Buscar

direito tributário

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Direito 
Tributário 
 
 
 Micheli Holzschuh 
Instagram: @studylaw0 
 
 
Direito e Processo Tributário 
 
Fisco contribuinte 
 
Sistema de Pirâmide 
1º. CF autorização 
 Limitação princípios 
 Imunidade 
2º. Lei Complementar – normas gerais CTN 
 LC 
116/03 (ISS) 
 LC 87/96 (ICMS) 
3º. Lei Ordinária – instituir 
4º. Atos Normativos – regulamentar fiscalização tributos 
 Cobrança 
 
 Material 
 Espacial – momento da ocorrência – legislação aplicada 
 Territorial – local da ocorrência 
 Pessoal – quem é o contribuinte (quem paga/contribui) e quem é o 
responsável tributário (quem faz a retenção do FISCO) 
 Quantitativo – quanto vou pagar 
 
 Principal – pagar o tributo 
 Acessória – fazer/não fazer – declarar o tributo 
 Caso não declare, há o pagamento de multa (gera obrigação 
principal) 
Relação tributária 
(LEI) hipótese 
de matriz de 
indicência
fato gerador do 
tributo
obrigação 
tributária
crédito tributário
inscrição em 
dívida ativa
execução fiscal
CF
LC
LO
AN
 
 
 Constituir lançamento fiscal homologação (IR + ICMS, etc) 
 Declaração (ITBI + ITCMI, etc) 
 Ofício direto 
 Substituição 
a) Homologação – auto lançamento do imposto 
 O FISCO tem 5 anos para rever o lançamento 
b) Declaração – ação em conjunto entre contribuinte e FISCO 
c) Ofício 
 Direto – o FISCO faz toda a declaração sozinho e o contribuinte 
apenas paga 
 Substituição – auto de infração (administrativo) 
 Não declarar/sonegar imposto – multa acresce em 150% 
(máxima) – mínima 75% - e configura ação penal 
 
1. Pagar – extingue 
2. Parcelar – suspende (SELIC) a exigibilidade do crédito 
3. Impugnar (auto de infração) – suspense (SELIC) a exigibilidade do 
crédito crédito administrativo tributário 
4. Não fazer nada – cobrança segue e vai para o âmbito de 
Procuradoria da Fazenda Nacional (cobrança judicial) 
 Decadência – 5 anos – art. 173 
 Constituir crédito – FISCO 
 Dívida Ativa – título executivo extrajudicial 
 Acréscimo de certidão de dívida ativa 
 20% 
 Prescrição – 5 anos 
 
 
Art. 172, 
CTN 
 
 
I. Conceito de tributo 
 Prestação pecuniária 
 Prestação compulsória (independe de vontade) 
 Não constitui sanção por ato ilícito ( multa) 
 Instituído pela lei (princípio da legalidade) 
 Cobrança administrativa vinculada (não discricionária) 
II. Espécies tributárias 
a) Impostos 
 FG – riqueza do contribuinte renda 
 Mercadoria 
 Serviço 
 Propriedade 
 Não vinculado a atividade estatal – princípio da não afetação 
 
b) Taxas 
 Atividade estatal poder de polícia [polícia administrativa] (fiscalização) 
 Serviço público específico (unidade autônoma) 
 Divisível (usuário isolado) 
 Efetivo ou potencial – mesmo que não utilize 
 Produto de arrecadação – destinação específica 
 Base de cálculo – vinculada ao custo de atividade (Súmula 595, STF) 
 Taxa preço público (tarifa) 
 Obrigação contratual (não é tributo) 
 
c) Contribuição de melhoria 
 Obra pública – resulte – valorização da propriedade (bem imóvel) 
 Finalidade – custear obra limite total – valor da obra 
Limite individual – valor acrescido 
 
 
 Instituição – lei ordinária específica 
 BC – Valorização do imóvel X Alíquota 
d) Empréstimo compulsório 
 Ingresso de recurso temporário – obrigação de restituir 
 Hipóteses defesa extraordinária calamidade pública 
 Guerra externa (declarada/iminente) 
 Após esgotados os cofres 
públicos (exceção do princípio da anterioridade) 
 Instituição – Lei Complementar 
 
e) Contribuições Especiais 
 Atuação estatal específica – Geral (fins sociais) 
 Não divisível – Grupo 
1) contribuições sociais seguridade social 
 Sociais gerais (ex.: terceiros) 
 Instituída pela União 
2) contribuições de intervenção de domínio econômico (CIDE) 
 Instituída pela União – não sujeita a divisão de receitas 
 Função extrafiscal – intervenção econômica 
 Atuação estatal de iniciativa privada corrigir distorções 
 Promover objetivos 
 Custear atuação de interesse de categorias profissionais ou 
econômicas 
3) contribuição de interesse de categorias profissionais ou econômicas 
 Instituída pela União 
 Contribuições profissionais ou cooperativas conselho de fiscalização 
 Sindicais (extintas com a 
reforma trabalhista) 
 
 
4) contribuição de iluminação pública (EC 39/02) 
 Instituída pelos Municípios e Distrito Federal 
 Custear serviço de iluminação pública 
 Recursos – defesas instalação não investimento em melhoria 
 Manutenção 
 
III. Classificação do tributo 
1. Quanto ao sujeito 
 Fiscal: cobrado pelo ente federativo 
 Parafiscal: cobrado pelas outras entidades 
 
2. Quanto a finalidade 
 Fiscal: finalidade de arrecadar 
 Extrafiscal: estimular/desestimular determinada conduta 
 
3. Quanto ao fato gerador 
 Pessoal: recai sobre pessoas (rendimentos) – capacidade contributiva 
 Real: recai sobre a coisa (bem) 
 
4. Quando ao ônus econômico 
 Direto: suportado pelo contribuinte (de fato e de direito) 
 Indireto: suportado pelo terceiro (consumidor) 
 Obs.: repetição de indébito – de fato - tem legitimidade – o ônus sai 
do seu bolso, suporta diretamente 
- de direito – prova que assumiu o ônus 
 - autorização de terceiro 
 
 
 
5. Quanto à Base de Cálculo 
 Fixo: independe de direção econômica de base de cálculo 
 Variável: percentual sobre a base de cálculo 
 
6. Outras classificações 
 Progressivo: no tempo ou em razão da renda 
 Seletivo: onerar bens menos essenciais; desonerar bens mais essenciais 
 Monofásico: tributação concentrada em única etapa 
 Plurifásico: incide em todas as etapas 
 Cumulativo: incide em todas as etapas – sem direito a crédito 
 Não cumulativo: incide em todas as etapas – com direito a crédito 
 
IV. Repartição de Competência 
 Aptidão para instituir tributos 
 Capacidade: aptidão para fiscalizar e cobrar 
 Modalidades: 
 Privativa: exclusiva de cada ente 
 Residual: é competência da União criar novos 
impostos/contribuições 
- Vedação ao bis in idem 
- Não cumulativo 
 Obs.: regime específico 
 Lei complementar + não cumulatividade + vedação ao bis in idem 
(o mesmo ente tributando 2 vezes o mesmo fato gerador) / bitributação 
(2 entes distintos tributando o mesmo fato gerador) 
 Comum: todos os entes 
 Partilha de competência1. Impostos 
 União: II + IE + IR + IPI + IOF + ITR + IGF 
 Estados: ITCMD + ICMS + IPVA 
 Municípios: ISSQN + ITBI + IPTV 
 
 Taxas 
 Contribuição de melhoria 
 Empréstimo compulsório 
 Contribuições especiais 
 Intervenção domínio econômico 
 Categorias profissionais 
 Sociais 
 Imposto extraordinário de guerra (admite bis in idem e bitributação) 
 Iluminação pública Município/DF 
 Obs.: contribuições sociais competência dos Estados, Municípios 
e DF 
 Servidores – custear previdência 
própria 
 Especial: 
 Empréstimo compulsório 
 Competência residual 
 IGF 
 Geral (regra) – instituição por lei ordinária 
 Competência – indelegável 
 Capacidade - delegável 
 
