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Estruturas e funções do córtex cerebral

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Bruna França - PLE 
Córtex cerebral é a fina camada de substância 
cinzenta que reveste o centro branco medular 
do cérebro. Trata-se de uma das partes mais 
importantes do sistema nervoso. 
No córtex chegam impulsos provenientes de 
todas as vias da sensibilidade que aí se tornam 
conscientes e são interpretadas. Do córtex 
saem os impulsos nervosos que iniciam e 
comandam os movimentos voluntários e com 
ele estão relacionados os fenômenos psíquicos. 
Apresenta uma estrutura complexa e 
heterogênea com fibras e neurônios 
distribuídos de formas diferentes e as células da 
neuroglia, embora presentes, sem nenhuma 
característica especial. 
Há dois tipos de córtex: 
1. Isocórtex que possui seis camadas (da 
superfície para o interior) 
Camada molecular: rica em fibras de 
direção horizontal e contendo poucos 
neurônios, destacando células 
horizontais (De cajal). 
Camada granular externa: células 
granulares/estreladas (neurônio 
cortical): axônio curto-célula – principal 
interneurônio cortical e principal 
receptora 
Camada piramidal externa: células 
piramidais podem ser pequenas, 
médias, grandes ou gigantes. As 
gigantes são denominadas células de 
fietz e ocorre apenas na área motora 
situada no giro pré-central. Apresenta 
dois tipos de dendritos: apicais 
(camadas superficiais) e basais (muito 
mais curtos, se distribuem próximo ao 
corpo basal). O axônio da célula é 
descendente e têm, em geral, a 
substância branca como descendente. 
Camada granular interna Essa células 
têm característica efetuadora. 
Camada piramidal interna (ou 
ganglionar) 
Camada de células fusiformes (ou 
multiformes): possuem axônio 
descendente que penetra o centro 
branco-medular, logo, têm característica 
efetuadora. 
Células de Martinotti: possuem 
dendritos que se ramificam nas 
proximidades do corpo celular e um 
axônio de direção ascendente que se 
ramifica nas camadas mais superficiais 
Células horizontais (de Cajal): com 
forma fusiforme, possuem dendritos e 
axônios de direção horizontal. 
Localizam-se exclusivamente na camada 
molecular e são células intracorticais de 
associação. 
 
