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WANDA HORTA E A TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS
Quais as necessidades humanas básicas de Wanda Horta entre as Categorias Psicobiológica, Psicossocial e Psicoespiritual? Quais impactos na assistência e na gestão a teoria da necessidade humana básica tem na vida do Enfermeiro (a) nos tempos atuais?
A Teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB) de Wanda Horta é o referencial conceitual mais utilizado para orientar as etapas do Processo de Enfermagem em instituições brasileiras. Trata-se de um referencial conceitual, pois Wanda Horta ainda estava em processo de desenvolvimento do mesmo quando veio a falecer, sem conseguir defender sua tese final. Horta procurou mostrar a enfermagem como ciência aplicada, fazendo a junção da fase empírica para a fase cientifica, e desenvolveu suas teorias diante de sua rotina de conhecimento e pesquisas, baseando-se na teoria de motivação humana de Maslow, que é fundamentada nas necessidades humana básicas, e na classificação de necessidades proposta por João Mohana. 
Horta apoiou sua teoria em três leis que regem os fenômenos universais: Lei do equilíbrio (homeostase): Todo universo se mantém em equilíbrio dinâmico entre seus seres; Lei da adaptação: Todos os seres do universo interagem com seu meio externo buscando sempre formas de ajustamento para se manterem em equilíbrio; Lei do holismo: No universo como um todo, o ser humano como um todo, a célula é um todo e não mera soma das partes constituintes. Partindo dessas leis e através de seus estudos, Horta se baseou na teoria da motivação humana de Maslow, uma das mais importantes teorias de motivação, onde este dizia que as necessidades humanas obedeciam a uma hierarquia, ou seja, no momento que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar exigindo que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. As necessidades foram classificadas em 05 níveis: 
1. Fisiológicas: São necessidades que devem ser atendidas, pelo menos em nível mínimo, para a sobrevivência do corpo ou espécie. Ex.: oxigenação, nutrição, hidratação e homeostase;
1. Segurança: É a necessidade que o ser humano possui de sentir-se protegido, sem ameaças de ordem física, psíquica ou social. Inclui a necessidade de abrigo, que compreende habitação e vestuário adequados conforme as condições climáticas. A habitação proporciona conforto físico porque protege das intempéries, e psíquico porque proporciona sensação de segurança;
1. Social: As pessoas necessitam de amor e afeição, de sentir que pertencem a um grupo. Necessitam ter à sua volta pessoas (família, amigos, professores, etc.) com quem possam compartilhar suas alegrias e tristezas, suas ansiedades e suas dúvidas. Esta necessidade, em geral, surge após as necessidades de segurança e proteção estarem satisfeitas, porque somente quando o indivíduo sente-se seguro e protegido, ele tem tempo e energia para procurar amor e pertencer e, assim, compartilhar amor com os outros;
1. Estima: As pessoas devem se sentir bem em relação a si próprias, e orgulhosas quanto às suas habilidades e realizações. A auto-estima elevada é um motivador poderoso do comportamento;
1. Auto-realização: É a ânsia de continuar a crescer e mudar, de trabalhar por novos objetivos, de desenvolver talentos, de cultivar seus potenciais. Uma pessoa que se auto-realiza é autônoma, facilmente motivada, não é egocêntrica. Geralmente é capaz de resolver seus problemas, aceita as outras pessoas e as ajuda. 
	Para Horta, as necessidades são universais, mas a forma de manifestação e de satisfação varia de um indivíduo para outro, conforme idade, sexo, cultura, escolaridade, fatores sócio-econômicos, o ciclo saúde-enfermidade e o ambiente, entre outros. Apesar de citar a teoria da Motivação Humana de Maslow, ela preferiu adotar a denominação de João Mohana, classificando as necessidades em três níveis:
1. Necessidade Psicobiológicas: Diz respeito aos aspectos necessários à vida do ponto de vista biológico e constitui-se na base sobre os quais as demais NHB irão se alicerçar. É o nível mais elementar para ser atendido pelo enfermeiro no oferecimento do cuidado de enfermagem. Ex.: Oxigenação, hidratação, eliminação; sono e repouso; exercício e atividade física, sexualidade, abrigo, mecânica corporal, motilidade, integridade cutâneo-mucosa, integridade física, regulação: Térmica, hormonal, neurológica, eletrolítica, imunológica, crescimento celular, vascular locomoção, percepção: olfativa, visual, auditiva, tátil, gustativa, dolorosa; ambiente, terapêutica;
1. Necessidades Psicossociais: Reflete os aspectos do humano presente no paciente a partir das relações e interações sociais. Ex.: Segurança, amor, liberdade, comunicação, criatividade, aprendizagem (educação à saúde), gregária, recreação, lazer, espaço, orientação no tempo e espaço, aceitação, auto-realização, auto-estima, participação, auto-imagem, atenção;
1. Necessidades Psicoespirituais: Expressa a dimensão religiosa ou teológica, ética e de visão de mundo, assumida pelo paciente. Nessa classificação, a última dimensão é distintiva do ser humano. Ex.: pesar, sofrimento espiritual, religiosidade prejudicada, Religiosa ou teológica, ética ou de filosofia de vida.
Embasada em toda a sua vivência e em suas pesquisas, Horta pôde afirmar que a enfermagem é a responsável pelo atendimento das necessidades humanas básicas do indivíduo (paciente, família e sociedade). A enfermagem deve ser orientada pelas necessidades humanas básicas de Maslow, sendo que ambas as necessidades estão interligadas, e deve haver equilíbrio entre elas. Se algum fator ocasionar o desequilíbrio, o processo de resolução deve ser efetivado pelo papel da enfermagem na assistência. Deste modo, a enfermagem tem um papel fundamental na garantia deste estado de equilíbrio das necessidades humanas básicas.
	O processo de enfermagem proposto por Horta é o conjunto de ações sistematizadas e relacionadas entre si, visando principalmente a assistência ao cliente. Pode ser denominado como SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem, onde se tem:
1. Histórico: Roteiro sistematizado para o levantamento de dados (significativos para o enfermeiro) do ser humano que tornam possível a identificação de seus problemas;
1. Diagnóstico de enfermagem: Identificação das necessidades do ser humano que precisa de atendimento. Há a determinação pelo enfermeiro, do grau de dependência deste atendimento em natureza e em extensão. O diagnóstico comporta duas dimensões: identificar as necessidades e determinar o grau de dependência. O grau de dependência pode ser total ou parcial. Na dependência total está implícita a extensão, e a natureza compreende tudo aquilo que a enfermagem faz pelo ser humano quando este não tem condições de fazer por si, seja qual for a causa;
1. Plano assistencial: O que o ser humano deve receber diante do diagnóstico estabelecido. Este plano é sistematizado em termos do conceito de assistir em enfermagem, isto é, execução de cuidados, fazer, ajudar, orientar, supervisionar e encaminhar;
1. Prescrição de enfermagem: Implementação do plano assistencial pelo roteiro diário (ou período aprazado) que coordena a ação da equipe de enfermagem na execução dos cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas e específicas do ser humano;
1. Evolução de enfermagem: Relato diário das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano, enquanto estiver sob assistência profissional. Pela evolução é possível avaliar a resposta do ser humano a assistência de enfermagem implementada;
1. Prognóstico de enfermagem: Estimativa da capacidade do ser humano em atender suas necessidades básicas alteradas após a implementação do plano assistencial e a luz dos dados fornecidos pela evolução de enfermagem.
Baseando-se em tudo que foi apresentando por Wanda Horta, sua teoria trouxe uma visão mais humana ao enfermeiro, fazendo com que este veja o paciente como um indivíduo único, prestando assistência focalizada, e o ensinado sempre a importância do auto-cuidado e visando sempre a sua saúde e bem-estar. Sua teoriatambém contribuiu permitindo uma melhor aplicação do processo e sistematização de enfermagem, levando sempre em consideração a melhora, o crescimento e o reequilíbrio em diversos aspectos do paciente.

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