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Ritos Especiais Programa • 1. Processos e Procedimentos • 2. Oposição • 3. Ação Monitória • 4. Mandado de Segurança • 5. Ações Possessórias • 6. Embargos de Terceiro • 7. Ação de Consignação em Pagamento • 8. Ação Probatória Autônoma • 9. Procedimentos Especiais das Ações de Família • 10. Regras gerais sobre procedimentos especiais de jurisdição voluntária • 11. Tutela Provisória • 11.1. Conceito • 11.2 Espécies • 11.3 Tutela de Urgência • A) Espécies • B) Fungibilidade • C) Requisitos • D) Tutela de urgência antecedente e tutela de urgência incidental • E) Estabilização da tutela antecipada antecedente • F) Tutela antecipada em ação declaratória e em ação constitutiva • 11.4. Tutela de evidência • 11.5 Competência para a concessão da tutela provisória • 11.6 Revogação da Tutela Provisória • 11.7 Cumprimento da Tutela Provisória • 11.8 Recursos e tutela provisória • 11.9. Tutela provisória contra a fazenda pública • 11.10. Técnica para a redação de uma inicial com pedido de tutela provisória Temas dos Seminários • 1) Ação de Alimentos • 2) Ação de Exigir Contas • 3) Ações de Divisão e de Demarcação • 4) Ação de Dissolução de Sociedade • 5) Ação de Despejo • 6) Ações consignatória de aluguéis e acessórios na locação • 7) Ações renovatória de locação • 8) Ação revisional de aluguel • 9) Ação de usucapião • 10) Inventário Processos e Procedimentos Processos •Processo de Conhecimento •Processo de Execução •Títulos executivos – judiciais (art. 515 do CPC) e extrajudiciais (art. 784 do CPC). Processo de Conhecimento • O processo de conhecimento é composto por dois ]pos de procedimentos: • a) Procedimentos especiais (arts. 539 ao 770 do CPC e leis especiais – por exemplo: ações possessórias ou mandado de segurança); • b) Procedimento comum (arts. 318 ao 508 do CPC – por exemplo: ação de reparação de danos ou ação anulatória de contrato). CPC •Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei. • Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução. • FLEXIBILIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO COMUM EFETIVIDADE Razoável duração do processo Máxima coincidência Razoável duração do processo: art. 5º, LXXVIII da Constituição Federal ("a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”) Máxima coincidência: o processo deve dar a quem tem direito tudo aquilo e precisamente aquilo a que faz jus. “Il processo deve dare per quanto è possibile praticamente a chi ha un diritto tutto quello e proprio quello chʼegli ha diritto di conseguire”(Chiovenda) MÁXIMA COINCIDÊNCIA: ADAPTAÇÃO DO PROCEDIMENTO As partes e o juiz devem se libertar de esquemas processuais pré-moldados para, conforme o caso, adaptarem as técnicas processuais adequadas aos diferentes perfis dos direitos materiais e aos sujeitos. FLEXIBILIZAÇÃO PELO JUIZ Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: VI – dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; Parágrafo único. A dilação de prazos prevista no inciso VI somente pode ser determinada antes de encerrado o prazo regular. ENFAM 35: Além das situações em que a flexibilização do procedimento é autorizada pelo art. 139, VI, do CPC/2015, pode o juiz, de ofício, preservada a previsibilidade do rito, adaptá-lo às especificidades da causa, observadas as garantias fundamentais do processo. Art. 327. § 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum. •FLEXIBILIZAÇÃO PELAS PARTES Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo. Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial. •OPOSIÇÃO PREVISÃO •Arts. 682 ao 686 do CPC • Cabimento •Art. 682. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos. Conceito Opostos •Na ação principal, os opostos são adversários, mas na oposição os opostos formam um litisconsórcio simples e necessário. • Como o litisconsórcio é simples – a decisão do juiz pode ser diferente para cada litisconsorte –, o regime aplicado é o comum, vale dizer, os atos praticados por um litisconsorte não prejudicam nem beneficiam os demais litisconsortes. •Assim, se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido do opoente, a oposição prosseguirá contra o outro. Momento do Oferecimento da Oposição •A oposição pode ser oferecida até a sentença proferida na ação principal ou originária. • Procedimentos Oposição apresentada antes do início da Audiência de Instrução e Julgamento •A oposição será apensada aos autos principais e correrá simultaneamente com a ação principal ou originária, sendo ambas normalmente julgadas pela mesma sentença (o juiz, em razão da prejudicialidade, decidirá previamente a oposição, depois a ação principal) Oposição apresentada após o início da audiência de instrução e