2. Alocórtex 
Fibras e circuitos corticais 
As fibras que entram e saem pelo córtex, 
necessariamente, passam pelo centro branco-
medular podendo ser de associação (ligam 
áreas do córtex) ou projeção (ligam o córtex a 
centros subcorticais). 
Essas últimas podem ser: 
 a) Aferentes: A grande maioria, origina-se no 
tálamo. Admite- se, entretanto, a existência de 
conexões aferentes diretas com a formação 
reticular. 
 Origem talâmica: quando advindas de 
núcleos inespecíficos se distribuem a 
todo o córtex, sobre o qual exercem 
ação ativadora, como parte do sistema 
ativador reticular ascendente (SARA), 
terminando as fibras principalmente nas 
Bruna França - PLE 
três camadas superficiais. Já as 
radiações talâmicas originadas nos 
núcleos específicos terminam na 
camada IV, granular interna, pois esta é 
desenvolvida nas áreas sensitivas do 
córtex (receptora de projeção) 
 Origem extratalâmica: são fibras 
monoaminérgicas originadas na 
formação reticular ou fibras colinérgicas 
oriundas do núcleo basal de Meynert. 
Distribuem-se em todo o córtex 
cerebral, mas seu modo de terminação 
não é uniforme, variando com o tipo de 
fibra e com a área cortical. Tendo como 
função aumento ou diminuição a 
atividade em regiões corticais 
específicas durante determinadas etapas 
do processamento da informação, logo 
tem ação moduladora modificando as 
características eletrofisiológicas das 
células corticais. 
As fibras de projeção eferentes do córtex 
estabelecem conexões com vários centros 
subcorticais, a grande maioria destas fibras 
origina-se na camada V, piramidal interna, e são 
axônios das células piramidais aí localizadas. A 
camada V é, pois, muito desenvolvida nas áreas 
motoras do córtex. (efetuadoras de projeção) 
Destaca-se as seguintes fibras: 
 Fibras córtico-espinhais 
 Fibras córtico-nucleares 
 Fibras córtico-pontinas 
 Fibras córtico-estriadas 
 Fibras córtico-reticulares 
 Fibras córtico-rúbricas 
 Fibras córtico-talâmicas 
Essas fibras se agrupam em raias de direção 
perpendicular e estrias, de direção paralela, 
com destaques para as estrias de Baillager 
externa – na área visual/área estriada, situada 
no sulco de calcarina, é desenvolvida, 
recebendo a nomenclatura de estria de Gennari 
- e interna. 
Apesar de existirem algumas conexões 
horizontais entre células de colunas vizinhas, 
especialmente na camada molecular, há 
evidências de que as conexões entre as células 
corticais se fazem preferencialmente no sentido 
vertical, ou seja, entre células de uma mesma 
coluna. 
Os impulsos que chegam ao córtex passam 
sucessivamente das camadas superficiais às 
profundas e vice-versa, podendo voltar 
repetidas vezes à mesma célula através de 
circuitos reverberantes ou auto-excitadores, 
antes de saírem do córtex. 
Classificações das áreas corticais 
Anatômica 
Baseia-se na divisão do cérebro em sulcos, 
giros e lobos e não é funcional ou estrutural, 
pois um mesmo lobo há áreas funcionas e 
estruturais diferentes, tendo exceção lobo 
occipital – liga-se a órgãos visuais. 
Filogênética 
Se divide o córtex em arquicórtex (hipocampo), 
paleocórtex (uncux e parte do giro para-
hipocampal) e o neocórtex (demais córtex), os 
outros dois ocupam áreas corticais ligadas a 
olfatação (rinencéfalo) e ao comportamento 
emocional (sistema límbico). 
Estrutural 
A divisão mais aceita é a de Brodmann que 
identificou 52 áreas, as diversas áreas podem 
ser divididas em subgrupos, o alocórtex e o 
isocórtex que pode ser homotípico (camadas 
sempre individualizadas) ou heterotípico 
(camadas não podem ser claramente 
indivualizadas), esse ainda, pode ser granular 
(áreas sensitivas – células granulares) ou 
agranular (áreas motoras – células piramidais). 
O isocórtex ocupa 90% da área cortical e 
corresponde ao neocortex, ou seja, ao córtex 
filogenicamente recente. O alocórtex ocupa 
Bruna França - PLE 
áreas antigas do cérebro e corresponde ao 
arqui e paleocortex. 
Funcional 
As localizações funcionais devem ser 
consideradas como especializações funcionais 
de determinadas áreas e não como 
compartimentos isolados c estanques. Toda ás 
áreas tem relação com centros subcorticais, 
especialmente, sistema ativador reticular 
ascendente. 
Áreas de projeção são as que recebem ou dão 
origem a fibras relacionadas diretamente com a 
sensibilidade e com a motricidade (lesões: 
paralisia e alterações de sensibilidade). As 
demais áreas são de associação e, de modo 
geral, estão relacionadas a funções psíquicas 
complexas (alterações psíquicas). 
As áreas de projeção são primárias podem ser 
divididas em dois grandes grupos, de função e 
estrutura diferentes: áreas sensitivas 
(neocórtex – isocórtex heterotípico granular) e 
áreas motoras (neocórtex – isocórtex 
heterotípico agranular). Já nas áreas de 
associação, estas são áreas secundárias e 
terciárias, há isocórtex homotípico. 
As áreas ligadas diretamente à sensibilidade e à 
motricidade, ou seja, as áreas de projeção, são 
consideradas áreas primárias/unimodais. As 
áreas de associação podem ser divididas em 
secundárias e terciárias/supramodais – 
relacionadas com atividades psíquicas 
superiores como, por exemplo, a memória os 
processos simbólicos e o pensamento abstrato. 
Mantêm conexões com várias áreas unimodais 
ou com outras áreas supramodais, e sua lesão 
causa alterações psíquicas sem qualquer 
conotação motora ou sensitiva. 
Áreas de projeção/Áreas primárias 
Áreas sensitivas primárias 
Cada tipo de sensibilidade especial 
corresponde a uma área primária, enquanto 
todas as formas de sensibilidade geral 
convergem para uma só área, a área 
somestésica. 
Área somestésica primária/ Área de 
sensibilidade somáticageral 
Localização: giro pós-central: áreas 3 (fundo do 
sulco central) e 2. 1 (superfície do giro pós-
central) no mapa de Broodmann. Aí chegam 
radiações talâmicas que se originam nos 
núcleos ventral póstero-lateral e ventral 
póstero-medial do tálamo. 
Impulsos nervosos relacionados à temperatura, 
dor, pressão, tato com propriocepção 
consciente da metade oposta do corpo. 
Quando se estimula eletricamente a área 
somestésica. o indivíduo tem manifestações 
sensitivas em partes determinadas do corpo, 
porém mal definidas, do tipo dormência ou 
formigamento. Por outro lado, se são 
estimulados receptores exteroceptivos ou se 
são leitos movimentos em determinadas 
articulações de modo a ativar receptores 
proprioceptivos, pode-se tomar potenciais 
evocados nas partes correspondentes da área 
somestésica. Podendo concluir, assim, que 
existe correspondência entre partes do corpo e 
partes da área somestésica (somatotopia). 
CLÍNICA: Lesões da área somestésica podem 
ocorrer, por exemplo, como conseqüência de 
AVEs que comprometem as artérias cerebral 
média ou cerebral anterior. Há. então, perda da 
sensibilidade discriminativa do lado oposto â 
lesão. 
 
