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AP_v2_administraçao de terminais rodoviarios_25042017 - modulo 2

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Administração 
de Terminais 
Rodoviários
MÓDULO 2
2
Sumário
Unidade 4 | Conceitos e características do Transporte Urbano 4
1. Preferência em Semáforos 6
2. Influência do Tipo de Bilhetagem 6
3. Influência do Tipo de Parada 7
4. Operação em Comboio 7
5. Modo Ônibus 8
Glossário 11
Atividades 12
Referências 13
Unidade 5 | Linhas e Redes no Transporte Público 14
1. As Linhas do Transporte Público 16
1.1. Tipos de Linhas Quanto ao Traçado 16
1.2. Tipos de Linha Quanto à Função 17
2. As Redes no Transporte Público 18
2.1. Rede Radial 19
2.2. Rede em Malha 20
2.3. Rede Radial com Linhas Troncoalimentadas 20
2.4. Redes de Transporte Semiurbanas, Intermunicipais, Interestaduais e Internacionais 21
Glossário 22
Atividades 23
Referências 24
Unidade 6 | Integração no Transporte Público Urbano 25
1. A Integração no Transporte Público e sua Importância 27
3
2. A Integração Física 27
3. A Integração Tarifária 28
4. A Integração no Tempo 29
Glossário 31
Atividades 32
Referências 33
Gabarito 34
4
UNIDADE 4 | CONCEITOS 
E CARACTERÍSTICAS DO 
TRANSPORTE URBANO 
5
Unidade 4 | Conceitos e Características do 
Transporte Urbano 
Como se dá a preferência do transporte público coletivo em 
semáforos? Como o tipo de bilhetagem e o tipo de parada 
influenciam no sistema de transporte público coletivo de 
passageiros? Quais as principais características dos ônibus?
Nada adianta ter um terminal rodoviário de passageiros moderno e confortável se os 
demais aspectos do sistema de transporte público coletivo não atuarem no sentido de 
promover o desempenho operacional necessário.
Nesta unidade, daremos continuidade ao estudo das principais características do transporte 
público, enlaçando a preferência em semáforos, a influência do tipo de bilhetagem e do 
tipo de parada no desempenho operacional, a operação em comboio e os aspectos do 
transporte por meio de ônibus.
Fonte: www.pixabay.com
6
1. Preferência em Semáforos
De acordo com Torbi (2014), NTU (2016) e Ferraz (2004), com o objetivo de aumentar 
a velocidade e a capacidade dos coletivos de passageiros, é dada a eles a preferência 
nos cruzamentos semaforizados.
Em linhas troncais das grandes cidades maiores, operadas com 
veículos de maior tamanho ou em comboio, a prioridade pode 
ser total com os semáforos abrindo quando os coletivos se 
aproximam – que são identificados a distância por rede de 
sensoreamento.
Ainda nas interseções semaforizadas, existem outras formas de preferência menos 
radicais, tais como: alocação dos tempos de semáforo aberto com base na estatística do 
número de passageiros, e não de veículos, e a coordenação de semáforos consecutivos 
tendo por base a velocidade dos coletivos.
2. Influência do Tipo de Bilhetagem
Com o intuito de aumentar a velocidade e a capacidade dos modos de transporte 
coletivo urbano, deve-se atentar ao tipo de bilhetagem a ser utilizado no sistema. O 
sistema de bilhetagem pode ser: venda de passagem dentro dos veículos e venda de 
passagens fora dos veículos, em estações ou pontos de venda apropriados. 
Atualmente, a bilhetagem eletrônica, por meio da utilização de 
cartões magnéticos pré-carregados, tem sido a forma mais 
utilizada nas cidades de porte médio e grande, permitindo, 
inclusive, a integração tarifária com outras linhas de ônibus, e 
até com outros modos de transporte (metrô).
7
A escolha da estratégia mais eficaz reduz, consideravelmente, o tempo despendido 
nas operações de embarque e desembarque dos passageiros.
3. Influência do Tipo de Parada
O tipo de parada também influencia no desempenho operacional do transporte 
coletivo urbano. Por exemplo, nos corredores em que se opera um grande número de 
ônibus, é aconselhável que os locais de parada sejam dotados de várias baias, ou de uma 
extensão linear de estacionamento capaz de permitir o embarque e o desembarque 
simultâneo de coletivos de linhas diferentes.
