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Clinica de grandes I

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CLINÍCA DE GRANDES ANIMAIS I
neimar@anhembi.br
rcgomes@anhembi.br
SEMIOLOGIA Estudo dos sintomas 
A escolha de melhor forma de terapia sempre se dá por um bom diagnóstico, sendo um conjunto de etapas para se chegar, sendo um exame clínico que se consiste em: Identificação/ anamnese/histórico; Exame físico; Exames complementares (laboratório e Imagem). 
O Diagnóstico não deve ser precipitado, nem tardio. 
Diagnóstico terapêutico: Quando não se tem 100% de certeza de um diagnóstico, mesmo assim começa um tratamento para ver se terá algum resultado. 
“Erros” comuns de diagnóstico: 
• Anamnese incompleta ou falha
• Exame físico superficial ou feito sem minuciosidade • Conhecimento inadequado dos exames disponíveis • Impulso em tratar antes de estabelecer um diagnóstico correto
CLINÍCA MÉDICA 
Espécie: mammalia (mamíferos)
Possuem em comum: Glândulas mamárias, pelos e/ou glândulas sudoríparas para a termorregulação e sistema nervoso altamente diferenciado. 
EQUIDEOS 
Equinos – égua (fêmea) garanhão (macho não castrado)
Asininos – Jumenta (fêmea) Garanhão ou jumento (macho)
Muares – Mula (fêmea), Burro (macho)
O cruzamento entre equinos e asininos dá a origem aos muares, que são animais híbridos inférteis, uma observação é que por mais que a fêmea seja estéril, ela pode ser receptora de embrião e armazenar o feto. 
CAPRINOS E OVINOS 
O ovino possui: fossas lacrimas e glândulas interdigitais, diferenciando-se do caprino. 
DEFINIÇÃO E TERMINOLOGIA 
Ter ciência sempre dos termos relacionados á alterações, como exemplo uma inflamação que é caracteriza por dor, calor, rubor e tumor. Outros exemplos abaixo são:
Síndrome: Conjunto de sintomas 
Claudicação: Deficiência/dificuldade para a locomoção ou apoio de um membro.
Profilaxia(profilático): Prevenção – Exemplo: Vacinação
Conduta terapêutica: Tratamento – Exemplo: Anti-inflamatório 
SEMIOLOGIA GERAL 
--Estudo dos sinais/sintomas
Sintomas: É aquilo que é descrito
Sinais: É aquilo que é demonstrado
-O sintoma é uma alteração do sinal 
SINTOMAS 
Local: Localizado apenas na alteração acometida 
Geral: Comprometimento em um todo. Exemplo: Febre 
Principal: Demonstra um sistema envolvido. Exemplo: diarreia Sistema gastrointestinal 
Patagnomônicos(?): Se apresenta em uma única enfermidade (é bem raro). 
EXAME FÍSICO 
Inspeção
Direta – observação (estado geral, pelos, pele, mucosas, aumentos de volume, claudicações, 
etc.) 
Indireta – lupas, lâmpada de Wood (normalmente para exame da pele).
Palpação
*Crepitante: Parecido a areia 
Auscultação
Percussão
0
Claro: O som ecoa, porque tem ar
Timpânico: Acúmulo de ar dentro da cavidade (ar/gás sobre pressão)
Maciço: Duro
Olfação 
Exceto a Olfação, todos podem ser realizados tanto de forma direta como indireta (que é com auxílio de algum objeto para a realização da prática). 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Podendo ser tanto exames laboratoriais (hemograma, urinálise, antibiograma etc.), como exames de imagem. 
18/03 
AÇÕES PROFILÁTICAS 
AÇÕES PROFILÁTICAS EM RUMINANTES – 11/03
Uma propriedade é predisposta a qualquer tipo de infecção se tiver um desequilíbrio nessa tríade. Ex: Se o hospedeiro que é o animal, tiver um sistema imunológico deficiente, ele vai ser mais predisposto a sofrer infecções. Se tiver uma quantidade de agente infecciosos nesse meio ambiente. Ou se os fatores ambientais predispuserem o aparecimento dessa doença, como mastite, que acontece muito mais em ambientes sujo.
Se conseguir manter essa tríade em equilíbrio, manter animais com nutrição adequada, sistema imunológico eficiente, diminuição de agentes infecciosos, um bom manejo ambiental, vai ter uma queda bem importante de doenças na propriedade.
Animais clinicamente afetados de mastite é fácil de identificar, porém de subclínica não. Então é feito um cálculo que para cada animal com mastite clínica, existe 5, ou até 10 animais com mastite subclínica. Esses animais doentes subclínicos são os que mais levam prejuízo para a propriedade, porque estão disseminando a doença, e uma hora essa mastite vai se tornar clínica e instalar o surto daquela doença na propriedade, causando diversos tipos de prejuízos. 
Manejo Sanitário
Controle de ectoparasitas (carrapatos)
O controle de carrapatos é feito quando os ectoparasitas estão no pasto.
· Use a arma adequada 
Escolher o produto adequado ao combate da população de carrapatos de cada propriedade. 
O ideal é colher amostras de carrapatos da propriedade, e envie para o laboratório (embrapa), onde vão realizar testes de sensibilidade, vão dizer por meio do resultado laboratorial qual carrapaticida melhor se aplica aquela região. Os testes realizados são qual a quantidade de carrapatos que morrem em relação a aquele carrapaticida, então ele dá uma lista de eficiência do produto.
· Combata o inimigo quando ele estiver em menor número
Aplicar na época adequada quando eles estão em menor quantidade, porque se deixar eles se multiplicarem e infestar os animais de uma forma descontrolada, fica mais difícil diminuir a quantidade de carrapatos.
Entre primavera e verão é a época que ele começa a fazer ovipostura, então deve escolher entre elas para começar os banhos carrapaticidas.
Esse controle estratégico, visto que conhecemos o ciclo do parasita e estamos instituindo um protocolo baseado nisso. Conheço a dinâmica do ciclo, e vai banhar os animais na época de menor ovipostura.
 
F1, F2 e F3 – Época de ovipostura.
· Obedeça às regras
Dosagem, categoria animal, intervalo entre dosagens (150d). Sempre ler a bula do produto que for utilizar.
O protocolo é de 150 dias, em cada carrapaticida que você for utilizar tem na bula o intervalo entre doses, e existem diferentes formas de aplicações tópicas, como o banho carrapaticida por imersão, pulverização, ou pour-on que passa no dorso, que é o mais prático e fácil de utilizar.
· Proteja-se
Segurança do operador. Se for utilizar principalmente o método de pulverização, é necessério usar luvas, máscaras, olhos de proteção, porque esse produto é quimico e ele pode se intoxicar, então precisa de atenção redobrada.
· Dê o tiro certo
Contenção adequada, para o operador nem o animal se machucar, sempre contra os pelos, porque precisa entrar nos pelos do animal, se fizer a favor o conteúdo pode escorrer para o chão, e precisa ser feito em toda a superfície corpórea. 
· Animais “aspiradores”
Animais recém tratados devem voltar às pastagens. Animais que servem para diminuir a quantidade de carrapatos na pastagem. Como não tem como pulverizar a pastagem toda, os prorios animais são utilizados para isso. O animal que acabou de sofre um banho carrapaticida, ele vai ser solto no pasto para que o carrapato suba nele e morra em contato com a solução.
· Dê atenção especial aos animais de “sangue doce”
Responsáveis por recontaminação da pastagem. Tratar com mais frequencia. Animal reincidivante.
· Avalie o desempenho da sua arma 
Refazer o teste de sensibilidade (a cada 2 anos), troque de carrapaticida.
· Cuidado com os forasteiros
Cuidado com animais recém adquiridos, precisam fazer o Isolamento de 30 dias para animais recém inseridos. Ideal seria o tratamento no local de origem, porém isso não ocorre muito, e o carrapaticida que seria usado, pode não funcionar muito bem para carrapatos do novo local.
· Evite infestações mistas
É importante criar as espécies diferentes em recintos ou piquetes separados, e pastagens separados, porque existem diferentes carrapatos para as espécies, e carrapaticidas diferentes. Então se tem um carrapato de bovino em um equino fica mais dificil o tratamento.
Controle de Verminoses
Os vermes em bovinos, também tem um ciclo endógeno (dentro do animal), e exógeno (na pastagem). A diferença é que os vermes no meio do pasto vão se multiplicar somente no verão (na época de chuva) porque eles precisam de gotículas de água. No inverno é mais seco então não tem essas gotículas no pasto. 
As larvas estão no pasto no verão, então não adianta tratar os animais no verão, porque as larvas estão no pasto, então vai esperar chegaro inverno que é quando os animais estão com os vermes adultos no trato gastrointestinal. São tratatos quando o verme esta no animal, ou seja são tratados no inverno.
A maior parte dos animais predispostos a verminose são animais de gado de corte ou animais criados em sistema extensivo de produção, isso porque esse animais que estão comendo o pasto com as gotículas com vermes.
· Gado de corte 
Existe um protoloco especial de controle de verminose de gado de corte.
Os animais mais predispostos são da desmama (6/8 meses) até 24-30 semanas, porque é quando ele começa a ingerir uma maior quantidade de pasto, até ele entrar para um bovino de engorda, a partir dos 2 anos de idade. Então esses animais mais jovens vão precisar ser vermifugados mais vezes, nos mêses de maio, julho e setembro.
Os demais animais são vermifugados dependendo do manejo de cada propriedade, existem sugestões de outubro ou novembro para bovino adulto/ de engorda, e para vacas adultas de corte em julho ou novembro, que seria proximo a estação de monta prevendo que em julho ou novembro vão estar em final de gestação ou seja mais suceptiveis.
· Gado de leite
Vacas prenhes são vermifugadas 30 a 60 dias antes do parto (período seco – A vaca esta prenhe e chegando no final da gestação e precisa parar de ordenhar) nesse preíodo ela esta mais suceptivel a doenças porque a imunidade cai por causa da formação do colostro. Julho e agosto: momento este anterior ao pico de parição
Bezerros leiteiros desmamam mais cedo, em propriedades só mamam o colostro e já são incentivados a comer alimento sólido. São vermifugados aos 30 dias de idade (proximo ao tempo de desmame), e a cada 90 dias até ele completar 1 ano de idade.
As estações do ano divididas em periodo chuvoso, que seria o verão, e período seco que éo inverno.
Para ectoparasitas são 150 dias, então começa por volta de outubro a dar banho carrapaticida nesses animais, e vai até o final de março. 
Na verminoso tem uma diferença entre gado de leite e de corte. Gado de corte é dado uma dose de vermifugo em maio, julho e setembro. A 1º dose é utilizada para eliminar aqueles vermes que resistiram a estação anterior. A 2º dose é para eliminar os vermes dessa estação, e a 3º para reduzir a contaminação das pastagens, esse animal ele diminui a quantidade de ovos que ele vai eliminar na pastagem.