 
Competência 
comum 
União 
Lei 
Complementar 
 
 
V. Limitações do poder de tributar 
a) Princípios 
1. Princípio da Legalidade 
 Art. 150, I, CF e art. 97, I e II, CTN 
 Somente lei pode instituir/majorar tributos 
 Definir o Fato Gerador / sujeito passivo 
 Fixar alíquota / Base de Cálculo 
 Cominação de penalidades 
 Vinculado com o Princípio da Segurança Jurídica 
 Hipóteses: 
 Exclusão 
 Suspensão 
 Extinção 
 Dispensa / redução de penalidade 
 Equipara-se a majoração Modificação da Base de Cálculo 
(onerosidade) 
 Não é majoração atualização monetária da Base de Cálculo 
 Exceção do princípio previsão constitucional (extrafiscalidade) 
 Admite-se Medida Provisória para majoração salvo reserva de 
Lei Complementar 
2. Princípio da Anterioridade 
 Publicação da lei do tributo 
 Sempre o maior prazo 
 Anual veda exigir tributo de mesmo exercício 
 Nonagesimal veda exigir tributos antes de 90 dias 
 Equipara-se a instituição/majoração (exceção): 
CT 
- Cumulativo 
- Maior prazo 
 
 
 Definir novas Hipóteses de Incidência 
 Extinção / redução de isenções 
 
 
 
3. Princípio da Irretroatividade da Lei 
 Lei institui/majora aplicação para fatos geradores futuros 
4. Princípio da Isonomia 
 Veda tratamento desigual para iguais 
 Obs.: ME / EPP 
5. Princípio da capacidade contributiva 
 Sempre que possível – tributos serão graduados de acordo com a 
capacidade contributiva 
 Depende: 
 Característica do tributo 
 Finalidade 
 Ex.: progressividade do IR 
6. Princípio da Vedação ao Confisco 
 Anular riqueza privada 
 Não há limitação – considera-se razoável 
7. Princípio da Liberdade de Tráfego 
 Vedado a limitação do tráfego – bens/pessoas 
 Tributos – interestaduais 
 - intermunicipais 
Ressalvada cobrança 
de pedágio – 
conservação de vias 
Se for exceção às duas, é 
exigência imediata 
 
 
b) Imunidades Tributárias (impostos) 
 Imunidade: 
 Regras constitucionais – previsão constitucional 
 Atinge a competência - aptidão de instituir 
 Isenção: 
 Previsão infraconstitucional 
 Atinge a capacidade - aptidão de fiscalizar e cobrar 
 Não incidência: fato que não se enquadra em hipótese de incidência 
 
1. Imunidade recíproca 
 Impede que entes políticos cobrem impostos uns dos outros 
 + autarquias + fundações (INSS, INGRA, 
Conselho Profissional) 
 Obs.: 
 Empresas públicas 
 Sociedade de economia mista 
 Ex.: infraero (RE. 363412) e CODESP (RE. 265749) – conseguiram no 
STF o reconhecimento da imunidade recíproca 
 
2. Imunidade de templos de qualquer culto 
 Abrange diversas formas de expressão religiosa 
 Obs.: 
 Imóvel de residência/escritório de padres e pastores (RE. 2213958) 
 Cemitérios (RE. 578562) 
 Festividades e comercialização de produtos religiosos 
3. Imunidade de partidos políticos, sindicatos dos trabalhadores e 
instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos 
- prestam serviço público típico 
- regime de monopólio 
- sem concorrência do setor privado 
 
 
 Requisitos: 
 Não distribuir lucros a qualquer título 
 Aplicar recursos no país 
 Manter escrituração contábil em dia 
 Obs.: Súmula nº 724, STF – renda de aluguéis – destinação (atividades 
correlatas / fins essenciais) 
 Assistência social: 
 Imunidade de contribuições sociais – art. 195, §7º, CF 
 Requisitos – lei 12.101/09 (inconstitucional para o STF) e art. 14, CTN 
 
4. Imunidade de livros, jornais, periódicos e papel para sua impressão 
 Imunidade objetiva – da coisa (não da pessoa) 
 Extensão da imunidade – meio magnético e eletrônico (CD-ROM / e-
books) 
 Súmula nº 657, STF – imunidade abrange insumos (não maquinário) 
 
5. Imunidade de fonogramas e vídeogramas musicais – EC 75/13 
 CD, DVD e Blu-ray – indústria nacional 
 
VI. Fontes do Direito Tributário 
1. Constituição Federal 
 Sistema tributário nacional 
 Regra-matriz de incidência 
 Classificação dos tributos 
 Repartição de competências 
 Limitações para poder tributar 
 
Art. 14, CTN 
 
 
2. Lei Complementar 
 Limita a competência de cada ente (ex.: ISSQN) 
 Requisitos da imunidade tributária – art. 14, CTN 
 Normas gerais (uniformização entre os entes federativos): 
 Definição de tributo e suas espécies 
 Fato Gerador, Base de Cálculo e contribuintes 
 Obrigação Tributária, lançamento tributário, crédito tributário, 
prescrição e decadência 
 Ato Cooperativo (desoneração) – ato entre associado e cooperativa 
 Tratamento diferenciado para ME/EPP (LC 123/06) 
 
3. Lei Ordinária 
 Tudo que não compete a Lei Complementar 
 Instituir tributos 
 Isenções + obrigações acessórias 
 
4. Medida Provisória 
 Caráter extraordinário (relevância e urgência) 
 Competência do Presidente da República 
 Efeito de lei: 
 Prazo de 60 dias (prorrogável por igual período) 
 Só pode dispor sobre matéria de lei ordinária, jamais sobre matéria de 
lei complementar 
 
5. Tratados Internacionais 
 Internalização – integra a legislação tributária 
 Garantias fundamentais – força constitucional 
 Políticas de comércio exterior – força de lei especial 
 
 
 Obs.: Presidente da República – chefe de Estado – tratado pode 
atingir a competência dos Estados/Municípios 
 
6. Convênios 
 Acordo entre entes 
 Modalidades: 
 Cooperação – permuta de informações (fiscalização) 
 Subordinação – condiciona a validade de norma estadual 
 
7. Decretos do Poder Executivo 
 Presidente, governadores, prefeitos 
 Não pode criar ou restringir direitos 
 Regulamentar conteúdo de leis (operacionalizar, tornar efetiva a lei): 
 Ato infralegal 
 Respeitar o conteúdo e alcance da lei 
 Ex.: RICMS, RIR 
 Altera alíquotas – exceções ao princípio da legalidade 
 Matérias não reservadas em lei – obrigações acessórias, atualização 
de Base de Cálculo, definição de vencimento de tributos 
 
8. Atos do Poder Legislativo 
 Resoluções – Congresso Nacional (Ex.: resoluções do Senado – 
alíquotas) 
 Decretos Legislativos 
 Aprovação de tratados internacionais 
 Efeitos da Medida Provisória não convertida em lei 
 
 
 
 
9. Atos administrativos normativos 
 Expedidos pela administração pública 
 Normas de cunho: 
 Instrumental/operacional 
 Orientar órgãos públicos acerca da interpretação/aplicação de leis 
 Vinculado em lei – não pode inovar 
 
VII. Legislação Tributária 
1. Vigência: 45 dias da publicação da lei (salvo disposição em contrário) 
 Cláusula de vigência imediata 
 Regras especiais: 
 Atos administrativos – data da publicação da lei 
 Decisões administrativas – 30 dias da publicação da lei 
 Convênios – data nele prevista 
 Obs.: princípio da anterioridade 
 
2. Aplicação 
 Fatos geradores futuros e pendentes (ex.: IR) 
 Aplica-se a lei vigente no momento do fato gerador 
 Aplicação retroativa: 
 Interpretativa 
 Deixar de definir ato como infração Implicar em penalidade menos severa 
 
3. Interpretação 
 Lacuna de lei – analogia, princípio do direito tributário e direito 
público, equidade 
 
 
 Obs.: a lei tributária não pode alterar definição, conteúdo, alcance e 
conteúdos de direito privado 
 Interpretação literal: 
 Suspensão (art. 156, CTN) e exclusão do Crédito Tributário (remissão e 
isenção) – art. 158, CTN 
 Outorga isenção 
 Dispensa o cumprimento de obrigações acessórias 
 Interpretação benigna: define infração e comina penalidade 
 
a) Hipótese de incidência: norma descreve o fato 
 
b) Obrigação tributária: 
 Principal – conteúdo pecuniário: 
 Pagamento de tributo 
 Pagamento de pena pecuniária 
 Acessórias: 
 Prestações positivas ou negativas 
 Descumprimento – multa 
 Pessoas imunes/isentas – devem cumprir 
 
