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RESUMO AULA 03 - RECONHECIMENTO MATERNO DA GESTAÇÃO À IMPLANTAÇÃO CONCEITOS: OVO: Desde a formação de uma célula até o blastocisto, com células indiferenciadas totipotentes. EMBRIÃO: A partir do momento em que exista alguma diferenciação celular. FETO: Formação de diferentes tecidos organogênese e da placenta, até o nascimento. PERÍODO PRÉ IMPLANTAÇÃO: Interstício em que o embrião fica na tuba uterina, correspondendo ao período necessário para que o útero se prepare para recebê-lo por influência da progesterona RECONHECIMENTO MATERNO DA GESTAÇÃO Fenômeno pelo qual o corpo lúteo periódico do ciclo estral é transformado em corpo lúteo gravídico. FUNÇÃO: Garantir a manutenção da gestação ❖ Progesterona produzida pelo copo lúteo Presença do embrião → Liberação de enzimas fazendo que endométrio não libere prostaglandina para líse do corpo lúteo. RECONHECIMENTO MATERNO DA GESTAÇÃO EM RUMINANTES Interferona τ (IFNτ) E uma proteína secretada pelo trofoblasto → Identificada como um tipo pouco usual de interferona do tipo I Esta molécula age de maneira parácrina no útero, inibe a expressão dos receptores de estrógeno e de ocitocina no epitélio luminal do endométrio e evita a liberação de pulsos luteolíticos de prostaglandina F2a ▪ Estabilização ou regulação positiva dos receptores para P4 do endométrio; ▪ Inibição direta dos receptores endometriais de E2; ▪ Inibição direta dos receptores da ocitocina ▪ Mecanismo pós receptor para prevenção da liberação de PGF2 ▪ Síntese de um inibidor de enzimas necessárias para produção de PGF2 → prostaglandina sintetase A IFNτ é liberada em grandes quantidades pelas células do trofoectoderma quando o blastocisto começa a se alongar. VACA E CABRA RM → 14º 16º dia ▪ Impedimento na produção de PGF2 OVELHA RM → 12º 13º dia ▪ Redução dos pulsos de PGF2 RECONHECIMENTO MATERNO DA GESTAÇÃO EM SUÍNOS RM → 11º 18º dia Na porca são necessários, no mínimo, 4 embriões para que ocorra a inibição do efeito luteolítico do útero. SUBSTÂNCIAS ENVOLVIDAS: Estrógeno Altera secreção da PGF2 Em animais não prenhes a PGF2a é secretada pelo endométrio uterino, no polo basal das células, ao redor do dia 15, voltado para o miométrio, de onde ganha a circulação local e é carreada até o CL (secreção endócrina). Por outro lado, em animais prenhes, ao redor do dia 15 a PGF2a é secretada primeiramente para o lúmen uterino (secreção exócrina), no qual é degradada, prevenindo a lise do CL Metabolização em PGM pelas membranas fetais Interferon Tau Ifn) e Interferon Tipo 1 O estrógeno não inibe a secreção de PGF2a, mas altera a maneira como a PGF2a é secretada em porcas prenhes. RECONHECIMENTO MATERNO DA GESTAÇÃO EM EQUINOS Aumento significativo da produção do fator de inibição da produção de prostaglandina ocorre nos dias 12 e 13 pós ovulação, sendo que aos 16 dias de gestação estes níveis não são mais significativos RM 12 e 13 dias Mecanismo de RM mobilidade embrionária → O embrião de equino apresenta como característica a movimentação no interior do útero no início do desenvolvimento embrionário. Substâncias envolvidas → indutoras de contratilidade uterina liberadas pelo concepto, dentre elas as prostaglandinas. E2 + P4 = Utero ferrinas MIGRAÇÃO EMBRIONÁRIA INTRAUTERINA Fatores embrionários Forma esférica presença de cápsula que lhe confere resistência orientação longitudinal das dobras endometriais. Fixação entre 16 18 dias RECONHECIMENTO MATERNO DA GESTAÇÃO CANINOS E FELINOS CADELA Na cadela, até o presente, pouco se sabe como ocorre o reconhecimento materno da gestação. Até o momento não se consegue identificar um fator ligado ao reconhecimento precoce da gestação