Vacas de leite a sugestão é aplicar nos meses de julho e agosto, e boi de engorda em outubro.
· Ovinos e Caprinos 
O principal verme dos pequenos ruiminantes é o Haemonchus contortus, e é muito grave em uma investação maior,podendo levar até a morte. É um dos maiores problemas da ovino e caprinocultura, por causa da alta resitencia aos vermifugos. Com o tempo, o uso indiscriminado deles, acabou resultando nessa alta resitencia, então hoje em dia não tem nenhum vermifugo que seja totalmente eficiente.
O plano de controle deverá ser adaptado a cada realidade, atualmente não é recomendado a aplicação em todo o rebanho sem o diagnóstico.
O que é feito é a monitoria desses animais de acordo com os sinais clínicos, se tem uma verminose alta o sinal que ele vai apresentar é mucosas hipocoradas. 
É feito o famacha, que éum escore de colocarção de mucosas oculares, então ele é feito nas propriedades para triar os animais que precisam passar por algum tipo de exame mais específico como o OPG. Se no seu rebanho tem 40 animais com o famacha que indica uma coloração de mucosa mais pálida, você vai colher fezes de uma porcentagem desses animais, mandar para o laboratório para fazer o OPG, para saber se existe o Haemochus, não se faz OPG do rebanho todo.
O famacha é uma cartela de cores, com escore de 1-5, onde 1 e 2 são mucosas normais, o 3 é uma mucosa que deixa em dúvida, e o 4 e 5 são animais graves. Dado indices altos o idela é separar esse animal e colher uma amostragem para realizar o OPG (ovos por grama). 
Vai instituir o protocolo dependendo da incidencia de Haemonchus na região. Locais de grande incidencia a cada 7 dias, locais de incidencia média a baixa faz a cada 15 dias em época de chuva, e a cada 30 dias em épocas secas
OPG – Colhe as fezes, ( não pode pegar do chão), 10% de cada categoria, fêmeas, machos, jovens etc. Coloca as amostras identificadas em um isopor com gelo, e envia para um laboratório, e o resultado positivo ou negativo é de acordo com a quantidade de ovos por grama. Acima de 1000 ovos é considerado uma infestação grande que deve vermifugar, se der abaixo disso não vai vermifugar. 
Sempre importante fazer teste de eficácia, tanto em bovino como para pequenos ruminantes. 
É muito importante também boas práticas na fazenda para que diminua a quantidade de vermes.
Reduzindo a contaminação
· Evite superlotação
· Limpeza regular das instalações (baias, cochos)
· Água e alimento de boa qualidade
· Pastejo alto (>15cm) – vermes estão até 5cm do solo
· Separar animais por idade (animais mais jovens são mais predispostos)
· Pastoreio rotacionado com espécies diferentes (deixar piquetes descansando para diminuir a quantidade de vermes, pois como não tem hospedeiro, eles morrem)
Vacinações
· Bula sempre lida
· Doses adequadas
· Intervalo programaos
· Vias de aplicações
· Contenção adquedada do animal (para não perder a dose)
· Animais sadios (sistema imunológico íntegro)
· Acondicionamento adequado (temperatura)
· Observar o vencimento 
Vacinas obrigatórias em território nacional para bovinos e bubalinos:
· Aftosa
· Brucelose
· Raiva (compulsória em regiões de foco)
· Clostridioses (não é obrigatória porém é muito utilizada. Botulismo causa morte subita então essa vacina é muito usada)
Febre aftosa – Vacina obrigatória, animais de todas as idades devem ser vacinados em maio. Até 24 meses a vacina é aplicada duas vezes (maio – novembro), a partir dessa idade ser vacinados uma vez ao ano.
Brucelose – Vacinar somente fêmeas de 3 à 8 meses, uma dose única em qualquer época do ano.
Caprinos e Ovinos
Não há vacinas obrigatórias para caprinos e ovinos, porém existe um protocolo de sugestão de doenças que são mais constantes.
Brucelose e febre aftosa é proibido vacinar porque eles funcionam como sentinelas.
AÇÕES PROFILÁTICAS EM EQUINOS - 18/03
Em se tratando de grandes animais, como geralmente são criados em rebanhos ou planteis (equinos), então é sempre um problema, quando se tem suspeita de uma doença em um desses animais, existe um risco maior sobre o número de indivíduos que convivem de maneira comunitária.
Então quando se fala em medicina preventiva, é justamente tomar medidas para que evite que os animais fiquem doentes. Em equinos a medicina preventiva é muito trabalhada, a maioria das visitas atualmente é para programar manejos para que se tenha uma prevenção das maiores doenças.
É muito mais barato prevenir, do que tentar curar um animal já infectado.
Na medicina preventiva existe dois grandes grupos onde o veterinário pode agir, o manejo e programas profiláticos.
Manejo 
· Baias adequadas e arejadas (o tamanho adequado de baia para um equino é de 3x4-12m, o ideal é que o cavalo consiga dar a volta sobre o próprio eixo sem encostar nas paredes, as baias devem ser forradas normalmente com maravalha de madeira ou pó de serragem, para ser arejada devem ter portas ou janelas abertas para que haja um fluxo de ar. 
· Limpeza eficiente (retirar a urina e fezes dos animais pelo menos uma vez ao dia, e trocar a cama toda do animal pelo menos semanalmente, e levar essa cama para uma esterqueira para não atrair insetos).
· Alimentação balanceada (fornecer volumoso e concentrado, principalmente para animais atletas. Os animais precisam comer 1-3% do seu peso vivo diariamente. Ou seja um animal com 500kg vai precisar comer por dia 15kg, e normalmente é fornecido 50% de volumoso e 50% de concentrado. Se der mais concentrado do que volumoso pode predispor a problemas gastrointestinais. Além disso é muito importante fornecer água limpa e sal mineral de equinos a vontade.
· Isolamento dos animais doentes (ideal que seja em uma baia fechada, ou em uma baia mais distante das outras,para não infectar outros animais)
· Atenção ao transito de animais (muitas propriedades recebem éguas para cobrir com seu próprio garanhão, propriedade também compram e vendem animais, então existem determinações ministeriais para que esses animais em transito tenham exames para evitar que tenha contagio de animais que adentram como novos na propriedade. Toda vez que adentrar um animal novo o ideal é fazer o isolamento, por pelo menos 1 semana.
· Controle de ectoparasitas (os principais de equinos são os carrapatos, insetos de forma geral – mosca do estábulo, mosca do chifre. Fazer o destino ideal da cama das baias – esterqueira, compostagem das fezes. Fazer pulverização dos animais e ambientes, passar repelentes nos animais, carrapaticidas.
Quando se tem plantéis/grupos de animais bem vacinados e vermifugados, normalmente se tem a prevenção de muitas doenças nos animais, e normalmente pode até não ter animais doentes, o que é muito bom.
Programa profilático vacinal
· Tétano - Não há exigência, mas importância vital
· Encefalomielite (Leste, Oeste) - Exigida em passaportes para entrada em eventos equestres
· Influenza (A1 e A2) - A critério das autoridades: em eventos ou aglomerações
· Herpesvírus equino (1 e 4) - Atualmente exigida em eventos equestres
· Raiva - Exigida pelo ministério 
Primovacinação – Primeira vacinação que o indivíduo jovem vai realizar.
Os potros são desmamados em média aos 6 meses, e muitos programas de vacinação comunicados pelas empresas e por alguns trabalhos, é para se fazer a vacinação na desmama. Quando esta se fazendo a vacinação, está dando antígenos para esse animal produzir seus próprios anticorpos, quando se estimula antigenicamente esse animal a produzir anticorpos, precisa ter capacidade do sistema imunológico.
Quando se aplica uma vacina em um indivíduo jovem, é feito quando ele tem competência imunológica.
A gestação das éguas é epiteliocorial, ou seja, essa placenta tem 6 camadas, é bastante espessa, portanto o neonato nasce sem a devida proteção porque a égua não transfere via placentária nenhum tipo de proteção. A primeira aquisição de anticorpos é por via colostral, porém o neonato produz alguns anticorpos ainda no útero (a partir do 10 mês – são 11 a gestação), mas em uma concentração muito baixa, quase nula, mas quando ele ingere o colostro esta concentração de anticorpos sobe a níveis bastante eficazes – anticorpos passivos via colostral. Esses anticorpos passivos vão durar em média 45 a 60 dias, e eles vão começar a ser desnaturados pelo próprio organismo do neonato e vão sumir da circulação. A partir do 3º mês frente a estímulos ambientais ou vacinais esse organismo vai começar a produzir seus anticorpos ativos, portanto se vacinar a parti dessa dada o animal já tem um estimulo, alguns pode tem um estimulo ainda fraco então o ideal seria a partir dos 4 meses quando esse estimulo já é maior. 
Como a desmama é uma condição de estresse, e a vacinação também não é ideal fazer os dois na mesma época, então o ideal seria fazer a primovacinação um mês antes, aos 5 meses.
Existe uma janela imunológica dos 2-3 meses de idade onde ele não tem mais os anticorpos passivos colostrais da mãe muito ativos e não tem um estimulo vacinal/ambiental adequado, então é um momento de vulnerabilidade desse neonato.
Tipos de vacinas 
As vacinas são de aplicação intramuscular, normalmente são comercializadas de maneira simples, ou seja a vacina pode vir em uma seringa de uma dose, ou pode vim em múltiplas doses, em frascos de 10 doses.
Existem vacinas com mais de uma doença, por exemplo vacina tríplice que contém vacina para tétano, encefalomielite e influenza. Ou então vacinas bivalentes como encefalomielite e tétano que são vacinas anuais. A raiva sempre vem em uma vacina isolada.
Programa profilático de vermifugação
Verminoses gastrointestinais 
· Parasitas gástricos – Gasterophilus, Habronema muscae e Habronema micróstoma
· Grandes estrôngilos – Strongylus vulgaris, Strongylus equinus, Strongylus edentatus
· Pequenos estrôngilos
· Outros – Parascaris equorum, Oxyuris equi, Strongyloides westeri, Parascaris equorum 
Nos equinos, existe risco de contaminação de retroalimentação do ciclo evolutivo do parasita, existe uma grande chance de infestação gastrointestinal. Porque ele defeca no pasto que é onde ingere seu alimento. 
Os potros jovens, no primeiro ou segundo mês de vida, eles fazem coprofagia, ou seja, se alimentam de fezes de outros animais, e isso é importante para ele adquirir a microbiota intestinal, ele ingere leveduras, bactérias, protozoários que são importantes para formar a microbiota intestinal, o ceco que é a cúpula de fermentação e dar uma boa digestibilidade. 