1. Sujeito ativo – art. 119, CTN 
 Titular do direito de cobrar (capacidade tributária) 
 Obs.: 
 Parafiscalidade 
 Delegação 
 Sujeito ativo destinatário de arrecadação (ex.: Simples Nacional) 
 Pessoa jurídica de direito público desmembrada 
- Sub-roga do direito 
 
 
- Legislação anterior até ter sua 
 
2. Sujeito passivo – art. 121 
 Devedor da obrigação tributária 
 Contribuinte – participa diretamente do fato gerador 
 Responsável tributário – terceiro – condição decorre da lei 
 Obs.: convenções particulares – inoponíveis ao FISCO – o próprio 
contribuinte paga os tributos ao FISCO 
 
3. Capacidade tributária – art. 126 
 Aptidão para ser sujeito passivo da Obrigação Tributária 
 Independe de: 
 Capacidade civil 
 Estar gozando de capacidade civil plena 
 Sociedade em comum 
 
4. Domicílio tributário – art. 127 
 Regra geral – contribuinte elege 
 Obs.: FISCO pode desconsiderar – dificulta – 
fiscalização/arrecadação 
 Regras especiais (falta do domicílio de eleição) 
 Pessoa natural: 
- Residência habitual 
- Centro habitual de atividades (na falta da residência) 
 Pessoa jurídica de direito privado/empresa individual: 
- Matriz (IRPJ / CSLL / PIS / COFINS) 
- Cada estabelecimento (ISS / IPI / ICMS) 
 Pessoa jurídica de direito público – qualquer das suas repartições 
 
 
 
c) Fato gerador: ocorrência de fato descrito em norma 
 Elementos: 
 Aspecto material (fato gerador) 
 Aspecto espacial (território de ocorrência do fato gerador) 
 Aspecto temporal (momento da ocorrência do fato gerador) 
 Aspecto pessoal (sujeito ativo e passivo) 
 Aspecto quantitativo (base de cálculo x alíquota) 
 Classificação: 
 Instantâneo – realiza em momento único (ex.: ICMS) 
 Periódico – realiza em determinado espaço de tempo (ex.: IR) 
 Continuado – projeta ao longo do tempo (ex.: IPTU) 
 
VIII. Momento da ocorrência do Fato Gerador 
 Regra geral: lei instituidora define 
 Regra especial - lei omissa: 
 Situação de fato – quando ocorrido o aspecto material (ex.: ICMS) 
 Situação de direito – quando definitivamente constituída (ex.: ITCMD) 
 Obs.: ato/negócio jurídico são sujeitos a condição: 
 Suspensiva: quando implementada a condição 
 Resolutória: desde a prática do ato/negócio jurídico – ocorre o fato 
gerador 
 Planejamento tributário: 
 Evasão fiscal – conduta ilícita - sonegação fiscal – fraude. Utilização 
de meios ilícitos para retardar, diminuir ou deixar de pagar tributos – 
incide Norma Antielisão 
 Elisão fiscal - conduta lícita – economia tributária. Ato omissivo ou 
comissivo do contribuinte de adotar um conjunto de medidas 
 
 
puramente lícitas, com o escopo de evitar, diminuir ou retardar o 
pagamento de um tributo 
 Elisão fiscal abusiva ou elusão fiscal – simulação de determinado 
negócio jurídico com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato 
gerador, utilizando meios artificiosos e atípicos para não pagar tributos. 
Não é exatamente ilícita – incide Norma Antielisão 
 Norma antielisão – art. 116, p. único, CTN – É aquela que permite ao 
FISCO desconsiderar condutas elisivas praticadas pelos contribuintes 
com o objetivo de economizar tributo, lançando-o tal como seria 
devido caso não verificada a elisão fiscal. Aplica-se em: 
a) fraude à lei 
b) simulação 
c) abuso de direito 
d) abuso de forma 
e) negócio jurídico indireto 
f) falta de propósito negocial 
 
 Princípio do Non Olet: 
 Fato gerador independe da validade do ato e dos efeitos dos fatos 
ocorridos 
 Independente da origem do recurso, tem que pagar os tributos 
igualmente 
 
IX. Responsabilidade Tributária 
1. Responsabilidade Solidária – art. 124, CTN 
 Hipóteses: 
 Interesse comum em situação que constitui o fato gerador 
 Previsto em lei (ex.: INSS de obra) 
 
 
 Efeitos: 
 Pagamento por um aproveita os demais 
 Isenção ou remissão do crédito (salvo se for pessoal) 
 Interrupção da prescrição (aproveita as demais) 
- Em favor (repetição de indébito) 
- Contra (cobrança) 
 
2. Responsabilidade por sucessão 
 Art. 131, CNT – são pessoalmente responsáveis: 
 Adquirente ou remetente – tributos dos bens 
 Sucessor e cônjuge meeiro: 
o Tributos devidos do de cujos: 
- Até a partilha ou adjudicação 
- Até o limite que recebeu 
 Espólio – tributos devidos do de cujos – até a abertura da sucessão 
 Art. 132, CTN – responde pessoalmente (operações societárias): 
 Pessoa jurídica de direito privado resultar em – fusão, cisão, 
transformação, incorporação 
 Art. 133, CTN: 
 Responsabilidade do adquirente (continuar atividade) – fundo de 
comércio e estabelecimento empresarial 
 Responsabilidade: 
- Integral – quando o alienante cessar a atividade 
- Subsidiária – quando o alienante continuar a atividade (mesma ou 
outra) 
- Não há responsabilidade na falência – art. 60, p. único, lei 11.101 
 
 
 
 
3. Responsabilidade de terceiro 
 Art. 134, CTN – responsabilidade subsidiária – ação ou omissão 
 Pais – tributos devidos pelos filhos menores 
 Tutores/curadores – tributos devidos pelos tutelados/curatelados 
 Administração de bens de terceiro – tributos devidos pelos terceiros 
 Inventariante - tributos devidos pelo espólio 
 Administração judicial - tributos devidos pelos tributos em massa 
falida/devedor 
 Tabelião - tributos devidos pelos atos praticados 
 Sócios – liquidação de sociedade 
 Art. 135, CTN – responsabilidade pessoal (sócios) 
 Ato praticado com: 
- Excesso de poder 
- Infração – lei, contrato social ou estatuto 
 Pessoas referidas acima 
 Mandatários, preposto, empregados 
 Diretores, gerentes, representantes 
 Obs.: Súmula 430/STJ – mero inadimplemento; Súmula 435/STJ – 
dissolução irregular 
 
X. Lançamento Fiscal 
 Competência privativa de autoridade administrativa – ato 
administrativo vinculado 
 Constitui crédito tributário 
 Conjunto de atos: 
 Verificar a ocorrência do Fato Gerador (fato-incidência) 
 Determinar matéria tributável (aspecto material) 
 Calcular tributo devido (aspecto quantitativo) 
Pessoa jurídica de 
direito privado 
 
 
 Identificar sujeito passivo – contribuinte e responsável 
 Impor penalidades: 
- Juros de mora (SELIC) + multa de mora (até 20%) 
- Multa de ofício (75% ou150%) – omissão/fraude 
- Multa isolada – descumpre obrigação acessória 
 Modalidades: 
a) Lançamento por declaração 
 Participação – FISCO + contribuinte – presta informações 
 Verifica informações – efetiva lançamento 
 Ex.: ITBI, ITCMD 
b) Lançamento por homologação (auto lançamento) 
 Participação – contribuinte apura e paga – o contribuinte faz tudo e 
o FISCO apenas homologa 
 O crédito tributário já está constituído 
- FISCO – homologa – expressa ou tácita (5 anos do fato gerador) 
 Súmula 436/STJ – declaração do contribuinte (auto lançamento) 
c) Lançamento de ofício 
 Direto – participação exclusiva do FISCO (ex.: IPTU, IPVA) 
 Substituição: 
- Revisão de outra modalidade de lançamento 
- Auto de infração – omissão/fraude – infração propriamente dita Obs.: notificação – condução de eficácia 
- Lançamento por arbitramento ou aferição indireta 
 Excepcional e subsidiário – 
- Inalterabilidade de lançamento 
 Salvo – impugnação do sujeito passivo; recurso de ofício pelo 
próprio FISCO ou revisão de ofício pelo FISCO 
 Inexiste elementos para apurar a base de cálculo 
- Utilização de indícios ou presunções legais 
 
 
 
Só se admite a revisão em hipótese de erro 
- Mudança de critério jurídico – não autoriza revisão de lançamento 
XI. Suspensão do Crédito Tributário 
 Art. 151 
 Quando se fala em regularidade fiscal, se pensa na existência de 
débito ou não. Se tiver débitos ele emite certidão positiva e se não tiver 
será uma certidão negativa. Mas, há casos em que pode se ter débito, 
mas, este está com a exigibilidade suspensa, quer dizer que o FISCO é 
credor, mas, não pode exigir o débito. 
 Certidão positiva com efeitos de negativa: Há regularidade fiscal, em 
que se pode fazer, inclusive, empréstimos em banco. Em que há a 
dívida, mas que não pode ser exigida pelo FISCO (ou porque o débito 
está parcelado, ou está sendo impugnado administrativamente, ou 
porque há discussão judicial e obteve-se uma liminar, ou uma tutela de 
urgência), ou seja fica suspensa a exigibilidade, visto que está 
parcelada ou com alguma discussão judicial porque o débito não é 
devido. 
 Certidão negativa: não tem débito nenhum. 
 
