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Recurso de Apelação por Danos Morais em Transporte Aéreo

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 00ª VARA CÍVEL DA CIDADE
 
Ação de Indenização por Danos Morais
Proc. nº. 0011223-44.2019.5.66.7777
Autora: Maria da Silva
Réu: Empresa Aérea Zeta S/A
 
 
                                      MARIA DA SILVA (“Apelante”), dentista, divorciada, inscrita no CPF (MF) sob o nº. 111.222.333-44, residente e domiciliada na Rua Xista, nº. 333, em Cidade – CEP nº. 112233, comparece, com o devido respeito a Vossa Excelência, não se conformando, venia permissa maxima, com a sentença meritória exarada às fls. 89/96, para interpor, tempestivamente (CPC, art. 1.003, § 5º), com suporte no art. 1.009 e segs. c/c art. 932, inc. II, um e outro do Código de Processo Civil,  recurso de
APELAÇÃO CÍVEL
tendo como parte recorrida o EMPRESA AÉREA ZETA S/A (“Apelada”), sociedade empresária de direito privado, estabelecida na Rua das Quantas, nº. 000, nesta Capital, inscrita no CNPJ (MF) sob o nº. 01.222.333/0001-44, endereço eletrônico desconhecido, em virtude dos argumentos fáticos e de direito expostos nas RAZÕES acostadas.
                                               Lado outro, solicita que sejam declarados os efeitos com que se recebe este recurso, determinando, de logo, que a Apelada se manifeste acerca do presente (CPC, art. 1.010, § 1º). Depois de cumpridas as formalidades legais, seja ordenada a remessa destes autos, com as Razões de Apelação, ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado.
 
 
 
Respeitosamente, pede deferimento.
 
Cidade, 00 de julho de 0000.
 
Beltrano de Tal
Advogado – OAB (PP) 112233
 
RAZÕES DE APELAÇÃO
 
 
Processo nº. 0011223-44.2222.5.66.7777
Originário da 00ª Vara Cível da Cidade
Recorrente: Maria da Silva
Recorrida: Empresa Aérea Zeta S/A
 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
COLÊNDA CÂMERA CÍVEL
EMINENTE RELATOR
 
1 - Da tempestividade
(CPC, art. 1.003, § 5º) 
 
 
                                               O presente recurso há de ser considerado tempestivo, vez que a sentença em questão fora publicada no Diário da Justiça nº. 0000, em sua edição do dia 00/11/2222, o qual circulou em 11/00/2222.
                                               Nesse ínterim, à luz da regência da Legislação Adjetiva Civil (art. 1.003, § 5º), este é interposto dentro do lapso de tempo fixado em lei.
2 - Do preparo  
(CPC, art. 1.007, caput)
 
                                      A recorrente acosta o comprovante de recolhimento do preparo (CPC, art. 1.007, caput), cuja guia, correspondente ao valor de R$ 00,00 ( .x.x.x. ), atende à tabela de custas deste Tribunal.
3 - Síntese do processado
(CPC, art. 1.010, inc. II)
 
 
 
                                      A recorrente contratou a recorrida para transporte aéreo no trecho Belo Horizonte/Miami (EUA) e Miami (EUA)/Belo Horizonte(MG), saindo de Belo Horizonte para São Paulo no voo nº 3344 às 18:45h do dia 33/22/0000, e seguindo no para Miami(EUA) no voo, às 22:00h do mesmo dia.
                                      O retorno era previsto para o Brasil em 22/00/3333, no voo 4455, às 21:45h, com destino a São Paulo. Finalmente, pegando o voo 2277 com destino a Belo Horizonte, às 11:15h do dia 33/22/0000, conforme se denota dos bilhetes ora acostados. (fls. 17/23)
                                      Em que pese ter embarcado para São Paulo no horário previsto, tivera de dormir na cidade paulista. Embarcara para Miami (EUA) somente às 07:20h do dia seguinte, conforme cartões de embarque carreados. (fls. 26/29)
                                      Já no trecho de retorno, houve atraso no início da viagem. Aquela pegara o voo somente às 22:15h, esse ainda muito diverso daquele contratado. Retornara a Belo Horizonte, igualmente em outro voo diverso do acertado. Embarcou, em São Paulo, somente às 13:20h do dia 22/33/5555, o que se constatara da prova documental produzida. (fls. 33/35)
                                      Diante desse quadro fático, notório que os préstimos, ofertados pela recorrida, foram extremamente deficitários. Ocasionou, por isso, sem dúvida, danos morais àquela. Tal proceder, obviamente, gerou sentimentos de desconforto, constrangimento, aborrecimento, humilhação, tudo decorrente dos atrasos nos voos.
                                      Contudo, não obstante a robusta prova constituída nos autos, o juiz sentenciante não acolhera o pedido indenizatório formulado. Em síntese, rechaçou o pleito sob o enfoque, também delineado pela defesa, de que existira, tão só, mero aborrecimento. Por isso, mesmo reconhecendo a má prestação do serviço, fundamentou inexistir dano moral a ser reparado.
                                      Nesse compasso, acreditando existir error in judicando, apresenta-se este recurso de apelação, de sorte, no âmago, reformar-se a sentença.
4 - No âmago  
(CPC, art. 1.010, inc II)
 