julgamento •O juiz suspenderá o procedimento principal após a instrução, para julgar conjuntamente a ação principal ou originária e a oposição, salvo se entender que a unidade da instrução (produção conjunta de provas da ação principal ou originária e da oposição) atende melhor ao princípio da duração razoável do processo. Recurso •Da sentença que julgar a oposição (e a ação principal ou originária) caberá apelação (art. 1.009 do CPC). • Se, porém, houver indeferimento ou improcedência liminar da oposição, caberá o recurso de agravo de instrumento (parágrafo único do art. 354 do CPC). •AÇÃO MONITÓRIA Previsão •Arts. 700 ao 702 do CPC Conceito • Tutela jurisdicional, situada entre a tutela de conhecimento e a tutela executiva, que objetiva abreviar o caminho para a formação de um título executivo judicial. • Cabimento • Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: • I – o pagamento de quantia em dinheiro; • II – a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; • III – o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. • § 1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipadamente nos termos do art. 381. Produção Antecipada de Provas • 381 ao 383 do CPC • Natureza Jurídica: ação – tem uma pretensão própria: o direito à produção antecipada da prova, que pode ser cautelar ou não. • Pode ser jurisdição voluntária ou não. • Quando utilizada em processo subsequente, a prova antecipada lá ingressa como prova emprestada (art. 372). Nesse segundo processo, a prova emprestada é documentada, mas preservar o seu valor originário (deprova pericial, testemunhal etc.). • Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: • I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação; • II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; • III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. • A ação probatória autônoma também pode se revestir de ação de justificação • Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: • § 5o Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção. E Prova Documental? •Art. 382. •§ 3o Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta acarretar excessiva demora. Jornada do CJF • Enunciado 119: É admissível o ajuizamento de ação de exibição de documentos, de forma autônoma, inclusive pelo procedimento comum do CPC (art. 318 e seguintes). • Enunciado 129: É admitida a exibição de documentos como objeto de produção antecipada de prova, nos termos do art. 381 do CPC. Quarta Turma do STJ • PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO. AÇÃO AUTÔNOMA. PROCEDIMENTO COMUM. AÇÃO DE PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVA. INTERESSE E ADEQUAÇÃO. 1. Admite-se o ajuizamento de ação autônoma para a exibição de documento, com base nos arts. 381 e 396 e seguintes do CPC, ou até mesmo pelo procedimento comum, previsto nos arts. 318 e seguintes do CPC. Entendimento apoiado nos enunciados n. 119 e 129 da II Jornada de Direito Processual Civil. (REsp 1774987 / SP, Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, DJe 2018) Competência • Art. 381. • § 2o A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu. • § 3o A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta. • 4o O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal. Defesa e Recurso • Art. 382. • § 1o O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter contencioso. • § 4o Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário. Tutela de Urgência • Nada impede que se requeira uma tutela de urgência na ação probatória autônoma, para a produção da prova liminarmente (sem a oitiva da outra parte), com base no art. 300 do CPC. Aplicações Interessantes • A) Constituir Prova pré-constituída para Impetração de MS • B) Provar implemento de Termo ou Condição para Exigibilidade de Execução ou o Cumprimento da Prestação Carente ao Exequente na Execução de Contrato Bilateral • C) Constituir prova para pedir tutela de evidência •D) Constituir prova para a propositura de uma ação monitória Exemplos de Documentos Escritos Sem Eficácia de Título Executivo • Súmula 299 do STJ: É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito. • Súmula 247 do STJ: O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, acompanhado do demonstrativo de débito, constitui documento hábil para o ajuizamento da ação monitória. • Súmula 384 do STJ: Cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de venda extrajudicial de bem alienado fiduciariamente em garantia. • Súmula 503 do STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula. • Súmula 504 do STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. • Súmula 531 do STJ: Em ação monitória fundada em cheque prescrito, ajuizada contra o emitente, é dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula. Questão •O e-mail pode fundamentar uma monitória? Quarta Turma do STJ • RECURSO ESPECIAL. AÇÃO MONITÓRIA. PROVA ESCRITA. JUÍZO DE PROBABILIDADE. CORRESPONDÊNCIA ELETRÔNICA. E-MAIL. DOCUMENTO HÁBIL A COMPROVAR A RELAÇÃO CONTRATUAL E A EXISTÊNCIA DE DÍVIDA. 