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DIREITO ADMINISTRATIVO III
Bibliografia: 
1) Direito Administrativo – Maria Sylvia Zanella. DI PIETRO. Zen editores. São Paulo.
2) Manual de Direito Administrativo - José dos Santos Carvalho Filho. Zen Editores. São Paulo. 
3) Curso de Direito Administrativo. Celso Antônio Bandeira de Mello. Malheiros. São Paulo
4) D. Administrativo Positivo. Edimur Ferreira de Faria. Del Rey. Belotte.
5) Coletânea de d. Administrativo. Várias Editoras.
Etc.
Pontuação: (data a definir na quinta-feira)
2xP 25pts (abertas) + trabalhos 20pts. Provas não cumulativas. + Global (fechada) 30pts cumulativa. 
AULA 03/2
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE
· O direito de propriedade e suas mutações ao longo da história do Estado;
O direito de propriedade foi mudando muito ao longo das mudanças do Estado. No absolutista, o Estado intervia muito na propriedade, sendo assim, quase não há direito de propriedade. Isso leva ao inconformismo onde o direito de propriedade quase se torna quase ‘egoísta’, depois temos o liberalismo, onde diz que a propriedade cumpre uma função social. Ao prever o direito de propriedade como sentido fundamental na constituição, em sequência, o constituinte deixa claro o dever de função social. E a propriedade por cumprir esse caráter, pode até ser suprimida. 
Essas mudanças/mutações, deixam claro que a propriedade cumpre uma demanda da coletividade. 
· O Estado contemporâneo a função social da propriedade;
· A intervenção do Estado como manifestação do poder de polícia administrativa;
Por cumprir uma função social, a propriedade precisa de um ‘órgão’ regulamentador. Assim, precisamos do Estado com o poder de polícia. Que autoriza a administração a compatibilizar o interesse da administração e o interesse da coletividade. O poder de polícia do Estado é meramente fiscalizatório. 
· Os instrumentos de intervenção estatal na propriedade;
São vários - estudaremos ao longo do semestre. Além dos instrumentos, também há os limites que a intervenção estatal precisa seguir.
AULA 10/2
OS INSTRUMENTOS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE – somente os que o ordenamento jurídico permite. Cada um servindo para um tipo de restrição. 
Limitação administrativa
- Conceito: O mais brando dos instrumentos de limitações. O que menos afeta o direito de propriedade. Restringe a propriedade, sem trazer ao Estado o direito de indenizar.
Todo o preceito impositivo do Estado dotado de generalidade, que restringe o direito individual de propriedade, sem gerar para o Estado o dever de indenizar.
Ex: proprietário que não pode construir a partir de determinada altura, ou que o proprietário deve murar seu terreno, calçar o passeio/calçada, entre outras normas, que impõe restrições ao direito de propriedade. 
Generalidade: não é voltado a uma determinada pessoa. Uma propriedade em si somente. Não tem um destinatário certo, e sim para aquelas pessoas que se enquadram àquela lei. A limitação não é voltada supressão, e sim, restringe algumas faculdades. Não cabe indenização, pois o Estado não deve indenizar por cumprir a lei. 
- Modalidades:
	- Positiva: Dever de fazer algo. Ex.: Manter o lote limpo, murar o lote etc. 
	- Negativa: Obrigação de não fazer. Ex.: não colocar cartazes, construir até uma determinada metragem etc.
	- Permissiva: Obrigação de permissão/tolerar/aceitar algo que incida sobre sua propriedade. Ex.: do poder público de fiscalizar em campanhas de dengue. 
- Características: 
· Natureza genérica ou impessoal
· Não suprime a propriedade;
· Não acarreta indenização
- Competência: Todos os entes da federação.
- Distribuição das restrições de vizinhança: a natureza do interesse tutelado -> Direito Civil -> não é limitação administrativa, pois essas são impostas em nome do bem estar coletivo, da sociedade. E não do direito de propriedade privada. Essa é a diferença entre elas, a natureza do interesse do tutelado. 
Servidão Administrativa – não aparece na CF como instrumento e sim no decreto lei 3365/1941 (art. 40).
A amplitude da atividade administrativa e a necessidade de utilização da propriedade privada.
- Conceito: Diferente da limitação que impõe uma obrigação, ela impõe ao proprietário um bem, um objeto. Ou seja, traz uma limitação, um ônus real que aquele bem vai trazer. Não se trata de uma servidão privada, ou seja, de direito civil (direito de passagem) de uma pessoa individual. Aqui, visa também a coletividade/bem estar social. Ex.: passar fiação, tubulação, torres de fiação dentro de uma propriedade. Existe servidão administrativa de uma entidade pública para outra. A união coloca estradas férreas dentro do município. Até mesmo uma colocação de placa. 
Ônus real de uso imposto à propriedade particular ou pública pelo Estado, mediante indenização de prejuízos eventualmente causados, tendo por finalidade assegurar a oferta de utilidades à comunidade administrada. 
- Fundamentos: 
- Competência: todos os entes da federação
- Características:
· Natureza de ônus real
· Incidência individualizada e concreta
· Indenização em face do prejuízo efetivamente causado ao proprietário 
- Modo de indenização:
· Obrigatoriedade de inscrição no registro imobiliário: serve de um controle para a administração. Isso só se faz também, quando se trata de uma servidão grande. Exemplo, não irá levar uma placa ao cartório. 
· Caráter permanente (não há prazo de duração de intervenção). 
Poder público vai fazer uma estimativa qual foi o prejuízo, e através de um acordo vai pagar ao proprietário de uma vez só. Assim, a indenização considera-se superada. O proprietário não precisará concordar com a servidão por se tratar de uma imposição. Mas ele pode contestar o valor de dano/indenização, assim, transfere-se ao judiciário essa lide em processo próprio para arbitrar sobre a indenização.

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