4.1. Denota-se dano moral
                                      O ponto nodal do debate limita-se ao exame da existência, ou não, da responsabilidade civil da recorrida. Isso, sobremaneira, porquanto a sentença guerreada se fundamenta na inexistência der dano moral, ocorrendo, tão só, fato trivial do cotidiano humano.
                                      Prima facie, urge asseverar que a situação em espécie ultrapassa, e muito, o mero aborrecimento, o simples dissabor.
                                      Do enredo, descrito na exordial, da prova carreada, vê-se que houve longa espera até o embarque em outro voo. O espaço de tempo, registre-se, foi superior a cinco horas.  Longo período, indiscutivelmente. Para além disso, inúmero outros contratempos, atrasos e desconfortos.
                                      Assim, inquestionável que isso, per se, converte-se em gravidade, suficiente a causar desequilíbrio emocional, afetando o bem-estar, máxime com relevante sofrimento psicológico.
                                      Noutro giro, apesar disso, a apelada não disponibilizou qualquer suporte, mormente material. É dizer, não tivera o mínimo de zelo, de respeito, com todos os passageiros daquele voo.
                                      Nesse passo, não se trata, como revelado no decisum, de transtorno do cotidiano de passageiros. Dessarte, faz jus à reparação por dano moral.
                                       
4.2. Falha na prestação dos serviços
                                      É inconteste que que a apelada se enquadra na classe de fornecedora de serviços. (CDC, art. 3º). Lado outro, a recorrente se ajusta à categoria de consumidora, máxime quando é destinatária final dos serviços/produtos. (CDC, art. 2º)
                                      É conta disso, há inegável relação de consumo.
                                      Nesse passo, assentada o enlace consumerista, é indiferente se houvera conduta culposa do fornecedor. Existindo defeito na prestação do serviço, alberga-se a responsabilidade civil desse. (CDC, art. 14) É dizer, configura-se a teoria da responsabilidade civil objetiva.
                                      É de todo oportuno gizar o entendimento de Fábio Podestá, quando, levantando considerações acerca da má prestação de serviços, leciona, ad litteram:
 
                                      Uma vez que, nessa situação, o dano é presumido, maiormente face à má prestação do serviço, caberia à recorrida, por isso, desincumbir-se em comprovar a regularidade nos préstimos ofertados, o que não o fizera.  
 A sentença, desse modo, seguramente deve ser reformada.
 
5 - Razões da reforma
(CPC, art. 1010, inc. III)
 
                            Por tais fundamentos, é inescusável que a decisão deve ser reformada, posto que:
a) a situação em espécie ultrapassa, e muito, o mero aborrecimento, o simples dissabor;
b) assentada em enlace consumerista, é indiferente se há conduta culposa do fornecedor (“recorrida”), existindo defeito na prestação do serviço, alberga-se a responsabilidade civil desse. (CDC, art. 14) É dizer, configura-se a teoria da responsabilidade civil objetiva;
c) noutro giro, certamente o cenário fático-probatório aponta como fatos geradoresde dano moral “in re ipsa”, dano presumido, portanto.
                                     
6 - Pedido de nova decisão
(CPC, art. 1010, inc. IV)
 
                            Em suma, tem-se que a decisão guerreada deve ser reparada.
                                      Por todas as considerações reveladas,
 pede-se, como questão de fundo, a reforma do ato decisório atacado, o qual atrelado ao processo nº. 333.11.2017.4.55.0001/00, por este combatido, acolhendo-se o pedido recursal para:      
                             
1) reformar a decisão hostilizada, de sorte que seja a recorrida condenada a pagar, à guisa de reparação de dano moral, a quantia de R$ 00.000,00 (.x.x.x.), acrescida do ônus de sucumbência recursal.
 
Respeitosamente, pede deferimento.
 
Cidade, 00 de julho de 0000.
 