Em cavalos adultos a corpofagia é vicio de baia, ou estresse, não se deve permitir que cavalos adultos a partir dos 3 meses de idade façam coprofgia. Por esses motivos, cavalos jovens devem tomar vermífugos em intervalo de tempo menor, visto que ele tem esse comportamento de comer fezes e podem se contaminar mais facilmente. Até a desmama o programa de vermifugação de potros é mensal. 
Prevenção 
· Verminoses – podem predispor anemia devia a baixa digestibilidade adequada e baixa absorção adequada de alimentos 
· Processos Obstrutivos intestinais – principalmente de indivíduos jovens que fazem coprofagia.
· Diarreias
· Anemias
· Perdas de rendimento 
· Embolos verminóticos 
Levantamento esporádico em 10% do plantel
· Parasitológico
· OPG – Técnica de McMaster 
Pode-se fazer um levantamento epidemiológico do plantel, usando a técnica de McMaster, que consiste em colher 10% de fezes desse plantel, sendo o ideal colher da ampola retal (colher de animais jovens, em baias, em pastos), para levantar epidemiológicamente como esta o estado de parasitas gastrointestinais desse plantel.
Se a OPG é de 300-400 ovos por gramas de fezes é considerado normal . OPG acima de 500 gramas por fezes é possível que esse animal tenha uma verminose.
Tipos de Vermífugos
Os vermífugos utilizados são gel, ou pasta oral, e normalmente as bisnagas vem graduadas por peso.
· Grupo das lactonas macrocíclicas: interrompe a transmissão neuronal nos parasitas causando paralisia e morte, principalmente nos nematoides (vermes redondos). 
· Ivermectina
· Moxidectina
· Grupo das pirimidinas: causa depleção metabólica, alterando a permeabilidade de membrana levando a morte, principalmente nos cestoides (vermes chatos):
· Praziquantel
· Palmoato de pirantel 
Janeiro, março, maio – molécula simples (Iver)
Julho – molécula dupla (Iver + prazi)
25/03 
CUIDADOS NEONATAIS
NEONATO Recém Nascido Até 1 mês de vida 
Potro ao nascimento
Adaptação neurológica
 Desenvolvimento Cardiovascular
Desenvolvimento Pulmonar
Desenvolvimento Gastrointestinal (digestão) e musculo esquelético 
O feto estava no ambiente intrauterina coberto de líquido, todo protegido, se quer ele utilizava os sentidos do sistema neurológico, ele não precisava andar, fugir de uma presa, acompanhar a mãe, ele também utiliza pouco o sistema cardiovascular porque não desempenha todas as funções vitais importante. Tem uma adaptação pulmonar importante, porque enquanto no ambiente uterino, a respiração não acontece de maneira aérea, não é necessário ele captar oxigênio, excretar CO2, e sim ele recebe nutrientes e oxigênio pelo cordão umbilical, e também dispersa os catabolitos e CO2 pelo cordão, via sistema sanguíneo da própria mãe.
É um período de muita adaptação de qualquer sistema e precisa mais da mãe, sendo ela essencial. Se a mãe morrer neste primeiro mês é muito difícil o potro continuar vivo, pois dependendo de cuidados intensos. 
Um neonato equino ou ruminante tem como diferença o sistema neurológico que é mais desenvolvido, o nosso por exemplo, não nascemos com a bainha de mielina (que tem a presença de axônios), já eles nascem com, assim tem um maior estímulos de axônios (estímulos nervosos para realizações de maiores desenvolvimento). 
PARTO
Vídeo - Parto
· 1º Fase do parto: Momento de preparação, a fêmea já está afastada do grupo, tem iníciodo processo de contração abdominal por conta da contração uterina, já sente incomodo.
· 2º Fase do parto: início propriamente dito do parto, começa a visualizar o saco alantoide, ela deita e levanta, olha para o flanco e se sente incomodada, já tem contração abdominal severa e começo da exteriorização de um membro.
· 3º Fase do parto: Quando tem a expulsão do feto, que se torna neonato (expulsa a placenta depois do feto)
A placenta é liberada por último
Pelo desenvolvimento, assim que nasce o potro já consegue levantar e mamar o colostro na mãe. 
***O decúbito esternal ajuda na expansão pulmonar. 
CARACTERISTÍCAS COMUNS (normal)
Ptoise lingual (língua para fora)
Afastamento de membro (aprendendo se equilibrar)
FASE PÓS NASCIMENTO
SE ALIMENTA (MAMA)
DORME (REPOUSO)
SECRETA NECESSIDADES
*NÃO SE VÊ AINDA SE SOCIALIZANDO 
O reflexo de sucção é imediato, podendo ser confirmado colocando o dedo na boca do potro. 
NEONATO – IMPORTANTE
Identificação precoce de alguma anormalidade
A diferença de um neonato para um cavalo pequeno 
Exame clínico pormenorizado ATRAVÉS DO APGAR, onde se realiza um exame clinico no animal, e cada resultado bate com um ponto na tabela, através da pontuação final se vê se o animal está dentro dos parâmetros ideais para a idade. 
Dentro dos parâmetros se analisa: Frequência cardíaca, frequência respiratória, tônus muscular, estímulo nasal e mucosas
. 
Avaliação dos neonatos equinos;
Pontuação de 0 a 4 – Indivíduo de alto risco, quase inábil a vida (precisa de um UTI neonatal)
Pontuação de 5 a 7 – Individuo com médio risco, precisa de atenção, mas tem chance a vida.
Pontuação de 8 a 10 – Indivíduo normal, apto a vida.
O ideal é realizar logo após o nascimento. 
Observação da mãe auxilia, se o úbere está cheio (já que o neonato mama de hora em hora).
3 CUIDADOS ESSÊNCIAIS 
1° DEFECAR O MECÔNIO - fezes produzidas ainda na situação intrauterina (no final da gestação o feto pode deglutir algum liquido (aminiótico) ou algo (podendo ser as células da placenta ou do intestino do feto) 
Possui uma coloração verde escuro por conta da bile 
Pode causar obstrução se não defecar
As primeiras mamadas servem de laxante para o potro defecar esse mecônio. 
Defecar no máximo entre 1 a 2 horas após o nascimento (confirmar através da observação do ambiente). 
Se começar com disquezia ou contração abdominal frequente, cauda embandeirada, pode ser sinal que está com dificuldade de liberar o mecônio. Para confirmar, realiza uma palpação na ampola retal, assim consegue sentir o conteúdo. Essa retenção pode levar o animal a óbito, pela dor, parando de mamar, entre outros problemas que podem gerar. 
TRATAMENTO
Lubrificação da ampola retal, para liberar o mecônio. O ideal é se utilizar um fleet enema que já possuí uma ampola. 
**Qualquer óleo funciona, sendo utilizado com seringa, equipo, assim imediatamente o potro libera.
 
INGESTÃO DE COLOSTRO
Após o nascimento tem que ingerir de maneira rápida, isso porque eles nascem sem imunoglobulina (placenta coreal)
Placenta tipo epitélio coreal (não passa imunidade)
igG – ID nas primeiras 24 horas (o ideal é nas primeiras 8hs de vida) 
Entre as 24 horas tem a maior taxa de absorção, maior produção das éguas e absorção intestinal dos neonatos. As células intestinais mudam depois de 24 horas. 
OBS: Colostro tem diferença para o leite, que tem apenas proteína, tendo pouco anticorpo 
MENSURAÇÃO DA QUALIDADE DO COLOSTRO 
Bulbo mergular no colostro, se ele boiar é porque muito denso, bem concentrado,, sinal que tem muito igG. 
Qualidade por gravidade > 1065 (70g/L igG)
FATOS QUE INIBE A INGESTÃO 
Sem reflexo sucção
Óbito maternal
Inabilidade em ficar em pé 
Agalaxia (não produz leite)
Rejeição maternal 
Pode:
Oferecer colostro em mamadeira
Pode sondar
Fazer apresentação da égua
Por agalaxia ou óbito maternal tem o banco de colostro ( o colostro pode ser congelado, após coletar pode congelar e ficar congelado até 2 
anos), descongelar em banho maria ( 37°C), e deve oferecer de 10 a 30 ml/kg de peso vivo ( 50kg – 1 litro) 
*Se não colostro pode oferecer plasma hiperimune
---Descongele em banho e maria (37°C), e pode introduzir intra venosa, com equipo de transfusão. 
CUIDADOS COM COTO UMBILICAL
O coto umbilical é a principal porta de infecção neonatal, tendo que fechar. 
cauterização química logo após o nascimento (evitar onfaloflebites e septicemias)
Iodo a 3 ou 10% e spray repelente e cicatrizante 1X/ ao dia, durante 7 dias)
--Alguém contém e outra pessoa mergulha o coto. Após pode passar o repelente 
EXAME FISÍCO DOS NEONATOS PARTICULARES 
Parâmetros diferentes dos adultos
Dependem da fase etária
Alteram rapidamente o quadro clínico 
Neonatos com 1 mês de idade
FC: 60 a 80 bpm 
FR: 30 a 60 mpm 
TC: 38.5 a 39.5°
(mais alto porque tem um metabolismo em maior atividade)
NEONATOLOGIA BOVINA 
CUIDADOS 
PARTO
Primeiro a vaca vai se isolar
O piquete maternidade tem que ser da fácil observação 
A incidência de distocia é muito maior em vacas do que em éguas
O piquete deve ter... 
Boa cobertura vegetal, ser fresco e ventilado, boa drenagem, limpo (Até para o umbigo por exemplo), água e alimentação( água pois precisa ter maior lubrificação na hora de parir e para formar um colostro de qualidade, porque tem uma grande % de água). 
Período seco (45 a 60 dias), necessário esse período para a recuperação do úbere (nessa fase ela vai voltar a produzir colostro). 
O piquete deve estar separado entre vacas e novilhas (parindo pela 1X), isso pela competição, na novilha a chance de distocia é maior. 
PRIMEIROS CUIDADOS 
Realizar critério de avaliação, através do escore APGAR 
Sistema cardiorrespiratório 
Colocar o animal de ponta cabeça para poder estimular esse sistema. 
O colostro estimula para a liberação de mecônio, assim eles ficam interligados. 
COLOSTRO
Mamar até 8 horas pós parto (tem o declínio em 24 horas).
Fornecer 10 -15% PV. Direto da mãe, mamadeira ou sonda esofágica (quando não tem reflexo de sucção). 
Se não mamar o colostro em 24 horas pode fazer a transfusão do plasma hiperimune. Não é bom ser de hemácia, pois pode ter uma hematoparasitose. 
CURA UMBILICAL
Tem maior incidência em ruminantes do que em potros, isso porque tem mais distocia, assim ele nasce mais fraco ficando mais tempo no chão, tendo o umbigo maior contato. 
Cauterização umbilical 
Cura externa com iodo (5 a 7%) BID, até que o umbigo caia. O esperado é que caia entre 3 a 5 dias. 