nas espécies de canídeos, como acontece em outras espécies animais. Corpo lúteo fisiologicamente persistente FELINO Desnecessário Ovulação Induzida Corpo lúteo persistente → 42 dias RECONHECIMENTO IMUNOLÓGICO DA GESTAÇÃO FETO A gestação visa ao desenvolvimento do concepto até um ponto em que sua sobrevivência fora do ambiente uterino seja possível. Elemento heterólogo são alvo potencial para o sistema imunológico materno Produto de genes maternos x paternos Como o concepto histocompatível consegue sobreviver em um útero imunocompetente? Aparentemente a rejeição imunológica do concepto é bloqueada, em parte, devido à redução da expressão de antígenos de histocompatibilidade classes I e II (major histocompatibility complex – MHC I e MHC II) na superfície do concepto. Durante a gestação é criado um ambiente intrauterino no qual os tecidos maternos e o trofoblasto secretam moléculas inibidoras da replicação de linfócitos ou inibidoras da atividade celular para reduzir a reatividade imunológica. Reação imunológica → Bloqueada Mecanismos sutis ❖ Defesas do hospedeiro → Para não comprometerem as defesas do hospedeiro, no caso a mãe, contra outros eventuais parasitas ou infecções. o Infecções o Parasitas Moléculas ❖ Prostaglandina E 2 ❖ Interferon Tau ❖ Progesterona Proteínas associadas a gestação (PAG) Hipótese competem com os antígenos embrionários pelos anticorpos produzidos contra eles IDENTIFICADA EM: ❖ Bovinos e Ovinos ❖ Suínos ❖ Equinos Citocinas maternas → Citocinas maternas produzidas durante a gestação Balanço da distribuição linfocitária Citocinas Th1 predominam, há proliferação excessiva de células natural killer induzida por interleucina2 e IFNg Th1 → Lesivos à gestação → Th1 está, portanto, associada a um aumento da morte embrionária precoce, ocorrendo produção de citocinas especificas e interleucinas Th2 → predominante na gestação → A manter a gestação e estabelecendo um ambiente imune uterino adequado. A IMPLANTAÇÃO Interação do córion trofoblasto ectoderma) por meio de suas vilosidades coriônicas, com o útero (endométrio) Duração Varia com o tipo de desenvolvimento placentário: Espécies Implantação (Dias) Bovina 17-20 Ovina 15-16 Caprina 15-16 Equina 28-40 Suína 11-14 Canina 17-21 Felina 13-14 Humana 6,5-26 Processo de implantação é regulado por: ❖ Citocinas ❖ Hormônios ❖ Enzimas ❖ Outros fatores ❖ IGF II e EGF em equinos fluido uterino ❖ IFN t e PSPB em bovinos adesão e angiogênese ❖ IGF II em ovinos e suínos crescimento fetal e placentário AS FASES DA IMPLANTAÇÃO 1. RUPTURA DA ZONA PELÚCIDA ❖ Evento da pré-implantação ❖ Essencial para implantação 2. APROXIMAÇÃO O embrião que estava migrando pelo útero aproxima se do local onde irá ocorrer a implantação. Espécies uníparas → Base do corno Espécies multíparas → Todo o corno, sem sobreposição embrionária. PAF → Fator de agregação plaquetária Sinal embrionário associado à histamina que promove reação inflamatória local na mucosa uterina, determinando a implantação e promovendo refratariedade visando impedir a implantação de outro embrião no mesmo local. Substâncias específicas refratariedade Uteroferrina ❖ Égua e porca Uteroglobina ❖ Coelha 3. APOSIÇÃO Primeiro contato direto entre as vilosidades coriônicas do embrião e a mucosa uterina 4. ADESÃO Ligação mais forte entre o embrião e a mucosa uterina, onde as vilosidades coriônicas vão adentrar no epitélio, fazendo interdigitações Placenta epiteliocorial 5. PENETRAÇÃO As vilosidades coriônicas invadem o epitélio uterino, formando uma interação mais profunda com o endométrio ----------------→ Placentas → Sinepiteliocorial Endoteliocorial e Hemocorial
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