Com essa prática, é possível reduzir o tempo gasto nas paradas e, ainda, aumentar a 
capacidade de transporte.
4. Operação em Comboio
A operação em comboio visa aumentar a velocidade e a capacidade dos modos de 
transporte coletivo urbano. É comum no modo ferroviário, cujos veículos circulam com 
vários carros engatados.
No modo ônibus, esse procedimento tem sido empregado em algumas cidades grandes 
— os corredores devem possuir baias dispostas linearmente nas paradas, evitando-se 
entradas e saídas independentes. 
No caso de uma única linha operando no corredor, os comboios são, relativamente, 
simples de serem ordenados. Entretanto, para duas ou mais linhas, os comboios devem 
ser conformados de acordo com o destino de cada linha, a fim de evitar perda de tempo 
com o deslocamento dos passageiros nas plataformas de embarque.
8
5. Modo Ônibus
Certamente, você já se deparou com a observação de que os veículos do transporte 
público – como é o caso dos ônibus — que se deslocam junto com o tráfego geral, 
precisam ter dimensões compatíveis com a geometria das vias no que concerne à 
largura das faixas e aos raios das curvas.
Por isso, em linhas gerais, respeitadas as diferenças entre fabricantes, os ônibus sem 
articulação apresentam largura entre 2,4 e 2,6 m e comprimento entre 6,5 (micro-
ônibus) e 13 m (ônibus convencionais). E, com a utilização de articulações para realizar 
curvas, é possível operar com veículos de maior dimensão: os ônibus articulados, em 
geral, possuem 18 m de comprimento, enquanto os biarticulados têm 24 m.
A Portaria DENATRAN no 60/2008 apresenta as composições 
homologadas para o transporte de passageiros, destacando os 
ônibus convencionais, articulados e biarticulados, o peso 
máximo por eixo ou conjunto de eixos e o comprimento máximo 
permitido.
Além do comprimento, que é um dos elementos para a determinação da capacidade, 
há de se saber que os ônibus são produzidos com diferentes características, tais como: 
suspensão, caixa de câmbio, número de portas e posição do motor.
A suspensão pode ser, basicamente, de dois tipos: com molas (sistema convencional) e 
a ar comprimido, o qual propicia maior conforto aos viajantes por absorver melhor os 
impactos verticais decorrentes das irregularidades nas vias.
A caixa de câmbio apresenta-se de duas formas: comum, que submete o motorista à 
troca frequente de marchas, e automática, que não obriga a troca manual de marchas, 
colaborando com o trabalho do condutor.
Com relação ao número de portas, nos ônibus comuns, verifica-se que são de duas e 
três portas.
9
Destaca-se que a existência de uma porta a mais nos ônibus 
comuns traz maior comodidade aos passageiros, favorecendo o 
desembarque e, nas estações fechadas, também o embarque.
Os ônibus articulados e biarticulados apresentam um maior número de portas. Quando 
operam em faixas segregadas do lado esquerdo da via junto ao canteiro central, em 
que estão as estações de embarque e desembarque, os coletivos são equipados com 
portas do lado esquerdo. Se os coletivos também utilizam vias em que o embarque e 
desembarque são realizados pelo lado direito, então são construídos com portas dos 
dois lados.
A localização do motor na parte dianteira apresenta a vantagem de ajudar o processo 
de refrigeração, uma vez que o ar é canalizado diretamente sobre o mesmo, contudo, 
atrapalha a circulação dos usuários e causa um grande desconforto ao motorista e aos 
usuários que se sentam próximo, devido ao ruído e calor. Por isso, a tendência é o 
emprego do motor na parte traseira ou lateral dos ônibus.
Um aspecto importante relacionado aos ônibus é a altura da plataforma. 
Quanto mais baixa a plataforma do ônibus, maior a comodidade 
dos usuários e mais ágeis são as operações de embarque e 
desembarque. Nos ônibus articulados e biarticulados que 
trafegam em linhas troncais com paradas em estações, as 
alturas das plataformas dos coletivos e das estações devem ser 
iguais, a fim de facilitar o embarque e o desembarque. Alguns 
ônibusmais modernos podem abaixar a sua plataforma nas 
paradas, mediante mecanismo hidráulico específico.