**20% é muito, e lembrar que o umbigo não pode ficar tão cicatrizado.
--Monitoramento (pesagem e altura)
--Identificação (marcação)
ASFIXIA NEONATAL 
O bezerro pode apresentar 2 asfixia, sendo:
PRECOCE ( mais comum)
Acontece logo após o parto, sendo que a causa é distocia. 
--Na hora que ele está saindo canal do parto o cordão fica comprimido (esmagado), e o umbigo é por onde ele está respirando, o grau de asfixia depende do tempo que ele está no parto distócico, depende também do tempo de esmagamento do cordão. 
--Se o animal não O2 suficiente ele entra em acidose respiratória (Diminuição da pressão de O2 e aumento de CO2 no pulmão) não tendo troca eficiente, assim o processo se intensifica e usa a via aeróbica (processo de ATP), porém não tem O2 para usar essa via, assim se usa a anaeróbica quem tem mais ácido láctico, e quando tem mais ácido láctico tem acidose metabólica (pH ácido 6.84). 
TARDIO bezerro prematuro (demora até 1 hora para aparecer sinal clínico) 
Surfactante Impede que os pulmões colabem (se colabar não consegue respirar). O bezerro assim já nasce com uma deficiência de surfactante, isso porque ele é um animal prematuro (o surfactante é produzido no final da gestação), assim ele terá dificuldades para respirar. 
SINAIS CLÍNICOS
PRECOCE
Sinais mais graves:
---Diminuição da ausência de reflexos
---Dificuldade respiratória
---Arritmia respiratória
---Taquicardia (suprir a deficiência de O2)
---Mucos branco azuladas (cianose em pior das hipóteses)
---Morte 
TARDIA
---Sadios ao nascimento 
---Sibilos 
---Edema pulmonar (espuma nas narinasem casos muito graves)
ATERMO: Diferente de precoce, passou por todas as fases completas
DIAGNÓSTICO 
Histórico 
 ---Bezerro prematuro: Gestação <270dias 
 ---Peso abaixo da média
 ---Dentes incisivos recobertos 
Acidose metabólica acontece nos dois tipos 
Sinais clínicos: Apatia
Hemogasometria 
Avaliar também método de APGAR
TRATAMENTO
PRECOCE 
Cuidados iniciais 
Oxigenação 
Correção da acidose mista (bicarbonato de sódio intra venosa) 
Anapléticos respiratórios (estimula a respiração) – Cloridrato dedoxapram 10-400mg IV)
TARDIA 
Oxigenação
Correção da acidose mista
Glicocorticóide (produção de surfactante; exemplo: dexametasona). 
 
01/04
AFECÇÕES NEONATAIS
Primeiros cuidados
1°Ingestão de colostro 
2°Liberação do mecônio
3°Cuidar do coto umbilical 
-1°-Anticorpos passivos
-2°-Retenção do mecônio
-3°-Porta de entrada para infecções 
PRINCIPAIS AFECÇÕES SISTÊMICAS
-SEPTICEMIA
=Disseminação de microrganismos via sistêmica, ou seja, processo infeccioso por todos os sistemas. 
◦ Principais agentes: Actinobacillus equuli, Escherichia coli, Streptococcus sp., Klebsiella sp
Essa é a principal doença que leva a óbito os potros nas primeiras semanas de vida. Isso porque eles são bem frágeis na primeira semana de vida. 
Pode ser adquirida pós nascimento, ou por alguma doença prévia, exemplo: Se a égua tem placentite e na hora do parto pode acabar passando para a cria, assim já nasce com septicemia. 
**Infecções umbilical pós parto são os mais comuns para acontecer isso. 
Demonstração clínica: Variável, isso porque depende de qual microrganismo está atacando e como está o organismo do infectado. A doença pode começar com uma septicemia e depois virar uma doença local e vice versa. Exemplo: A bactéria entra pelo cordão umbilical, causa uma colite assim entra via sistêmica ou vice versa, nunca sabendo exatamente de onde começou. 
Histórico: A queixa geralmente é de um potro fraco, que está mamando menos. Um animal prematuro tem mais chances para ter septicemia. 
Superpopulação e más condições de higiene
Gestão atermo (normal) 320-340 dias (11 meses) Antes disso o individuo é prematuro. 
Com membro transcurto = curvatura para trás do membro
Sintomas: Apático, letárgico, decúbito e hiporexia. Se analisar parâmetros tem a presença de febre, pode avaliar uma desidratação (mucosa congesta, tugor de pele aumentada, TPC, nofitalmia (olhos afundados), diarreia, taquicardia. 
Exames complementares: 
Hemograma (leucocitose > 12000/cels)
Proteína plasmática total e fibrinogênio (parte da proteína total 500mg/dl), se um individuo está desidratado tende a aumentar a proteína. 
Fibrinogênio Produzido no fígado e descartada em grande parte na circulação, ele tende a proteger contra a infecção, ou seja, em forma de infecção tem uma capa proteíca que ele forma, e essa capa forma abcessos. 
Taxa glicêmica <90mg/dL
Sintoma patognomônico (característico daquela doença especifica)
 Olho amarelado (globo ocular), bilateralmente, especifico desta doença. Acumulo de pus dentro do globo ocular (HIPÓPIO) e presença de FEMA (processo hemorrágico dentro do globo ocular). 
TRATAMENTO 
Antibioticoterapia; Exemplo: Ceftiofur (5-10mg/kg, IM – SID ) *Na prova descrever a classe do medicamento 
Fluidoterapia (para neonatos tem repor eletrólitos, se usa geralmente ringer lactato)
Alimentação parenteral (pode fazer administração de leite na via nasogástrica, porém tem muitos que não aceitam tão bem)
Plasma hiperimune 
Equilíbrio térmico
 Febre – antitérmico – Dipirona 22mg/kg
 Hipotermia – aquecer (manta térmica, luz perto para aquecer) 
ISOERITRÓLISE NEONATAL 
Acomete baixa quantidade de indivíduos (cerca de 1 – 2%)
As vezes alguma ruptura da placenta faz com que o sangue entra em contato com o feto e se o tipo sanguíneo for diferente o organismo da fêmea vai criar anticorpos contra as células (hemácias) do feto, assim o colostro terá anticorpos, e o neonato ingere esses anticorpos contra as próprias células, ele terá consequentemente uma hemólise e a medula não consegue dar conta, ele ficará com uma anemia severa, consequente uma hiporexia generalizada.
Uma prevenção é o animal não ingerir o colostro, porém é muito difícil saber se teve uma ruptura da placenta e se aconteceu realmente isso. 
História: Apatia logo após o nascimento e mucosas ictéricas.
Sintomas: Mucosas pálidas (por conta da hemólise) ou ictéricas (demonstração que está passando pela hemólise); apatia; fraqueza; hiporexia; taquicardia e taquipneia (compensatória da anemia); tem hemoglobinúria ( se vê uma urina com coloração mais marrom). 
A hemólise é imediata após a ingestão do colostro 
Tratamento 
Alimentação (trocar o colostro, tirando o da mãe e pegando do banco de colostro por exemplo e se ordenha a mãe. 
OBS: A égua produz em 24 horas o colostro, então após 48 horas volta ao aleitamento da mãe. 
Fluidoterapia 
Muitas vezes é importante realizar a transfusão sanguínea, isso por conta da anemia, então se o hematócrito estiver abaixo de 15-18% já pode realizar. 
Antibioticoterapia, isso porque ele tem um organismo já fragilizado. 
RUMINANTES 
No US da para saber a localização, se for mais cranial é veia e mais caudal é artéria. 
ÚRACO: Desemboca na bexiga do animal, quando ele nasce tudo isso precisa fechar, se não fechar ele vai urinar pelo umbigo, assim de suspeita de uraqueite por esse sinal. 
ONFALITES 
FATORES PREDISPONENTES
Cura incorreta do umbigo (exemplo: O iodo muito forte); ponto de ruptura (sendo muito rente ao abdômen, ou muito longo [pode pensar em cortar]); Navel suckling (mania do neonato mamar em tudo que parece o teto, assim por exemplo, se o bezerro mamar no cordão umbilical, ajudando a infeccionar, isso é típico de bezerros desmamados precocemente); FTIP (falha de transferência na imunidade passiva), assim o animal tem pouca imunoglobulina, sendo muito fraco, tendo maior predisposição a infecção, leva a um grau de apatia maior, asfixia neonatal, deixando o animal mais próxima da infecção. 
Sinais clínicos 
Os ruminantes tem grandes chances de sempre está formando abcessos, isso em parte bom porque ele está isolando o agente
O crônico consegue isolar e tem um sinal clínico bom, tendo apenas um aumento de volume com uma consistência firme. 
Na forma aguda o animal não foi capaz de isolar o agente, tendo mais sinais sistêmicos, apresentando hiporexia, hipertemia, arquemento do dorso (por conta da dor), aumento de volume, sensibilidade, espessamento do cordão, se tiver a persistência do úraco terá a eliminação da urina. Na forma aguda ainda pode ter complicações como: Septicemia; pneumonia; poliartrite; acometimento de outros órgãos. 
Anel herniário = Abertura, podendo ser no musculo abdominal, peritônio ou ambos, segunda estrutura para identificar uma hérnia é o saco herniário. 
Conteúdo herniário pode ter alças intestinais, omento, abomaso, gordura.
Em hérnia é interessante primeiro fazer a palpação, sentir o anel. Da para classificar a hérnia como redutiva (hérnia que da para reduzir) e irreduzível (prognóstico pior). Em oncefalite é sempre importante fazer a diferenciação se é oncefalite ou hérnia. 
TRATAMENTO
Forma crônica Limpeza e drenagem do abcesso/ sedenho
Lancetar (faz uma pequena abertura) e fica um espaço morto onde fazer o sedenho (preenche o espaço morto) 
O sedenho vai sendo retirado aos poucos (gases), usar também o repelente. 
Sistêmicos: Antibióticos (para evitar que o animal tenha alguma contaminação do processo). 
FORMA AGUDA
Sem complicação: Conservativo (antibiótico); cirúrgico 
Com complicação: Prognóstico reservado, dificilmente vai aguentar cirurgia. 
DIARRÉIA NEONATAL BOVINA
Doença que mais acomete bezerros levando a óbito
Nem sempre diarreia é um problema primário, podendo ser secundário 
É o aumento do influxo do liquido; aumento de H2O para luz intestinal pode resultar; pode ter a falta de absorção de água. 
BOVINOS: 15-28KG FEZES/DIA (75-85% ÁGUA) OVINOS/CAPRINOS: 50-60% ÁGUA
Também como o bicarbonato de sódio, apresenta uma acidose metabólica.TIPOS DE DIARREIA 
Hipersecreção passiva osmótica: Mais entrada de água
A goteira esofágica leva o leite direto para o abomaso, se houver falha vai levar para o rúmen, as bactérias vão realizar fermentação e causar a diarreia. Pode ser congênita ou erro de manejo (colocar leite no chão). 
