passageiros 
Fonte: Nascimento (2010)
Entrada Processamento
Terminal
Saída
Insumos
Funcionários
Veículos
Passageiros ou cargas
Resíduos
Funcionários
Barulho
Poluentes Atmosféricos
Veículos
Passageiros ou cargas
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Para que haja o processamento, pode-se verificar que são necessários como elementos 
de entrada, além dos passageiros

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