O número de assentos somado à quantidade de pessoas que podem viajar em pé 
determina a capacidade dos coletivos. 
Em regra, a quantidade de pessoas que podem viajar em pé é obtida multiplicando-se o 
valor da área livre disponível pelo número máximo de passageiros por metro quadrado.
10
Você sabia que a taxa máxima de passageiros em pé por metro quadrado admitida 
nos ônibus depende da qualidade do transporte? Nos países desenvolvidos, em que 
a qualidade em regra é determinante, são adotadas taxas inferiores a 4 pax/m². Já 
nos países em desenvolvimento, em que o custo baixo constitui um critério relevante, 
são usadas taxas superiores a 5 pax/m². E é bom ressaltar que, durante as operações, 
muitas vezes tais valores são superados, colocando-se mais de 10 pax/m²!
Em linhas gerais, os micro-ônibus empregados no transporte público urbano têm 
capacidades que variam de 25 a 50 passageiros, dependendo do comprimento e 
do arranjo interno. Os ônibus convencionais apresentam capacidade de 60 a 105 
passageiros (nos que têm 15 m de comprimento, tal capacidade eleva-se para até 
140 usuários). Os ônibus articulados possuem espaço para até 180 usuários e os 
biarticulados, para até 240 usuários.
Assista, no link indicado, a um vídeo sobre as facilidades da 
bilhetagem eletrônica para os passageiros: 
<https://www.youtube.com/watch?v=7CwLW17fMzY>
Resumindo
Nada adianta ter um terminal rodoviário de passageiros moderno e 
confortável se o restante do sistema de transporte público coletivo não 
funciona. É necessário que os demais aspectos do sistema de transporte 
público coletivo atuem no sentido de promover o desempenho operacional 
adequado à população.
A bilhetagem eletrônica tem sido a forma mais utilizada nas cidades de 
porte médio e grande, permitindo inclusive, integração tarifária com outras 
linhas de ônibus e até outros modos de transporte (metrô).
Quanto mais baixa a plataforma do ônibus, maior a comodidade dos 
usuários e mais ágeis são as operações de embarque e desembarque.
11
Glossário
Coletivo: que abrange várias pessoas ou coisas.
Comboio: conjunto organizado de veículos de transporte sob a guarda de uma escolta.
Simultânea: que se faz ou se realiza ao mesmo tempo (ou quase) que outra coisa.
12
Marque a alternativa correta:
(1) A existência de uma porta a mais nos ônibus comuns traz 
maior comodidade aos passageiros, favorecendo o 
desembarque e, nas estações fechadas, também o embarque.
( ) Certo ( ) Errado
(2) Para duas ou mais linhas, os comboios de ônibus devem 
ser conformados de acordo com:
( ) A preferência dos usuários
( ) O destino de cada linha
( ) A preferência dos cobradores
( ) Não há necessidade de conformação dos ônibus.
(3) Nos ônibus articulados e biarticulados que trafegam 
em linhas troncais com paradas em estações, as alturas das 
plataformas dos coletivos e das estações não necessitam 
ser iguais, a fim de facilitar o embarque e o desembarque.
( ) Certo ( ) Errado
(4) Com relação às características dos ônibus, pode-se 
afirmar que, exceto:
( ) A suspensão pode ser, basicamente, de molas e a ar 
comprimido.
( ) A caixa de câmbio pode ser automática.
( ) O número de portas é fixo, sendo duas portas para cada 
veículo.
( ) A localização do motor na parte dianteira apresenta a 
vantagem de ajudar o processo de refrigeração.
Atividades
13
Referências
BRASIL. Lei n° 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão 
de motorista, entre outros. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em janeiro 
de 2016. 
______. Lei n° 12.619, de 30 de abril de 2012. Dispõe sobre o exercício da profissão de 
motorista, entre outros. Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em janeiro de 
2016. 
______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. 
Disponível em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em janeiro de 2016. 
CRISTO, F. Psicologia e trânsito: Reflexões para pais, educadores e (futuros) 
condutores. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012.
14
UNIDADE 5 | LINHAS E REDES 
NO TRANSPORTE PÚBLICO
15
Unidade 5 | Linhas e Redes no Transporte Público 
Quais são os tipos de linhas do transporte público? Como estão 
organizadas as redes no transporte público? O que diferencia as 
redes urbanas das redes interestaduais? 