Hipersecreção ativa secretória – Mais comum causada por bactérias
Quem induz é as bactérias por isso é tiva
Tem aumento de secreção de água e eletrólitos
Salmonella e E. Coli são as principais que causam.
Redução da absorção e reabsorção Destruição das vilosidades
 ---CRIPTOSPORIDIOSE, EIMERIOSE ROTAVIRUS, CORONAVÍRUS BVD, JOHNE, VERMINOSES, destruindo as vilosidades, que é onde ocorre a absorção de nutrientes, assim acontece também uma desnutrição. 
Se não trata um neonato com diarreia emergentemente, ele pode ir a óbito. 
Talvez de para diagnosticar qual agente pela cor das fazes, confirmando com um coproparasitológico. 
Sinais clínicos
Diarreia, marcas de fezes na região perineal; desidratação (diferentes graus); apatia (geralmente com acidose metabólica); anorexia; taquicardia e taquipneia (compensatória); quando ele está com taquicardia, está aumentando o fluxo, isso para deixar o sangue menos denso, quando tem dificuldade de passagem de sangue estará com dificuldade respiratória (porque o sangue carreia oxigênio); febre (pode ter ou não); ou hipotermia (casos mais graves, quando ele perde a capacidade de termorregulação, pode ter alterações de coloração da mucosa podendo indicar sepse. 
Tem um liquido atrás do globo ocular, se está desidratado perde o liquido e tem afundamento dos olhos. 
Quando está com diarreia perde eletrólitos, perdendo bicarbonato, aumentando a acidose, o tratamento é com bicarbonato de sódio.
Continuação (08.04) 
Pode associar a perda de água do animal, avaliar sempre os sinais clínicos (desidratação, enoftalmia, tugor, TPC, mucosas), quanto mais desidratado mais apático o animal fica, importante avaliar como vai fazer a fluido. 
RINGER LACTATO em grandes animais não trata a acidose metabólica. Já o bicarbonato trata e tem que tomar cuidado para não causar uma alcalose metabólica [ acidose o organismo consegue aguentar para tratar, já alcalose é mais difícil]). 
1°PASSO: Reposição eletrolítica (IV) 
2°PASSO 
A partir do III já administra bicarbonato
3°PASSO
CALCULO DE DESIDRATAÇÃO
Se notar que o bezerro começou a melhorar pode fazer o soro por via oral
*FAZER 3 HORAS ANTES DA AMAMENTAÇÃO
TRATAR A CAUSA!!!
Vermifugação (ALBENDAZOLE, IVERMECTINA. HALOFUGINONA)
Antibiótico de amplo espectro (sulfa, doxiclina, enro)
AINE (flunexin meglumine)
Antitérmico (dipirona)
Probiótico
Acerto no manejo alimentar (não é para cortar o leite, mas fracionar)
Protetores intestinais (CAULIM, CARVÃO ATIVADO)
CASOS CLÍNICOS
CASO 1 
▪ BEZERRO 15 DIAS DE IDADE 
▪ 50 KG 
▪ DIARREIA HÁ 7 DIAS 
▪ TURGOR DE PELE = 20 SEGUNDOS ▪ DECÚBITO PERSISTENTE, APÁTICO, HIPORÉXICO, MUFLO SECO, ENOFTALMIA ACENTUADA, TAQUIPNÉICO, TAQUICÁRDICO, EXTREMIDADES FRIAS
Caso 2
▪ BEZERRO 10 DIAS DE IDADE 
▪ 45 KG 
▪ DIARREIA HÁ 3 DIAS 
▪ TURGOR DE PELE = 10 SEGUNDOS ▪ DECÚBITO PERSISTENTE, APÁTICO, HIPORÉXICO, MUFLO SECO, ENOFTALMIA MODERADA, TAQUIPNÉICO, TAQUICÁRDICO
CASO 3 
▪ BEZERRO 16 DIAS DE IDADE 
▪ 55 KG 
▪ DIARREIA HÁ 2 DIAS 
▪ TURGOR DE PELE = 2 SEGUNDOS ▪ EM ESTAÇÃO, ENOFTALMIA DISCRETA
08.04
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Específico em indivíduos jovens 
PNEUMONIA POR RHODOCOCCUS EQUI
É causado na primeira semana de vida. Na primeira oportunidade de queda de imunidade pode gerar abcessos pulmonares (pneumonia granulomatosa). Outras espécies não tem essa pneumonia. Cavalos adultos não apresentam.
É uma bactéria oportunista. E acomete jovens de 1 a 4 meses. 
ANTICORPOS 
[frente a um estimulo já tem como produzir anticorpos] 
Infecção geralmente por via oral ou respiratória 
HISTÓRIA 
Óbito de potros em anos anteriores
Queixa principal: Potro com “ronqueira”, tosse e febre. 
SINTOMAS 
Apatia; hiporexia (aumento no intervalo entre mamadas); febre (ideal, 38,5 – 39,5); presença de tosse improdutiva; dispneia e para conclusão na auscultação tem uma estertoração sibilante (presença de um chiado); na traquéia vê presença de borbulhar uma secreção traqueal. 
A secreção está isolada dentro de abcessos, na traqueia tem um liquido traqueal 
Não tem corrimento evidente pelo fato das secreções estarem dentro dos abcessos
EXAMES COMPLEMENTARES
Hemograma (Existe presença de pus causada pelas bactérias, tendo uma leucocitose [>13.000 células)
E fibrinogênio (proteína plasmática, são jogadas em nível maior quando tem uma inflamação formando a capa do abcesso) (>1000mg/dL). 
Exame de imagem : RAIO X (potros) ou ultrassom (cavalos adultos)
Lavado traqueal (passar cateter estéril) – cultura e antibiograma
*Depois de lesionado o pulmão não se recupera, porque por mais que some os abcessos se forma uma fibrose no órgão. 
No exame de imagem deve ser mais radiotransparentes. 
No US tem uma sombra acústica (chamada de cauda de cometa), entre essas sombras pode se ver os abcessos. 
TRATAMENTO
A base do tratamento é antibioticoterapia, sendo um associado ao outro. 
◦ Rifampicina e Eritromicina (5mg/Kg e 25 mg/Kg respectivamente, VO, TID) 
 ◦ Rifampicina e Azitromicina (10mg/kg), VO, SID cinco dias e depois dias alternados
*Os antibióticos devem ser lipossolúveis e deve fazer no mínimo 3 meses. 
Tratamento suporte 
Anti inflamatórios não esteroidais 
O ideal é prevenir a doença 
Plasma hiperimune em regiões endêmicas, fazer entre o 1 e 3 dia de vida – 1 aplicação 
Melhor condições sanitárias (as bactérias conseguem ficar entre fezes)
As bactérias que estão no solo com o empoeiramento acaba subindo junto, aumentando a contaminação 
Vacinação das éguas no final da gestação (??) pode não ser tão eficaz, mas se for realizar são 45-15 dias antes do parto 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
Sindrome cólica: Dor abdominal = precisa saber se é nível digestório 
Sintomas inespecíficos 
Sialorréia + dor 
---Resultando em estresse, retenção de mecônio, ulceras duodenais, verminose, uroperitônio (as vezes ruptura de bexiga)
Diarreias 
Aumento da perda liquida nas fezes
Existe diarreia do cetro potro (7 a 10 dias após o nascimento os potros tendem a ter uma diarreia, isso porque está alterando a microbiota, apenas terá 3 dias).
Tem endoparasitas, bactérias (principalmente enterocolites), vírus
não é fácil identificar o agente causador 
IMPORTANTE: manutenção do equilíbrio eletrolítico 
História
Diarreia e queda de apetite
Sintomas 
Diarreias (variadas); glúteos sem pelos e avermelhados; apatia, alteração da temperatura corpórea, desidratação, taquicardia e taquipneia. 
Exame complementares
Hemograma (desidratação, mensurar hematócrito e enzimas, proteína total).
Coprocultura e bacteriológica (auxilia, mas é difícil confirmar a causa)
Cultura e antibiograma. 
Tratamento 
Manutenção da hidratação através da fluidoterapia (Ringer lactato)
Manutenção da ingestão de leite
Antibióticos – somente com confirmação de suspeita bacteriana
Agentes adsorventes (gruda e leva embora = ENTEREX)
Probiótico (levedura, fungos, e existem probióticos para equino) 
SINDROME DA ASFIXIA NEONATAL (perinatal)
(SÍNDROME DE DESAJUSTAMENTO NEONATAL)
Fatores culminal na disseminação ou inibição da oxigenação do SNC, hemorragia, edema e necrose tecidual. 
◦ Partos distócicos 
◦ Anemia maternal (pode fazer uma circulação inadequada na placenta) 
◦ Anormalidades placentárias 
◦ Aspiração de líquidos placentários 
◦ Aspiração de mecônio
História
Parto distócito demorado
Queixa principal: Apatia e sem reflexo ao nascimento 
Sintomas
◦ Amplamente variável na dependência do grau das lesões nervosas. 
◦ Apatia, decúbito, perda da relação com a mãe 
◦ Sem a maioria dos reflexos normais, hipotonia, dispneia 
◦ Rigidez espástica dos membros, tremores, perturbação nervosa e até convulsões
Tratamento
Cuidados intensivos para manutenção das funções vitais ou sinais precoces
Fluido; oxigenioterapia;manutenção da temperatura corpórea, antiinflamatório : DMSO (dimetilsulfóxido) 0,5 a 1,0 g/Kg a 10% em solução, IV (para desinflamar o SNC)
Prognóstico reservado
*Pode dar leite via sonda. 
22/04/2020
SISTEMA CARDIO CIRCULATÓRIO 
É um sistema muito importante, principalmente para indivíduos que são usados para trabalho, atletas. Eles precisam do sistema circulatório integro. 
Para desenvolver o perfil atlético, eles nascem com um sistema cardiovascular já muito potente. 
Eles possuem doenças, porém são raras.
O sistema cardiocirculatório não é formado apenas pelo coração. 
Porém além da bomba cardíaca, tem uma cadeia venosa, arterial, vascular importante, sendo o condutor de sangue para bombear o coração e levar o sangue. 
IMAGEM: Tem a bomba cardíaca. Tendo a grande circulação, onde o sangue é bombeado do coração (ventrículo esquerdo) bombeia pelas artérias, elas se bifurcam em arteríolas, depois elas podem se bifurcar em capilares, após irrita os tecidos, nutrindo com oxigênio, nutrientes. Ele continuando nos capilares, começa recolher o sangue venoso, o menos oxigenado, que deve ser levado pela grande circulação dos capilares, vai pelas vênulas e depois pela veias, chegando ao coração, levando a pequenas circulação, poque esse sangue agora deve ser levado para o pulmão para excretar O2 e captar CO2. 