Área visual: Localiza-se nos lábios do sulco 
calcarino e corresponde à área 17 de 
Brodmann. Aí chegam as fibras do tracto 
geniculocalcarino originadas no corpo 
Bruna França - PLE 
geniculado lateral. Existe, pois, correspondência 
perfeita entre retina e córtex visual. 
CLÍNICA: Estimulações elétricas da área 17 
causam alucinações visuais. A ablação bilateral 
da área 17 causa cegueira completa na espécie 
humana. 
Área auditiva: Localiza-se no giro temporal 
transverso anterior (giro de Heschl) e 
corresponde às áreas 41 e 42 de Brodmann. 
Nela chegam fibras da radiação auditiva, que se 
originam no corpo geniculado medial. Há 
tonotopia, isto é, sons de certa frequências 
projetam-se em áreas específica dessa área. 
CLÍNICA: Estimulações elétricas da área auditiva 
de um indivíduo acordado causam alucinações 
auditivas que, entretanto, nunca são muito 
precisas, manifestando- se principalmente 
como zumbidos. Lesões bilaterais do giro 
temporal transverso anterior causam surdez 
completa. Lesões unilaterais causam deficits 
auditivos pequenos, pois, ao contrário das 
demais vias da sensibilidade, a via auditiva não 
é totalmente cruzada. 
Área vestibular: Localiza-se no lobo parietal 
em uma região próxima ao território 
correspondente à face na área somestésica. 
Está mais relacionada com a área de projeção 
da sensibilidade proprioceptiva do que com a 
auditiva. 
São proprioceptores especiais, pois informam 
sobre a posição e o movimento da cabeça 
(orientação do espaço) 
Área olfatória: Localizada na parte anterior do 
uncus e do giro para-hipocampal. 
Clínica: Certos casos de epilepsia local do uncus 
causam alucinações olfatórias, nas quais os 
doentes subitamente se queixam de cheiros, 
em geral desagradáveis, que na realidade não 
existem. São as chamadas crises uncinadas, que 
podem ter apenas essa sintomatologia 
subjetiva ou completar com uma crise 
epiléptica do tipo 'grande mal'. 
 
Área gustativa: Localizada na porção inferior 
do giro pós-central, próxima à insula, em uma 
região adjacente á parte da área somestésica 
correspondente á língua. Corresponde à área 
43 dc Brodmann. 
Clínica: Estimulações elétricas ou crises 
epilépticas cujo loco se inicia nessa região 
causam alucinações gustativas. Lesões dessa 
área provocam uma diminuição da gustação na 
metade oposta da língua. 
 