Beltrano de tal
Advogado – OAB 112233
MERITÍSSIMO JUÍZO DA Xª VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE X.
 
PROCESSO Nº                             
NATUREZA:
APELANTE:
APELADO:
 
 
                X, já devidamente qualificado, representado pelos advogados que ora subscrevem, esses também devidamente qualificados e com endereço profissional constando no rodapé para as intimações de estilo, vem diante da douta e sábia presença de VOSSA EXCELÊNCIA, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, com supedâneo no art.1.009 do CPC, em face da respeitável sentença que julgou improcedente  a presente demanda proposta em face de Y, com base nos fundamentos a seguir expostos:
 
1 – DOS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE:
 
1.1 – DA TEMPESTIVIDADE:
O recurso em mérito é tempestivo, pois protocolado anteriormente ao prazo fatal que se exaure aos dias xx/xx/xx.
 
1.2 – DO PREPARO:
Segue anexo a guia de preparo recursal e seu comprovante de pagamento.
 
1.3 – DO INTERESSE PROCESSUAL DE RECORRER:
A norma que se extrai do art.1.009 do CPC aduz que da sentença cabe Apelação.
Assim sendo, tendo em vista o inconformismo do Apelante frente ao comando judicial que resolveu a demanda, a interposição do Recurso de Apelação em evidência é medida que se impõe, haja vista ser adequado e necessário.
 
2 – CONCLUSÃO:
Com base no todo o exposto, requer admissão e provimento do iminente Recurso de Apelação.
 
Cidade – Estado, data.
 
 
NOME DO ADVOGADO E OAB 
 
 _______________________________________________________________________________________________________________
 
  
RAZÕES DE APELAÇÃO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X
COLENDA CÂMARA
DOUTOS JULGADORES
 
 
1- RESUMO DA DEMANDA:
Trata-se o presente caso de Ação…
 
2- DAS RAZÕES RECURSAIS:
Descrever porque a sentença deve ser cassada ou reformada. Expor o motivo do inconformismo e ao final suplicar provimento do Recurso para cassar ou reformar a sentença.
 
3- CONCLUSÃO:
Com base no exposto, requer que seja recebido e dado integral provimento ao presente recurso de Apelação .
 
Cidade – Estado, data.
  
NOME DO ADVOGADO E OAB 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .... ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ....
AUTOS Nº ....
.................................., já qualificada nos autos em epígrafe da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - Procedimento Sumário - promovida por ...., por seu procurador ao final assinado, inconformada com a r. sentença de fls. ................, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por esta e melhor forma de direito, interpor
RECURSO DE APELAÇÃO
conforme as razões em anexo, requerendo digne-se Vossa Excelência, verificados a oportunidade e cabimento, determinar sua juntada ao Caderno Processual, remetendo-a à apreciação da Superior Instância.
Termos em que, com fundamento no artigo 513 e seguintes do Código de Processo Civil,
Pede Deferimento.
...., .... de .... de ....
..................
Advogado
RECORRENTE: ....
RECORRIDO: ....
EGRÉGIO TRIBUNAL DE ALÇADA
COLENDA CÂMARA CÍVEL
EMÉRITOS JULGADORES
I - DOS FATOS
Trata-se de Ação de Indenização proposta por .... em face de ...., na qual a primeira alega ter sofrido prejuízos após ter adquirido uma casa Pré-Fabricada da apelante devido a problemas com o aparecimento da espécie "Alchorne triplenervia", popularmente conhecida por "cupim".
O MM. Juiz monocrático, ao proferir a sentença, julgou procedente a presente demanda, condenando a requerida ao pagamento dos danos pleiteados mais honorários advocatícios arbitrados em 20% (vinte por cento) do importe da conta.
Todavia, a r. sentença recorrida deixou de apreciar corretamente alguns pontos essenciais para o deslinde da demanda, como passaremos a demonstrar.
III - NO MÉRITO
De acordo com os Memorais de fls. ...., a sentença que homologou o procedimento cautelar não tem natureza condenatória ou constitutiva, apenas demonstra fatos, que é a sua finalidade.
Por medida de brevidade e economia processual, a apelante deseja reporta-se na íntegra ao ensinamento doutrinário e jurisprudencial constante nas fls. .... "usque" .... das suas Alegações Finais.
IV - DA SENTENÇA RECORRIDA
A r. sentença, prolatada pelo MM. Juiz Singular, não reflete a realidade dos fatos, eis que deixou de relatar alguns pontos fundamentais para o correto desfecho do feito.
Em seu laudo pericial, o Sr. Expert afirma que a madeira utilizada na construção da casa era de má qualidade e, conforme a amostra utilizada pelo Sr. PERITO, fls. .... dos autos, verifica-se que a mesma está deteriorada pelo LYCTUS, popularmente conhecido por cupim.
Cumpre esclarecer que, a presente medida judicial somente foi ajuizada .... anos após a entrega da casa construída pela ora apelante e, portanto, é patente que a autora deveria ter demandado sobre a qualidade da obra imediatamente após o seu recebimento.
Ademais, a má conservação da construção ocasionou a deteriorização do material empregado. Verificamos, com uma análise das fotos jungidas aos autos pelo Sr. Expert, que o atual estado da construção é conseqüência de sua má conservação, como a título de exemplo, a fotografia de fls. .... dos autos.
Desta forma, inexiste fundamento para que a apelada possa pleitear indenização pela construção da casa de madeira, objeto do feito, uma vez que a mesma foi construída a mais de .... anos, agravando-se, desta forma, o seu estado de conservação, devido a chuvas, intempéries e desgastes decorrentes do seu uso.
Portanto, não pode ser considerado o Laudo apresentado pelo Sr. Expert, uma vez que a casa foi construída há um grande lapso temporal, e assim o laudo pericial realizado não condiz com o estado da obra quando da realização da sua entrega pela apelante, há .... anos.
Ex positis, por medida de economia processual, desejando reportar-se na íntegra ao contido nas Razões Finais e demais petitórios apresentados, requer dignem-se Vossa Excelência darem provimento a presente apelação, para reformar a r. decisão do MM. Juiz monocrático, julgando totalmente improcedente a presente medida judicial por ser questão de lídima e impoluta Justiça!!!
Nesses termos,
Pede deferimento
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 00ª VARA CÍVEL DA CIDADE
 