XII. Hipóteses de suspensão da exigibilidade 
1. Moratória 
 Os tributos possuem uma data específica para seu vencimento, se não 
pagar entrará em mora. No entanto, lei específica pode prorrogar esse 
prazo de vencimento, ou seja, se tem aqui uma MORATÓRIA 
postergando o prazo de vencimento, que pode ser parcelado ou não. 
 Moratória é gênero e parcelamento é espécie 
 
 
 Sempre quando se tratar de moratória ou parcelamento deve ser por 
meio de Lei Ordinária, porque é direito indisponível 
 Ex.: PERT., Refis (programas de parcelamento, com finalidade de 
arrecadar). 
 
2. Parcelamento 
 Quando postergado o prazo de uma moratória, há a possibilidade de 
parcelar o pagamento. 
 Normalmente esses programas de parcelamento exigem uma 
CONFISSÃO DE DÍVIDA, ou seja, ao parcelar se há a confissão da dívida, 
e, ainda a renúncia da DISCUSSÃO JUDICIAL, ou seja, como se a dívida 
toda fosse líquida e certa, mesmo que tenha algo indevido. 
 Se renuncia para poder se beneficiar do parcelamento. As matérias 
de fato não podem mais ser discutidas, mas as matérias de direito com 
a prescrição podem-se discutir depois. 
 Quando se fala em dívida, a confissão é irrevogável e irretratável 
 Depois de constituído o crédito tributário pelo lançamento se tem 3 
opções: 
 Pagar: extingue o credito tributário 
 Parcelar: suspende o crédito tributário enquanto perdurar o 
parcelamento 
 Impugnar administrativamente os autos de infração: enquanto 
perdurar essa impugnação fica a exigibilidade suspensa. 
 A utilização da via judicial, automaticamente enseja renuncia à 
utilização da via administrativa. 
 O prazo é de 30 dias para pagar, parcelar ou impugnar 
 
 
 
 
3. Impugnação 
 É quando envolve auto de infração, lançamento fiscal de oficio, 
quando o FISCO vai lá e autua, é possível ir lá e discutir 
 É a 1ª Instância administrativa 
 RECURSO ADMINISTRATIVO seria a 2ª Instância administrativa (nesses 
casos o FISCO não pode cobrar, suspende) 
 Decreto 70.235/72 - enquanto perdurar a discussão do débito, 
suspensa estará a exigibilidade até a decisão final 
 
4. Liminar e antecipação de Tutela 
 Cabe em sede de mandado de segurança ou de procedimento 
comum ordinário 
 Sempre que se tiver uma discussão judicial independentemente da 
modalidade, se pode obter uma decisão liminar, ou no curso do 
processo suspendendo a exigibilidade do Crédito Tributário, com 
antecipação de tutela, mas depende do preenchimento dos requisitos 
desta. 
 Ressarcimento por deslocamento é pelo dano que a pessoa sofre, não 
há acréscimo patrimonial e por isso não incide IR. É recomposição 
patrimonial. 
 
5. Depósito do montante integral - Súmula 112 STJ 
 Última hipótese de suspensão do CT. 
 Se o FISCO está cobrando R$100 mil, o contribuinte efetua o 
pagamento integral, demostrando sua boa-fé. Se perder, esse valor 
converte para a União, se ganhar, leva o dinheiro com todas as 
correções. 
 
 
 
XIII. Modalidade de extinção do Crédito Tributário 
1. Pagamento 
 Há a possibilidade de pedir a Repetição de Indébito, caso haja 
pagamento errado ao FISCO, podendo ser pela via administrativa ou 
judicial, e se pode buscar tudo que foi pago indevidamente nos últimos 
5 anos, sempre contando do dia do pagamento indevido, porque há 
um prazo decadencial além disso. 
 O pedido administrativo não interrompe esse prazo decadencial de 5 
anos para repetir o indébito. 
 OBS: Há um prazo de 2 anos para anular a decisão administrativa, 
onde o FISCO decidirá de novo. Esse prazo é pouco usado porque, se 
negou a decisão administrativa, vai para a judicial. 
 Há a questão de legitimidade, onde há o contribuinte de fato (suporta 
o ônus) e o contribuinte de direito (tem autorização de 3º para a 
contribuição). Muitas vezes é a mesma pessoa, mas quem tem 
legitimidade para buscar a repetição é o contribuinte de fato, porque 
ele suportou o ônus 
 
2. Compensação 
 A pessoa é devedora e credora do FISCO. 
 Ex.: há um IR a restituir, e há um ganho de capital, sendo assim, se 
pode fazer uma compensação, um acerto de contas. 
 Quando o crédito tributário é pessoal, há mais facilidade na busca da 
compensação, porém, quando é crédito de terceiros, este só pode ser 
buscado se a lei permitir. 
 Existe uma lei estadual que está autorizando a troca de precatórios 
para pagar débitos antigos, mas vale apenas 50% do valor dos 
precatórios 
 
 
 Em regra, o crédito deve ser de mesma espécie e não pode ser de 
terceiros 
 Somente pode haver a compensação com o trânsito em julgado 
 
3. Decadência 
 Aqui decai o direito de constituir o crédito tributário, o direito de lançar 
 Ocorre antes da constituição do crédito tributário 
 Regra geral – art. 173 – todas as modalidades de lançamento 
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 
5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido 
efetuado; 
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, 
o lançamento anteriormente efetuado. 
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com 
o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a 
constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer 
medida preparatória indispensável ao lançamento. 
 Regra especial – art. 150, §4º - lançamento por homologação 
§4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da 
ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha 
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o 
crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 
 Pagamento a menor: quando há sonegação de imposto ou 
lançamento a menor, o FISCO, contado do 1º dia do exercício seguinte 
ao do lançamento, tem 5 anos para cobrar o imposto não lançado ou 
o restante do pagamento. Caso não o faça no prazo, perde o direito 
de cobrança 
 Lançamento a menor: o contribuinte, entendendo que sua 
tributação é de determinado valor, faz o autolançamento de valor 
menor que o da a alíquota. Neste caso, o contribuinte não tem 
 
 
intenção de sonegar imposto, apenas comete um erro quanto ao valor 
do crédito tributário. Não há intenção de fraude. O FISCO tem 5 anos 
para cobrar o crédito remanescente, sob pena de decadência 
 
4.Prescrição – art. 174 
 Atinge a pretensão da cobrança do crédito tributário 
 Ocorre depois de constituído o crédito 
 A pretensão de cobrança prescreve em 5 anos contados da data da 
sua constituição definitiva 
 Hipóteses da suspensão da prescrição – art. 151: 
 Moratória 
 Depósito do montante integral 
 Reclamações e recursos, nos termos das leis reguladoras do processo 
tributário administrativo 
 Concessão de medida liminar em mandado de segurança 
 Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras 
espécies de ação judicial 
 Parcelamento 
 Hipóteses de interrupção da prescrição – art. 174, p. único: 
 Despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal 
 Protesto judicial 
 Qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor 
 Qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em 
reconhecimento do débito pelo devedor 
 Prescrição intercorrente – art. 40, LEF 
Art. 40. O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o 
devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, 
não correrá o prazo de prescrição. 
 