Os equinos tem mais doenças relacionados a circulação do que a bomba, isso porque a bomba já nasce muito competente. 
· Doenças cardíacas são mais raras do que doenças vasculares
· Reserva cardíaca é bastante diferenciada. 
Em humanos: 60 a 70bpm/ esforço: 140bpm (a frequência bate bem mais em esforço do que repouso). 
Equinos:28 a 40bpm/ em esforço: 240bpm (isso porque tem a bomba potente). 
· Difícil a observação de sintomas, principalmente em repouso. 
Nos equinos quando eles apresentam tosse, se associa a problema respiratório. Diferente do cão. Por isso muda os sintomas. 
· Tem exames atualmente específicos para demonstrar se tem problema, como esteiras. Onde eles se cansam fácil se tiver uma disfunção cardíaca. 
· EXAME CLÍNICO
----ANAMNESE/ HISTÓRICO -----
 
· Queixa principal: Queda no desempenho; perda do rendimento. Tem ppt que relatam que o animal apresenta rinorragia (sangramento nasal), normalmente é unilateral. E também tem a epixtase (sangramento nasal) e geralmente bilateral. Acontecendo de vias aéreas inferiores (vindo de pulmão por exemplo). 
· Manejo/instalações
· Contato com carrapatos/ ectoparasitas. Como a babebiose, que é transmitida pelos carrapatos, que causa anemia profunda, interferindo no sistema cardiocirculatório. 
· Alimentação. O que ele come, quantas vezes por dia, aonde que ele come. Isso da interferência, porque um animal má nutrido pode ter uma anemia. 
· Vermifugação/ vacinação. Porém não tem uma vacinação que interfere em problemas. A vermifugação sim é importante, porque muitos vermes são hematófagos, e podem causar alterações gastro, gerando uma anemia também. 
· Doença prévias. (se já teve algo parecido; se está sendo tratado de alguma coisa)
· Sangramento e hemorragias (histórico) A diferença está na quantidade, sangramento geralmente é mais leve, já a hemorragia é uma perda muito maior de sangue, sendo um sangramento contínuo. 
---EXAME CLÍNICO---
Identificação/ anamnese e histórico 
Exame físico (deve ser feito sempre, independente do sistema acometido/ suspeita clínica).
 --Geral – Hidratação (TPC; TUGOR); mucosas; Temperatura corpórea; FC; FR; motilidade intestinal 
 --Específico—exame detalhado do sistema em questão (exemplo: Precisa detalhar o exame cardiocirculatório, como qualquer outro sistema); 
Exames complementares 
Exame físico específico do sistema cardio circulatório. 
INSPEÇÃO: 
· Mucosas (se tem uma mucosa pálida/ anêmica é sinal de anemia, é porque tem alguma disfunção circulatório tem uma mucosa mais pálida, por conta da falta de hemácias em via sistêmica)
· Possiveis aumentos de volume (inchaços), suspeita de anemia, porque tem a perca de liquido intra vascular. Pode ser classificado como edema, confirmando com o teste de godet positivo. Ou seja quando faz a pressão de digito no tecido. OBS: Nem todo inchaço é edema, podendo ter como inchaço uma inflamação, abcesso, seroma, tendo vários tipos de inchaço / Porém todo edema é um inchaço. 
PALPAÇÃO
· Na palpação se confirma se tem edema ou não 
· Avaliação do pulso (que o frêmito da artéria, sendo importante avaliar) – tem o frêmito da artéria facial 
· Auscultação (muito importante); sendo CARDIACA e BULHAS CARDIACAS – sons das válvulas (PAM 3.4.5 [lado esquerdo], T 3 [direito]) – é importante caso haja uma disfunção da válvula
P: pulmonar (3 espaço)
A: aórtica (4 espaço)
M: mitral (5 espaço)
T: tricúspide 
EXAMES COMPLEMENTARES
· Hemograma + proteínas – pode dizer graus de hidratação 
· Eletrocardiograma (mais difícil de se fazer/ se utiliza muito em animais com anestesia geral)
· Ecocardiografia (US cardíaco) – consegue analisar a espessura das paredes cardíacas, consegue ver as válvulas trabalhando (da pra analisar se tem alguma insuficiência valvar) 
DOENÇAS VASCULARES GENERALIZADAS 
EDEMA POR CONFINAMENTO (formação de um edema porque o animal está muito preso) 
· Um animal atleta, fica muito tempo dentro de uma baia, e por conta disso ele pode ter uma perca de líquido de interstício maior causando o edema. 
· O sistema linfático é uma cadeia vascular que não tem na parede nenhum tipo de musculatura. Então tem o sistema linfático entremeado entre os tecidos, e ela é importante em recrutar o liquido do interstício. Então quando os capilares/ arteríolas perde os líquidos quem pega de novo é a cadeia linfática, porém ela não tem musculatura, assim ela trabalha com a musculatura esquelética se contraindo, portanto quando se caminha a musculatura comprime e bombeia liquido perdido para o interstício. Portanto um cavalo parado, ele perde o liquido do interstício e o musculo está parado não bombeando. 
· Analisando a imagem consegue ver o inchaço, porque em região de carpo para baixo não existe mais musculatura, confirmando o inchaço. 
· É mais comum de acontecer em membros anteriores/ pélvicos 
· Teste de godet positivo 
· O animal não tem dor com temperatura normal(frio)
SINTOMAS 
· Inchaço distal dos membros (godet +)
· Frio 
· Sem dor 
· Melhora após trabalho 
OBS: Mesmo assim pode realizar exame complementar, mas com os testes já é um positivo do problema. 
TRATAMENTO 
· Alteração do manejo (as vezes não é possível caminhar mais, porém pode aumentar os dias de trabalho para o animal se movimentar mais). 
· Pomadas frias (mentol, cânfora, DMSO) – tem uma chamada ICE FLEX, e pode passar e deixar o animal dormir com essa pomada
· Duchas frias 
PREVENÇÃO
· Ligas de descanso 
- Colocado a noite 
PÚRPURA HEMORRÁGICA = VASCULITE 
· Inflamação generalizada dos vasos sanguíneos (processo inflamatório) 
· Purpura (arroxeado) 
· Acontece por uma infecção prévia 
· Púrpura só acontece por infecção prévia, sendo sempre uma doença secundária. 
· Frente a um processo inflamatório/ infecção. Qualquer infecção pode gerar uma púrpura 
· Se o animal tem contato com muitas bactérias circulantes, assim o organismo responde a essa bactérias produzindo anticorpos e não conseguindo contra atacar realiza um complemento, formando um antígeno anticorpo complemento, ( que é uma molécula grande)que tem tendência a andar pela periferia dos vasos, só que isso agride a parede vascular, causando uma hipersensibilidade vascular, gerando uma inflamação dos vasos, gerando essa vasculite. Por conta dessa reação da cadeia gerada por essa grande molécula. Por isso da doença prévia que fez formar essa molécula. 
· Histórias: Infecções prévias. Ex: Streptococcus equi (garrotilho). Faz com que o animal produza muitos anticorpos. 
· Se consegue inflamar essa parede, começa a perder liquido do interstício, sendo só liquido inflamatório, apresentando inchaço de membros, de tórax 
Púrpura:Essas formas arroxeadas, tendo uma necrose vascular, isso porque está perdendo sangue, tendo uma hemorragia (vasos inflamatórios, perdendo liquido para o interstício para formar o edema), quando se vê isso é porque está acontecendo no organismo como um todo, todos os tecidos estão sofrendo o processo hemorrágico, inflamatório. 
A chance de mortalidade é muito alta, sendo mais de 80%. 
SINTOMAS 
· Lesões hemorrágicas de pele e mucosas 
· Edema quente 
· Dor 
· Febre (até por conta do processo infeccioso)
· Taquicardia/ taquipneia (compensatória)
· Apatia 
· Hiporexia 
TRATAMENTO 
· Tem que pensar no problema primário 
· Antibioticoterapia 
--Exemplo: Garrotilho – Penicilina 40.000UI/kg, IM, BID
· Corticóides (Dexametasona = 0,05 – 0,2mg/kg)
· Tratamento suporte 
BABESIOSE EQUINA (PIROPLASMOSE)
· Pode causar uma anemia severa 
· Agente etiológico: protozoários – Babesia caballi e Theileria equi (hemoparasitas)
· Vetores: Carrapatos
· – Boophilus microplus (É um carrapato bovino, que pode sim parasitar equinos, sendo o principal transmissor da Theileria equi ), 
· Anocentor nitens (Principal transmissor da Babesia caballi), Se não tem um bom controle pode ter os dois 
--Amblyomma cajennense (?) 
– O carrapato quando vai parasitar ele suga hemácias parasitarias e quando pica outro animal transmite essas hemácias, esses parasitas que ao se multiplicar se da de forma desordenada, sempre rompendo as hemácias, procurando novas hemácias. 
· Doença endêmica em várias regiões
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· Atinge 90% de equinos no mundo 
· Podem ser portadores assintomáticos 
· Afecção oportunistas – condições de estresse, podendo ser por trabalho, tempo, etc. Assim o organismo não consegue combater de forma eficiente 
HISTÓRICO 
· Perda de rendimento (isso acontece por conta de anemia [hemólise intravascular, quebra das hemácias])
· Falta de apetite e inchaço de membros (ou seja ele para de comer também por conta da anemia, e o inchaço com godet positivo por conta de anemia, diminuindo a viscosidade sanguínea, tendo a perda para o interstício). 
· Contato com carrapato (?), as vezes até analisando consegue encontrar; 
SINTOMAS 
· Febre alta (39,5 – 40°) – é uma febre intermitente (quando um parasita circula faz uma viremia, quando eles estão quietos dentro da hemácia ai não apresenta a febre)
· Mucosa ictérica (hemólise intravascular [perda de hemoglobina, pigmentando a bilirrubina])
· Membros ou baixo ventre com edema 
· Hiporexia 
EXAMES COMPLEMENTARES 
· Hemograma (identificar a anemia)
· Esfregaço sanguíneo (pesquisa de protozoários nas hemácias)
· Provas sorológicas (que mensura os anticorpos sanguíneos)
--Fixação de complemento ou ELISA 
O problema do esfregaço sanguíneo é que pode ter um falso negativo. Na primeira imagem na hemácias que parece “dois olhos” é aconfirmação da babesiose (babesia caballi). Já a 2 imagem é a Theileria equi , essa cruz de malta como na segunda imagem confirma. 
· Só encontra animais com sintomas em apenas 30% 
TRATAMENTO 
· Aplicação de um antiprotozoário 
· Dipropionato de Imidocarb: 
--4,0 mg/kg (IM, dividindo em duas aplicações por 3 dias) – sendo 2,0 mg/kg de manha e depois repete as 2,0mg/kg a tarde – mínimo de intervalo tem que ser de 2 horas (isso porque tem um efeito colinérgico) total de 6 aplicações. Dependo do efeito se utiliza o: 
· Butilbrometo de Escopolamina (0,3mg/kg)
--Isso porque pode ter os efeitos colinérgicos como: Sialorréia, cólica espasmódicas) 
· Suporte: Hidratação, “protetores hepáticos”. 