Ação Revisional de Contrato Bancário 
Proc. nº.  44556.11.8.2222.99.0001
Autora: FARMÁCIA XISTA LTDA
Réu: BANCO ZETA S/A 
 
 
                                      FARMÁCIA XISTA LTDA (“Apelante”), sociedade empresária de direito privado, estabelecida na Rua Delta nº. 0000, em Cidade (PP) – CEP nº 0000-00, inscrita no CNPJ(MF) sob o nº. 11.222.333/0001-44, vem, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, não se conformando, venia permissa maxima, com a sentença exarada às fls. 67/69, para interpor, tempestivamente (CPC, art. 1.003, § 5º), com suporte no art. 1.009 e segs. c/c art. 101, caput, um e outro da Legislação Adjetiva Civil,  o presente recurso de
 
APELAÇÃO,
 
tendo como parte recorrida o BANCO DELTA S/A (“Apelado”), instituição financeira de direito privado, com sua matriz estabelecida na Av. dos Bancos, nº. 000, em Cidade (PP), CEP nº. 55.632-000, em virtude dos argumentos fáticos e de direito, evidenciados nas RAZÕES acostadas.
 
                                               Solicita-se que seja declarado os efeitos com que recebe o recurso em espécie,determinando, de logo, que a Apelada se manifeste acerca do presente (CPC, art. 1.010, § 1º). Depois de cumpridas as formalidades legais, seja ordenada a remessa desses autos, com as Razões de Apelação, ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado.
 
 
                                               Respeitosamente, pede deferimento.
 
 
                                                Cidade (PP), 00 de agosto de 0000.
 
 
                                                                                    Beltrano de Tal
                                                                                                                                                           Advogado – OAB (PP) 112233                                                                
                                                                                
 
 
RAZÕES DE APELAÇÃO
 
 
 
Processo nº. 0011223-44.2222.5.66.7777
Originário da 00ª Vara Cível da Cidade (PP)
Apelante: Farmácia Xista Ltda
Apelado: Banco Delta S/A
 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO 
 
 
Em que pese à reconhecida cultura do eminente Juízo de origem e à proficiência com que o mesmo se desincumbe do mister judicante, há de ser reformada a decisão ora recorrida, porquanto proferida em completa dissonância para com as normas aplicáveis à espécie, inviabilizando, portanto, a realização da Justiça. 
 
(1) – DA TEMPESTIVIDADE
(CPC, art. 1.003, § 5º) 
 
                                      O presente recurso há de ser considerado tempestivo, vez que a sentença em questão fora publicada no Diário da Justiça nº. 0000, em sua edição do dia 00/11/2222, o qual circulou no dia 11/00/2222.
 