Área motora primária 
Localizada na parte posterior do giro pré-
central correspondente à área 4 de Brodmann. 
É um isocórtex heterotípico agranular 
caracterizado pela presença das células 
piramidais gigantes ou células de Betz. Há a 
somotopia evidente, contudo, a extensão de 
representação cortical é proporcional a 
delicadeza e um mesmo músculo pode estar 
representado em dois pontos. 
As principais coexões aferentes são com o 
tálamo (por onde recebe informações do 
cerebelo). Área somestésica e com áreas pré-
motora e motora suplementar e origina 
(eferente) fibras dos tratos córtice-espinhal e 
cortinoclear, principais responsáveis por 
motricidade voluntária. 
Clínica: A estimulação elétrica determina 
movimento de grupos musculares do lado 
oposto, além de focos epilépticos situados na 
área 4 causam movimentos de grupos 
musculares isolados, podendo se estender 
progressivamente a outros grupos, à medida 
que o estímulo se propaga. 
 
Bruna França - PLE 
Áreas de associação do córtex 
Áreas de associação do córtex aquelas que não 
se relacionam diretamente com a motricidade 
ou com a sensibilidade. 
Áreas de associação secundária 
São unimodais, ou seja, relacionam-se, ainda 
que indiretamente, com alguma modalidade de 
sensação ou com a motricidade, estando 
geralmente justapostas às áreas primárias 
correspondentes. Podem ser sensitivas ou 
motoras e são assimétricas, isto é, lesões na 
mesma área podem ter sintomatologias 
diferentes. 
As áreas secundárias (interpretação/gnosia) 
recebem aferências principalmente das áreas 
primárias correspondentes e repassam as 
informações recebidas às outras áreas do 
córtex, em especial às áreas supramodais. 
Área somestésica secundária: localizada no 
lóbulo parietal superior, logo atrás da área 
somestésica primária, e corresponde à área 5 e 
parte da área 7 de Brodmann. 
Área visual secundária: Localizada, 
principalmente, no lobo occipital, situando-se 
adiante de área visual primária, 
correspondendo às áreas 15 e 19 de Brodmann. 
Estende-se ao lobo temporal, onde também 
ocupa as áreas 20, 21 e 37 dc Brodmann. 
Área auditiva secundária: Localizada no lobo 
temporal, circundando a área auditiva primária, 
e corresponde à área 22 de Brodmann. 
Clínica: Agnosias são a perda da capacidade de 
reconhecer objetos, apesar de as vias sensitivas 
e das áreas de projeção cortical estarem 
perfeitamente normais. Distinguem-se agnosias 
visuais (cegueira verbal) auditivas (surdez 
verbal) e somestésicas, estas últimas 
geralmente táteis. 
 
Áreas de associação secundária motoras 
Adjacentes à área motora primária, existem 
áreas motoras secundárias com as quais ela se 
relaciona. São consideradas áreas motoras 
secundárias ou áreas de associação motoras a 
área motora suplementar, a área pré-motora e 
a área de Broca. 
Clínica: Apraxias ocorrem quando há 
incapacidade de executar determinados atos 
voluntários, sem que exista qualquer déficit 
motor. Nesse caso, a lesão está nas áreas 
corticais de associação relacionadas com o 
'planejamento' dos atos voluntários e não na 
execução desses atos. 
 
Área motora suplementar: Localizada na parte 
mais alta da área 6, situada na face medial do 
giro frontal superior. Suas principais conexões 
são com o corpo estriado, via tálamo e com a 
área motora primária. Relaciona-se com a 
concepção ou planejamento de sequências 
complexas de movimentos, envolvendo, por 
exemplo, os dedos, e sabe-se que ela é ativada 
juntamente com a área motora primária, 
quando esses movimentos são executados. 
Apenas o pensamento dos movimentos 
repetitivos pode ativar a área motora 
suplementar sozinha. 
Área Pré-motora: Localizada no lobo frontal, 
adiante da área motora primária e ocupa toda a 
extensão da área 6., situada na face lateral do 
hemisfério. É muito menos excitável que a área 
motora primária, exigindo correntes elétricas 
mais intensas para que se obtenham respostas 
motoras. 
Através da via córtico-retículo-espinhal, que 
nela se origina, a área pré-motora coloca o 
corpo, especialmente os membros, em uma 
postura básica preparatória para a realização de 
movimentos mais delicados, a cargo da 
Bruna França - PLE 
musculatura distai dos membros. Existe 
também evidência de que participa do 
processo de programação de determinadas 
atividades, motoras,especialmente daqueles 
movimentos guiados por estímulos sensorials 
externos. 
Clínica: Nas lesões da área pré-motora esses 
músculos têm sua força diminuída (paresia). O 
que impede o paciente de elevar 
completamente o braço ou a perna. Devido a 
área pré-motora ter projeções para a formação 
reticular de onde se origina o trato retículo-
espinhal – responsável pelo controle da 
musculatura axial. 
 