 
 
5. Remissão 
 Perdão do débito (tributo) 
 Lei específica 
 
XIV. Exclusão do Crédito Tributário 
 Art. 175 – Anistia e Isenção 
 A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das 
obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo 
crédito seja excluído, ou dela consequente – art. 175, p. único 
 
 Isenção – art. 176 
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei 
que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a 
que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. 
 Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da 
entidade tributante, em função de condições a ela peculiares. 
- Norma infraconstitucional que exclui o crédito tributário, impedindo a 
incidência da norma de tributação. Para tanto, deverá ocorrer antes 
da prática do fato gerador. É a retirada, mediante lei, da possibilidade 
de tributar 
 
 Anistia – art. 180 
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à 
vigência da lei que a concede, não se aplicando: 
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem 
essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito 
passivo ou por terceiro em benefício daquele; 
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou 
mais pessoas naturais ou jurídicas 
- Hipótese de exclusão do crédito tributário, na qual o crédito já foi 
constituído e houve o inadimplemento por parte do contribuinte, cuja 
 
 
consequência é a imputação de multa. A anistia consiste, exatamente, 
na feitura de lei posterior com a finalidade de perdoar a multa 
 
XV. Competência Constitucional Tributária 
 
 Conceito: é a parcela de poder conferida pela Constituição Federal 
a cada ente político para a instituição de tributos 
 
 A Constituição Federal não criou tributos, apenas discriminou 
competências tributárias aos entes políticos – delimitou o espaço de 
atuação legislativa dos entes políticos para a instituição de tributos 
 
 A discriminação das rendas é rígida e tem por objetivos: 
 Impedir a bitributação jurídica 
 Assegurar efetivamente a autonomia financeira dos entes políticos 
 Evitar conflitos de competência em matéria tributária 
 
 Capacidade tributária ativa: significa ter as funções de arrecadar ou 
fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões 
administrativas em matéria tributária – pode se manter no ente que 
detém a competência ou delega-la a outra Pessoa Jurídica de Direito 
Público 
 
 Características: 
 Facultativa 
 Indelegável (a capacidade é delegável) 
 Imprescritível 
 Inalterável 
 
 
 Irrenunciável 
 
 Espécies: 
 Privativa – só pode ser exercida por um único ente político 
 Cumulativa – atribuída ao Distrito Federal para legislar como Estado 
membro e como Município 
 Comum – exercida por todos os entes federativos 
 Extraordinária – exclusiva da União para instituir impostos 
extraordinários em caso de guerra externa ou sua iminência 
 Residual – atribuída somente à União para instituir novos impostos e 
novas contribuições para seguridade social 
 Concorrente – atribuída à União para estabelecer normas gerais, 
suplementadas pelos Estados e pelo Distrito Federal 
 
a) Federalismo: Federação é a forma de Estado resultante da união de 
entidades autônomas, chamadas estados federados, cujo exercício do 
poder é repartido entre os entes 
 Dois níveis de governo – Federal + Regional 
 CF/88 – art. 1º, caput e art. 60, §4º, I 
 
 Federalismo Fiscal: distribuição constitucional das competências 
tributárias entre os 2 ou 3 níveis da federação. Regula os papéis e as 
interações dos governos federal, estadual e municipal no sistema 
federativo 
 
 Questões centrais: 
 Arrecadação de receitas 
 Despesas públicas 
 
 
 Endividamento 
 
 Objetivos do federalismo fiscal: 
 Eficiência econômica nacional 
 Suficiência de recursos para os entes subnacionais 
 Previsibilidade e estabilidade no financiamento das políticas públicas 
 Cooperação entre os entes da federação 
 Responsabilidade fiscal 
 
 Custos do federalismo fiscal: 
 Concorrência predatória entre os entes federativos (guerra fiscal) 
 Distorções na alocação de recursos econômicos em decorrência de 
incentivos fiscais ilegítimos 
 Inviabilidade de uma administração tributária eficiente em todo o 
país 
 
 Receitas Tributárias no federalismo fiscal: 
 Próprias ou transferidas 
 Viabilizam a autonomia financeira dos governos subnacionais e 
promovem a responsabilidade fiscal 
 Adequada e equilibrada repartição das competências legislativas 
tributárias 
 
 
 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
a) Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR) – art. 
153, III e §2º, I, CF 
 Definição de renda + proventos de qualquer natureza: mutação 
patrimonial que constitui acréscimo de seus elementos, sendo originado 
pelo trabalho, pelo capital, pela aposentadoria ou qualquer outra fonte 
geradora de riqueza nova 
 
 Princípios específicos: 
 Generalidade – a renda deve ser considerada como um todo. Veda-
se a segregação de renda auferida 
 Universalidade – a renda auferida por toda e qualquer pessoa está 
sujeita à tributação, dentro dos limites da competência tributária 
 Progressividade – quanto maior a renda auferida passível de 
tributação, maiores serão as alíquotas aplicáveis 
 
 Fato gerador – art. 43, CTN 
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer 
natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou 
jurídica: 
 
 
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação 
de ambos; 
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais 
não compreendidos no inciso anterior. 
 
 Sujeito ativo: União 
 Sujeito passivo: pessoa física ou jurídica titular da renda ou do provento 
de qualquer natureza – a empresa também pode ser a responsável 
tributária pelo IR dos empregados (contribuintes) 
 
 Critério temporal: 
 Período é inerente ao IR 
 Periodicidade anual – art. 7º, Lei 9.250/96 
 
 Base de Cálculo e Alíquota – art. 44, CTN: a base de cálculo do 
imposto é o montantereal, arbitrado ou presumido, da renda ou dos 
proventos de qualquer natureza tributáveis 
 
 Pessoa física – a base de cálculo resulta da diferença entre as somas 
algébricas: 
 De todos os rendimentos percebidos no ano 
 Das deduções com despesas em educação, saúde, previdência, 
próprias e com dependentes 
 Alíquotas – 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5% 
 
 Pessoa jurídica – a base de cálculo resulta do: 
 Lucro real – soma das receitas com a dedução das despesas 
 Incide alíquota de 15% de IRPJ e 9% da CSLL 
 Apuração trimestral – definitiva 
 
 
 Apuração anual – por estimativas 
 
 Lucro presumido – base de cálculo estabelecida por meio de uma 
ficção legal 
 Alíquotas – 1,6%, 8%, 16% e 32% 
 
 Lucro arbitrado – imposição da autoridade fiscal ou opção do 
contribuinte 
 Conduta irregular do contribuinte na contabilidade 
 Caso entenda que sua escrita contábil seja insuficiente para o 
cálculo do lucro real ou presumido 
 
b) Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) – art. 153, IV, §§1º e 
3º, CF 
 Submete-se à Anterioridade Nonagesimal 
 Incide sobre operações jurídicas praticadas com produtos 
industrializados 
 Não incide na venda de produto por comerciante a consumidor 
 
 Será: 
 Seletivo 
 Não-cumulativo 
 Não incide sobre produtos destinados ao exterior 
 Impacto reduzido na aquisição de bens de capital pelo contribuinte 
do imposto 
 
 
 
 
 
 Fato Gerador – art. 46, CTN 
Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem 
como fato gerador: 
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira; 
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51; 
III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão. 
 
 Produto Industrializado: é o resultante de qualquer operação definida 
neste Regulamento como industrialização, mesmo incompleta, parcial 
ou intermediária – art. 3º, Decreto 7.212/10 
 Exclusões do conceito de industrialização – art. 5º 
 
 Sujeito ativo: União 
 Sujeito passivo – art. 51, CTN – contribuinte autônomo 
Art. 51. Contribuinte do imposto é: 
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; 
II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar; 
III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes 
definidos no inciso anterior; 
IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão. 
 