· Posologia do dipropionato depende do tipo de babesia ou do garu de parasitismo. 
RUMINANTES
Semiologia do sistema cardiovascular em ruminantes 
· Dificilmente você verá um ruminante cardiopata. 
· Que tenha algum problema genético relacionado ao coração. 
· A não ser que seja por uma doença adquirida. 
Em casos de suspeita de problema cardiovascular. Deve começar realizar fazendo uma anamnese geral. 
IMPORTANTE 
--HISTÓRICO/ANAMNESE
· Do rebanho ao individuo. Existe doença cardiovascular relacionada a carrapato, então já se imagina o problema do rebanho como um todo. Sendo um parâmetro importante. 
· Sistema de criação (intensivo/extensivo) 
· Desempenho produtivo (pode quer hiporexia, mais apatia, atingindo o desempenho do animal) 
· Condições sanitárias de rebanho 
· Profilaxia de parasitas (vacinação, qual carrapaticida utilizado, se usa vermífugos). 
· DADOS SUSPEITOS 
· Cansaço fácil (respiração de boca aberta, língua exteriorizada, tende a salivar mais]não está deglutindo a saliva]; fraqueza geral; decúbito lateral permanente; hiporexia/ anorexia [porque cansa]; perda de desempenho; intolerância ao exercício [podendo ser visto até na manipulação do animal]; aumento de volume no peito [edema de peito], nessa região é muito mais fácil a visualização, porém pode ter edema de barbela, de ganacha (submandibular), de membros, em região ventral do abdômen; veias dilatas (jugular [principalmente], mamária [veia do leite]; febre recidivante [uma febre que oscila, como se tivesse picos febris, variando conforme a ação dos parasitas, se eles estão quietos não terá febre; mucosas cianóticas/pálidas; morte súbita (casos graves). 
EXAME FÍSICO 
· INSPEÇÃO; PALPAÇÃO; AUSCULTAÇÃO E PERCUSSÃO
Diferenciação das coleções líquidas 
Para avaliar se é um exsudado ou um transudado. 
ALTERAÇÕES
· É muito raro de acontecer, geralmente o animal não sobrevive ou o ppt decide realizar a eutanásia do animal. 
TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA 
Todos são parasitas hemoparasitários, então sempre terá uma anemia de grande gravidade. 
PREDISPOSIÇÕES:
· Quando o animal tem contato com um agente pela primeira vez, o agente é o carrapato. O clima predispõe muito os carrapatos na fazenda. Lembrando que é o carrapato contaminado que carreia o protozoário. 
· Outra situação é animal que já teve contato, porém está um longo período sem contato. 
· Imunossupressão (desde uma comorbidade, que o sistema imunológico cai, ou um bezerro quando está com a janela imunológico, ou uma vaca próximas a parto)
ANAPLASM MARGINALE 
· Ele é um corpúsculo pequeno, que se fixa na periferia da hemácia. Assim ele acaba alterando essa superfície, e o que acontece é que vem um anticorpo e eles marcam essa célula, porque essa célula está passando pelo baço, onde tem macrófagos e eles conseguem detectar essa célula marcada, essa marcação por anticorpos se chama opsonização, por isso consegue ser facilmente fagocitose pelo macrófago, assim tem uma hemólise extravascular (porque o macrófago está nos tecidos), ou chamada de anemia autoimune hemolítica extravascular.
· Um dos sinais é a diminuição do hematócrito (porcentagem de células vermelhas no sangue), e se tem bactéria (anaplasma circulante), terá febre também 
OUTROS SINAIS CLINÍCOS 
· Fraqueza, anorexia, desidratação, urina amarelo escura (hemólise extravascular que causa, resultado/consequência da desidratação), dispneia, andar cambaleante e vagoroso, mucosas pálidas ictéricas os sinais de fraqueza é porque não está havendo as trocas gasosas por conta da anemia. 
BABESIA BIGEMINA 
· Eles ficam soltos no citoplasma da hemácias, assim esses corpúsculos da babesia vã se multiplicar dentro da hemácia, aumentando a pressão intravascular, até uma hora que essa hemácia não aguenta e sofre uma hemólise (destruição). 
· Aqui quem causa a hemólise é a babesia, diferente da anaplasma. 
· Isso acontece na corrente sanguínea, tendo extravasamento de hemoglobina, vai ter como consequência hemoglobinúria. (isso porque o rim filtra o sangue e elimina a hemoglobina na urina) = urina escura. 
· Um precursor da hemoglobina e a bilirrubina, e tem capacidade de impregnar nas mucosa, causando icterícias nas mucosas. 
· Rompimento da hemácia na corrente sanguínea e libera os pigmentos causando o problema acima. 
· A anemia é hemolítica(rompimento de hemácias, tendo a queda de hematócrito) intravascular. 
BABESIA BOVIS 
· Tem um corpúsculo bem menor, também tem a capacidadede se multiplicar dentro da hemácia, a partir que se multiplica pode causar o rompimento. A diferença é que depois que entra na circulação tem a capacidade de entrar nos menores vasos pelo tamanho, sendo um deles o SNC (onde tem os capilares mais delgados), somente na bovis tem lesões nervosas. 
· Depois que entra na circulação pode causar CID (coagulação intravascular disseminada), ou seja, forma uns grumos. Assim perde a capacidade de oxigenação dessas células nervosas causando as lesões nervosas. 
DIAGNÓSTICO
· Sinais clínicos + histórico (carrapatos) – saber se já foi tratado antes, as vezes não encontra os endoparasitas porque já teve um tratamento prévio, assim mascara o exame. 
· Método de eleição:
· Esfregaço sanguíneo (pesquisa de hematozoários). 
· -Hemograma:
· Eritograma – anemia regenerativa: Anisocitose + policromia (precisa saber se o animal está respondendo, o ideal é que tenha uma anemia regenerativa, isso se vê pelos reticulócitos, porém os bovinos não tem uma reserva grande de reticulócitos, assim não se vê muito bem tendo que ver os sinais, como Anisocitose ( a hemácia jovem é maior) e policromasia.
· Hematócrito baixo 
· Leucograma – Leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda (o leucócito que está em maior quantidade na corrente sanguínea de ruminante é linfócito), isso é importante porque tem neutrófilo com muito excesso. Pode se encontrar até eosinófilos, porque é parasitas. 
· BIOQUIMICA: hiperbilirrubinemia; pode fazer uma urinálise para analisar se tem hematúria ou hemoglobinúria 
· NECROPSIA: palidez de mucosa, sangue aquoso, ictericia, hepatomegalia, esplenomegalia, rim hipertrofiado (pode ter uma sobrecarga, o rim tem que filtrar mais na babesia, porque tem uma biliglobinuria). 
· SOROLOGIA (difícil fazer em ruminante) – ELISA, imunoflorescencia – só se encontra os agentes 14 dias depois da infecção.
· DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Trapanossomose bovina (tem sinais muito semelhantes) 
· TRATAMENTO 
· Tetraciclinas – antibiótico que trata anaplasma (20 a 30mg/kg/PV) dose única a 3 dias (1 dose a cada 3 dias [72hs]). + Diaminazine aceturato (babesia) (3 a 8mg/kg/PV)dose única, dependendo dos sinais clínicos pode fazer 2 doses a cada 48 horas. 
· Tratamento de suporte – antitérmico (dipirona); AINE (flunexim meglumine); se o animal está com hiporexia pode realizar uma transfaunação (transferência de fauna ruminal, para evitar um problema secundário), isso se faz através de pegar um liquido de um animal saudável e transferir; não pode realizar fluidoterapia, isso porque já tem uma anemia (o ideal é esperar o animal se recuperar). 
· Transfusão de sangue (o doador de sangue tem que ser saudável).
· Premunização: Existe uma vacina, porém não funciona para evitar que o animal se contamina, porém aumenta a imunidade, por isso pode ajudar. Exemplo em casos de animais que são transferidos, assim ajuda na imunidade antes de chegar em outro local. 
· 29/04/2020 
· Continuação ... 
· Coração ectópico, como citado o animal geralmente vai a óbito ou o proprietário decide realizar a eutanásia do animal. Esse animal é incompatível para a produção. 
· É possível realizar cirurgia de transplante, porém é muito difícil de se fazer. 
RETICULO PERICARDITE TRAUMÁTICA
· Essa doença é decorrente da ingestão de um corpo estranho pontiagudo (como pregos e arames). Essa doença ela acomete a principio o sistema digestório mas pode progredir para o coração. 
· O reticulo que é acometido, ele é mais acometido por conta da sua localização. 
· O reticulo faz o movimento de contração, ele não é colado, assim quando ele contrai ele sai da região do esterno e sobe que proporciona a regurgitação. Assim ele é mais acometido por conta da contração o que faz com o que o material danifique a mucosa facilmente, a doença acomete o coração por conta da localização que uma hora esse corpo estranho pode sair e chegar no coração. 
PREDISPOSIÇÃO 
· Os ruminantes são mais predispostos, os pequenos ruminantes raramente vão desenvolver essa doença. Isso porque o ruminante tem o senso epicrítico oral muito pouco desenvolvido, que é pouca sensibilidade, onde tem baixa capacidade de discernir o que é comestível. 
· O histórico é importante, por exemplo se teve alguma reforma de cerca recentemente, ou alguma obra que tinha presença de pregos. 
ANATÔMIA – relação do retículo com a proximidade ao coração. 
· Lembrando que o corpo estranho pode não atingir outros sistemas, causando outras sintomas. 
SINAIS CLÍNICOS 
· Tem caráter agudo 
· Anorexia (isso porque quanto mais ele come, mais ele vai estimulo para a ruminação, e se o retículo está aderido a região ventral do abdômen ele vai sentir dor) – começa apresentar emagrecimento; desidratação (também para de beber água).
· Dor (cifose) – alterações de postura ; posição antialgica; membros anteriores ficam apoiados em coxos de comida, para ficar a parte anterior mais alta, servindo para aliviar a pressão na região onde ocorre a inflamação. 
· Evita locomoção 
· Febre (decorrente de uma peritonite [ inflamação do peritônio, porque o corpo estranho perfurou o reticulo e vazou o liquido para a cavidade abdominal])
· Hiperalgia ás provas (sendo um método diagnóstico para as doenças) 
1°Prova da rampa 
- O animal consegue subir, mas não consegue descer porque tem um grande processo doloroso, por conta da compressão do retículo e outros órgãos. 
2°Prova da cernelha
-Geralmente quando se faz esse beliscamento, o animal abaixa a coluna, sendo isso normal, o que não é normal é quando ele sentir dor, percebendo através da auscultação da garganta zootécnica, escutando os gemidos do animal. 