Cada tipo de terminal rodoviário de passageiros apresenta características distintas em 
função das linhas e das redes de transporte em que está inserido. Um terminal urbano não 
serviria tão bem ao usuário do transporte interestadual ou internacional de passageiros 
e vice-versa.
Nesta unidade, falaremos sobre as linhas e as redes do transporte público.
Fonte: www.freeimages.com
16
1. As Linhas do Transporte Público
De acordo com a ANTP (2016), Torbi (2014) e Ferraz (2004), as linhas do transporte 
público urbano podem ser classificadas segundo o traçado e a sua função, como será 
visto a seguir.
1.1. Tipos de Linhas Quanto ao Traçado
Consoante o traçado, as principais linhas de transporte público urbano podem ser dos 
seguintes tipos.
• Radial: linha que conecta a área central (caracterizada pela grande concentração 
de atividades comerciais e de serviços) a outra região do município (um ou mais 
bairros).
• Diametral: linha que une duas regiões, passando pela zona central da cidade.
• Circular: linha que liga várias regiões da cidade, compondo um circuito fechado, 
com a zona central localizada mais ou menos no centro do círculo.
Por vezes, utilizam-se linhas circulares passando pela área 
central. São utilizados pares de linhas circulares girando em 
sentidos opostos, a fim de se diminuir a distância e o tempo das 
viagens.
• Interbairros: linha que conecta duas ou mais regiões da cidade sem passar pela 
área central, atendendo, por meio de viagens diretas, a um ou mais polos de 
atração importantes.
• Local: linha na qual o itinerário localiza-se totalmente dentro de uma região da 
cidade, também com o intuito de atender, mediante viagens diretas, a um ou 
mais polos de atração.
17
Além da classificação descrita acima, é imprescindível que o gestor de terminal 
rodoviário tenha em mente os outros tipos de linha que vão além dos limites de uma 
cidade e, é claro, associam-se a terminais rodoviários de características distintas:
• Semiurbana: linha que transpõe os limites de uma Unidade da Federação (Estado 
ou Distrito Federal).
A linha é dita semiurbana em ligações com extensão igual ou 
inferior a 75 km. Exemplo: DF e a sua região de Entorno (ligações 
entre Brasília – DF e Águas Lindas de Goiás; Brasília – DF e Santo 
Antônio do Descoberto – GO, entre outras).
• Intermunicipal: linha que une dois municípios dentro do mesmo Estado.
• Interestadual: linha que conecta cidades de diferentes Estados.
• Internacional: linha que ultrapassa os limites do território nacional.
1.2. Tipos de Linha Quanto à Função
No que diz respeito à função, as linhas de transporte público urbano são classificadas 
da seguinte forma.
• Convencional: linha que possui a maior capilaridade.
A linha convencional executa, simultaneamente, as funções de 
recolhimento dos passageiros na região de origem, transporte 
da origem ao destino e distribuição na região do destino.
18
• Troncal: linha que funciona em corredor onde há forte concentração de 
demanda, com a função principal de realizar o transporte de uma região a outra 
do município.
• Alimentadora: linha que funciona captando passageiros em uma determinada 
região da cidade e entregando-os em estação da linha troncal, distribuindo-os na 
região em que atende.
• Expressa: linha que opera com poucas paradas intermediárias ou sem nenhuma, 
a fim de aumentar a velocidade operacional e reduzir o tempo de viagem. 
• Especial: linha que opera somente em horários pré-determinados — normalmente 
em horários de pico ou durante eventos especiais.
• Seletiva:linha que opera serviço complementar ao transporte coletivo 
convencional, apresentando por vezes preço maior e qualidade melhor. 
Constituem exemplos os ônibus ou micro-ônibus executivos que, em regra, 
transportam somente pessoas sentadas, conectando uma região do município à 
sua zona central, terminais rodoviários de bairro, estações de trem e aeroporto.
Para as linhas de transporte que transcendem os limites 
urbanos, estas podem possuir algumas funções semelhantes às 
verificadas nas linhas urbanas. Por exemplo, no segmento 
semiurbano e intermunicipal podem ocorrer as funções de uma 
linha convencional, expressa, especial e seletiva. Já nos 
segmentos interestadual e internacional, a função convencional 
da linha está ligada ao recolhimento dos passageiros em um 
dado terminal de passageiros (rodoviária), e sua entrega no 
terminal de destino.