1. A prova hábil a instruir a ação monitória, isto é, apta a ensejar a determinação da expedição do mandado monitório - a que alude os artigos 1.102-A do CPC/1.973 e 700 do CPC/2.015 -, precisa demonstrar a existência da obrigação, devendo o documento ser escrito e suficiente para, efetivamente, influir na convicção do magistrado acerca do direito alegado, não sendo necessário prova robusta, estreme de dúvida, mas sim documento idôneo que permita juízo de probabilidade do direito afirmado pelo autor. • 2. O correio eletrônico (e-mail) pode fundamentar a pretensão monitória, desde que o juízo se convença da verossimilhança das alegações e da idoneidade das declarações, possibilitando ao réu impugnar-lhe pela via processual adequada. 3. O exame sobre a validade, ou não, da correspondência eletrônica (e- mail) deverá ser aferida no caso concreto, juntamente com os demais elementos de prova trazidos pela parte autora. 4. Recurso especial não provido. (STJ – Quarta Turma, REsp 1381603 / MS, rel. Min. LUIS FELIPE SALOMÃO, DJe 11/11/2016) Questão •O detentor de um título executivo extrajudicial pode optar por promover uma ação monitória? •Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial. • Procedimento • a) Petição Inicial • Requisitos da Petição Inicial • Art. 700. • § 2º Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso: • I – a importância devida, instruindo – a com memória de cálculo; • II – o valor atual da coisa reclamada; • III – o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido. • § 3º O valor da causa deverá corresponder à importância prevista no § 2º, incisos I a III. •A petição inicial da ação monitória deve conter os requisitos dos arts. 319 e 320 do CPC, além dos requisitos previstos no § 2º do art. 700 do CPC, quais sejam: a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo; o valor atual da coisa reclamada; e o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido. Desses requisitos será extraído o valor da causa (§ 3º do art. 700 do CPC). Indeferimento e Saneamento da Inicial •Art. 700. • § 4º Além das hipóteses do art. 330, a petição inicial será indeferida quando não atendido o disposto no § 2º deste artigo. • § 5º Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo autor, o juiz intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando – a ao procedimento comum. • O juiz poderá indeferir a inicial nas hipóteses do art. 330 do CPC e faltando um dos requisitos do § 2º do art. 700 do CPC, mas antes disso, salvo se o vício for insanável, concederá o prazo de quinze dias ao autor para emendar ou completar a inicial, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado, em razão do disposto no art. 321 do CPC, mas também do dever de prevenção que decorre do princípio da cooperação e do princípio da primazia do julgamento do mérito (nesse sentido, aliás, decidiu a Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça, em recurso repetitivo, REsp 1.154.730 – PE, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Segunda Seção, julgado em 8/4/2015, DJe 15/4/2015, que faltando o demonstrativo débito atualizado, o juiz deve conceder ao autor o prazo para a emenda da inicial). • Em consonânciacom esses mesmos princípios (cooperação e primazia do julgamento do mérito), determina o § 5º do art. 700 do CPC que existindo dúvida quanto à idoneidade da prova como meio hábil a possibilitar a admissão da ação monitória, o juiz deve intimar o autor a sanear a inicial. Nesse caso, pode o autor adaptá-la ao procedimento comum ou, apesar da letra da lei, demonstrar a idoneidade da prova para o procedimento especial da ação monitória FPPC • Enunciado 188 do FPPC: Com a emenda da inicial, o juiz pode entender idônea a prova e admitir o seguimento da ação monitoria. • b) Expedição do Mandado Monitório (Decreto Injuntivo) e Citatório • Verificando o juiz que a monitória deve ser admitida e de que é altamente provável o direito do autor, proferirá, independentemente de oitiva prévia do réu (inciso III do art. 9º do CPC), o chamado “decreto injuntivo”, pelo qual ordenará a expedição do mandado monitório, que possui dupla função: citar o réu e, ao mesmo tempo, ordenar o pagamento de uma quantia, a entrega de uma coisa ou a satisfação de uma obrigação fazer ou de não fazer. •Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa. Citação •Art. 700. • § 7º Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o