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Faculdade de Farmácia Citologia Clínica Prof. Dra. Samantha Soares Ourives Citologia do líquido Cefalorraquidiano Líquido Cefalorraquidiano LCR • Conhecido como líquor ou fluído cérebro espinhal. • Fluído corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnóideo no cérebro e medula espinhal (entre as meninges aracnóide e pia- máter). • Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com BAIXO TEOR DE PROTEÍNAS E CÉLULAS, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. https://www.infoescola.com/anatomia-humana/cerebro/ https://www.infoescola.com/anatomia-humana/medula-espinhal/ https://www.infoescola.com/anatomia-humana/medula-espinhal/ https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/meninges/ https://www.infoescola.com/biologia/cortex-cerebral/ Funções • Proteção mecânica do tecido cerebral • Lubrificante, evita atrito com o crânio • Elimina resíduos, faz circular nutrientes Volume no adultos • Produzido 20 mL/h - 500 mL/24 h • Volume total de cerca de 100 a 150 mL, é renovado em média a cada 6 horas Análise do LCR Diagnóstico • Meningites bacterianas, virais, fúngicas e parasitárias • Tumores • Hemorragias • Reações à válvulas na hidrocefalia • Neuroleucemias Prognóstico e Tratamento • Infiltrações leucêmicas • Metástases tumorais • Quimioterapia Intervenções • Exame quimiocitológico do líquor; • Bacterioscopia direta (líquor); • Cultura (líquor, sangue, petéquias ou fezes); • Contra-imuneletroforese cruzada – CIE (líquor e soro); • Aglutinação pelo látex (líquor e soro). Coleta de amostra • Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – Invasivo. • Três vias clássicas para coleta, sendo a lombar a mais utilizada na rotina, seguida pela suboccipital ou cisternal e, por último, a via ventricular. Punção Geralmente, punção lombar, entre 3ª e 4ª espaço intravertebral Ocasionalmente, punção ventricular ou occipital; • Contagem celular em no máximo 1h; • Jejum não necessário. 3 frascos esterilizados nesta ordem: 1. Exame microbiológico 2. Exame citológico 3. Exames bioquímico e imunológico Características físicas Aspecto-avaliação antes e após centrifugação • Normal: límpido (cristalino, transparente) • Anormal: opalescente, turvo, hemorrágico Cor: avaliação após centrifugação • Normal: incolor e xantocrômico (até 1 mês de vida) • Anormal: xantocômico, eritrocrômico pH: alcalino de 7,4 a 7,5 Densidade: 1003 a 1008 Pressão São verificadas as pressões de abertura e final com o auxílio de um manômetro. • 10 a 100 mmH2O em crianças abaixo de 8 anos; • 60 a 200 mmH2O em crianças acima de 8 anos de idade • 90 a 180 mmH2O em adultos. NA MENINGITE A PRESSÃO ESTÁ AUMENTADA TANTO PELA FORMAÇÃO DO EXSUDATO QUANTO PELA MAIOR SECREÇÃO DE LÍQUOR. Exame Microbiológico • Objetivo: identificar o agente etiológico • Coloração de Gram- etiologia (bacteriana ou fúngica) A positividade varia conforme agente etiológico: 90% p/ S. pneumoniae 86% p/ H. influenzae b 75% p/ N. meningitidis - DIPLOCOCOS • Coloração de Ziehl (bactérias); • Prova com tinta nanquim para fungos(Cryptococcus neoformans); • Aglutinação em látex. (pouca especificidade) N. meningitidis DIPLOCOCOS Cultura do LCR Semear em ágar chocolate • Identificação Bioquímica Proteínas (GERALMENTE ELEVADAS FASE INICIAL MENINGITE) • Adultos - 15 a 45 mg/dL • RN - 15 a 60 mg/dL • Acima de 60 anos - 15 a 60 mg/dL Glicose • 50 a 80 mg/dL ou 2/3 da glicemia • VALORES REDUZIDOS: Meningite bacteriana; Meningite tuberculose Cloretos (osmolaridade do meio extracelular e alterações do equilíbrio ácido-básico, se apresentando em CONCENTRAÇÕES BAIXAS NOS PROCESSOS CRÔNICOS E NA NEUROTUBERCULOSE) VR: 690 a 770 mg/dL Lactato Níveis superiores a 25 mg/dL Observados: Meningite Bacteriana, Tuberculosa e Fúngica. Glutamina Concentração normal de 8 a 18 mg/dL Níveis superiores a 35 mg/dL - Algum distúrbio de consciência. Desidrogenase Láctica LD1 e LD2 – tecido encefálico LD2 e LD3 – linfócitos LD4 e LD5 – neutrófilos Isoenzima Creatina-Cinase CK BB Elevados após parada cardíaca – prognóstico desfavorável. Citologia • Objetivo principal é diagnóstico de meningite, neoplasia e na monitorização de tratamentos • O diagnóstico de tumor cerebral primário é limitado Contagem celular (Câmaras de Neubaeur e/ou Fuchs Rosenthal) • Usar o líquor puro ou diluído, se necessário, para contagem total de células Celularidade • Eritrócitos e leucócitos Adultos: 0 a 5 leucócitos/uL Rn: 0 a 30 leucócitos/uL Contagem diferencial Contar as células para identificar os tipos celulares presentes. A contagem diferencial deve ser feita após método de concentração da amostra por: • Filtração, sedimentação, citocentrifugação e centrifugação comum; • As lâminas podem ser coradas com o corante de Wrigth ou May-Grünwald-Giemsa e deve-se contar 100 células registrando o resultado em percentagem. As células encontradas no LCR são principalmente linfócitos e monócitos; Os adultos têm mais linfócitos, enquanto que nas crianças a predominância é de monócitos; Considera-se anormal o resultado que apresenta número elevado de neutrófilos (meningite bacteriana), assim como a presença de leucócitos imaturos, eosinófilos, plasmócitos, células teciduais e células malignas; Se a contagem de leucócitos no LCR for elevada e a porcentagem de linfócitos e monócitos for alta há indícios de meningite de origem viral, tuberculosa, fúngica ou parasitária. Diagnóstico diferencial das meningites Obrigada!
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