 Critério Espacial: cada estabelecimento é considerado autônomo 
para o cumprimento das obrigações tributárias, mesmo que 
pertencente à mesma Pessoa Física ou Pessoa Jurídica 
 Os valores tributados são apurados em cada estabelecimento 
industrial ou equiparado, atacadista, varejista e independente 
 
 Base de Cálculo – art. 47, CTN 
I - Desembaraço aduaneiro – o preço normal, acrescido do montante: 
 do imposto sobre a importação; 
 
 
 das taxas exigidas para entrada do produto no País; 
 dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele 
exigíveis 
 
II – Saída do Estabelecimento Industrial: 
 o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria; 
 na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente 
da mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do 
remetente 
 
III – Valor da Arrematação Judicial 
 
 Alíquotas – variam de 0% a 365,63% (cigarros) 
 São seletivas – de acordo com a essencialidade dos produtos 
 Imposto é calculado pela aplicação das alíquotas previstas na TIPI 
 Arrecadação do IPI é concentrada em cigarro, bebidas e veículos 
 
c) Imposto de Importação (II) e Imposto de Exportação (IE) – art. 153, I, II 
e §1º, CF 
 Chamados de Tributos Aduaneiros 
 Fortemente vocacionados à extrafiscalidade – finalidade 
arrecadatória e regulatória 
 Competência tributária dos países de origem e de destino – risco de 
dupla tributação 
 
 Princípios do sistema jurídico brasileiro: 
 Interesse Econômico – exportar produtos e não tributos 
 Princípio da tributação no país de destino 
 
 
 Neutralidade em razão da origem dos bens e serviços 
 
 Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT): 
 Firmado em 1947 na Suíça, que o Brasil faz parte (ratificação pelo DL 
30/94 e promulgação pelo Decreto 1.355/94) 
 Mecanismo destinado a fomentar o intercâmbio internacional de 
mercadorias 
 O art. 1º proíbe a discriminação entre as partes no comércio 
internacional 
 Cláusula da nação mais favorecida 
 
Imposto de Importação (II) 
 Tipos de importação: 
 Própria 
 Por conta e ordem 
 Por encomenda 
 
 Fato Gerador – art. 19, CTN 
Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos 
estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. 
 Ocorre com o despacho aduaneiro – apreensão ou registro da 
Declaração de Importação – alcança somente mercadorias com 
permanência definitiva 
 
 Sujeito ativo: União 
 Sujeito passivo: 
 Importador ou equiparado – art. 22, I, CTN 
 
 
 Arrematante de produtos apreendidos ou abandonados – art. 22, II, 
CTN 
 Destinatário de remessa postal – art. 31, II, DL 37/66 
 
 Critério Temporal: entrega na Declaração de Importação 
 Critério Espacial: território aduaneiro – todo território nacional 
 
 Base de Cálculo e Alíquotas – art. 20, CTN 
Art. 20. A base de cálculo do imposto é: 
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; 
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, 
alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre 
concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País; 
III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço 
da arrematação. 
 
 Pena de perdimento – art. 689, VI, X, XI e XXII, Decreto 6.759/09 
 
Imposto de Exportação (IE) 
 Função extrafiscal: gerar reservas monetárias 
 Onera atividade econômica fundamental para o desenvolvimento do 
país – as exportações 
 
 Fato Gerador – art. 23, CTN 
Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, 
de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do 
território nacional. 
 
 Critério Espacial: território aduaneiro 
 Critério Temporal: saída do país (CTN) 
 
 
 
 Sujeito ativo: União 
 Sujeito passivo: exportador ou equiparado – art. 27, CTN 
 
 Base de Cálculo e Alíquotas – art. 24, CTN 
Art. 24. A base de cálculo do imposto é: 
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; 
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, 
alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre 
concorrência. 
 Alíquota: 30% - art. 3º, DL 1.578/77 – pode chegar até 150% (p. único) 
 
d) Imposto Territorial Rural (ITR) – art. 153, VI e §4º, CF 
 Progressivo 
 Alíquotas destinadas a desestimular a manutenção de propriedades 
improdutivas 
 Não incide sobre pequenas glebas rurais se é o único imóvel do 
proprietário explorador – imunidade 
 Fiscalizado e cobrado pelos Municípios, se assim optarem 
 
 Rural: critério vinculado à localização do imóvel, em contraposição ao 
imóvel urbano 
 Exceção – imóvel urbano destinado a atividade rural – art. 15, DL 
57/66 
 
 Fato Gerador – art. 29, CTN 
Art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a propriedade territorial rural tem 
como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, 
como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do Município. 
 
 
 
 Perda da posse por invasão do MST: impossibilidade de exigência do 
ITR pelo desaparecimento do substrato fático 
 Imóvel desapropriado por utilidade ou necessidade pública, ou 
interesse social – ITR incide até a data da perda da posse pela imissãoprévia ou provisória do Poder Público na posse; data da perda da 
propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel ou 
patrimônio do Poder Público 
 
 Sujeito ativo: União 
 Sujeito passivo – art. 31, CTN 
Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, 
ou o seu possuidor a qualquer título. 
 
 Critério Temporal: anual 
 
 Base de cálculo – art. 30, CTN 
Art. 30. A base do cálculo do imposto é o valor fundiário. 
 
 Alíquotas: varia de 0,03% a 20% 
 
 Imunidades – art. 150, CF 
 Pequena gleba rural – §4º, II, 
 Imóveis rurais da União, dos Estados, do DF e dos Municípios – VI, “a” 
 Imóveis rurais de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público – §2º 
 Imóveis rurais de instituições de educação e de assistência social, sem 
fins lucrativos – VI, “c” 
 
 
 
e) Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – art. 153, V e §1º, CF 
 Engloba: 
 IOF-Crédito 
 IOF-Câmbio 
 IOF-Seguro 
 IOF-Títulos ou Valores Mobiliários 
 
 Exceção aos princípios: 
 Legalidade – alteração de alíquotas 
 Anterioridade do Exercício Financeiro 
 Anterioridade Nonagesimal 
 
 Função extrafiscal 
 Sujeito ativo: União 
 Critério Espacial: território nacional 
 STF julgou inconstitucional a incidência de IOF sobre a transmissão do 
ouro ativo – RE 190.363 
 
IOF-Crédito 
 Fato Gerador – art. 63, I, CTN 
Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e 
seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato 
gerador: 
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do 
montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à 
disposição do interessado 
 
 Sujeito passivo: pessoa física ou jurídica tomadora de crédito 
 Critério Temporal: entrega do valor ou sua colocação à disposição do 
interessado 
 Base de cálculo: valor da operação (abrange IOF-Título e IOF-Seguro) 
 Alíquotas: 1,5% ao dia (máxima) 
 
 
 
IOF-Câmbio 
 Fato Gerador: realização de operações de câmbio 
 Sujeito passivo: comprador/vendedor de moeda estrangeira – 
responsável tributário: instituições autorizadas 
 Critério Temporal: momento da liquidação da operação de câmbio 
 Base de Cálculo: valor da liquidação da operação 
 Alíquotas: 25% (máxima) e 1,1% (regra) 
 
IOF-Título 
 Fato Gerador: realização de operações de títulos e valores mobiliários 
 Sujeito passivo: adquirentes de títulos e valores mobiliários e titulares de 
aplicações financeiras – responsável tributário: instituições autorizadas 
 Alíquotas: 1,5% ao dia (regra) e 25% IOF-Derivativos 
 
IOF-Seguro 
 Fato Gerador: realização de operações de seguro 
 Sujeito passivo: pessoa segurada – responsável tributário: operadoras 
de seguro 
 Critério Temporal: efetivação da operação 
 Alíquotas: 25% (máxima) 
 
 
 
 
Contribuição: atividade estatal para atendimento de finalidades 
constitucionalmente definidas e, portanto, com previsão de destinação 
do produto arrecadado a órgão, fundo ou despesa 
 
 A competência para a instituição de contribuições sociais e 
contribuições especiais é, em regra, privativa da União – art. 149, CF 
 Exceção: contribuições para custeio do regime previdenciário dos 
servidores dos Estados, Municípios e Distrito Federal – art. 149, §1º, CF 
 
 Referibilidade Indireta: a atividade estatal deverá se voltar para o grupo 
de pessoas instado a contribuir para o órgão, fundo ou despesa 
 
 Necessidade: existência de uma necessária correlação entre o custo da 
atividade estatal e o montante a ser arrecadado 
 
 Finalidade/Destinação específica: o produto da arrecadação deve, 
necessariamente, ser aplicado na finalidade que deu causa à 
instituição da contribuição 
 
Imunidade 
 art. 159, §7º, CF 
 São isentas para seguridade social as entidades beneficentes de 
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei 
 As exigências que podem ser feitas aos contribuintes são apenas as 
previstas no artigo 14, I, II e III do CTN 
 A União se posiciona pela possibilidade de impor exigências 
adicionais, previstas em Lei Ordinária 
 