procedimento comum. • Súmula 282 do STJ: Cabe a citação por edital em ação monitória. • c) Possibilidades para o Réu • No prazo de quinze dias três possibilidades se abrirão para o réu: • I) cumprir a obrigação – nesse caso o réu será dispensado das custas processuais e pagará honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa; • II) embargar – nesse caso ficará suspensa a eficácia do decreto injuntivo; se os embargos forem rejeitados, será constituído, de pleno direito, um título executivo judicial, observando-se o procedimento do cumprimento de sentença. • III) não cumprir a obrigação, nem embargar – nesse caso será constituído, de pleno direito, um título executivo judicial, observando-se o procedimento do cumprimento de sentença • Obs. se, porém, a Fazenda Pública for ré, haverá o reexame necessário e, depois, no que couber, será observado o procedimento do cumprimento de sentença. • Possibilidade de Parcelamento do Débito •Art. 701. • § 5º Aplica-se à ação monitória, no que couber, o art. 916. • Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês. • § 1o O exequente será intimado para manifestar-se sobre o preenchimento dos pressupostos do caput, e o juiz decidirá o requerimento em 5 (cinco) dias. • § 2o Enquanto não apreciado o requerimento, o executado terá de depositar as parcelas vincendas, facultado ao exequente seu levantamento. • § 3o Deferida a proposta, o exequente levantará a quantia depositada, e serão suspensos os atos executivos. • § 4o Indeferida a proposta, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito, que será convertido em penhora. • § 5o O não pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente: • I - o vencimento das prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o imediato reinício dos atos executivos; • II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações não pagas. • § 6o A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de opor embargos • § 7o O disposto neste artigo não se aplica ao cumprimento da sentença. • Embargos Questão •Qual a natureza dos embargos? • Sempre foi bastante controvertida a natureza jurídica dos embargos à monitória: • a) ação, para alguns; • b) defesa, para outros; • c) ação e defesa, para alguns outros. • Na vigência do CPC de 1973, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que os embargos à monitória não estão sujeitos às custas porque, nos precedentes que deram origem à Súmula 292 (segundo a qual cabe reconvenção em ação monitória) firmou-se o entendimento de que esses embargos possuem natureza de defesa (STJ – Terceira Turma, REsp 1.265.509 – SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 19/3/2015, DJe 27/3/2015). •Art. 702. • § 1º Os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no procedimento comum. • Os embargos à monitória podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no procedimento comum, vale dizer, poderão apresentar uma defesa processual (alegação de qualquer das matérias do art. 337 do CPC) e uma defesa de mérito (impugnação dos fatos narrados pelo autor; apresentação de um fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor; impugnação das consequências jurídicas descritas pelo autor ou alegação de inconstitucionalidade ou de ilegalidade, dentre outras alegações) Prazo e Prévia Segurança do Juízo •Art. 702. Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, nos próprios autos, no prazo previsto no art. 701,embargos à ação monitória. Excesso • Art. 702. • § 2º Quando o réu alegar que o autor pleiteia quantia superior à devida, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado da dívida. • § 3º Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos serão liminarmente rejeitados, se esse for o seu único fundamento, e, se houver outro fundamento, os embargos serão processados, mas o juiz deixará de examinar a alegação de excesso. Efeito suspensivo • § 4º A oposição dos embargos suspende a eficácia da decisão referida no caput do art. 701 até o julgamento em primeiro grau. Resposta e Reconvenção •Art. 702 • § 5º O autor será intimado para responder aos embargos no prazo de 15 (quinze) dias. • § 6º Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de reconvenção à reconvenção. • Súmula 292 do STJ: A reconvenção é cabível na ação monitória, após a conversão do procedimento em ordinário. Embargos Parciais •Art. 702 • § 7º A critério do juiz, os embargos serão autuados em apartado, se parciais, constituindo-se de pleno direito o título executivo judicial em relação à parcela incontroversa. Rejeição dos Embargos •Art. 702. • § 8º Rejeitados os embargos, constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, prosseguindo-se o processo em observância ao disposto