                                               Nesse ínterim, à luz da regência da Legislação Adjetiva Civil (art. 1.003, § 5º), este recurso é interposto dentro do lapso de tempo fixado em lei.  
 
(2) – PREPARO 
(CPC, art. 1.007, caput)
 
                                               Este recurso trata, tão só, do tema atinente ao indeferimento dos benefícios da gratuidade da justiça.
 
                                               Dessarte, dispensado, nessa ocasião processual, a juntada do preparo recursal, sobremodo sob a égide da redação fixada no art. 101, § 1º, do Estatuto de Ritos.
 
 
(3) – SÍNTESE DO PROCESSADO
(CPC, art. 1.010, inc. II)
 
                                      O Apelante ajuizou Ação Revisional em desfavor da Apelada. O propósito é o de reavaliar a legalidade dos encargos contratuais, que lhes foram impostos pelo contrato de abertura de crédito fixo nº 112233.
 
                                               Referida ação fora distribuída ao Juízo da 00ª Vara Cível da Cidade (PP).
 
                                               Na petição exordial, o Recorrente, por seu patrono, na forma do que dispõe o art. 98, caput, da Legislação Adjetiva Civil, asseverou que não estava em condições de pagar as despesas do processo.  
                              
                                               Nada obstante o contundente conjunto probatório, carreado com a inaugural, o magistrado de piso, sob o abrigo do art. 317 c/c art. 320 do CPC, determinou que fosse colacionado a prova do recolhimento das custas iniciais.
 
                                               Em conta disso, a Apelante atravessou a petição que demora às fls. 33/47, sobremodo mencionando a desnecessidade do recolhimento das custas, antes à hipossuficiência financeira demonstrada.
 
                                               Em decorrência, extinguiu o processo, sem adentrar ao mérito.
 
(5) – NO ÂMAGO
(CPC, art. 1.010, inc. II) 
 
(5.1.) – BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA  
COMPROVAÇÃO DA HIPOSSUFICIÊNCIA – PESSOA JURÍDICA
 
                                               Aqui a controvérsia se restringe quanto à possibilidade de deferimento da gratuidade da justiça, mormente em face do valor cobrado em determinado ato processual do procedimento e, ainda, quando o pleito é formulado por pessoa jurídica.
 
                                                De mais a mais, impende asseverar que a Lei nº 1.060/50, até então principal legislação correspondente a regular os benefícios da justiça gratuita, apesar da vigência do novo CPC, ainda permanecem em vigor, embora parcialmente.
 
                                             A Constituição Federal afirma que tal benefício passou a constituir-se em verdadeira garantia constitucional. Nessa diretriz, estabelece o inciso LXXIV, de seu art. 5º, em observância ao devido processo legal.
 
                                                No caso em tela, não se vislumbra qualquer indício de boa situação financeira da sociedade empresária Autora.
 
                                         
 
                                                Ao contrário disso, sob pena de ferir-se princípios constitucionais, como os da razoabilidade e o da proporcionalidade, a restrição de direitos deve ser vista com bastante cautela.
 
                                                De mais a mais, registre-se que a parte contrária poderá requerer, a qualquer momento durante a tramitação processual, a revogação de tais benefícios, desde que demonstre, cabalmente, a existência de recursos da parte adversa. (CPC, art. 100, caput)
 
                                               Lado outro, o fato daquela, igualmente, utilizar-se dos trabalhos particulares de profissional da advocacia, não implica, nem de longe, a ausência de pobreza, na forma da lei.
 
                                                Até porque, na hipótese, seu defensor optou por ser remunerado na forma ad exitum, consoante prova instruída nesta petição (doc.. 12). Ou até melhor, há registro na legislação processual justamente nesse ensejo (CPC, art. 99, § 4°).
 
                                                
 No precedente, portanto, admitiu-se a possibilidade de gozo da assistência judiciária gratuita mesmo ao jurisdicionado contratante de representação judicial com previsão de pagamento de honorários advocatícios ad exitum.” 
           
                                                Por outro lado, a contratação de advogado particular não deve impressionar, pois consoante precedente do E. Superior Tribunal de Justiça “nada impede a parte de obter os benefícios da assistência judiciária e ser representada por advogado particular que indique, hipótese em que, havendo a celebração de contrato com previsão de honorários ad exito, estes serão devidos, independentemente da sua situação econômica ser modificada pelo resultado final da ação, não se aplicando a isenção prevista no art. 3º, V, da Lei 1.060/50, presumindo-se que a esta renunciou” (STJ, 3ª Turma, REsp 1.153.163, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 26/06/2012, DJ 02/08/2012).”

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