 
 
 
Princípio da Legalidade 
Em regra, podem ser instituídas por Lei Ordinária → exceção: 
contribuição residual para a seguridade social 
 Estão sujeitas às normas gerais em matéria tributária – art. 146, III, CF 
 Não dependem de Lei Complementar para a definição dos seus 
elementos fundantes – art. 146, III, “a”, CF 
 O fato gerador, a base de cálculo e os contribuintes são definidos na 
Lei Ordinária que institui a contribuição 
 
Princípio da Anterioridade Tributária 
Em regra, sujeitam-se aos princípios da anterioridade anual e da 
anterioridade nonagesimal – art. 150, III, “b” e “c”, CF 
 Exceções: 
 CIDE-Combustíveis: não se aplica a anterioridade anual à redução e 
ao restabelecimento de suas alíquotas 
 Contribuições da Seguridade Social: devem respeitar um período 
especial de 90 dias para que possam ser exigidas 
 
Contribuições de Seguridade Social 
 As contribuições sociais destinadas à seguridade social têm 
materialidades definidas constitucionalmente, existindo ainda a 
outorga de uma competência residual 
 Previdência Social – arts. 201 e 202, CF 
 Assistência Social – arts. 203 e 204, CF 
 Saúde – art. 196 a 200, CF 
 
a) Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) 
 Fundamento constitucional – art. 195, I, “a”, CF 
 Fundamento legal – art. 22, I, Lei 8.212/91 
 
 
 Fato Gerador: folha de salário e demais rendimentos pagos ou 
creditados, a qualquer título, à pessoa física 
 
 Base de Cálculo: total das remunerações pagas, devidas ou 
creditadas ao segurado empregado, ao trabalhador avulso e ao 
segurado contribuinte individual 
 
 Alíquota: 20% 
 
 Sujeito Passivo: empregador, empresa e equiparado 
 Sujeito Ativo: União 
 
 Desoneração da folha de salários – art. 195, §13, CF – objetiva reduzir 
os ônus tributários na contratação de empregado, busca do pleno 
emprego e combater o trabalho informal 
 
b) Seguro Acidente de Trabalho (SAT) 
 Fundamento constitucional – art. 195, I, “a”, CF 
 Fundamento legal – art. 22, II, Lei 8.212/91 
 
 Fato Gerador: folha de salário e demais rendimentos pagos ou 
creditados, a qualquer título, à pessoa física 
 
 Base de Cálculo: total das remunerações pagas, devidas ou 
creditadas ao segurado empregado, ao trabalhador avulso e ao 
segurado contribuinte individual 
 
 Alíquotas – 1% (risco leve), 2% (risco médio), 3% (risco grave) 
 
 Sujeito Passivo: empregador, empresa e equiparado 
 Sujeito Ativo: União 
 
 
 
c) COFINS 
 Fundamento constitucional – art. 195, I, “b”, CF 
 Fundamento legal – Lei 12.973/14 e LC 70/91 
 
 Fato Gerador: auferimento de faturamento mensal 
 
 Base de Cálculo: faturamento mensal ou receita bruta mensal 
 
 Alíquotas – 3% (regime cumulativo), 7,6% (regime não cumulativo) 
 
 Sujeito Passivo: empregador, empresa e equiparado 
 Sujeito Ativo: União 
 
Faturamento: receita bruta proveniente da venda de mercadorias e 
serviços 
Receita Bruta: ingresso de recursos que se incorpora ao patrimônio da 
pessoa jurídica 
Meras Entradas/Ingressos: todo recurso que ingressa provisoriamente nos 
cofres de uma entidade 
 
d) PIS/PASEP 
 Previsão normativa – arts. 195, I, “b” e 239, CF; Lei 9.718/99; Lei 10.637/02 
 Origem – LC 07/70 (PIS); LC 08/70 (PASEP) 
 
 Fato Gerador: auferimento de faturamento mensal 
 
 Base de Cálculo: faturamento mensal ou receita bruta mensal 
 
 Alíquotas – 0,65% (regime cumulativo), 1,65% (regime não cumulativo) 
 
 
 
 Sujeito Passivo: empregador, empresa e equiparado 
 Sujeito Ativo: União 
 
e) PIS/COFINS (Regimes Tributários) 
 Legislação: 
 Regime Cumulativo – Lei 9.718/98 
 Regime não Cumulativo – Lei 10.637/02 (PIS), Lei 10.833/03(COFINS) 
 
 Alíquotas: 
 Regime Cumulativo – 0,65% (PIS), 3% (COFINS), 3,65% (PIS/COFINS) 
 Regime não Cumulativo – 1,65% (PIS), 7,6% (COFINS), 9,25% 
(PIS/COFINS) 
 
f) PIS/COFINS (Importação) 
 Fundamento constitucional – art. 195, IV, CF 
 Fundamento legal – Lei 10.865/04 
 
 Fato Gerador: entrada de bens estrangeiros no território nacional ou 
pagamento, crédito, entrega ou remessa de valores a residentes ou 
domiciliados no exterior, como contraprestação por serviço prestado 
 
 Base de Cálculo: valor aduaneiro que servir de base de cálculo do 
Imposto de Importação e valor pago, creditado, entregue, empregado 
ou remetido para o exterior, antes da retenção do IR 
 
 Alíquotas – 1,65% (PIS-importação), 7,6% (COFINS-importação) 
 
 Sujeito Passivo: importador, PF ou PJ, que promova a entrada de bens 
estrangeiros no território nacional ou contrate serviços de residente ou 
domiciliado no exterior 
 Sujeito Ativo: União 
 
 
g) CLL 
 Fundamento constitucional – art. 195, I, “c”, CF 
 Fundamento legal – Lei 7.689/88; art. 28, Lei 9.430/96 
 
 Fato Gerador: auferimento de lucro 
 
 Base de Cálculo: 
 Lucro – resultado do exercício, antes da provisão para IR (Regime do 
Lucro Real) e 
 Percentual sobre a receita bruta (Regime do Lucro Bruto) 
 
 Alíquotas – 9%, 15% de IRPJ + adicional de 10% sobre a parcela de 
lucro real que ultrapasse R$20.000,00 por mês ou R$240.000,00 por ano 
 
 Sujeito Passivo: empregador, empresa e equiparados 
 Sujeito Ativo: União 
 
h) Contribuição Previdenciária dos Trabalhadores 
 Fundamento constitucional – art. 195, II, CF 
 Fundamento legal – Lei 8.212/91; Decreto 3.048/99 
 
 Fato Gerador: remuneração paga ou creditada pelos serviços 
prestados pelo segurado 
 
 Base de Cálculo: salário de contribuição (remuneração mensal 
auferida em uma ou mais empresas) 
 
 Alíquotas – de 8% a 11% 
 
 Sujeito Passivo: trabalhador (segurado empregado, inclusive 
doméstico e avulso) 
 
 
 Sujeito Ativo: União 
 
i) Contribuição sobre Receita de Loterias 
 Fundamento constitucional – art. 195, III, CF 
 Fundamento legal – Lei 8.212/91; Decreto 3.040/99 
 
 Fato Gerador: auferir receita de concurso de prognóstico 
 
 Base de Cálculo: receita líquida (total da arrecadação) ou receita 
bruta (movimento global de apostas de concurso de prognósticos) 
 
 Sujeito Passivo: entidade que realiza o concurso de prognóstico 
 Sujeito Ativo: União 
 
Contribuições Sociais Gerais 
a) Salário-Educação 
 Fundamento constitucional – art. 212, §5º, CF 
 Fundamento legal – art. 15, Lei 9.424/96 
 
 Fato Gerador: pagamento de remuneração aos segurados 
empregados 
 
 Base de Cálculo: total das remunerações pagas ou creditadas, aos 
segurados empregados 
 
 Alíquotas – 2,5% 
 
 Sujeito Passivo: empresa 
 Sujeito Ativo: União 
 
 
 
b) Contribuições ao Sistema “S” 
 Fundamento constitucional – art. 240, CF 
 Fundamento legal – DL 4048/42 (SENAI); DL 9403/46 (SESI) 
 
 Fato Gerador: folha de salários 
 
 Base de Cálculo: total das remunerações pagas ou creditadas, aos 
segurados empregados 
 
