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Negligência espacial unilateral

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Bruna França - Medicina UFAL 
Alterações visoespaciais podem limitar a 
recuperação motora ao longo do AVC. 
Histórico resumido 
 1914: Babinsky x Dejerine 
Anosognosia ou hemianestesia 
 Histórico dos principais testes (Albert, 
1973) 
 1990: Face-hand test (Feinberg, 1990) 
Alterações ipsolaterais no lado 
comprometidos, o que revelou que o 
lobo parietal também atuava no lado 
ipsilateral 
Teoria de Feinberg: Distribuição de atenção 
O lobo parietal identifica as funções 
visoespaciais a direita e vice versa, mas eles 
também tinham participações nas vias 
ipsilaterais, o que comprova que as alterações 
não são sensoriais periféricas, são alterações de 
processamento central. 
Clínica: estímulo sensorial periférico chega ao 
cérebro e o lobo parietal posterior não 
interpreta a situação, caracterizando uma 
alteração perceptual. 
Rede de atenção (Karnath) 
Interpretação dos estímulos: lobo parietal 
posterior, principalmente, parte direita tendo 
ligação com região temporal e córtex pré-
motor, pode haver participação de vias visuais 
para identificar coisas no espaço. 
Localização visoespacial dá substrato para o 
planejamento motor. 
Distúrbio atencional, geralmente, explora o lado 
direito, enxerga o lado esquerdo, porém não 
consegue interpretar reduzindo as ações 
motoras. 
Não são indivíduos com hemianopsia (lesão 
específica do córtex visual sensorial, dificuldade 
de enxergar de fato com campo visual 
comprometido), já o indivíduo com negligência 
enxerga a cena e recebe informações de um 
lado predominante sendo um distúrbio 
atencional e não visual. 
Como avaliar? 
 Espaço egocêntrico: a minha volta que é 
manipulável. Ex. cortar o cabelo, fazer a 
barba, cortar um alimento. 
Testes de cancelamento (de linhas ou 
estrelas); testes de bissecção de linhas. 
Behavorior innatetion teste: 1h para 
administração, negligência peri-pessoal, 
6 tarefas lápis/papel; 
Escala de Catherine Bergego. 
Escala de Kessler Foundation (ECB 
reduzida) 
 Espaço halocêntrico: a minha volta 
(ambiente) que eu consigo visualizar 
 Espaço imaginário/extrapessoal: o que 
se imagina 
Também é afetado (se imaginar apenas 
um lado da Catedral de Milão) 
Negligência altitudinal: alteração perceptual 
– propriceptiva – não consegue identificar 
qual o meio 
Teste do balde 
Teste da subjetiva vertical 
Teste da sequência numérica (Dificuldades à 
esquerda e superior) 
Sinais clínicos 
 Desvio óculo-céfalico (tende a explorar 
e olhar para o lado direito) 
 Sinal da perna cruzada (Fase aguda do 
AVE – tendem a cruzar perna direita sob 
Bruna França - Medicina UFAL 
a esquerda e realizam movimentos 
estereotipados) 
Essa negligência pode se manter na fase 
crônica – redução: 3 meses – Negligência 
espacial persistente. 
Reabilitação (impacto funcional) 
 Referências perceptuais (com cor, 
estando ao lado esquerdo, chamando 
atenção para o lado esquerdo), criando 
geolocalização. 
 Vibração no pescoço: melhora a 
exploração do espaço em virtude da 
presença de prioceptores. 
 Rotação de tronco associado a estímulo 
visual 
 Terapia do espelho (sem impacto 
funcional fortes) 
 TENS: estimulação periférica no pescoço 
 Adaptação prismática (o óculos desloca 
o ambiente para auxiliar na exploração 
do hemicampo) 
 Intervenção farmacolófica: 
neurotransmissores (rivastigmina) 
aumentando acetilcolina, diminuindo o 
grau de negligência 
 Estimulação transcraniana cerebral não 
invasiva na região parietal: ativar essa 
área com estímulo elétrico ou 
despolarização com campos magnéticos 
Futuro: 
 Biotecnologias (sensores) 
 Neuromodulação 
 Estímulos com EEG (Neurofeedback)

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