3° Percussão dolorosa
Na imagem é realizado a prova do bastão, assim faz uma pressão com o bastão na região do esterno do animal, depois solta o bastão de uma vez, então se o animal tiver dor ele vai gemer (não da para fazer sozinha, o veterinário tem que estar auscultando na garganta zootécnica). 
SINAIS CLINICOS 
· Edema (mais comum edema de peito, por que o sistema cardiovascular está alterado). Vai ter características de edema, nesse edema que é circulatório o animal não apresenta dor ao palpar, vai ter godet +, tende a ter uma temperatura mais fria (por conta do acumulo de liquido), sendo transudato. (se fosse colher do pericárdio seria um exsudato, porque já tem uma inflamação/ contaminação). Costuma ter esses edemas no peite, mas em qualquer parte ventral pode apresentar. 
· Jugular ingurgitada (sangue se acumula na região cranial desse vaso, por conta das alterações cardiovascular, nessa doença parece que está fazendo garrote sem estar encostando). Porque existe um refluxo do sangue para o coração
· Pulso jugular (veia não pulso, significando um fluxo de sangue)
· Prova do garrote positivo. Em um animal que tem reticulo, terá a veia ingurgitada dos dois lados no garrote positivo. Quando mais grave a doença estiver, mais facilmente terá isso. As vezes nem precisa fazer a prova do garrote, pois ela já fica ingurgitada. 
· Taquicardia (porque existe uma insuficiência cardíaca, porque o sangue não está sendo bombeado corretamente), também pode ter uma dificuldade respiratório. 
· Na auscultação pode ter um abafamento de bulhas (porque tem uma inflamação de saco pericárdio/ tem acumulo de liquido), ou pode auscultar algum som de liquido. 
· Macicez cardíaca (difícil realizar a percussão). Porem se conseguir, a área de macicez aumenta no coração (entre o 3 e 5 espaço intercostal). 
DIAGNÓSTICO 
· Geralmente é clínico (histórico/ anamnese/ exame físico)
· Hematológico (leucograma; fibrinogênio [proteína de fase adulta, indicando quando tem alguma inflamação por mais que não esteja demonstrando]
· US 
- Pontos hiperecóicos, demonstrando uma maior viscosidade. O espaço pericárdico pode estar aumentando por conta do acumulo de liquido, além desse acumulo pode encontrar pontos hiperecoicos que estão dentro do saco pericárdico que são indicativos de fibrina (uma movimentação de fibrina).· Análise de liquido peritoneal 
-Se nota um liquido exsudato 
· Necropsia. 
-Pode encontrar ou não o corpo estranho aderido no coração, em reticulo. Geralmente tem um abcesso contornando esse corpo estranho. 
TRATAMENTO E PREVENÇÃO 
· O prognóstico é muito ruim 
· Se chegou no coração é muito ruim, agora se ainda esta no reticulo pode realizar uma ruminotomia para retirada do corpo estranho (abre a cavidade abdominal, fixa a parede do rúmen, e depois abre o rúmen, assim entra com o braço dentro do reticulo e procura o corpo estranho.
· Inicia-se o tratamento pelo suporte e estabilização do paciente (hidratação e antibioticoterapia, associado com AINES). 
· Pode se utilizar métodos de prevenção 
· Eliminar a fonte de corpos estranhos no pasto. 
· Existe magnetos, que são bastões, onde o animal ingere e a tendência é que esse imã se aloje no reticulo, e o retículo por ser pequeno e o imã ser pesado, ele tende a ficar no fundo do reticulo, assim se o animal ingerir um corpo estranho metálico, ele vai aderir ao imã. O anima fica com esse imã a vida inteira. Se faz a partir de >8 meses. 
29/04/2020
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Revisão anatômica 
· Vias aérea anteriores (superiores)
-Narinas; fossas nasais, septo nasal, conchas nasais (coanas)- é um tecido ósseo, formado em funil, forrada de epitélio, o ar que entra em contato com as coanas são filtrados, seios paranais (equinos tem 6 seios paranasais) – seios paranasais frontais e maxilares, esses seios paranasais são os mais acometidos, nasofaringe (é o primeiro funil que faz a seleção do que vai para cada sistema) , laringe (é um segundo funil muscular, que seleciona o que vai para a traqueia) e bolsas guturais ( só o equino tem, não tem certeza para que se serve, o que se acha é que é um amplificador de som, e serve como fonação também), ela está embutida no sistema respiratório porque tem um septo para a faringe e laringe, e as vezes se tem uma inflamação (rara), assim por conta da ligação essa bolsa também inflama. 
· Vias aéreas posteriores (inferiores) 
· Traqueia, brônquios, bronquíolos (ramificação dos brônquios) – pulmões, alvéolos e cavidade pleural. Esses pulmões está recoberta por uma membrana pleural, a pleura viseral está em contato intima com o pulmão e a parietal em contato com a cavidade torácica, essa pleura é bastante irrigada. 
· As doenças mais comuns acontece nas vias anteriores (superiores). É raro acontecer em vias aéreas inferiores. 
FUNÇÕES 
· Hematose (troca gasosa)- captação de O2 que vai ser lavado ao sangue, como também a eliminação do CO2, isso sempre transportado pelas hemácias. 
· Equilibrio ácido básico – ( um individuo que tem acidose terá uma dispneia, para tentar captar oxigênio, assim irá gerar uma alcalose; quando se tem uma alcalose metabólica, terá uma bradpneia [diminuição da FR], isso porque precisa de uma acidose compensatória. Ajuda então todo o sistema respiratório para realizar as funções vitais normais. 
· Termorregulação; ajuda a captar ar mais quente faz com que o organismo troque calor, e tem uma adequação na termorregulação; nos equinos tem uma função menor do que outros mamíferos. Nos equinos tem muita sudorese para realizar essa termorregulação, pela respiração ajuda mas não é tanto. 
· Olfação (em trabalhos dizem que a olfação de equinos é muito grande). A olfação serve de reconhecimento ambiental, entre indivíduos da mesma espécie e outros. 
· A hematose depende da ...
· Inspiração – é um processo ativo (depende do gasto energético) – muito mais rápido
· Expiração – processo passivo (não perde energia) – mais lento – geralmente mantém uma relação de 1:1 ou 1:2 Precisa saber disso para saber o padrão respiratório. 
· OBS: Os 3 sistemas que tem muito contato com o exterior é o sistema respiratório, digestório e tegumentar. Assim esses sistemas precisam de uma defesa especial. E lógico quando não consegue sofre a doença. 
· DEFESAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
· Depende do tamanho das partículas 
· Filtragem nas cavidades nasais (geralmente pelas coanas)
· Tosse e espirro (para expelir partículas que estão adentrando de maneiro inconveniente nas vias aéreas) – cavalo tosse quando está doente. O cavalo tem um espirro voluntário. 
· Se essas partículas conseguir passar por essas duas etapas vai para a traqueia que tem um movimento muco ciliar, que faz com que isso vire catarro ou alguma sujeira para ser expelido, se mesmo passar ... chega no pulmão e tem os 
· Macrófagos alveolares – tem uma capacidade grande fagocitose, e inclusive expor essas partículas para o sistema imunológico. 
· Secreção de imunoglobulinas -IgA – Trato anterior/ IgG – pulmões 
· A doença só vai acontecer se a partícula passar por todos esses sistemas de defesa, ou alguma parte desse sistema está comprometido. 
O EXAME CLÍNICO 
- Identificação: Anamnese/ histórico 
- Exame físico
- Exames complementares 
ANAMNESE/ HISTÓRICO 
· Queixa principal – As principais são: Tosse, secreção nasal, queda de rendimento.
· Ambiente que o animal é manejado ( mais comum para se suspeitar de doença alérgica, quando o animal fica mais preso dentro da baia – quanto mais confinado, mais predisposto a desenvolver doença alérgica). 
· Vacinações (influenza e herpes vírus é importante para esse sistema). As vacinas não são 100% eficaz, mas diminui muito o índice. 
· Alimentação (o que come, a quantidade, onde o alimento fica armazenado, quantas vezes por dia). O tipo da alimentação também é importante. 
-A alimentação pode ser farelada, peletizada, extrusada. 
-Existe um problema na ração farelada, porque ela tem muito pó, o que pode causar uma alergia. 
· Transporte recente – Existe a pneumonia pós viagem. A viagem é um motivo de estresse para o animal, no translado as vezes pode ter algo que irrita o sistema respiratório do animal (difícil de tratar). 
-Pode distrair o animal durante a viagem, com alimento por exemplo. 
· Problema individual ou coletivo ( se for coletivo, pode ser um caso infeccioso, já se tiver só um pode direcionar para um problema alérgico). 
· Tempo de evolução (para ver ser aguda ou crônico). 
· IMPORTANTE: Sempre baias amplas; que tenha uma boa ventilação; porta ampla; condições que promovem um bom manejo para o animal; 
EXAME FÍSICO
· Geral (Mucosas; hidratação [turgor de pele, TPC]; FC; FR; TC).
· Especifico 
-Inspeção 
-Palpação (da para fazer o reflexo da tosse; da para analisar os linfonodos)
-Auscultação (auscultação pulmonar/ traqueal)
-Percussão (dá para usar pouco, principalmente em seios paranasais). 
-Olfação (odor do corrimento pode ajudar a identificar algo).
INSPEÇÃO 
· Mensurar a FR (Observação do movimento costoabdominal [faz o movimento das costelas, depois amplia o abdômen]) 
· Equino adulto: FR = 10 – 20mpm 
· Todas as vezes que for examinar um cavalo com suspeita de doença respiratório, não olhe se tem secreção nas narinas, mas olhe nos membros, porque ele limpa. 
· Tipo de secreção 
- Uni ou bilateral (se é uni lateral a suspeita é via aérea anterior, porém analisar porque do outro lado pode estar obstruído; quando se tem secreção bilateral pode ser anterior ou posterior
Classificação: Aquosa (coriza) – é normal ; Mucosa ; serosa (bastante turva e viscosa; Purulenta (tem contaminação bacteriana); sanguinolenta. 
 
 PALPAÇÃO
· Palpação dos linfonodos submandibulares
· Realização do reflexo da tosse – faz uma digito pressão nos anéis traqueais. 
· Pode fazer uma palpação com força dos espaços interportais para avaliar pleurodimia (dor pleural). Se o animal reclama é sinal que está com dor. – MUITO RARO 
PERCUSSÃO 
· Realiza percussão nos seios paranasais (nas linhas entre os olhos tem os seios paranais frontais) e pode também realizar a percussão no seio paranasais maxilais (na região intra orbitraria). 
· SONS DA PERCUSSÃO: Maciço (quando não tem ar atrás da estrutura), timpânico (tem ar ou gás sobre pressão) e claro.

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