2. As Redes no Transporte Público
Para a ANTP (2016), Torbi (2014) e Ferraz (2004), existem, basicamente, três 
configurações para as redes de transporte público urbano, a saber: radial, em malha, e 
radial com linhas troncoalimentadas. Cada uma será detalhada a seguir.
19
2.1. Rede Radial
Nesse tipo de configuração, cada uma das regiões 
não centrais é interligada à área central mediante 
uma ou mais linhas. Com isso, as viagens com 
origem ou destino à área central são operadas sem 
a necessidade de transbordo. Já as viagens entre 
quaisquer outras zonas requerem transbordo, à 
exceção dos casos em que a mesma linha passa pelas 
zonas de origem e destino.
Uma estratégia que auxilia bastante a reduzir a necessidade de 
transbordo na rede do tipo radial é o emprego de linhas 
diametrais, obtidas com a união de duas linhas radiais.
Tendo em vista que, na maioria das cidades, ocorre uma significativa densidade de 
atividades comerciais e de serviços na zona central, a rede do tipo radial é a mais 
empregada.
Nas cidades grandes, em que há maior descentralização de 
atividades, a fim de diminuir a necessidade de transbordos nas 
viagens entre bairros, a rede do tipo radial é modificada, 
incluindo-se as chamadas linhas circulares, ao redor da região 
central, e linhas interbairros, conectando duas regiões não 
centrais. 
Quais os benefícios dessa operação? Além de aumentar 
o número de viagens diretas, sem transbordo, as linhas 
circulares e interbairros ajudam a reduzir a concentração 
de ônibus e passageiros na zona central congestionada e, 
consequentemente, nos terminais rodoviários centrais.
Rede Radial
Centro
20
2.2. Rede em Malha
A configuração do tipo rede em malha é constituída, 
em regra, por dois ou mais conjuntos de rotas 
paralelas, aproximadamente perpendiculares entre 
si, apresentando o formato de grade.
É indicada para os municípios em que não é tão 
forte a concentração de atividades na zona central, 
isto é, as atividades comerciais e de serviços estão 
espalhadas no meio urbano. Com isso, é possível ir 
de um local a outro realizando um único transbordo, 
sem passar pela área central.
A rede em malha é viável em cidades bastante densas e com 
alto índice de utilização do transporte público, onde as linhas 
possam apresentar frequências aceitáveis.
2.3. Rede Radial com Linhas Troncoalimentadas
Nessa configuração, as redes são formadas por 
linhas-tronco ao longo dos corredores de maior 
demanda, operadas com modos de transporte 
de maior capacidade e velocidade (metrô, ônibus 
articulado ou biarticulado em vias dedicadas), e 
conectadas em várias estações localizadas ao longo 
do percurso com linhas alimentadoras operadas por 
ônibus convencionais ou micro-ônibus.
Rede em Malha
Centro
Rede Radial com Linhas Troncoalimentadas
Centro
21
Uma estratégia aconselhada para as redes troncoalimentadas é 
realizar a conexão de diversas linhas alimentadoras com a linha-
tronco na mesma estação, a fim de propiciar também, a 
integração física e tarifária entre elas, e contribuir com a 
mobilidade na região de abrangência dessas linhas.
Outra alternativa consiste na possibilidade de, em vez de se operar com apenas uma 
linha por corredor no sistema troncoalimentado, poderem funcionar linhas troncais 
que conectem diretamente algumas das principais regiões do município, ocorrendo, 
com isso, a superposição de linhas troncais no mesmo corredor. Isso reduz o número 
de transbordo dos passageiros, evitando a necessidade de transferência entre duas 
linhas troncais e reduzindo o tempo de viagem.
2.4. Redes de Transporte Semiurbanas, Intermunicipais, 
Interestaduais e Internacionais
As redes de transporte semiurbanas e intermunicipais se comportam, na maioria 
dos casos, como ligações diretas entre origem e destino, valendo-se de terminais 
rodoviários mais centrais e podendo apresentar ou não paradas intermediárias em 
estações, ao longo do percurso. Agora, quando se observa espacialmente uma região 
de municípios com forte movimento de pessoas e mercadorias, entre eles destacando-
se algum município central, com preponderância econômica sobre os demais, pode-se 
observar uma rede que se aproxima do tipo radial em torno desse município.