 Alíquotas – 1% (SENAI), 1,5% (SESI), 1% (SENAC), 1,5% (SESC) 
 
 Sujeito Passivo: empresa 
 Sujeito Ativo: União 
 
 Abrange: SESC, SENAC, SESI E SENAI 
 
CIDE 
 Fundamento constitucional – art. 149, CF 
 “São tributos que se caracterizam por haver uma ingerência da União 
sobre a atividade privada, na sua condição de produtora de 
riquezas[...]” 
 
a) CIDE-Combustíveis 
 Fundamento constitucional – arts. 149 e 177, §4º, CF 
 Fundamento legal – Lei 10.336/01 
 
 Fato Gerador: operações de importação ou comercialização no 
mercado interno, de petróleo e seus derivados, gás natural e seus 
derivados, e álcool combustível 
 
 
 
 Base de Cálculo: unidade de medida legal para os produtos 
importados e/ou comercializados no mercado interno 
 
 Alíquotas – alíquotas específicas (e não ad valorem), podendo ser 
diferenciados por produto ou uso 
 
 Contribuintes: produtor, formulador e importador, PF ou PJ, que realizar 
operações de importação e de comercialização, no mercado interno, 
nos diversos combustíveis 
 
b) CIDE-Royalties 
 Fundamento legal – Lei 10.168/00 
 
 Fato Gerador: Ser pessoa jurídica 
 detentora de licença de uso ou adquirente de conhecimentos 
tecnológicos 
 que pagar, creditar, entregar, empregar ou remeter royalties, a 
qualquer título 
 signatária de contratos que impliquem transferência de tecnologia e 
que tenham por objeto serviços técnicos e de assistência administrativa 
 
 Base de Cálculo: valores pagos, creditados, entregues, empregados 
ou remetidos, a cada mês, a residentes ou domiciliados no exterior, a 
título de remuneração decorrente das obrigações assumidas pelos 
contribuintes 
 
 Alíquotas – 10% 
 
 
 
 
 
 
 
a) IPVA 
 Tributação de Patrimônio 
 Fundamento constitucional – art. 155, III, CF 
 Fundamento legal – Lei 8.115/85 (RS) 
 
 Fato Gerador: propriedade de veículo automotor de qualquer 
espécie 
 
 Base de Cálculo: valor médio de mercado dos veículos automotores 
 
 Alíquotas – diferenciadas em função do tipo e utilização – art. 155, §6º, 
II, CF 
 RS – Lei 8.115/85: 3% (automóvel ou caminhoneta); 1% (caminhões); 
1% (veículos de locadoras de veículos); 3% (veículos motor-casa) 
 
 Sujeito Passivo: 
 Proprietário de veículos automotores sujeitos a registro e/ou 
licenciamento em órgão federal, estadual ou municipal, no RS 
 Devedor fiduciante ou possuidor direto 
 Proprietário de aeronave cujo aeródromo situar-se no RS 
 Sujeito Ativo: Estados e DF 
 
 Isenções no RS – art. 4ª, Lei 8.115/85: 
 Proprietários de máquinas agrícolas e de terraplanagem, tratores 
 Veículos fabricados há mais de 20 anos 
 Portadores de deficiência física, visual, mental severa ou autista 
 Táxi 
 Ônibus e lotação 
 Veículos usados no transporte escolar 
 
 
b) ITCMD 
 Tributação do Patrimônio 
 Fundamento constitucional – art. 155, I, CF 
 Lei 8.821/89 (RS) 
 
 Fato Gerador: transmissão não onerosa ou causa mortis da 
propriedade de quaisquer bens e transmissões (cessões) de direitos em 
decorrência de falecimento do titular ou transmissão e cessão gratuitos 
 
 Base de Cálculo: valor venal dos bens ou direitos transmitidos e da 
doação 
 
 Alíquotas – poderá ser progressiva em função do quinhão que cada 
herdeiro receber – máxima de 8% (Res. 09/92, Senado) 
 RS: 
 Doação – 3% (até R$188.094,00); 4% (acima de R$188.094,00) 
 Transmissão causa mortis: 
 0% (até R$37.618,80) 
 3% (acima de R$37.618,80 até 188.094,00) 
 4% (acima de R$188.094,00 até R$564.282,00) 
 5% (acima de R$564.282,00 até R$940.470,00) 
 6% (acima de R$940.470,00) 
 
 Sujeito Passivo: herdeiro ou legatário e qualquer das partes envolvidas 
em doação 
 Sujeito Ativo: Estados e DF 
 
c) ICMS 
 Tributação do consumo – Circulação de mercadorias e serviços 
 Fundamento constitucional – art. 155, II, CF 
 
 
 Fundamento legal – Lei 8.820/89 e Decreto 37.699/97 (RS); LC 87/96; LC 
24/75 
 
 Fato Gerador: circulação de mercadorias ou prestação de serviços 
interestadual ou intermunicipal de transporte e de comunicação 
 
 Base de Cálculo: valor da operação ou preço do serviço de transporte 
 
 Alíquotas: 
 18% (operações internas – RS) 
 7% ou 12% (se destinado ao consumidor final) 
 7% (se destinado ao contribuinte que dará continuidade ao ciclo 
produtivo) 
 
 Sujeito Passivo: prestador de serviço, PJ ou PF 
 Sujeito Ativo: Estados ou DF em que se iniciou a efetiva prestação do 
transporte 
 
 Princípio da Seletividade – art. 155, §2º, III, CF 
 Substituição Tributária – Antecipação e Diferimento 
 
a) IPTU 
 Fundamento constitucional – art. 156, I, CF 
 Fundamento legal – CTN; Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade) 
 
 Progressividade: 
 Extrafiscal (cunho regulatório)– art. 156, §1º, CF 
 Fiscal (cunho arrecadatório) – art. 156, §1º, I, CF 
 Seletividade – art. 156, §1º, II, CF 
 
 
 Imposto instituído pelos Municípios, por Lei Ordinária, sobre os bens 
imóveis localizados em seu território (zona urbana ou equiparada) – 
propriedade situada em zona rural será instituída e tributada pelo ITR 
 
 Fato Gerador: propriedade, domínio útil ou posse de bem imóvel por 
natureza ou por acessão física, localizado na zona urbana do Município 
 
 Base de Cálculo: valor venal do imóvel – Municípios utilizam Planta 
Genérica de Valores (PGV) com o objetivo de definir o valor dos imóveis 
para fins de IPTU 
 
 Alíquotas – devem estar previstas na Lei Municipal que instituir o IPTU 
 Devem cumprir as normas de progressividade e seletividade previstas 
no art. 156, §1º, I e II, da CF 
 Estatuto da Cidade prevê alíquota progressiva máxima de 15% 
 
 Sujeito Passivo: proprietário do imóvel, titular do seu domínio útil ou seu 
possuidor a qualquer título 
 Sujeito Ativo: Municípios 
 
b) ITBI 
 Fundamento constitucional – art. 156, II, CF 
 Fundamento legal – art. 35 ao 42, CTN; Leis Tributárias Municipais – 
5.570 
 
 Fato Gerador: transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso 
de bens imóveis por natureza ou acessão física 
 Transmissão de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia 
 Cessão onerosa de direitos à aquisição de bens 
 
 
 
 
 Base de Cálculo: 
 Valor venal dos bens ou direitos transmitidos 
 Valor venal da arrematação (arrematação judicial) 
 
 Alíquotas – não excederão os limites fixados em resolução do Senado 
Federal – deverão ser aplicados os princípios do direito tributário para 
controlar a alíquota fixada pelo legislador ordinário 
 
 Sujeito Passivo: qualquer das partes da transmissão – Lei Municipal vai 
estabelecer 
 Sujeito Ativo: Município onde está o bem 
 
 Imunidades – art. 156, §2º, I, CF 
 
c) Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) 
 Fundamento constitucional – art. 156, III, CF 
 Fundamento legal – LC 116/2003; DL 406/68; Leis Tributárias Municipais 
– 5.570 
 Fato Gerador: prestar serviço que não esteja compreendido no art. 
155, II, da Constituição Federal e tenha previsão expressa na Lei 
Complementar nº 116/2003 
 Base de Cálculo: preço do serviço 
 
 Alíquotas – variam entre 2% e 5% 
 
 Sujeito Passivo: prestador de serviço (contribuinte) 
 Sujeito Ativo: Município

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes