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Resumo Filosofia

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Resumo: Filosofia
1. Apologia de Sócrates
· Texto escrito por Platão referente ao julgamento e condenação de Sócrates. 
· O texto se inicia com Sócrates refutando a acusação de ser hábil com as palavras e bom orador, ainda pedindo desculpas por seu vocabulário, pois, na idade de 70 anos, nunca tinha sido julgado. 
· Os acusadores eram: Meleto (representando a classe dos poetas e adivinhos); Lícon (representando a classe dos oradores e professor de retórica) e Ânito (representando a classe dos políticos). 
· Sócrates foi acusado de não aceitar os deuses reconhecidos pelo Estado, de introduzir novos cultos e, também, de corromper os jovens. 
· Durante as acusações, Meleto é o único que se manifesta, caindo em contradição sobre a natureza das acusações, uma hora dizendo que Sócrates é ateu e em outro que ele acredita em semideuses e demônios. 
· Diante da acusação de não reconhecer os deuses, Sócrates mantém um diálogo com Meleto, no qual pergunta como pode não acreditar nos deuses, mas acreditar nos demônios e semideuses que, por sua vez, são filhos de deuses com ninfas ou mulheres. 
· Diante da acusação de corromper os jovens, Sócrates afirma que quem comete crimes é Meleto por brincar com coisas tão graves e que se acredita que somente Sócrates faz mal aos jovens e todos os outros fazem bem, na verdade, não se preocupa com a mocidade. 
· Ao longo do texto é citado o episódio no qual o Oráculo de Delfos afirma que ser Sócrátes o homem mais sábio. O filósofo conta que no início negou isso, por acreditar que existiam homens muito mais sábios e por isso foi procurá-los. No entanto, ao se deparar com tais homens percebeu que não eram sábios, pois acreditavam saber de coisas que não sabiam e ai conclui que o deus (Apolo é que orienta o Oráculo de Delfos) o considerava o homem mais sábio por ele não julgar saber o que não sabia. 
· Mesmo refutando todas as acusações Sócrates é condenado. Primeiro perguntam o que ele achava que merecia e ele responde que fosse pra escolher merecia refeições gratuitas por toda vida, pois só fez bem a cidade. Quando a multa é sugerida como sanção ele recusa dizendo que não tem dinheiro, logo depois a prisão se torna uma opção também recusada por Sócrates, pois já se dizia velho. 
· A pena imposta é a morte por cicuta, a qual Sócrates aceita, pois acredita que a morte ou é uma aniquilação ou é uma migração para conhecer a alma de pessoas famosas. Além disso, diz que aos 70 anos a morte já estaria próxima, mas que agora as pessoas que o condenaram seriam responsáveis e penalizados por sua morte. Assim, ele não seria prejudicado e poderia dormir em paz ou continuar falando no Hades (Referência ao Mundo Inferior, para onde, na mitologia grega, os mortos vão). 
· Segundo Sócrates seu “daimon” (referente à alma) não o impediu de realizar sua defesa da forma que ele fez e que este era um sinal de que era a coisa certa a se fazer. 
· Por fim, Sócrates se mantém fiel às suas convicções e crê que a conduta virtuosa e verdadeira que teve durante sua existência lhe daria paz e credibilidade para ser recepcionado pelos deuses. 
2. Críton
· O diálogo entre Críton e Sócrates é baseado na questão se o filósofo deve ou não fugir da prisão. 
· Argumentos de Críton: Sócrátes é um cidadão idoso e, geralmente, idosos tem medo da morte; Se Sócrates morrer Críton vai ser privado de um amigo; As pessoas julgariam Críton por não ter ajudado Sócrates a fugir. (De modo geral, os argumentos dos quais se dispõe Críton são individualistas, egoístas e pouco relevantes). 
· Argumentos de Sócrates: Para ele só a voz interior (consciência) leva a boa conduta, assim ele não deveria levar em conta o que a multidão iria dizer; Não é um ato justo fugir, mesmo que ele tenha sido condenado injustamente; Sócrates sempre tinha cumprido as leis e se fugisse seria hipócrita. 
· Sócrates afirma que não são todas as opiniões que se pode acatar, mas que se for pra considerar alguma que seja de um “mestre” no assunto. No caso dele ele diz que tem que recorrer a uma autoridade em justiça, pois a questão é se é justo ou injusto sua fuga. 
· Para Sócrates cometer uma injustiça é o mesmo que cometer o mal, logo as duas são atitudes inadmissíveis. Segundo ele, o importante é viver bem, com honra, conforme a justiça e jamais retribuir a injustiça com a injustiça. 
· Diante disso Sócrates se recusa a aceitar a fuga. Primeiro, pois, para ele, não se pode retribuir a injustiça com a injustiça e, segundo, seria uma atitude hipócrita de sua parte, visto que, na sua concepção, ser cidadão é honrar com as leis da cidade. 
· Sócrates ainda afirma que caso fugisse a lei, em uma forma personificada, ficaria indignada por ser “destruída” por uma ação simples e particular, pois foi ela quem deu vida a Sócrates. 
3. A ética Socrática 
· Sócrates buscava entender o que era a virtude, o que faz uma ação ser boa e um ser humano ser bom. 
· Para Sócrates o conhecimento do bem leva à pratica do bem, logo, o homem só pratica o mal por ignorância do bem e por não saber o que é virtude. 
· Ele queria propor a utilização da razão para encontrar novos paradigmas éticos que direcionassem as pessoas ao bem. 
· Cabe ao homem ter controle sobre suas ações para torná-las moralmente boas, assim nossa alma seria motivadora das nossas ações. 
· De modo geral, Sócrates acredita que a ciência (razão, controle) leva o ser humano ao bem e que a ignorância (parte apetitiva da alma, que inclina o homem aos prazeres da vida) leva o ser humano ao mal. 
· Eixos de sustentação da ética socrática:
- Enkráteia: A alma deve ser a senhora do corpo.
- Eleuthería: Não ter domínio próprio é a pior das servidões.
- Autarquia: Divino é poder se dominar. 
- Eudaimonia: A alma é aperfeiçoado através da virtude.

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