Para os segmentos interestaduais e internacionais, a regra válida para a conformação dos 
pontos ou municipalidades a serem atendidas depende de prévio estudo de demanda, 
que identificará os perfis dos usuários, os veículos e serviços mais recomendados, bem 
como o tipo de infraestrutura (estações) ao longo da rota.
22
Resumindo
Para implantar as instalações físicas, sistema operacional e a forma de 
exploração dos espaços de um terminal rodoviário, é necessário estar 
atento ao contexto de linhas e rede em que o terminal estará inserido.
Uma estratégia de operação para as linhas circulares é fazer o seu tráfego 
passar pela área central. Com isso, são utilizados pares de linhas circulares 
girando em sentidos opostos, a fim de diminuir a distância e o tempo das 
viagens.
Para as redes troncoalimentadas, aconselha-se realizar a conexão de 
diversas linhas alimentadoras com a linha-tronco na mesma estação, a fim 
de propiciar, também, a integração física e tarifária entre elas, e contribuir 
com a mobilidade na região de abrangência dessas linhas.
Glossário
Abrangência: aquilo que abrange, que inclui, que abarca. É uma palavra usada para 
descrever algo que possui um amplo domínio, que se estende por várias direções.
Demanda: é a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir 
por um preço definido em um dado mercado, durante um dado período de tempo.
Opostos: indicar algo que é contrário, inverso.
Superposições: impressão simultânea num mesmo pedaço de filme de duas imagens 
fotografadas separadamente, ou o efeito resultante dela; sobreimpressão.
23
Marque a alternativa correta: 
(1) A linha não convencional executa simultaneamente 
as funções de recolhimento dos passageiros na região de 
origem, transporte da origem ao destino e distribuição na 
região do destino.
( ) Certo ( ) Errado
(2) Consoante o traçado, as principais linhas de transporte 
público urbano podem ser dos seguintes tipos, exceto:
( ) Radial
( ) Interestadual
( ) Diametral
( ) Circular
(3) A rede em malha é viável em cidades bastante densas e 
com altos índices de utilização do transporte público, a fim 
de que as linhas possam apresentar frequências aceitáveis.
( ) Certo ( ) Errado
(4) No que diz respeito à função, as linhas de transporte 
público urbano podem ser classificadas de várias formas:
( ) Convencional
( ) Troncal
( ) Alimentadora
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
24
Referências
CRISTO, F. Psicologia e trânsito: Reflexões para pais, educadores e (futuros) 
condutores. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012.
D’AGOSTO, M. A. Transporte, Uso de Energia e Impactos Ambientais. Rio de Janeiro: 
Campus, 2015.
DENATRAN. Manual de Direção Defensiva. Disponível em: <www.denatran.gov.br>. 
Acesso em janeiro de 2016.
25
UNIDADE 6 | INTEGRAÇÃO NO 
TRANSPORTEPÚBLICO URBANO 
26
Unidade 6 | Integração no Transporte Público 
Urbano
Quais os benefícios da integração no transporte público de 
passageiros? O que caracteriza a integração física? E as 
integrações tarifárias e temporárias? 
Se não houvesse a integração no transporte público de passageiros, muito provavelmente, 
deveríamos ter o número de veículos praticamente duplicado, os tempos de viagem seriam 
maiores e os terminais – principalmente de integração – perderiam a sua função.
Nesta unidade, abordaremos a integração no transporte público de passageiros e sua 
importância, bem como as integrações físicas, tarifárias e temporais.
Fonte: www.freeimages.com
27
1. A Integração no Transporte Público e sua Importância
Para a ANTP (2016), a NTU (2016), Torbi (2014) e Ferraz (2004), basicamente há os 
seguintes tipos de integração no transporte público de passageiros: a física, a tarifária 
e a que ocorre no tempo. 
Qual a importância da integração no transporte público de 
passageiros? 
A integração permite os seguintes benefícios: aumento da 
acessibilidade às diferentes áreas da cidade atendida pela 
rede de transporte; redução de custos e tempos de viagem; 
racionalização dos serviços de transporte; flexibilidade para o 
passageiro; contribuição para a redução da poluição ambiental.
Contudo, quando não há aumento da quantidade de passageiros 
pagantes, a receita total diminui quando comparada com a 
situação sem integração. Isso repercute em reajuste tarifário e 
necessidade de subsídios.
