Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BNH – Banco Nacional de Habitação Prof. M.Sc. Lucas Gabriel Winter Regime Militar – 1964 a 1986 IAP’s foram extintos Unificação pra previdência no Instituto Nacional de Previdência Social – INPS Fundação Casa Popular extinta Criação do Banco Nacional de Habitação e o Serviço Federal de Habitação e Urbanismo. SFH – Sistema Financeiro de Habitação. BNH – Apoio das elites conservadoras do país e do governo americano Universalização da previdência social e ampliação do atendimento habitacional Apoio das massas populares Criar uma política permanente de financiamento “A casa própria faz do trabalhador um conservador que defende o direito de propriedade” Difusão da propriedade privada. Combate às ideias comunistas. Linhas permanentes de financiamento Criação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS Estímulo à poupança popular, gerando recursos para o governo investir em grandes projetos de desenvolvimento nacional FGTS – Depósito compulsório realizado pelo empregador de 8% do valor do salário Somente pode ser sacado em alguma situações: como demissão sem justa causa, sinistros, compra da casa propria, aposentadoria Sistema Brasileiro de Poupança de Empréstimo – SBPE. Criado junto com o BNH Alimentado pela poupança voluntária. Operado por agentes financeiros privados. Somou-se ao FGTS como fonte de recursos para o financiamento habitacional Apesar dos números serem significativos, ficaram ainda aquém das necessidades impostas pelo forte crescimento urbano Entre 1950 e 2000, a população urbana cresceu de 16,3 para 138 milhões, fortemente concentrada em regiões metropolitanas Foco do BNH na produção de unidades habitacionais novas. Sem políticas que facilitassem o acesso à terra urbanizada e ao combate da especulação imobiliária. Inexistência de programas alternativos de apoio à urbanização de assentamentos precários, ao autoemprendimento de moradias populares, e ao financiamento de materiais de construção. ¼ das novas unidades construídas no período eram oriundas de financiamento pelo BNH As classes mais pobres tinham que recorrer a favelas, cortiços , loteamentos irregulares. Consolidou- se o padrão periférico de crescimento urbano Produzindo habitação sem criar cidades Conjuntos habitacionais em “franjas urbanas”. Desrespeitaram o meio físico, a identidade cultura e a participação social Soluções uniformes e padronizadas. Setor da construção civil priorizando a produção e os custos. Unidades habitacionais desconsideravam as características regionais e locais Unidades habitacionais desconsideravam as características regionais e locais Ao contrário dos conjuntos residenciais projetados pelos IAP’s, que se caracterizavam por uma grande diversidade tipológica, o BNH estimulou a homogeneidade de soluções arquitetônicas, marcada pela utilização generalizada do bloco tipo H. Tendência em uniformizar as técnicas construtivas para enquadramento nos requisitos de liberação de crédito Porcentagem máxima do valor da terra – procura por terrenos mais baratos Ampiação do perímetro urbano. Aumento da especulação imobiliária Bairros dormitório Urbanismo, apesar de receber críticas, não foi deixado de lado Serviço Federal de Habitação e Urbanismo Planejamento urbano e ordenamento territorial das cidades Financiamento da elaboração de planos diretores Alguns planos diretores eram desalinhados à realidade urbana Cidade de Tiradentes – distrito de São PauloCidade de Tiradentes – distrito de São Paulo Zona leste de São Paulo, com enorme concentração de conjuntos habitacionais Área periférica de São Paulo no final dos anos 70, exemplo de precarização da moradia popular Apesar dos investimentos, o BNH não conseguiu conter o crescimento de favelas A falta de maior ousadia na política urbana de explica pelo caráter conservador do regime, que dificultava a adoção de medidas mais contundentes que limitassem o direito e propriedade. Ausência de instrumentos hoje previstos no Estatuto da Cidade para o combate da especulação imobiliária Criação da Lei Federal nº 6766 de 1979 que regula o parcelamento do solo Foi uma resposta aos loteamentos irregulares que surgiam na época Loteamento precário na região de Vila Prudente, em São Paulo em meados dos anos 70. Loteamento precário na região de Vila Prudente, em São Paulo em meados dos anos 70. Anos 80 Crise econômica, inadimplência dos mutuários, forte inflação, casas sendo construídas com qualidade inferior, desgaste do regime military, desemprego, menor arrecadação, maior padronização da construção civil, conjuntos feitos em massa por empreiteras Grandes platôs Movimentações de terra realizadas para facilitar a padronização Em vez de áreas verdes, praças, quadras de esporte, as sobras das glebas foram transformadas em garagens e comércios informais. O SFH somente financiava habitação. IAP’s – maior diversidade de tipologias arquitetônicas. Maior qualidade na construção, pois as obra seram consideradas um patrimônio dos fundos previdenciários e uma garantia dos investimentos realizados. BNH – os conjuntos habitacionais eram vendidos aos mutuários, de modo que o agente promotor não estava muito preocupado com a qualidade dos materiais, a durabilidade da construção e a manutenção do edifício A produção massiva abriu espaço para a industrialização mas essa opção não se concretizou. Uma das respostas para o ocorrido seria a utilização de mão de obra barata e sem qualificação Conjunto da CECAP em Campinas, projeto de Joaquim Guedes Conjunto residencial Cafundá de autoria do arquiteto Sergio Magalhães e equipe, Rio de Janeiro Conjunto habitacional Zezinho Magalhães, em Guarulhos (SP). Apesar da qualidade do projeto, o empreendimento ficou muito aquém da proposta original, desenvolvida pelos principais arquitetos da chamada escola Paulista: Vilanova Artigas, Paulo Mendes da Rocha e Fábio Penteado. Tentativa de utilizar a pré-fabricação em massa. Dez mil unidades. Elo entre IAP e BNH. Projeto de pré-fabricação de componentes. O térreo (pilotis) transformou-se em garagens. Disposição cartesiana e monótona dos prédios (característica BNH).
Compartilhar