no Título II do Livro I da Parte Especial,no que for cabível. Recurso •Art. 702. • § 9º Cabe apelação contra a sentença que acolhe ou rejeita os embargos. Má-Fé •Art. 702. • § 10. O juiz condenará o autor de ação monitória proposta indevidamente e de má-fé ao pagamento, em favor do réu, de multa de até dez por cento sobre o valor da causa. • § 11. O juiz condenará o réu que de má-fé opuser embargos à ação monitória ao pagamento de multa de até dez por cento sobre o valor atribuído à causa, em favor do autor. Questão •Qual a natureza do Decreto Injutivo? Posições •Despacho •Decisão Interlocutória • Sentença condenatória •Decisão condenatória condicional • Não há interesse recursal, porque é possível embargar. • Cabe rescisória. • Art. 701. • § 2º Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702, observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial. • § 3º É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput quando ocorrer a hipótese do § 2º. Questão • Cabe monitória contra a Fazenda Pública? •Art. 700. • § 6o É admissível ação monitóriaem face da Fazenda Pública. • Súmula 339 do STJ: É cabível ação monitória contra a Fazenda Pública. Mandado de Segurança O mandado de segurança individual Writ Mandamus Writ of Mandamus Remédio Heróico Previsão Normativa • CF, Art. 5º, LXIX • Lei 12.016/2009 (Lei do MS) •Cabimento CF e Lei do MS • CF, Art. 5º • LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. • Lei do MS, Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. •Direito Líquido e Certo •Está ultrapassada a ideia de que se tratada de um direito incontestável, translúcido •Direito líquido e certo significa que as afirmações de fato são demonstráveis de plano (por meio de prova documental) •No MS a prova é pré-constituída Súmula 625 do STF • Controvérsia sobre matéria de direito não impede a concessão de mandado de segurança •Obs. Sendo certo e incontroverso o fato, ainda que o direito seja controvertido, o MS é cabível. •Não Cabimento de Habeas Corpus ou Habeas Data • Ato ou Omissão, Abusivo ou Ilegal • Justo Receio Súmula 266 do STF • “Não cabe mandado de segurança contra lei em tese” •Obs. O MS pressupõe um ato ou omissão de autoridade, não servindo ao controle abstrato de normas. Atos Colegiados • Cabe MS contra ato colegiado. Nesse caso a autoridade coatora será o Presidente do Órgão. Atos Complexos • Cabe MS contra atos complexos, aqueles que dependem da conjugação de várias vontades. Nesse caso, a autoridade coatora será aquela que praticou o último ato (ex. Súmula 627 do STF: “No mandado de segurança contra nomeação de magistrado da competência do Presidente da República, este é considerado autoridade coatora, ainda que o fundamento da impetração seja nulidade ocorrida em fase anterior do procedimento). MS Preventivo •O MS pode ser repressivo ou preventivo (quando fundado em ameaça ou justo receio). Nesse caso, trata-se de uma tutela inibitória. • Autoridade Coatora Conceito • Autoridade coatora é aquele “que integra os quadros da Administração Pública, com poder de decisão, sendo competente para praticar o ato questionado ou para desfazê-lo” (Leonardo Carneiro da Cunha) Lei do MS • Art. 6o • § 3o Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. Lei do MS • Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. • § 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. FPPC 488 • (art. 64, §§3º e 4º; art. 968, §5º; art. 4º; Lei 12.016/2009) No mandado de segurança, havendo equivocada indicação da autoridade coatora, o impetrante deve ser intimado para emendar a petição inicial e, caso haja alteração de competência, o juiz remeterá os autos ao juízo competente. FPPC 511 • (art. 338, caput; art. 339; Lei n. 12.016/2009) - A técnica processual prevista nos arts. 338 e 339 pode ser usada, no que couber, para possibilitar a correção da autoridade coatora, bem como da pessoa jurídica, no processo de mandado de segurança. Jornada de Direito Processual Civil do CJF • Enunciado 123: Aplica-se o art. 339 do CPC à autoridade coatora indicada na inicial do mandado de segurança e à pessoa jurídica que compõe o polo passivo. •Não Cabimento do MS Lei do MS • Art. 1o • § 2o Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. • Art. 5o Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: • I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; • II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; • III - de decisão judicial transitada em julgado. Súmula 202 do STJ • A IMPETRAÇÃO DE SEGURANÇA POR TERCEIRO, CONTRA ATO JUDICIAL, NÃO SE CONDICIONA A INTERPOSIÇÃO DE RECURSO. Decisão Teratológica • “A doutrina e a jurisprudência majoritárias admitem o manejo do mandado de segurança contra ato judicial, pelo