2. A Integração Física
De acordo com a NTU (2016), Torbi (2014) e Ferraz (2004), a integração física pode ser 
intermodal, quando a transferência de passageiros acontece entre veículos de modos 
diferentes, ou intramodal, quando a transferência ocorre no mesmo modo.
É o terminal de passageiros que proporciona a integração física do transporte público 
urbano, semiurbano, intermunicipal, interestadual e internacional. Pode-se dizer que 
ocorre a integração física entre duas ou mais linhas de transporte público quando os 
veículos param em um mesmo local, possibilitando que os viajantes realizem a troca de 
veículos – ou transbordo – sem necessidade de percorrer grandes extensões.
28
Ponto de transferência ou transbordo: é o local em que a 
transferência de passageiros de um veículo para outro ocorre 
em um ponto convencional de parada de ônibus ou de veículos 
leves sobre trilhos (VLT).
Estação de transferência ou de transbordo: é o local em que a 
transferência de passageiros de um veículo para outro ocorre 
em uma estação, de qualquer modalidade de transporte.
Em linhas gerais, os pontos de parada em que se realizam os transbordos são dotados 
de infraestrutura bem simples, com cobertura e bancos, a fim de que os viajantes se 
protejam do tempo enquanto aguardam o próximo veículo.
Por outro lado, nos lugares em que é grande o volume de passageiros e de veículos, a 
infraestrutura é maior, dotada de cobertura e algumas facilidades, tais como sanitários, 
bebedouros de água, lanchonetes, lojas, telefones públicos, entre outros – assinalando 
uma estação de transferência.
3. A Integração Tarifária
Para os mesmos autores citados, a integração tarifária advém do fato da não 
necessidade de novo pagamento por parte dos usuários para realizarem o transbordo 
entre veículos de linhas distintas ou apenas pagarem um valor adicional bem menor do 
que o preço normal das passagens para completar a viagem.
Qual é o objetivo da integração tarifária?
O objetivo primordial diz respeito à promoção da justiça social no sistema de transporte 
público, reduzindo as discriminações geográficas e econômico-sociais, principalmente 
em relação aos usuários de baixa renda.
29
Além disso, a integração tarifária intervém na democratização do espaço urbano, tendo 
em vista que, com a oportunidade de deslocamento na cidade mediante o pagamento 
do valor correspondente a uma passagem, ou pouco mais do que isso, aumentam-se as 
possibilidades de trabalho, estudo, lazer, entre outras.
A integração tarifária entre diferentes linhas de transporte público urbano, efetuada 
ou não pelo mesmo modo pode ser executada mediante estações fechadas ou por 
meio da utilização de bilhetes magnéticos ou cartões inteligentes (com tags). A 
integração tarifária pode ocorrer, em alguns casos, por meio de transporte gratuito em 
uma das linhas – comumente, em uma linha alimentadora com integração física a uma 
linha principal.
Alguns sistemas mais modernos de integração tarifária 
empregam a bilhetagem eletrônica, que consiste de um 
controlador microprocessado – chamado de validador – no 
interior dos coletivos e acionado por bilhete magnético ou 
cartão inteligente. Com isso, se o passageiro tiver de realizar 
uma segunda viagem dentro do intervalo prefixado para 
integração, o validador do segundo coletivo não debitará do 
saldo do usuário, ou debitará um valor menor, de acordo com 
a linha.
É importante ressaltar que a escolha pelo uso do terminal 
fechado ou da bilhetagem eletrônica para implantar a 
integração tarifária depende de cada situação local. Pode-se, 
para determinados casos, ser indicado o emprego dos dois 
sistemas de integração tarifária.
4. A Integração no Tempo 
Para a NTU (2016), Torbi (2014) e Ferraz (2004), no sistema de transporte público 
urbano, existe também, a integração no tempo ou sincronizada. Nesse caso, os ônibus 
de linhas diferentes cumprem uma programação operacional – denominada de tabela 
Fonte: www.freeimages.com
30
de horários ou timetable – a fim de que cheguem junto ao local de integração física, 
possibilitando aos passageiros realizarem a transferência entre os veículos sem muito 
tempo de espera.