Área de broca: Localizada nas partes opercular 
e triangular do giro frontal inferior, 
correspondendo à área 44 e parte da área 45 
de Brodmann. É responsável pela programação 
da atividade motora relacionada com a 
expressão da linguagem. 
Clínica; déficits de linguagem denominados 
afasias, 
 
Áreas de associação terciárias 
São o topo da hierarquia funcional no córtex 
cerebral. Elas são supramodais, ou seja, não se 
relacionam isoladamente com nenhuma 
modalidade sensorial. Recebendo e integram as 
informações sensoriais já elaboradas por todas 
as áreas secundárias e são responsáveis 
também pela elaboração das diversas 
estratégias comportamentais. 
Área pré-frontal: Localizada na parte anterior 
não motora do lobo frontal. Recebe libras de 
todas áreas associadas do córtex e se liga ao 
sistema límbico, sendo destacada as conexões 
com núcleo dorsomedial do tálamo. 
Relacionada com escola de estratégias mais 
adequadas à situações físicas e sociais do 
indivíduo, além da capacidade alterar essas 
estratégias, dificuldades de concentração e 
fixação (sequências ordenadas) e controle co 
comportamento emocional. 
Área temporoparietal: Localizada em todo o 
lóbulo parietal inferior, ou seja, os giros 
supramarginal, área 40, e angular, área 39, 
estendendo-se também às margens do sulco 
temporal superior e parte do lóbulo parietal 
superior. 
Situa-se entre as áreas secundárias auditiva, 
visual e somestésica. funcionando como centro 
integrador. Sendo importante para percepção 
espacial (espaço extrapessoal), das partes 
componentes do corpo. 
Clínica: pode se apresentar com uma 
desorientação espacial generalizada ou com a 
síndrome de negligências em lesões do lado 
direito em relação ao próprio corpo ou espaço 
exterior – como se parte do lado esquerdo do 
mundo ou corpo não o pertencesse. 
Áreas límbicas: compreendem o giro do 
cíngulo, o giro para-hipocampal e o 
hipocampo. São relacionadas com a memória e 
o comportamento emocional. 
Áreas relacionadas com a linguagem 
A linguagem verbal é um fenômeno complexo 
do qual participam áreas corticais e 
subcorticais. 
Há duas áreas corticais para linguagem: área 
anterior da linguagem (área de Broca) 
relacionada com a expressão da linguagem e 
área posterior da linguagem (área de Wernicke 
– entre lóbulos temporal e parietal, 
correspondendo á área 22) relacionada com a 
percepção da linguagem. Essas áreas estão 
ligadas pelo fascículo longitudinal 
superior/arqueado. 
Bruna França - PLE 
Clínica: lesões dessa área causam afasias. 
Distinguem-se dois tipos básicos de afasia: 
motora ou de expressão, em que a lesão ocorre 
na área de Broca (compreende linguagem, mas 
tem dificuldade de se expressar); sensitiva ou 
de percepção, em que a lesão ocorre na área de 
Wernicke (compreensão afetada e expressão 
também); de condução - fascículo 
(compreensão normal, porém dificuldade de 
expressão). 
 
Assimetria das funções corticais 
Os hemisférios cerebrais não são simétricos, o 
hemisfério esquerdo é considerado dominante 
por estar relacionado a linguagem e raciocínio 
matemático. Já o direito a música, pintura e 
percepção de relações espaciais ou 
reconhecimento. 
É importante salientar que essa assimetria 
funcional se manifesta apenas em áreas de 
associação, visto que as primárias são iguais. 
A assimetria funcional entre os dois hemisférios 
torna mais importante o papel do corpo caloso, 
de transmitir informações entre eles. 
 
Bruna França - PLE

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