menos em relação às seguintes hipóteses excepcionais: a) decisão judicial teratológica; b) decisão judicial contra a qual não caiba recurso; c) para imprimir efeito suspensivo a recurso desprovido de tal efeito; e d) quando impetrado por terceiro prejudicado por decisão judicial.” (STJ – Quarta Turma, RMS 58578 / SP, Rel. Min. Raul Araújo, DJe 25/10/2018) • Legitimidade Ativa • Tem legitimidade para impetrar o MS aquele que se afirma titular do direito líquido e certo. • Substituição Processual CPC • Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. • Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial. FPPC 487 • (art. 18, parágrafo único; art. 119, parágrafo único; art. 3º da Lei 12.016/2009). No mandado de segurança, havendo substituição processual, o substituído poderá ser assistente litisconsorcial do impetrante que o substituiu. LEI DO MS • Art. 3o O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente. • Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput deste artigo submete-se ao prazo fixado no art. 23 desta Lei, contado da notificação. • Litisconsórcio Ativo Lei do MS • Art. 24. Aplicam-se ao mandado de segurança os arts. 46 a 49 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. • Art. 1o • § 3o Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança. • Art. 10. • § 2o O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial. http://www.planalto.gov.br/cCIVIL_03/LEIS/L5869.htm http://www.planalto.gov.br/cCIVIL_03/LEIS/L5869.htm • Legitimidade Passiva • Há uma discussão sobre a legitimidade passiva: • a) Para alguns, a legitimidade passiva é da autoridade coatora (seria uma substituta processual); • b) Para outros, a legitimidade passiva é da pessoa jurídica a qual pertence a autoridade coatora; • c) Para alguns outros, a legitimidade passiva é autoridade coatora e da pessoa jurídica a qual pertence essa autoridade, havendo entre elas um litisconsórcio. Lei do MS • Art. 6o A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. • Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: • I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de10 (dez) dias, preste as informações; • II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito; • Litisconsórcio Passivo • Art. 24. Aplicam-se ao mandado de segurança os arts. 46 a 49 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. http://www.planalto.gov.br/cCIVIL_03/LEIS/L5869.htm http://www.planalto.gov.br/cCIVIL_03/LEIS/L5869.htm • Turma 003108C02 - Embaixadora • Alessandra Brixius Monteiro - R.A: 8581134; Telefone: 11 94336- 7880; E-mail: alessandrabrixiusm@gmail.com mailto:alessandrabrixiusm@gmail.com • Prazo Lei do MS • Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. • Competência • A competência no MS normalmente é definida pelo critério pessoal, levando em conta a qualificação da autoridade coatora como local ou federal e a graduação hierárquica da autoridade coatora. Lei do MS • Art. 2o Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela controlada. STF • CF, Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: • I - processar e julgar, originariamente: • d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; STJ • CF, Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: • I - processar e julgar, originariamente: • b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm TRF • CF, Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: • I - processar e julgar, originariamente: • c) os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal; Súmula 376 do STJ • Compete a turma recursal processar e julgar o mandado de segurança contra ato de juizado especial. • Liminar Lei do MS • Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: • III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. • § 1o Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento, observado o disposto na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. • § 2o Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. • § 3o Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão até a prolação da sentença. • § 4o Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para julgamento. • § 5o As vedações relacionadas com a concessão de liminares previstas neste artigo se estendem à tutela antecipada a que se referem os arts. 273 e 461 da Lei no 5.869, de 11 janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. http://www.planalto.gov.br/cCIVIL_03/LEIS/L5869.htm http://www.planalto.gov.br/cCIVIL_03/LEIS/L5869.htm http://www.planalto.gov.br/cCIVIL_03/LEIS/L5869.htm Lei do MS • Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento do mérito ou do pedido liminar. (Redação dada pela Lei nº 13.676, de 2018) • Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão competente do tribunal que integre. http://www.planalto.gov.br/cCIVIL_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13676.htm Jornada de Direito Processual Civil do CJF • ENUNCIADO 49 – A tutela da evidência pode ser concedida em mandado de segurança. • Procedimento • Petição Inicial • Art. 6o A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. • § 1o No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição. • § 2o Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação. • Saneamento e indeferimento da Inicial • Aplicam-se os arts. 321 e 330 do CPC ao MS • Art. 6o • § 5o Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos pelo art. 267 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. • § 6o O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito. http://www.planalto.gov.br/cCIVIL_03/LEIS/L5869.htm Lei do MS • Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração. • § 1o Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre. • Atos do Juiz, ao Despachar a Inicial • Ao despachar a inicial, o juiz: • a) Notificará a autoridade coatora para prestar informações; • b) Dará ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, para que, querendo, ingresse no feito; • c) Se for o caso, citará o litisconsorte passivo; • d) Decidirá sobre a liminar. • Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: • I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações; • II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito; • III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. •Parecer do MP Lei do MS • Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 7o desta Lei, o juiz ouvirá o representante do Ministério Público, que opinará, dentro do prazo improrrogável de 10 (dez) dias. • Sentença Lei do MS • Art. 12. • Parágrafo único. Com ou sem o parecer do Ministério Público, os autos serão conclusos ao juiz, para a decisão, a qual deverá ser necessariamente proferida em 30 (trinta) dias.• Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por intermédio do oficial do juízo, ou pelo correio, mediante correspondência com aviso de recebimento, o inteiro teor da sentença à autoridade coatora e à pessoa jurídica interessada. • Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o juiz observar o disposto no art. 4o desta Lei. • Recursos FPPC 351 • (arts. 1.009, §1º, e 1.015) O regime da recorribilidade das interlocutórias do CPC aplica-se ao procedimento do mandado de segurança. • Art. 7o • § 1o Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento, observado o disposto na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. http://www.planalto.gov.br/cCIVIL_03/LEIS/L5869.htm Lei do MS • Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação. • § 2o Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer. • § 3o A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar. • § 4o O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias assegurados em sentença concessiva de mandado de segurança a servidor público da administração direta ou autárquica federal, estadual e municipal somente será efetuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da data do ajuizamento da inicial. • Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for denegada. • Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé. Jornada de Direito Processual Civil do CJF • ENUNCIADO 62 – Aplica-se a técnica prevista no art. 942 do CPC no julgamento de recurso de apelação interposto em mandado de segurança. • Remessa Necessária • Art. 14. • § 1o Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. • Pedido de Suspensão • Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição. • § 1o Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que se refere o caput deste artigo, caberá novo pedido de suspensão ao presidente do tribunal competente para conhecer de eventual recurso especial ou extraordinário. • § 2o É cabível também o pedido de suspensão a que se refere o § 1o deste artigo, quando negado provimento a agravo de instrumento interposto contra a liminar a que se refere este artigo. • § 3o A interposição de agravo de instrumento contra liminar concedida nas ações movidas contra o poder público e seus agentes não prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que se refere este artigo. • § 4o O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito suspensivo liminar se constatar, em juízo prévio, a plausibilidade do direito invocado e a urgência na concessão da medida. • § 5o As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, podendo o presidente do tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante simples aditamento do pedido original.
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