A integração no tempo é utilizada, principalmente, em dois casos:
• Conexão de uma ou mais linhas alimentadoras com uma linha principal: muito 
empregada em cidades grandes; e
• Conexão de diversas linhas na área central de cidades menores: em que, 
normalmente, há uma estação de integração física das linhas.
Veja, no link indicado, como ocorreu a integração no transporte 
urbano da Rede Metropolitana de Goiânia – GO e as melhorias 
que tiveram de ser planejadas e realizadas no sistema de 
transporte:
<https://www.youtube.com/watch?v=0Bqn265PL0k>
Resumindo
A integração permite vários benefícios. Entre eles, destacam-se: aumento 
da acessibilidade às diferentes áreas da cidade atendida pela rede de 
transporte, redução de custos e tempos de viagem.
A integração física pode ser intermodal, quando a transferência de 
passageiros acontece entre veículos de modos diferentes, ou intramodal, 
quando a transferência ocorre no mesmo modo.
Lembre-se de que a escolha pelo uso do terminal fechado ou da bilhetagem 
eletrônica para implantar a integração tarifária depende de cada situação 
local. Para determinados casos, pode ser indicado o emprego dos dois 
sistemas de integração tarifária.
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Glossário
Benefícios: graça, privilégio ou provento concedidos a alguém; proveito, vantagem, 
direito.
Integração: incorporação de um elemento num conjunto.
Primordial: relativo a primórdio.
32
Marque a alternativa correta:
(1) Estação de transferência ou de transbordo é o local em que a 
transferência de passageiros de um veículo para outro ocorre em 
uma estação de qualquer modalidade de transporte.
( ) Certo ( ) Errado
(2) Em relação à integração no transporte público de passageiros, 
pode-se afirmar, exceto:
( ) A racionalização dos serviços de transporte é um dos seus 
benefícios.
( ) Quando não há aumento da quantidade de passageiros 
pagantes, isso não repercute em reajuste tarifário e necessidade de 
subsídios.
( ) A integração contribui para a redução da poluição ambiental.
( ) A integração permite flexibilidade para o passageiro.
(3) O objetivo primordial da integração tarifária diz respeito à 
promoção da justiça social no sistema de transporte público, 
reduzindo as discriminações geográficase econômico-sociais, 
principalmente em relação aos usuários de alta renda.
( ) Certo ( ) Errado
(4) Com relação à integração tarifária, pode-se afirmar:
( ) A integração tarifária intervém na democratização do espaço 
urbano.
( ) Com a integração tarifária, aumentam-se as possibilidades de 
trabalho, estudo e lazer.
( ) A bilhetagem eletrônica utiliza um controlador microprocessado 
chamado de validador.
( ) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
Atividades
33
Referências
DNER. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Manual de Implantação de 
Terminais Rodoviários de Passageiros. Brasília: DNER, 1986.
DUNHAM, J.A. Simulador para Terminais Rodoviários de Passageiros Intermunicipais: 
Contribuição para a Avaliação de Desempenho de Terminais Rodoviários no 
Estado do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação de 
Engenharia. Rio de Janeiro: UFRJ, 2008.
34
Gabarito
Unidade 4
1 - Certo
2 - B
3 - Errado
4 - D
Unidade 5
1 - Errado
2 - B
3 - Certo
4 - D
Unidade 6
1 - Certo
2 - B
3 - Certo
4 - D
	Unidade 4 | Conceitos e características do Transporte Urbano 
	1. Preferência em Semáforos
	2. Influência do Tipo de Bilhetagem
	3. Influência do Tipo de Parada
	4. Operação em Comboio
	5. Modo Ônibus
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Unidade 5 | Linhas e Redes no Transporte Público
	1. As Linhas do Transporte Público
	1.1. Tipos de Linhas Quanto ao Traçado
	1.2. Tipos de Linha Quanto à Função
	2. As Redes no Transporte Público
	2.1. Rede Radial
	2.2. Rede em Malha
	2.3. Rede Radial com Linhas Troncoalimentadas
	2.4. Redes de Transporte Semiurbanas, Intermunicipais, Interestaduais e Internacionais
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Unidade 6 | Integração no Transporte Público Urbano 
	1. A Integração no Transporte Público e sua Importância
	2. A Integração Física
	3. A Integração Tarifária
	4. A Integração no Tempo 
	Glossário
	Atividades
	Referências
	Gabarito

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